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Toxoplasmose em Gestantes

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TOXOPLASMOSE
RESUMO
É uma zoonose causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que invade vários tecidos do organismo de animais e do homem, causando cegueira, retardo mental, aborto, má formação fetal, entre outros. É uma doença de grande importância para gestantes pois o parasita causa graves danos ao feto.
Palavras Chave: Toxoplasmose, gestantes.
1.INTRODUÇÃO
	É uma doença causada pelo Toxoplasma gondii que é um protozoário coccídio parasita intracelular obrigatório pertencente à família Sarcocystidae, classe Sporozoa que parasita qualquer célula nucleada dos mamíferos. É uma doença de grande importância para as gestantes já que o parasita atravessa a barreira placentária causando abortos espontâneos, morte do bebê, microcefalia entre outros e tem como hospedeiro definitivo os felídeos.
2.ETIOLOGIA
Os felídeos são os hospedeiros definitivos, sendo os únicos que liberam oocistos nas fezes e os outros como os mamíferos e aves são os hospedeiros intermediários. O parasita apresenta três formas infectantes durante o ciclo biológico, sendo elas: taquizoítos, bradzoítos e esporozoítos.
-Taquizoíto é a forma aguda da infecção ou proliferativa onde ocorre a multiplicação rápida dos taquizoítos que podem ser encontrados nos órgãos, linfa, sangue e secreções dos animais.
-Bradzoíto é a forma crônica da infecção onde ocorre a multiplicação lenta, são encontrados nos cistos teciduais, músculos, fígado, pulmão, cérebro e retina.
-Esporozóitos são encontrados nos oocistos, que se formam exclusivamente no intestino dos felídeos infectados.
3.CICLO DE VIDA
O T.gondii apresenta um clico Heteroxeno onde os hospedeiros definitivos são os felídeos que se infectam principalmente através da ingestão de mamíferos infectados, principalmente ratos e aves infectadas e insetos e minhocas que são os hospedeiros de transporte e através também de ingestão de fezes de outros gatos infectados. Somente os felídeos alberga o parasita no intestino onde ocorre a fase sexuada do ciclo de vida e excretam os oocistos no ambiente pelas fezes onde serão esporulados através do contato com o oxigênio e temperatura adequada 
O ciclo de vida do Toxoplasma gondii se passa em duas fases: a fase assexuada (nos tecidos de vários hospedeiros, inclusive do gato), e a fase sexuada (no epitélio intestinal de gatos jovens e outros felídeos não imunes). Na fase assexuada, um hospedeiro suscetível (homem, por exemplo) ingere oocistos ou entra em contato com taquizoítos eliminados na urina, leite, esperma, perdigotos, etc., ou, ainda bradizoítos ou taquizoítos encontrados na carne crua, poderá adquirir o parasito e desenvolver a fase assexuada. As formas que chegarem ao estômago serão destruídas, mas as que penetrarem na mucosa oral ou forem inaladas poderão evoluir, cada esporozoíto ou taquizoíto entrará numa célula e se reproduzirá intensamente (fase proliferativa); romperá a célula, liberando novos taquizoítos, que invadirão novas células. Essa disseminação do parasito no organismo se dá por taquizoítos livres na linfa, no sangue circulando ou, mesmo, por taquizoítos parasitando leucócitos. Já o ciclo sexuado ocorre somente no epitélio intestinal de gatos ou outro felídeo jovem. São, por isso, considerados hospedeiros definitivos. Assim, um gato jovem e não imune, se infectando oralmente por oocistos, cistos ou taquizoítos, desenvolverá o ciclo sexuado em seu epitélio intestinal. O tempo decorrido dessa infecção até o aparecimento de novos oocistos em suas fezes (período pré-patente) dependerá da forma ingerida. Este período será de 3 a 5 dias, quando a infecção ocorrer por cistos; 5 a 10 por taquizoítos, e 20 a 24 dias para oocistos. Os esporozoítos ou taquizoítos, ao penetrarem no epitélio intestinal do gato, por um processo de esquizogonia, darão origem a vários merozoítos que, por sua vez, se transformarão em gametas (gametogonia). O macrogameta permanecerá dentro de uma célula epitelial, enquanto que o microgameta sairá de sua célula e irá fecundar o macrogameta, formando o ovo ou zigoto. Esse evoluirá dentro do epitélio, dando origem ao oocisto; depois, a célula epitelial, em alguns dias, se rompe, liberando o oocisto imaturo. Essa forma, através das fezes, alcançará o meio externo e, após um período de cerca de quatro dias, ficará maduro, isto é, apresentará 2 esporocistos e cada um contendo 4 esporozoítos. O gato jovem é capaz de eliminar oocistos durante um mês, aproximadamente, não o fazendo mais depois disto.
Na fase Assexuada, os taquizoítos são destruídos se chegarem ao estômago, mas são capazes de aderir e penetrar nas células da mucosa local. Desse modo, qualquer forma que tenha sido a infecção, o ciclo continua, independente da fase do parasita. Cerca de 8 horas após a ingestão das formas infectantes, já estarão interiorizadas nas células do novo hospedeiro, dentro do vacúolo citoplasmático, iniciando o processo da reprodução assexuada. A reprodução se repete rapidamente rompendo as células e os taquizoítos produzidos invadem várias células nas proximidades ou à distância, que são levados pela circulação sanguínea ou linfática.A fase Sexuada ocorre quando um felino não imune ao caçar camundongos que estejam na fase aguda ou crônica da toxoplasmose ingere bradzoítos ou taquizoítos que se estiverem dentro dos vacúolos conseguem ultrapassar a barreira do suco gástrico e podem concluir o ciclo sexuado ou pela ingestão de oocistos que são capazes de atravessar a barreira gástrica e liberar esporozoítos no intestino.
Os gatos normalmente eliminam oocistos somente na primoinfecção e tornam-se imunes por toda a vida. Nem mesmo quando se tornam imunodeficientes, como nas infecções como FIV e FeLV, há aumento do risco de esses gatos se reinfectarem e eliminarem oocistos.
4.TRANSMISSÃO
Ocorre através da ingestão de oocistos do solo, água, areia, alimentos contaminados e onde os gatos defecam, ingestão de carne crua ou mal cozida contendo cistos teciduais, taquizoítos encontados no leite, saliva, esperma, lambedura ou perdigotos, transfusão sanguínea ou transplante ou ainda, congenitamente. A transmissão congênita é a mais grave e pode ser: 
-Transplacentária: Quando a gestante adquire a toxoplasmose durante a gravidez (entre o segundo mês e o fim da gestação) e, apresentando a fase aguda da doença, poderão transmitir T.gondii ao feto, tendo provavelmente os taquizoítos como formas responsáveis. 
-Rompimento de cisto no endométrio: Apesar do agente apresentar a doença na fase crônica, alguns cistos localizados no endométrio poderiam se romper (distensão mecânica ou ação lítica das vilosidades coriônicas da placenta), liberando os bradizoítos que penetrariam no feto. 
-Taquizoítos livres no líquido amniótico: Os taquizoítos presentes no líquido amniótico atingiriam o feto.
5.SINAIS CLÍNICOS
Nos humanos pode ocorrer:
Nos humanos, geralmente os sintomas da toxoplasmose podem não se manifestar ou serem confundidos com os de uma gripe e a pessoa nem fica sabendo que se infectou. Em outros, os sintomas incluem: febre diária, gânglios intumescidos e espalhados pelo corpo, mas a doença regride em algumas semanas, embora possa voltar se houver queda de resistência porque o Toxoplasma gondii não é eliminado do organismo. No entanto, se a imunidade estiver realmente comprometida, como ocorre nos pacientes com AIDS, por exemplo, há um tipo grave de toxoplasmose, a neurotoxoplasmose, que pode ser fatal se não for diagnosticada e tratada adequada e precocemente. A toxoplasmose crônica provoca retinocoroidite severa; fraqueza muscular, perda de peso, cefaléia e diarréia podem estar presentes. Os sintomas são vagos e indefinidos, e o diagnóstico é difícil.
Nas gestantes pode ocorrer:
-Primeiro trimestre – Aborto (dados estatísticos indicam que a freqüência de aborto é 10 vezes maior em gestantes com soro positivo do que normais).
-Segundo trimestre – Aborto ou nascimento prematuro, podendo a criança apresentar-se normal ou já com anomalias graves, típicas. 
-Terceiro trimestre – A criança pode nascer normal eapresentar evidência da doença alguns dias, semanas ou meses após o parto. Neste caso, mas em geral há um comprometimento ganglionar generalizado, hepatoesplenomegalia, edema, miocardite, anemia, trombocitopenia e lesão oculares, as quais são patognomônicas.
Nos animais pode ocorrer:
Nos animais o aborto e a pneumonia são os sintomas mais frequentes. 
-Em gatos: pode causar abortamento, moléstia neonatal, febre, anorexia, perda de peso, pneumonia e distúrbios neurológicos;
-Em cães: pode aparecer sintomas semelhantes ao da cinomose, transtornos gástricos, cerebrais e pneumônicos;
-Em suínos: leitões podem apresentar simples eczemas de pele, vertigens, debilidade, tremores musculares, dispneias, tumefação testicular, febre alta, pneumonia enterites, nefrites;
-Em bovinos: febre, taquipnéia, dispneia, tosse, inapetência ou decúbito permanente;
-Em coelhos: apatia, deixam-se capturar facilmente;
-Em caprinos: pirexia, hipertrofia dos linfonodos, anemia, enterite e encefalite. A forma subclínica é acompanhada de aborto, em alguns casos podem ocorrer mortalidade neo-natal, natimorto, reabsorção embrionária e nascimento de fetos mumificados.
6.DIAGNÓSTICO
Testes Sorológicos ou Imunológicos.
 
-Teste do corante ou reação de Sabin Feldman (FSF): Usado para diagnóstico individual na fase aguda ou crônica da doença. 
-Reação de fixação de complemento (RFC): É uma reação que apresenta maior sensibilidade na fase aguda da doença.
-Reações de imunofluorescência indireta (RIF): É um dos melhores métodos, sensível e seguro, e pode ser usado na fase aguda. Como crônica da doença. IgM - fase aguda e IgG - fase crôica
-Hemaglutinação indireta (HA): É simples e bastante sensível método de diagnóstico. Porém, inadequado para o diagnóstico precoce, pois não detecta toxoplasmose congênita em recém-nascido. 
-Imunoensaio enzimático ou teste ELISA: É um dos mais usados para screening inicial de toxoplasmose em seres humanos.
-Diagnóstico sorológico (IgM e IgG)
-Pesquisa do agente: Método de Isolamento do Parasita
 Detecção de taquizoíto (esfregaço e biópsia);
 Detecção de oocistos nas fezes.
-Cobaias: O Isolamento do toxoplasma da placenta, dos tecidos fetais e dos fluídos orgânicos através da inoculação em camundongos também é utilizado como meio de diagnóstico.
7.PROFILAXIA
-Não se alimentar de leites crus ou carne mal cozida de qualquer animal 
- Controlar a população de gatos vadios
- Os criadores de gatos devem mantê-los dentro de casa e alimentá-los com carne cozida ou seca, ou com ração de boa qualidade. 
-Proteger as caixas de areia para evitar que os gatos defequem nesse local 
-Exame pré-natal e acompanhamento ganglionar ou com histórico de aborto 
-Tratamento com espiramicina das grávidas em fase aguda (Igm ou IgG positivo)
8.TRATAMENTO
As drogas utilizadas atuam contra as formas proliferativas, mas não contra os cistos. Recomenda-se o tratamento apenas dos casos agudos, da toxoplasmose ocular e dos indivíduos imunodeficientes pelo fato das drogas serem tóxicas em uso prolongado.
-Eleição:
Sulfadiazina 
Pirimetamina		
-Drogas menos Ativas:
Clindamicina
Espiramicina
-Drogas em teste:
Azitromicina
Claritromicina
Dapsona
Rifabutina
Trovafloxacin
Atovaquone
9.METÓDOS DE CONTROLE
-Evitar o consumo de produtos animais crus ou mal cozidos (caprinos e suínos); 
-Lavar as mãos após manipular carne crua ou terra contaminada; 
-Impedir acesso de gatos em locais que armazenam ração;
-Impedir que crianças brinquem em caixas de areia;
-Grávidas no pré-natal devem fazer o exame para detecção da toxoplasmose;
-As gestantes devem lavar as mãos e utilizar luvas ao manusear terra e jardins para evitar a infecção;
-Limpar com álcool ou desinfetante o local onde o gato defeca;
-Alimentar os gatos e cães domésticos com ração própria, alimentos enlatados ou cozidos; não se deve oferecer carne crua;
-Vetores, como moscas e baratas, devem ser eliminados, pois transportam o agente do T.gondii.

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