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Apostila+Agregado+1999

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Universidade Veiga de Almeida 
Curso de Engenharia Civil 
Materiais de Construção I 
Prof. José Roberto Albuquerque Gonçalves 
________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAIS de CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
 
 
 
Professor: José Roberto Albuquerque GonçalvesProfessor: José Roberto Albuquerque GonçalvesProfessor: José Roberto Albuquerque GonçalvesProfessor: José Roberto Albuquerque Gonçalves 
 
 
 
 
 
 
1111oooo Semestre de 1999 Semestre de 1999 Semestre de 1999 Semestre de 1999 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Veiga de Almeida 
Curso de Engenharia Civil 
Materiais de Construção I 
Prof. José Roberto Albuquerque Gonçalves 
________________________________________________________________________ 
 2 
EmentaEmentaEmentaEmenta 
 
Importância 
Definição 
Terminologia 
Classificação 
Principais Minerais do Agregado 
Classificação Geológica das Rochas 
Obtenção dos Agregados 
Obtenção dos Agregados Naturais 
Obtenção dos Agregados Artificiais 
Agregados Não Convencionais 
Características e Propriedades do Agregado 
Influência das Características e Propriedades do Agregado no Concreto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Veiga de Almeida 
Curso de Engenharia Civil 
Materiais de Construção I 
Prof. José Roberto Albuquerque Gonçalves 
________________________________________________________________________ 
 3 
 
AgregadoAgregadoAgregadoAgregado 
 
ImportImportImportImportânciaânciaânciaância 
Desde os primórdios do concreto até dias atuais, os agregados são 
tradicionalmente utilizados na produção do concreto. Apesar deste fato, o agregado 
apresenta atualmente, quase que, as mesmas características daquele dos tempos de 
outrora, havendo, ainda hoje, poucos estudos que provoquem mudanças nestes hábitos 
já milenares. Isto se deve ao fato de que, em geral, o agregado é um material fartamente 
encontrado na natureza, apresenta custo relativamente baixo, não reage quimicamente 
tanto com a água como com os compostos cristalinos oriundos da hidratação do cimento 
Portland e apresenta propriedades qualitativamente superiores as dos demais materiais 
utilizados no concreto. Sob este aspecto, a tecnologia tradicional do concreto 
considerada o agregado apenas do ponto de vista econômico e como material “inerte”, 
relegando o agregado a um segundo plano tecnológico. Todavia, a Ciência dos Materiais 
tem mostrado que é o conjunto das propriedades individuais de cada um dos materiais ou 
fases que compõem o concreto, entre elas a fase agregado, que irá determinar as 
propriedades globais do concreto. Cabe ressaltar que a matéria-prima de maior consumo 
no concreto é o agregado – representa cerca de 60 a 80 % da massa total do concreto. 
Portanto, as propriedades do agregado influenciam não só no custo de produção mas 
também nas propriedades do concreto. 
 
Metha et al1 alertam para o importante papel do agregado na tecnologia do concreto 
afirmando: 
“...é impróprio serem tratados com menos respeito do que os cimento...” 
 
DefiniçãoDefiniçãoDefiniçãoDefinição 
 Na literatura técnica tradicional não foi encontrada uma única definição capaz de 
concentrar todos os pensamentos a este respeito. Aquelas que melhor definem o 
agregado para concreto são: 
• Coutinho2: 
“...o inerte é constituído de partículas de rochas com dimensões que variam 
geralmente entre cerca de 0,1 mm e 20 cm, dispersas pela pasta de cimento...” 
• de Petrucci3: 
“...entende-se por agregado o material granular, sem forma e volume definidos, 
geralmente inerte, de dimensões e propriedades adequadas para uso em obras 
de engenharia...”. 
 
 
Universidade Veiga de Almeida 
Curso de Engenharia Civil 
Materiais de Construção I 
Prof. José Roberto Albuquerque Gonçalves 
________________________________________________________________________ 
 4 
• da NBR 72254: 
“...material granular de propriedades adequadas ou obtidos por fragmentação 
artificial de pedra, de dimensão nominal máxima inferior a 100 mm e de 
dimensão nominal mínima igual ou inferior a 0,075 mm...”. 
• da NBR 99355: 
”...material sem forma ou volume definido, geralmente inerte, de dimensões e 
propriedades adequadas para a produção de argamassa e concreto...”. 
 
TerminologiaTerminologiaTerminologiaTerminologia 
 A NBR NM 26 apresenta a lista de termos fundamentais e gerais utilizados na área 
de agregados. 
 
A NBR 72254 e a NBR 99355 designa os agregados para concreto em função da 
dimensão do grão conforme mostra os Quadros 1 e 2. 
 
 A pedra de mão ou amarroada designa a pedra bruta, obtida por meio de marrão, 
de dimensões tal que possa ser manuseada4. O pedregulho é, também, denominado em 
algumas regiões do país como seixo rolado ou cascalho4,5,8. O pó de pedra é, também, 
chamado de filer4,8. O pedrisco é, também, designado de areia artificial8 ou como a 
mistura em diferentes proporções da brita graduada no 0 e a areia artificial5. A NBR 
99355, também, define o matacão e o bloco de rocha como material pétreo com 
dimensões superiores a 250 mm. 
 
Quadro 1: Terminologia de agregados naturais1,4,5,7,8. 
AGREGADOS NATURAIS 
Argila Silte Areia Pedregulho1 Matacão 
 Fina Média Grossa Fino Médio Grosso Muito Grosso de Rocha 
 0,002 0,075 0,42 1,2 2,0 4,8 25 50 100 (mm) 
 
Quadro 2: Terminologia de agregados 1,4,5,7,8. 
AGREGADOS ARTIFICIAIS BRITADOS 
Pó de Pedrisco Brita Bloco 
Pedra Fino Médio Grosso No 0 No 1 No 2 No 3 No 4 No 5 de Pedra 
 0,075 0,42 2,0 4,8 100 (mm) 
 
 
 
1
 Segundo a NBR 72254 e NBR 99355, pedregulho é agregado graúdo natural inerte, de forma arredondada, que pode 
ser utilizado no concreto tal qual é encontrado na natureza sem sofrer qualquer tratamento que não seja a lavagem e a 
seleção. 
 
 
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 5 
ClassificaçãoClassificaçãoClassificaçãoClassificação 
 Na literatura técnica são inúmeras as maneiras como os agregados podem ser 
classificados. O Quadro 3 concentra algumas das principais. 
 
Quadro 3: Classificações dos agregados encontradas na literatura técnica1,2,3,4,5,7,8,9,10,11. 
Quanto Classificação Definição Exemplos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
à composição 
química 
 
 
Mineral 
São os agregados originários da 
decomposição de rochas de 
maiores dimensões pela ação do 
intemperismo natural ou do 
britamento mecânico artificial 
(representam quase 100 % dos 
agregados usados no concreto). 
As britas, os pedregulhos, a pedra 
pome, a areia natural e artificial, o 
folhelho, o pedregulho, o pó de 
pedra, a ardósia, a barita, a 
limonita, a magnetita, a hematita, a 
escória de alto forno, o concreto 
reciclado, etc. 
 Orgânico São os agregados originados, 
principalmente, de vegetais e 
produtos orgânicos sintéticos. 
Cavaco e serragem de madeira, 
fibras vegetais e poliméricas, 
poliestireno expandido, etc. 
 
 
 
Natural 
São aqueles oriundos dos 
depósitos aluviais, residuais e 
eólicos naturais na forma de 
agregado pronto para uso, 
necessitando apenas de um leve 
beneficiamento (limpeza) 
As areias naturais de mina ou de 
rio, os pedregulhos, etc. 
 
à origem 
 
 
 
 
Artificial 
São aqueles também oriundos de 
jazidas naturais ou de resíduos 
industriais, todavia,não estão 
pronto para o uso nas obras, pois 
necessitam de um grande 
beneficiamento (em geral, 
britagem/trituração da rocha matriz 
ou tratamento térmico, etc.). 
As britas (em geral, de rochas, de 
escórias de alto forno, de cinza 
volante, de concreto reciclado, de 
resíduos cerâmicos), as areias 
artificiais, o pedrisco, o pó de 
pedra, argila expandida, a 
vermiculita, as fibras vegetais e 
poliméricas, o poliestireno 
expandido, etc. 
 
Miúdo 
São os agregados cujo tamanho 
de grão variam de 4,8 mm, 
exclusive, até 0,075 mm. 
São, em geral, as areias artificiais 
e naturais. 
às dimensões 
Graúdo 
São os agregados cujo tamanho 
de grão variam de 4,8 mm a 152 
mm, exclusive. 
São as britas de rocha2, em geral, 
os pedregulhos, o pedrisco e a 
argila expandida, etc. 
 
Leve 
São aqueles com massa unitária 
do agregado menor que 1 kg/dm3. 
A vermiculita, a argila expandida, 
as britas de ardósia, a pedra 
pome, etc. 
 
à massa 
unitária3 
 
 
 
 
 
 
Normal São aqueles com massa unitária do agregado entre 1 a 2 kg/dm3. 
As areias naturais e artificiais, em 
geral, as britas de rochas, os 
pedregulhos, etc. 
 Pesado São aqueles com massa unitária 
do agregado maior que 2 kg/dm3. 
As britas de barita, de limonita, de 
magnetita, de hematita, etc. 
 
 Metha et al1 classificam a argila expandida, a vermiculita e as britas de escórias de 
alto forno, cinza volante, de concreto reciclado, de resíduos cerâmicos e de resíduos 
 
2
 Segundo a NBR 99355, as britas, por vezes, denominadas de pedras britadas, são agregados graúdos artificiais, obtidos 
pelo britamento mecânico das rochas. 
3
 Em termos de massa específica real, os agregados leves apresentam valores de massa específica real até 2 Mg/m3, os 
pesados a partir de 3 Mg/m3 e os normais apresentam valores intermediários à estes1,9. 
 
 
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 6 
urbanos selecionados e tratados também como agregados artificiais, pois são 
processados industrialmente (térmica ou mecanicamente). 
 
A NBR 72119 classifica, ainda, o agregado miúdo e graúdo segundo os limites 
granulométricos apresentados nos Quadros 4 e 5. Comercialmente os agregados 
graúdos são conhecidos como8: 
• brita 0, cuja dimensão máxima varia entre 4,8 e 9,5 mm; 
• brita 1, cuja dimensão máxima varia entre 9,5 e 19,0 mm; 
• brita 2, cuja dimensão máxima varia entre 19,0 e 25,0 mm; 
• brita 3, cuja dimensão máxima varia entre 25,0 e 38,0 mm; 
• brita 4, cuja dimensão máxima varia entre 38,0 e 76,0 mm; e 
• pedra de mão, cuja dimensão máxima é maior que 76 mm. 
 
Quadro 4: Limites granulométricos do agregado miúdo conforme a NBR 72119. 
Dimensão do Porcentagem, em massa, retida acumulada na dimensão do grão, para a 
grão (mm) Zona 1 (muito fina) Zona 2 (fina) Zona 3 (média) Zona 4 (grossa) 
9,5 0 0 0 0 
6,3 0 a 3 0 a 7 0 a 7 0 a 7 
4,8 0 a 5a 0 a 10 0 a 11 0 a 12 
2,4 0 a 5a 0 a 5a 0 a 25a 5a a 40 
1,2 0 a 10a 0 a 25a 10a a 45a 30a a 70 
0,6 0 a 20 21 a 40 41 a 45a 66 a 85 
0,3 50 a 85 60a a 88a 70a a 92a 80a a 95 
0,15 85b a 100 90b a 100 90b a 100 90b a 100 
(a) Pode haver uma tolerância de até um máximo de 5 unidades percentuais em só dos limites 
marcados com a letra “a” ou distribuídos em vários deles. 
(b) Para o agregado miúdo resultante do britamento este limite poderá ser de 80. 
 
 
As britas 0, 1, 2 e 3 - especialmente as três primeiras - são as mais utilizadas na 
produção de concreto estrutural ou não para obras prediais e industriais, elementos pré-
moldados, pavimentação de pisos industriais, aeroportos, estacionamentos e rodovias. 
São, também, utilizadas na produção de concreto com fibras, pesado e auto-adensável. 
As britas 4 e 5, juntamente com as demais graduações das britas, são utilizadas na 
produção de concreto massa para estruturas de gravidade como barragens. Para o 
concreto de alto desempenho, a literatura1 recomenda o uso de britas 0 e 1. 
 
 
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 7 
Quadro 5: Limites granulométricos do agregado graúdo conforme a NBR 72119. 
Graduação Porcentagem retida acumulada, em massa, na dimensão do grão, em mm 
No 152 76 65 50 38 32 25 19 12,5 9,5 6,3 4,8 2,4 
0 ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ 0 0 a 10 ___ 80 - 100 95 - 100 
1 ___ ___ ___ ___ ___ ___ 0 0 - 10 ___ 80 - 100 92 - 100 95 - 100 ___ 
2 ___ ___ ___ ___ ___ 0 0 - 25 75 - 100 90 - 100 95 - 100 ___ ___ ___ 
3 ___ ___ ___ 0 0 - 30 75 - 100 87 - 100 95 - 100 ___ ___ ___ ___ ___ 
4 ___ 0 0 - 30 75 - 100 90 - 100 95 - 100 ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ 
5a ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ 
(a) As porcentagens serão fixadas de acordo com o indicado no item 1.4 da NBR 72119. 
 
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 8 
 
Os agregados minerais representam quase 100 % dos agregados usados no 
concreto1. Nos grandes centros urbanos a maioria dos agregados miúdos são minerais 
de origem natural, enquanto que a maioria dos agregados graúdos são minerais de 
origem artificial (em geral, mecanicamente britados ou triturados). Exceto, em alguns 
locais na região norte ou no interior do país, sem a ocorrência de afloramentos rochosos 
viáveis economicamente para exploração pela indústria da pedra britada, onde são 
utilizados agregados graúdos minerais de origem natural ou na indústria de artefatos de 
concreto onde tem sido utilizado agregados miúdos de origem artificial. 
 
Principais Minerais do AgregadoPrincipais Minerais do AgregadoPrincipais Minerais do AgregadoPrincipais Minerais do Agregado 
 Visualmente pode-se constatar que o agregado é composto por um ou mais 
minerais4 pelas diferentes texturas e cores observadas. No microscópio petrográfico 
pode-se ver que, além destes minerais, existem outros de composição cristalográfica e 
química diferenciada. Não obstante, estes minerais podem ou não apresentar1,12: 
• diferentes estágios de alterações em função do maior ou menor grau de exposição aos 
agentes químicos presentes no meio ambiente; ou 
• diferentes de níveis microfissuração em função do processo e dos equipamentos 
utilizados na extração e na fabricação do agregado artificial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No concreto, os agregados e seus diferentes minerais constituintes interagem física 
e quimicamente com a pasta de cimento, na zona de interface entre ambas fases. 
 
 
4
 Metha et al1 define mineral como: 
“...toda a substância inorgânica de ocorrência natural com composição química mais ou menos definida e 
usualmente com uma estrutura cristalina específica...”. 
Figura 1: Fotografia com o aumento de 
2,5 vezes mostrando a macroestrutura1 do 
agregado, onde pode-se distinguir pela 
cor e textura os diferentes materiais 
componentes do agregado. 
Figura 2: Microfotografia com um aumento 
de 25 vezes de um gnaisse de composição 
granítica (pedreira Fluminense), mostrando 
a microestrutura formada por grãos minerais 
de diferentes formatos, tamanhos e cores. 
 
 
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 9 
O Quadro 6 relaciona os principais grupos de minerais constituintes dos agregados 
para concreto e suas características mais comuns. Oquartzo é um dos minerais mais 
duros e resistentes, seguido dos feldspatos1,12,13. Os principais minerais cuja presença no 
agregado é indesejável são2: 
• a opala, a trimidita, a calcedônia, a cristobalita, a dolomita, os minerais alterados 
(caulinizados) do grupo dos feldspatos e os minerais sulfatados, pois podem produzir a 
expansão e a fissuração do concreto; 
• os sulfetos e os minerais do grupo do óxido de ferro, pois podem provocar manchas e a 
expansão do concreto; e 
• os argilominerais, pois podem reduzir a trabalhabilidade e a resistência mecânica do 
concreto. 
 
Em geral, a presença de minerais formados pela ação do intemperismo, como a 
clorita, a sericita, a montmorilonita, etc., é um indicativo de desempenho pobre e até de 
efeito deletério do agregado no concreto1,12,13. 
 
Classificação Geológica das RochasClassificação Geológica das RochasClassificação Geológica das RochasClassificação Geológica das Rochas 
Os materiais rochosos que usualmente originam os agregados minerais naturais ou 
artificiais utilizados no concreto são classificados, segundo a sua formação geológica, 
em1,4,5,8,12,13: 
• rochas magmáticas ou ígneas; 
• rochas sedimentares; e 
• rochas metamórficas. 
 
As rochas ígneas são aquelas formadas pelo resfriamento e consolidação do 
magma1,4,5,8,12,13: 
• a grandes profundidades - rochas ígneas intrusivas ou plutônicas - e que apresentam 
minerais completamente cristalinos com granulação de muito grossa a grossa (>5mm); 
• próximo a superfície terrestre - rochas ígneas hipoabissais ou filonianas - e que podem 
apresentar minerais não cristalinos (amorfos ou vítreos) com granulação média (entre 
1 e 5 mm); e 
• acima da superfície terrestre – rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas - e que 
apresentam minerais em sua maioria não cristalinos, bastante densos ou celulares e 
com granulação fina (< 1mm). 
 
 
 
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 10
 
Quadro 6: Grupos dos principais minerais constituintes do agregado para concreto1,12,13. 
 
Grupo de Minerais 
Principais Minerais (Descrição Sumária das Características Gerais dos Minerais) 
 
 
Minerais da Sílica 
� Quartzo (Mineral duro e resistente, formado essencialmente de sílica, possui brilho vítreo, fratura conchoidal, resiste ao intemperismo, sendo constituinte 
principal de muitas areias, cascalhos, arenitos e rochas ígneas e metamórficas). 
� Vidro (Mineral menos duro que o quartzo e composto de SiO2 não cristalino). 
� Trimidita e Cristobalita (Minerais compostos de sílica cristalina encontrados nas rochas ígneas extrusivas). 
� Opala (Mineral composto de sílica hidratada, sem arranjo cristalino, menos duro que o quartzo, brilho vítreo e ocorre em rochas sedimentares). 
� Calcedônia (Mineral composto de fibras de sílica e poros com ar/água, propriedades intermediárias entre o quartzo e a opala e ocorre no chert). 
 Grupo dos 
Feldspatos 
� Ortoclásio, Microclina e Plagioclásio (São os minerais mais abundantes, constituídos de silicatos de alumínio e/ou alcalinos, quase tão 
duros quanto o quartzo e encontrados nas rochas ígneas, sedimentares e metamórficas). 
 
Minerais 
Grupo dos Ferro 
Magnesianos 
� Anfibólio, Biotita e Olivina (São silicatos de ferro e/ou magnésio cristalino, em geral de cor escura, encontrados nas rochas 
ígneas e metamórficas). 
 
do Silicato 
Grupo dos 
Micáceos 
� Moscovita, Biotita, Clorita e Vermiculita (São aluminossilicatos de ferro, magnésio ou potássio, com estrutura lamelar, com fraturas 
predominantes em uma direção, incolores ou não e ocorrem em todas as rochas). 
 
Grupo dos 
Argilominerais 
� Argilas, Folhelhos e Montmorilonitas (São silicatos hidratados de alumínio, magnésio e ferro, com estrutura laminada ou fibrosa, 
tamanho de partícula < 4 µm, baixa dureza, se desintegram na água e ocorrem como principais constituintes da 
argila e folhelho ou como contaminações no agregado, não sendo utilizados no concreto). 
Minerais Carbonáticos 
� Calcita e Dolomita (São minerais constituídos de carbonatos de cálcio e/ou magnésio, menos duros que o quartzo e o feldspato, com panos de fraturas em 
3 direções e ocorrem em algumas em rochas sedimentares como o calcáreo e o dolomito)). 
Sulfetos 
 
e Minerais 
� Pirita, Pirrotita e Marcassita (São minerais constituídos principalmente de sulfato de ferro encontrados nas rochas ígneas, metamórficas e, 
especialmente, sedimentares que podem apresentam efeitos deletérios (p. ex. corrosão da armadura de aço, e fissuras e expansão do 
concreto)). 
 
Sulfatados 
� Gipsita, Anidrita e Gesso Hemidrato (São minerais constituídos de sulfatos de cálcio, encontrados, como impurezas, em rochas carbonáticas e argilosas 
ou como contaminações em pedregulhos e areia, que no concreto aumentam a possibilidade fissuras devido ao ataque de sulfatos). 
Óxidos de Ferro 
� Magnesita, Hematita e Ilimenita (São óxidos de ferro, duros e resistentes, presentes nos agregados utilizados na produção de concreto pesado para 
centrais nucleares). 
 
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 11
 
As rochas ígneas, também, podem ser classificadas em função do teor de sílica 
(SiO2), principal elemento químico presente nos seus minerais, em1,4,5,8,12,13: 
• ácidas (> 65% de SiO2); 
• intermediárias (65% ≤ SiO2 < 52%); 
• básicas (52% ≤ SiO2 < 45%); ou 
• ultrabásicas (45% ≤ SiO2). 
 
O agregado oriundo de rochas ígneas de caráter ácido e com minerais não 
cristalinos de granulação fina pode apresentar reações deletérias com os álcalis do 
cimento Portland1. 
 
 As rochas sedimentares são formadas pela deposição e posterior litificação 
(sedimentos consolidados) ou não (sedimentos não consolidados) dos sedimentos 
originados de outras rochas ou provenientes de precipitações químicas ou pela 
acumulação de restos de seres vivos. As rochas sedimentares apresentam agregados 
que podem ser considerados como pronto para uso no concreto, tais como a pedra de 
mão, o pedregulho e a areia. Todavia, as características e propriedades de algumas 
destas rochas (calcário, arenito, etc.) podem variar muito, dependendo da intensidade do 
processo de consolidação1,12,13. 
 
 As rochas metamórficas são formadas pela transformação de massas rochosas 
sólidas pré existentes pela ação individual ou conjunta da temperatura, da pressão e de 
fluidos que deram origem a novos tipos petrográficos. Frequentemente, apresentam 
estrutura foliada em camadas com planos principais de fraturas paralelos, de modo que a 
resistência mecânica neste plano é sensivelmente menor que nos demais1,12,13. 
 
 Nos grandes centros urbanos do Brasil a grande maioria dos1,8: 
• agregados miúdos é de origem natural sedimentar (areia natural), exceto em algumas 
cidades (pó de pedra); e 
• agregados graúdos é de origem artificial ígnea (britas de basalto e granito) e, menos 
acentuadamente, sedimentar (britas de calcário). 
 
No interior do país predomina os agregados miúdos e graúdos naturais 
sedimentares (areia e pedregulho). Na cidade do Rio de Janeiro a grande maioria dos 
agregados miúdos é sedimentar (areia natural) e dos graúdos é artificial metamórfica 
(britas de gnaisse)1,8. 
 
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 12
 
 O Quadro 7 e a Figura 3 mostram, sumariamente, a classificação geológica, os 
tipos e minerais predominantes nas rochas, e as características gerais dos agregados 
para concreto em funçãoda rocha de origem. 
 
Obtenção dos AgregadosObtenção dos AgregadosObtenção dos AgregadosObtenção dos Agregados 
 Em regiões próximas a centros urbanos, normalmente, se dispõe de informações 
detalhadas sobre as características do agregado e/ou das jazidas disponíveis para que o 
tecnologista de concreto avalie a viabilidade do seu aproveitamento na produção do 
concreto com as propriedades especificadas. Todavia, em regiões distantes dos centros 
urbanos o mesmo não ocorre, o que requer um estudo de prospecção e de exploração de 
jazidas. Na literatura técnica encontra-se vários artigos sobre construções de concreto, 
como barragens, que se tornaram inviáveis economicamente ou que apresentaram as 
suas condições de utilização parcial ou totalmente inviabilizadas, face a ausência de um 
estudo prospectivo das jazidas ou de uma caracterização tecnológica suficiente do 
agregado7,,8. 
 
O estudo de prospecção e de exploração das jazidas depende de questões7,8: 
• físicas, como distância da jazida a obra, facilidade de acesso a jazida, quantidade 
necessária de agregado em relação a disponibilidade de material na jazida, etc.; 
• legais, como restrições impostas por leis ambientais, custo das desapropriações de 
terrenos, etc.; e 
• técnicas, como ensaios geofísicos da região da jazida, sondagens, ensaios 
tecnológicos de caracterização, etc. 
 
Finalmente, de posse destas informações pode-se definir a jazida de melhor 
aproveitamento técnico e econômico. 
 
Obtenção do Agregados NaturaisObtenção do Agregados NaturaisObtenção do Agregados NaturaisObtenção do Agregados Naturais 
 Os agregados naturais são aqueles encontrados na natureza, praticamente, 
prontos para uso, como a areia natural e o pedregulho, necessitando apenas de um curto 
beneficiamento, como a lavagem de contaminações e a classificação por peneiramento. 
As jazidas de agregados naturais podem ser classificadas conforme apresentado no 
Quadro 8. 
 
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 13 
 
Quadro 7: Classificação das rochas quanto a origem e gênese, tipos, minerais predominantes e características dos agregados 1,12,13. 
 
Classificação das Rochas Características 
Quanto à Quanto à Quanto ao “Nome” Usual (Minerais Predominantes) Gerais do 
Origem Gênese Silicosas Carbonáticas Argilosas Agregado 
 
 
 
 
 
Plutônicas 
Granito 
(Quartzo, feldspato e Mica) 
Sienito 
(Feldspato, anfibólio e biotita) 
Diorito 
(Feldspato, anfibólio e biotita) 
Gabro 
(Anfibólio, piroxênio e feldspato) 
Diabásio 
(Anfibólio, piroxênio e feldspato) 
 
São de excelente qualidade, pois 
apresentam: 
� granulação de média a grosseira; 
� boa resistência mecânica; 
� partículas relativamente cúbicas; 
� baixa porosidade e absorção de 
água; e 
� não reagem com os álcalis do 
cimento Portland. 
 
Ígneas 
 
 
 
Hipoabissais 
Riolito 
(Quartzo, feldspato e Mica) 
Traquito 
(Feldspato, anfibólio e biotita) 
Andesito 
(Feldspato, anfibólio e biotita) 
Basalto 
(Anfibólio, piroxênio e feldspato) 
 
São de boa qualidade, pois 
apresentam granulação fina e dura, 
exceto aqueles oriundos do riolito, do 
traquito e do andesito com matéria 
não cristalina que podem reagir com 
os álcalis do cimento Portland. 
 
 
 
Vulcânicas 
Obsidiana 
(Vidro denso c/ alto teor de SiO2) 
Perlita 
(Vidro folheado de alto teor de SiO2) 
Pedra Pome 
(Vidro poroso) 
 
Agregados de obsidina são densos e 
duros, todavia pouco comuns, e de 
perlita (após tratados termicamente) 
e pedra pome são porosos e pouco 
resistentes, mais utilizados na 
produção de concreto leve ou 
isolante térmico. 
 
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 14 
(Continuação do Quadro 7) 1,12,13. 
Classificação das Rochas Características 
Quanto à Quanto à Quanto ao “Nome” Usual (Minerais Predominantes) Gerais do 
Origem Gênese Silicosas Carbonáticas Argilosas Agregado 
 
 
 
Depositadas 
Mecanicamente 
 
 
Pedra de Mão 
Pedregulho 
Areia Natural 
(São possíveis todos os minerais) 
 
 
Siltito 
(Minerais da sílica e 
silicosos) 
 
Argilito e Folhelho 
(Argilominerais) 
Quando derivados do processo de 
intemperismo e prontos para uso - 
pedra de mão, pedregulho e areia 
- apresentam partículas 
resistentes, duras, arredondadas 
de superfície lisa. Agregados de 
folhelhos são lamelares e se 
desintegram na água. 
 
 
 
 
Sedimentares 
 
 
 
 
Depositadas 
Mecanicamente 
e Consolidadas 
por Via Química 
Arenito 
(Quartzo e feldspato cimentado por 
minerais da sílica ou calcários) 
Grauvaca 
(Arenitos cimentado por argila ou 
folhelho) 
 São de boa qualidade, todavia 
podem apresentar grande 
variabilidade na porosidade, 
absorção de água, resistência 
mecânica e durabilidade 
dependendo do processo de 
formação. 
 
 
 
 
Depositadas e 
Consolidadas 
por Via Química 
 
 
 
Chert5 
(Quartzo e calcedônia) 
Sílex Córneo 
(Quartzo, calcedônia e opala) 
Calcário 
(Calcita) 
 
Calcário 
Magnesiano 
(Calcita e dolomita) 
 
Calcário Dolomítico 
(Dolomita e calcita) 
 
Dolomito 
(Dolomita) 
 Agregados de rochas carbonáticas 
são de boa qualidade, todavia 
podem apresentar partículas 
lamelares e grande variabilidade 
na porosidade, absorção de água, 
resistência mecânica e 
durabilidade dependendo do 
processo de formação. Já os de 
rochas silicosas são duros, 
contudo reativos com os álcalis do 
cimento Portland. 
 (Continua na folha seguinte) 
 
5
 Também, denominados de sílex córneo1. 
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 15 
(Continuação do Quadro 7) 1,12,13. 
Classificação das Rochas Características 
Quanto à Quanto à Quanto ao “Nome” Usual (Minerais Predominantes) Gerais do 
Origem Gênese Silicosas Carbonáticas Argilosas Agregado 
 
 
 
Metamórficas 
 
 
 
Vide Figura 3 
Gnaisse 
(Quartzo, feldspato e Mica) 
Micaxisto 
(São possíveis todos os minerais) 
Quartzito 
(Quartzo cimentado por reações 
sílica/calcário) 
Mármore 
(Presença de todos 
os minerais 
carbonáticos e 
mais algumas 
impurezas) 
Filito 
(Argilomineral 
e clorita) 
Ardósia 
(Argilomineral e 
quartzo) 
São densos mas de estrutura, 
geralmente, folheada, que gera 
partículas lamelares após o 
britamento. Alguns agregados de 
filitos são reativos com os álcalis do 
cimento Portland. 
 
Figura 3: Esquema ilustrando o processo de metamorfismo de algumas rochas1,12,13. 
 
Argilas 
 
 
 ↓↓↓↓ 
 
Folhelhos 
 
 
 ↓↓↓↓ 
 
Filitos 
 
 
 
Arenitos 
 
→→→→ 
 
Quartzitos 
↓↓↓↓ 
→→→→ Micaxistos ←←←← 
↑↑↑↑ 
 
Mármores 
 
←←←← 
 
Calcários 
 
Gnaisses 
 
 
 ↑↑↑↑ 
 
Granitos 
 
 
 
 
 
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 16
 
Quadro 8: Classificação e características gerais das jazidasde agregados naturais8. 
Quanto a Gênese Definição da Jazida e Características do Agregado 
 
 
 
Depósitos Residuais 
São depósitos formados pela ação do intemperismo físico ou 
químico, localizados nas proximidades da rocha matriz e 
compostos de agregados com granulometria bem distribuída, 
resistência e dureza. Todavia podem apresentar bastante 
impurezas. 
 
Depósitos Eólicos 
São depósitos formados pela ação do vento (dunas) e 
compostos de agregados má distribuição granulométrica, em 
geral muito fina, porém sem impurezas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depósitos Aluviais 
São depósitos formados pela ação do água do mar ou dos 
rios. Os depósitos marítimos apresentam má distribuição 
granulométrica, em geral descontínua. Já os depósitos fluviais 
originam, normalmente, os melhores agregados naturais. 
 
 
Quanto ao Tipo Definição da Jazida 
Bancos São aquelas que se formam acima do leito do rio. 
Minas São aquelas formadas no subsolo. 
Jazidas de Rio São aquelas formadas no leito e nas margens do rio. 
Jazidas de Mar São aquelas formadas tanto na praia como no leito do mar. 
 
Obtenção dos Agregados ArtificiaisObtenção dos Agregados ArtificiaisObtenção dos Agregados ArtificiaisObtenção dos Agregados Artificiais 
 Os agregados artificiais são obtidos nas pedreiras por processos industriais que 
reduzem o tamanho das rochas em partículas de pequena dimensão e graduação 
normalizada – NBR 721111 – através da trituração. A Figura 4 ilustra o processo de 
produção de agregados artificiais. 
 
A extração e a fragmentação secundária dos blocos de rocha são efetuadas por meios 
mecânicos (p. ex. marteletes) ou detonações (fogachos). O transporte dos fragmentos de 
rocha podem ser realizados por transporte rodoviário ou esteiras rolantes. O britagem 
dos fragmentos de rocha determina a forma e a granulometria do grão da brita8. Todavia, 
é no peneiramento que se obtêm a brita com granulometria graduada conforme 
recomenda a NBR 72119. O excesso de material fino é lavado das britas durante o 
processo de peneiramento. Estes finos originam a areia artificial, após sedimentados e 
separados por equipamentos próprios. O armazenamento das britas graduadas e da 
areia artificial deve ser realizada de modo a não modificar a sua granulometria original8. 
 
 
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 17
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Esquema simplificado das operações de produção de brita pela indústria de 
pedra britada ou pedreira. 
 
Agregados Não ConvencionaisAgregados Não ConvencionaisAgregados Não ConvencionaisAgregados Não Convencionais 
• Tradicionalmente, os agregados utilizados no concreto são os obtidos prontos na 
natureza ou os mecanicamente britados de rochas. Todavia, é crescente número de 
estudos e exemplos de obras de concreto com agregados obtidos de outras matérias 
primas e processos industriais, principalmente devido1: 
 
 
Transporte 
Jazida 
Operação de 
 Desmonte 
Fragmentos 
de Rocha 
Fragmento 
 de Pedra 
Britagem 
 
Fragmentação 
Secundária 
 
Peneira 
 
Transporte Transporte 
Britador Secundário e 
Primário 
Peneiramento e 
Lavagem das Britas 
 
 
 
Transporte 
Armazenagem das Britas Graduadas 
 
 
Rebritador 
Armazenagem da Areia Artificial 
Separador de 
Partículas 
 
 
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 18
 
 
• a diversificação das aplicações do concreto na construção civil além daquelas ditas 
convencionais, impulsionada pela grande demanda do mercado construtor; 
• a capacidade do concreto de incorporar, como matéria-prima e muitas vezes com 
vantagens, resíduos industriais, impulsionada pela atual importância mundial dada a 
conversação do meio ambiente; e 
• o gradativo distanciamento entre os grandes centros urbanos, em geral os maiores 
consumidores de agregado britado mecanicamente, e a indústria de pedra britada, 
cujo item da planilha de custos mais oneroso é o transporte. 
 
O Quadro 9 concentra algum dos principais agregados não convencionais utilizados 
no concreto em outros países. No Brasil o estágio de utilização destes agregados em 
obras de concreto ainda é muito incipiente, todavia alguns pesquisadores tem 
desenvolvido estudos à respeito1. O Quadro 3 conceitua e mostra exemplos de 
agregados leves e pesados, agregados especiais6 fabricados e utilizados no concreto no 
Brasil, especialmente os primeiros na produção de concreto leve. 
 
 
 
6
 Segundo a NBR 99355, agregados especiais são aqueles cujas propriedades podem conferir aos concretos um 
desempenho que permita ou auxilie o atendimento de solicitações específicas em obras não usuais. 
 
 
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 19
Quadro 9: Tipos e características gerais dos agregados especiais1: 
Agregado Não Convencional Processo de Obtenção Características Gerais do Agregado 
 
Agregado de Escória de 
Alto-Forno 
São obtidos pela moagem e graduação da 
escória de alto-forno resfriada lentamente 
em siderúrgicas. 
Apresentam grãos de aluminosilicatos de cálcio duros e resistentes ou 
porosos (depende do teor de SiO2), apresentam massa específica 
entre leve e normal e, caso haja sulfeto de ferro em excesso, podem 
ocorrer manchas e redução na durabilidade. 
 
Agregado de 
 Cinza Volante 
São obtidos pela pelotização e, posterior 
sinterização em fornos, das cinzas 
produzidas pela combustão do carvão 
pulverizado nas termelétricas. 
Apresentam grãos de grãos leves de silicoaluminatos amorfos, 
fabricados comercialmente no Reino Unido. 
 
 
 
 
 
Agregado de Concreto 
Reciclado 
São obtidos pela trituração do entulho de 
concreto de construções demolidas. 
São agregados graúdos recobertos por pasta de cimento, graduados, 
sem a presença de constituintes indesejáveis (como o excesso de pó) 
e que apresentam propriedades próximas as do concreto original. 
 
 
 
 
 
Agregado de 
Resíduos de Rejeitos 
Urbanos 
São obtidos pela trituração ou secagem ou 
incineração de resíduos como vidro papel, 
metais e materiais orgânicos. 
Os vidros triturados reduzem a trabalhabilidade, resistência e 
durabilidade do concreto a longo prazo. Os metais como alumínio são 
atacados em meios alcalinos como o do cimento. O papel e rejeitos 
orgânicos modificam a pega do concreto. 
 
 
Agregado Leve 
São obtidos pelo beneficiamento de rochas 
ígneas ou tratamento térmico ou de 
resíduos da indústria de madeira. 
Apresentam grãos de estrutura celular ou porosa e baixa massa 
unitária. Os de origem mineral, como a pedra pome e a vermiculita, 
são utilizados em concretos isolantes ou leves dependendo da 
resistência do agregado. Os de origem orgânica, como, como a 
serragem e o cavaco, podem reduzir a durabilidade do concreto. 
 
 
 
 
 
Agregado Pesado São obtidos pelo beneficiamento de rochas 
naturais. 
Apresentam elevada massa unitária e são utilizados em concretos 
pesados, como concreto para blindagem radioativa. 
 
 
 
Agregado deClínquer 
São obtidos pelo aquecimento (> 1.000 oC) 
da argila, calcário, bauxita, etc. em fornos 
rotativos de cimento Portland e Aluminoso. 
Grãos, em geral graúdos, de silicatos e/ou aluminatos de cálcio, duros 
e que reagem lentamente com a pasta de cimento Portland ou 
Aluminoso hidratada, aumentando a resistência e durabilidade. 
 
 
 
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 20
Características e Propriedades do AgregadoCaracterísticas e Propriedades do AgregadoCaracterísticas e Propriedades do AgregadoCaracterísticas e Propriedades do Agregado 
 Para que se proceda a dosagem teórica de um concreto é necessário o conhecimento 
de determinadas características físicas do agregado. Estas características estão relacionadas 
no Quadro 10. 
 
 Em termos de desempenho no concreto no estado fresco e endurecido, a NBR 72119 
recomenda que o agregado apresente as seguintes características gerais: 
“...ser compostos por grãos de minerais duros, compactos, duráveis e limpos e não 
devem conter substâncias de natureza e em quantidade que possam afetar a 
hidratação e o endurecimento do cimento, a proteção da armadura, a durabilidade 
ou, quando for requerido, o aspecto visual externo do concreto...”. 
 
 Um simples exame visual do agregado não permite avaliar o atendimento a esta 
recomendação. Assim, no caso do agregado (em geral, encontrado nos centros urbanos) em 
que se dispõe de um histórico do seu desempenho no concreto de características similares ou 
em condições de exposição equivalentes deve-se determinar, pelo menos, as características 
indicadas no Quadro 11 e verificar o atendimento aos limites recomendados na NBR 72119. 
Entretanto, no caso do agregado (em geral, disponível nas regiões do interior do país) sem 
antecedentes de desempenho ou que não atenda aos limites recomendados pela norma9, 
deve-se realizar uma apreciação petrográfica conforme a NBR 738914 em amostras 
representativas do agregado. 
 
A NBR 738914 define a apreciação petrográfica como: 
“...o estudo macroscópico, se necessário com o auxílio da lupa, dos materiais 
naturais, identificando seus elementos e constituintes e propriedades, visando a 
sua utilização...”. 
 
A apreciação petrográfica fornece as características do agregado (tipo, cor, estrutura e 
textura dos grãos minerais), a avaliação do estado de alteração, a composição mineralógica 
essencial, as propriedades físico-mecânicas e a forma do grão, que permitem inferir sobre a 
aproveitabilidade do agregado para o concreto. Caso estas informações sejam insuficientes 
ou pouco seguras ou a importância ou o grau de responsabilidade da obra exija, a apreciação 
petrográfica pode sugerir13,14: 
• a determinação de características complementares, cujas principais estão relacionadas no 
Quadro 12; 
• a realização de análise petrográfica em seção delgada com o microscópio petrográfico; 
 
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 21
• a análise por difração de raios X; e 
• a análise termo-diferencial. 
 
As três últimas análises fornecerão subsídios para avaliar a durabilidade do agregado no 
concreto com mais segurança e precisão. 
 
Influência das Características e Propriedades do Agregado no Concreto Influência das Características e Propriedades do Agregado no Concreto Influência das Características e Propriedades do Agregado no Concreto Influência das Características e Propriedades do Agregado no Concreto 
 
 A Figura 5 ilustra sumariamente a correlação entre as características e propriedades do 
agregado e as do concreto. 
 
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 22 
Quadro 10: Características físicas do agregado1,2,3,7,8,10,11. 
Característica Definição Metodologia de Ensaio Importância no Concreto 
 
 
 
 
Massa 
Específica 
É a massa pelo volume do agregado. 
Valores típicos: de 2,55 a 2,70 kg/dm3. 
NBR 9776 para agregados 
miúdos e NBR 9937 e NBR 6458 
para agregados graúdos. 
Na dosagem teórica do concreto é utilizada no 
cálculo do consumo de materiais por m3 de 
concreto. 
 
Massa 
 Unitária 
É a massa pelo volume ocupado pelo 
agregado e os vazios entre os seus 
grãos. Valores típicos: de 1,3 a 1,7 
kg/dm3. 
NBR 7251 para agregado no 
estado solto e NBR 7810 para 
agregado compactado. 
Na dosagem teórica do concreto é utilizada no 
cálculo do consumo de materiais por m3 de 
concreto e na conversão do traço de concreto de 
massa para volume. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Absorção 
Quociente entre o aumento da massa do 
agregado devido ao preenchimento de 
seus poros por água e a massa do 
agregado seca, expresso em %. 
NBR 9777 para agregados 
miúdos e NBR 9937 e NBR 6458 
para agregados graúdos. 
Na dosagem teórica do concreto é utilizada para 
corrigir as proporções da água de amassamento e 
dos agregados, podendo reduzir a trabalhabilidade 
do concreto. 
 
Teor de 
Umidade Total7 
Quociente entre a massa de água total 
que envolve a superfície e preenche os 
poros permeáveis do agregado e a sua 
massa seca, em %. 
NBR 9775 para agregados 
miúdos e NBR 9939 para 
agregados graúdos. 
Na dosagem teórica do concreto é utilizada para 
corrigir as proporções da água de amassamento e 
dos agregados, podendo reduzir a trabalhabilidade 
do concreto. 
 
 
 
 
 
 
Coeficiente de 
Inchamento8 
Quociente entre o volume úmido e seco 
de uma mesma massa do agregado 
miúdo. 
 
NBR 6467 
Na dosagem teórica do concreto é utilizada para 
corrigir o volume dos agregados, podendo alterar a 
trabalhabilidade e resistência do concreto. 
 
Composição 
Granulométrica 
Distribuição percentual, em massa, de 
cada uma das várias frações 
dimensionais do agregado em relação a 
sua massa total. 
 
 
 
 
 
NBR 7217 
Na dosagem teórica do concreto é utilizada no 
determinação do consumo de água e/ou cimento, 
influi na trabalhabilidade e no custo do concreto9. 
 
7
 Umidade superficial é o quociente entre a água em excesso na superfície do grão e a massa seca do agregado, expresso em %. 
8
 Umidade crítica é o teor de umidade acima do qual o coeficiente de inchamento pode ser considerado constante e igual ao coeficiente médio de inchamento. Coeficiente de 
inchamento médio é o quociente entre o coeficiente de inchamento máximo e o coeficiente de inchamento no ponto de umidade crítica. 
DELL
Nota
DELL
Realce
 
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 23 
 
Quadro 11: Características físicas e substâncias deletérias do agregado necessárias ao atendimento da NBR 72119. 
Característica Física Definição Método de Ensaio (Limites da NBR 72119) Importância no Concreto 
 
Composição 
Granulométrica 
Distribuição percentual, em massa, 
de cada uma das várias frações 
dimensionais do agregado em 
relação a sua massa total. 
NBR 7217 
(os limites granulométricos dos 
agregados miúdos e graúdos são 
apresentados nos Quadros 4 e 5). 
Na dosagem teórica do concreto é utilizada na 
determinação do consumo de água e/ou cimento, 
influi na trabalhabilidade e no custo do concreto10. 
 
 
 
 
 
 
Dimensão 
Máxima 
Característica 
 
Abertura nominal, em mm, da malha 
peneira da série normal ou 
intermediária11, na qual o agregado 
apresenta porcentagem retida 
acumulada igual ou imediatamente 
inferior a 5%, em massa. 
 
 
 
 
NBR 7217 
 (vide a observaçãodo Quadro 5). 
Ë parâmetro na determinação da menor 
dimensão da peça de concreto, no espaçamento 
entre as barras de aço e na dosagem teórica do 
concreto (o seu aumento reduz o consumo de 
água e/ou cimento), e influi na trabalhabilidade e 
no custo do concreto. 
 
 
 
 
 
Módulo de Finura 
Soma das percentagens retidas 
acumuladas, em massa, do agregado 
nas peneiras da série normal dividida 
por 100. 
 
 
 
 
 
NBR 7217 
É um índice de finura do agregado (quanto maior, 
mais graúdo será o agregado). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forma do Grão 
Feição exterior que o grão do 
agregado graúdo apresenta quanto a 
relação entre as dimensões, às 
arestas, cantos e faces. 
NBR 7809 
(o índice de forma do agregado graúdo 
não deve ser superior a 3). 
Influi na trabalhabilidade (grãos com formas 
arredondados proporcionam maior plasticidade 
ao concreto, enquanto que os com formas 
angulosas proporcionam efeito inverso) e na 
dosagem do concreto (aumenta o consumo de 
água ou pasta) do concreto 
 
9
 A NBR 721111 recomenda que a composição granulométrica dos agregados miúdos e graúdos atendam os limites de somente uma das faixas indicadas nos Quadros 4 e 5, 
respectivamente. Agregados miúdos com composições granulométrica diferentes das recomendadas em norma podem ser utilizados desde que haja um estudo prévio. 
10
 A NBR 72119 recomenda que a composição granulométrica dos agregados miúdos e graúdos atendam os limites de somente uma das faixas indicadas nos Quadros 
4 e 5, respectivamente. Agregados miúdos com composições granulométrica diferentes das recomendadas em norma podem ser utilizados desde que haja um estudo 
prévio. 
11
 A tabela 3.3 da NBR 72119 define a abertura de malha das peneiras que compõem a série normal e intermediária. 
 
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 24 
 
(Continuação do Quadro 11) 
Substância Deletéria Definição Método de Ensaio (Limites da NBR 72119) Importância no Concreto 
 
 
 
 
 
Teor de Argila em 
Torrões12 
Massa percentual de argila em 
torrões e materiais friáveis no 
agregado. 
NBR 7218 
(teor máximo para o agregado miúdo deve 
ser de 1,5% e para o graúdo de 1 a 3%). 
Aumenta o consumo de água, reduz a 
trabalhabilidade e a resistência à compressão e 
ao desgaste do concreto. 
 
 
Teor de Materiais 
Pulverulentos13 
Massa percentual de materiais 
pulverulentos no agregado. 
NBR 7219 
(teor máximo para o agregado miúdo deve 
ser de 3 a 5% e para o graúdo de 1%). 
Aumenta o consumo de água, reduz a 
trabalhabilidade, a aderência entre a pasta e o 
agregado graúdo, e a resistência à compressão 
e ao desgaste do concreto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teor de Impurezas 
Orgânicas14 
Comparação entre a cor da 
solução padrão e da solução 
com o agregado miúdo. 
NBR 7220 
(a solução com agregado miúdo não deve 
apresentar cor mais escura que a do 
padrão. Caso isto ocorra, realizar o ensaio 
de qualidade conforme NBR 7221). 
Modificam a pega e o enrijecimento e reduzem 
a durabilidade do concreto. 
 
 
 
 
 
Teor de Partículas 
Leves 
Massa percentual de partículas 
de carvão, madeira, linhito, etc. 
no agregado. 
ASTM C231 
(teor máximo para o agregado deve ser de 
0,5 a 1%). 
Causam manchamento e a redução da 
durabilidade do concreto. 
 
Reação Álcali-
Agregado 
Reação química entre os álcalis 
do cimento e os minerais da 
sílica do agregado. 
NBR NM 28, NBR 9773 e NBR 10340 
(a expansão de combinações cimento- agregado 
não devem exceder a 0,05% após 3 meses e a 
0,1% após 6 meses). 
Os produtos expansivos causam expansão e 
fissuração do agregado, da pasta (no entorno 
do agregado) e do concreto, reduzindo a 
durabilidade do concreto. 
 
 
 
 
 
Qualidade da 
Areia 
Comparação entre a resistência 
à compressão da argamassas 
com agregados miúdos 
duvidosos e de uso consagrado. 
NBR 7221 
(Esta norma recomenda que a resistência à 
compressão obtida com agregado miúdo 
suspeito seja pelo menos 95% da padrão). 
Possibilita a aceitação de agregados miúdos 
reprovados no ensaio de impurezas orgânicas 
húmicas. 
 
 
12
 Argila em torrões e materiais friáveis são partículas presentes nos agregados susceptíveis de serem desfeitas pela pressão entre os dedos polegar e indicador4,5. 
13
 Materiais pulverulentos são partículas minerais com dimensão inferior a 0,075 mm, inclusive os materiais solúveis em água, presentes nos agregados4,5. 
14
 Impurezas orgânicas são partículas, em geral, minúsculas de matéria orgânica de origem vegetal4,5. 
 
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 25 
(Continuação do Quadro 11) 
Substância Deletéria Definição Método de Ensaio (Limites da NBR 72119) Importância no Concreto 
 
Abrasão “Los 
Angeles” 
Perda de massa do agregado 
graúdo devido ao desgaste 
causado por cargas abrasiva no 
aparelho “Los Angeles”. 
NBR 6465 
(A abrasão “Los Angeles” deve ser menor 
que 50%). 
Apresenta correlação com a resistência à 
compressão do concreto e fornece indícios da 
resistência ao desgaste de pavimentos. 
 
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 26 
Quadro 12: Principais características complementares do agregado1,2,3,7,8,10,11. 
Substâncias Deletérias 
Característica Definição Metodologia de Ensaio Importância no Concreto 
 
Sanidade 
Perda de massa do agregado 
após ciclos de molhagem em 
sulfato de Na e Mg e secagem. 
 
NBR 12695, NBR 12696; e NBR 12697. 
Mede a resistência ao intemperismo, como ciclos 
de molhagem e secagem, que induz a variação de 
volume do concreto. 
 
Teor de Sais, 
Cloretos e 
Sulfatos 
Solúveis 
Massa percentual de sais, 
cloretos e sulfatos no agregado. 
 
 
 
NBR 9917 
Durabilidade (estas substâncias solúveis nos 
poros do concreto podem reagir com os 
compostos da pasta de cimento ou o aço da 
armadura produzindo compostos expansivos e 
fissuração no concreto) 
 
 
 
 
Propriedades Mecânicas 
Característica Definição Metodologia de Ensaio Importância no Concreto 
 
 
 
 
 
Resistência ao 
Esmagamento 
Fornece indícios da resistência 
mecânica dos agregados 
graúdos. 
 
NBR 9938 
 
A resistência à compressão e o módulo de 
deformação do agregado graúdo e do 
 
 
 
 
 
Módulo de 
Deformação 
Quociente entre a tensão de 
compressão e deformação do 
agregado. 
 
NBR 10341 
concreto estão diretamente relacionadas. 
 
 
 
 
Propriedade Física 
Característica Definição Metodologia de Ensaio Importância no Concreto 
 
 
 
 
 
 
 
Textura 
Superficial do 
Grão 
Aspecto apresentado pela 
superfície natural do grão ou 
fragmento de pedra britada. 
Análise por interferência ótica; 
microscópia eletrônica, projetor de 
imagens, Método Wright, etc. 
Influi na trabalhabilidade (grãos com superfícies 
lisas proporcionam maior plasticidade ao concreto, 
enquanto que os com superfícies ásperas 
proporcionam efeito inverso) e na dosagem 
(aumenta o consumo de água ou pasta) do 
concreto. 
 
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 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Diagrama ilustrando, em síntese, a relação entre as características da rocha matriz e características e propriedades do 
agregado e do concreto1,2,3,7,8,10,11. 
Massa Unitária 
Massa Específica 
Argila em Torrões 
Materiais Pulverulentos 
Impurezas Orgânicas 
Partículas Leves 
Módulo de Deformação 
Resistência à Tração 
 Resistência à Compressão 
 Abrasão “Los Angeles” 
Reações Álcali-Agregado 
C A R A C T E R Í S T I C A S E P R O P R I E D A D E S D O A G R E G A D O 
PROPRIEDADES DO 
 CONCRETO FRESCO: 
• Trabalhabilidade e Pega. 
ROCHA MATRIZ 
Macroestrutura do 
Agregado 
Intemperismo e Processo 
de Beneficiamento 
DOSAGEM DO 
CONCRETO: 
• Custo. 
Microestrutura 
 do Agregado 
Composição Mineralógica 
 Substâncias 
Deletérias 
Absorção 
Coeficiente de Inchamento 
Teor de Umidade Total 
Granulometria 
Diâmetro Máximo 
Módulo de Finura 
Forma do Grão 
Textura Superficial do Grão 
Características 
Físicas 
PROPRIEDADES DO 
CONCRETO ENDURECIDO: 
• Resistência e Durabilidade. 
C A R A C T E R Í S T I C A S E P R O P R I E D A D E S D O C O N C R E T O 
 
 
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Referências BibliográficasReferências BibliográficasReferências BibliográficasReferências Bibliográficas 
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Pini, São Paulo, 1994, 573 p. 
2-Coutinho, A. S. - “Fabrico e propriedades do betão”. LNEC, Lisboa, Setembro 1973, vol. 
1, 610 p.. 
3-Petrucci, E. G. R. - “Concreto de cimento Portland”. 9a edição, Editora Globo, Porto 
Alegre, 1982, 307 p.. 
4-Associação Brasileira de Normas Técnicas - “Materiais de pedra e agregados naturais”. 
ABNT, NBR 7225, Rio de Janeiro, 1993, 4 p.. 
5-_____________________________________ - “Terminologia - agregados”. ABNT, 
NBR 9935, Rio de Janeiro, 1987, 6 p.. 
6-_____________________________________ - “Cimentos, concretos e agregados – 
terminologia – Lista de termos”. ABNT, NBR NM 2, Rio de Janeiro, 1977, 68 p.. 
7-Ratton Filho, H. X. - “Materiais de construção: agregados”. Instituto Militar de 
Engenharia, Ministério do Exército, 1a edição, Rio de Janeiro, 1978, 117p.. 
8-Basílio, E. S. - “Agregados para concreto”. Associação Brasileira de Cimento Portland, 
Estudo Técnico no 41, São Paulo, Junho 1984, 43 p.. 
9-Associação Brasileira de Normas Técnicas- “Especificação - agregados para concretos”. 
NBR 7211, ABNT, Rio de Janeiro, 1982, 9 p.. 
10-Powers, T. C. - “The properties of fresh concrete”. John Wiley & Sons Inc., New York, 
1968, 664 p.. 
11-Neville, A. M. - “Properties of concrete”. Longman Scientific, London, 1981, 779 p.. 
12-Orchard, D. F. - “Concrete technology - properties and testing of aggregates”. vol. 3, 3 
th
 Edition, Applied Science Publishers Ltd, London, 1976, 281 p.. 
13-Associação Brasileira de Normas Técnicas - “Agregados – Constituintes mineralógicos 
dos agregados naturais”. NBR NM 66, ABNT, Rio de Janeiro, 1998, 9 p.. 
14-____________________________________- “Apreciação petrográfica de agregados”. 
ABNT, NBR 7389, Rio de Janeiro, 1982, 2 p..

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