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REVISÃO DE INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO CONCEITO LEGAL DE ACIDENTE DE TRABALHO: É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanentemente ou temporária. CONCEITO PREVECIONISTA DE ACIDENTE DE TRABALHO: É toda ocorrência não programada, não desejada, que interrompe o andamento normal do trabalho, podendo resultar em danos físicos e/ou danos matérias e econômicos a empresa e ao meio-ambiente. *Este conceito é mais abrangente do que o conceito legal, ele vai além do trabalhador, englobando a empresa e o meio-ambiente.* COMO OCORREM OS ACIDENTES DO TRABALHO: Os acidentes não acontecem por acaso e nem atingem indiscriminadamente as pessoas. Causa de acidente é qualquer fator que, se removido a tempo teria evitado o acidente. A causa pode ocorrer de fatores pessoais (dependentes do homem) ou materiais (decorrentes das condições existentes nos locais de trabalho). EFEITO DOMINÓ E OS ACIDENTES DE TRABALHO: Às vezes, pior que o acidente em si, são as suas consequências, todos sofrem: A vítima (incapacitada de forma total ou parcial, temporária ou permanentemente para o trabalho) A família (padrão de vida afetado pela falta dos ganhos normais) A empresa (perda da mão-de-obra, de material, de equipamentos, tempo) A sociedade (com o número crescente de inválidos e dependentes da previdência social) O meio-ambiente. ATO INSEGURO: É a maneira pela qual o trabalhador se expõe conscientemente ou inconscientemente a riscos de acidente. ATOS INSEGUROS MAIS COMUNS: 1. Levantamento impróprio de carga; 2. Imprudência; 3. Uso de calçados e roupas inadequados; 4. Operação de máquinas a velocidades inseguras; 5. Abusos, brincadeiras e grosserias. RISCOS AMBIENTAIS: São os riscos presentes nos locais de trabalho, capazes de afetar a saúde do trabalhador devido à presença de agentes físicos (pressões anormais e temperaturas extremas), químicos (gases, vapores, névoas e neblinas, pós e poeiras e fumos), biológicos (microrganismos vivos, fungos, bactérias e vírus), mecânicos ou ergonômicos (posições viciosas de trabalho, movimentos repetitivos, ritmos inadequados de trabalho, monotonia) e radiações (não-ionizantes – micro-ondas, infra vermelho e ultra violeta; ionizantes – AS MAIS PERIGOSAS E DEVEM SER CONTROLADAS: Raios-X, raios alfa, beta e gama; ruídos e vibrações). OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR QUANTO AO EPI: 1. Adquirir tipo adequado à atividade do empregado; 2. Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado; 3. Tornar obrigatório o seu uso; 4. Substituí-lo, imediatamente quando danificado ou extraviado; 5. Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica. CIPA (COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES) - FUNÇÕES: 1. Avaliar os riscos existentes nos locais de trabalho; 2. Avaliar a eficácia das medidas adotadas na prevenção; 3. Orientar e discutir, com os trabalhadores da empresa, questões de saúde e segurança. MEDIDAS BÁSICAS PARA EVITAR INCÊNDIOS: 1. Armazenamento adequado de materiais; 2. Organização e limpeza dos ambientes; 3. Instalação de para-raios; 4. Manutenção adequada das instalações elétricas, máquinas e equipamentos. PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS EM CASO DE INCÊNDIO: 1. Acionar o alarme; 2. Chamar o corpo de bombeiros (193); 3. Desligar as máquinas, aparelhos elétricos e bloquear a entrada de energia; 4. Abandonar a área imediatamente, de forma organizada e sem correria. 25,4 mm = 1’’ (pol ou in) e 1’ (pé ou ft) = 12’’ = 304,8mm AJUSTAGEM MECÂNICA: É um trabalho manual realizado com o auxílio da LIMA (Ferramenta de corte de aço carbono temperado), o trabalho executado com a lima depende da habilidade do operador e do uso da lima correta. AS LIMAS SÃO CALISSIFICADAS DE ACORDO COM AS CARACTERÍSTICAS: 1. Tamanho da lima – é dado pelo comprimento do seu corpo, sem contar a haste, (espiga ou punho) que penetra no cabo; 2. Largura da lima – é proporcional ao seu comprimento que é escolhido de acordo com a obra; 3. Espessura; TIPO DE PICADO: É a disposição e a forma dos dentes, pode ser simples (dentes em uma só direção Materiais mais macios) e duplo ou cruzado (dentes em duas direções Materiais mais duros e melhor acabamento superficial por conta da menor subdivisão de esforços). GRAU DO PICADO: Espaçamento entre os dentes, quanto mais fino o corte, menores e menos profundos devem ser os dentes. E) Grossa Desbastar grandes superfícies; F) Bastarda Obras diversas sem a necessidade de grande precisão e acabamento fino; G) Bastardinha Obras de precisão e quando se deseja melhor acabamento superficial; H) Murça Obras de precisão e quando se deseja melhor acabamento superficial; I) Murça fina Só são usadas em operações de maior precisão. INCOVENIENTES DO USO DE LIMA SEM CABO: 1. Diminuição da eficiência e do rendimento do trabalho, porque o operador envolve com a mão parte do picado da lima; 2. Maior facilidade de oxidação; 3. Possível ocorrência de acidentes nos pulsos dos operários. TRAÇAGEM É A OPERAÇÃO QUE CONSISTE EM TRASNPORTAR PARA AS PEÇAS: 1. Os contornos exatos da peça acabada; 2. Localização de furos; 3. As arestas dos planos das superfícies a serem usinadas; 4. Plano de orientação para fixação de peça durante a usinagem; 5. Pontos, linhas e planos de referência que permitirão verificar se a usinagem foi bem executada. A TRAÇAGEM PODE SER: 1. Plana ou bidimensional Chapas; 2. No espaço, tridimensional ou espacial Peças 3D. USINAGEM: É todo processo pelo qual a forma da peça é modificada pela remoção progressiva de cavacos ou aparas de materiais metálicos ou não metálicos. A USINAGEM PERMITE: 1. Acabamento de superfície de peças fundidas ou conformadas fornecendo melhor aspecto e dimensões com o maior grau de exatidão; 2. Possibilidade de furos, rasgos, roscas e etc.; 3. Custo mais baixo porque possibilita a produção de grandes quantidades de peças; 4. Fabricação de somente uma peça com qualquer formato a partir de um bloco de material metálico ou não metálico. O PROCESSO DE USINAGEM OCORRE ATRAVÉS DA CONJULGAÇÃO DE MOVIMENTOS ENTRE A FERRAMENTA E A PEÇA: a) Movimentos ativos ou principais – São aqueles que efetivamente promovem a remoção do cavaco: I – Movimento de corte; II – Movimento de avanço Ferramenta se desloca. b) Movimentos passivos ou auxiliares: I – Movimento ajuste, aproximação, recuo e etc. SUPERFÍCIES DA FERRAMENTA DE CORTE: Face: Superfície da cunha sobre a qual o cavaco escoa; Flanco: Superfície da cunha voltada para a peça; Flanco principal: Superfície da cunha voltada para a superfície transitória (onde a peça está sendo cortada naquele momento/instante); Flanco secundário: Superfície da cunha voltada para a superfície usinada da peça. GEOMETRIA DA FERRAMENTA: PLANOS E ÂNGULOS: 1. Plano principal Paralelo à direção do avanço longitudinal e transversal. Coincide com a superfície inferior de apoio da ferramenta; 2. Plano de corte Plano tangente à superfície de corte e passa pelo gume principal. α – Ângulo de incidência (ou de folga) Evita o atrito entre a peça e o flanco da ferramenta e permitir que o gume penetre no material e o corte livremente; β – Ângulo de cunha (ou de afiação) Quanto menor ele for, mais facilidade a cunha terá para cortar; γ – Ângulo de saída (ou de ataque) Sua função é a de facilitar o escoamento do cavaco; δ – Ângulo de corte = α + β. α + β + γ = 90º PARAMETROS DE CORTE OU REGIME DE CORTE: 1. Velocidade de corte; 2. Avanço ou velocidade de avanço; 3. Profundidade de corte. CAVACO: São os pedaços de material removidos da peça durante o processo de usinagem. VELOCIDADE DE CORTE (VC OU V): É a velocidade instantânea do ponto de referência do gume da ferramenta, segundo a direção e o sentido de corte. [m/min]d = diâmetro da peça em mm, no torneamento ou diâmetro da fresa no fresamento ou diâmetro da broca na furação; n = número de rotações por minuto. VELOCIDADE DE AVANÇO (Va ou Vf): É a velocidade instantânea do ponto de referência do gume, segundo a direção e sentido de avanço. [mm/min] a = avanço, em mm/volta; n = rotação do eixo-árvore por minuto (rpm) PROFUNDIDADE DE CORTE (p ou ap): É a profundidade de penetração da aretas principal de corte, medida numa direção perpendicular ao plano de trabalho, em mm. [mm] ou [mm] Usinagem plana CÁLCULO DO TEMPO DE CORTE (tc): O percurso de avanço (comprimento do corte), Ia, correspondente ao tempo tc: min. min LEMBRE-SE! tc = tempo de corte, min; Ia = percurso do avanço, mm; d = diâmetro, mm; vc = velocidade de corte, m/min; p = profundidade do corte, mm. Ia = va x tc A VELOCIDADE DE CORTE INCORRETA PODE SER MAIOR OU MENOR QUE A IDEAL: a) Velocidade maior: 1 – Superaquecimento da ferramenta que perde suas características de dureza e tenacidade; 2 – Superaquecimento da peça, gerando modificação de forma e dimensão na superfície usinada; 3 – Desgaste prematuro da ferramenta de corte; b) Velocidade menor: 1 – O corte fica sobrecarregado, gerando travamento e posterior quebra ferramenta, a inutilizando e a peça usinada; 2 – Problemas na máquina ferramenta, que perde rendimento do trabalho porque está sendo subutilizada. FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE CORTE: 1. Tipo de material da ferramenta; 2. Tipo de material a ser usinado; 3. Tipo de operação; 4. Condições de refrigeração; 5. Condições da máquina e etc. É PRECISO LEMBRAR QUE O MATERIAL DA FERRAMENTA PRECISA SER MAIS DURO QUE O MATERIAL QUE VAI SER USINADO. A FORMAÇÃO DE CAVACO INFLUENCIA DIVERSOS FATORES: 1. O desgaste da ferramenta; 2. Os esforços de corte; 3. O calor gerado na usinagem; 4. A penetração do fluido de corte; 5. A formação do gume postiço de corte. ESTÃO ENVOLVIDOS COM O PROCESSO DE FORMAÇÃO DO CAVACO: 1. Aspectos econômicos e de qualidade da peça; 2. A segurança do operador; 3. A utilização adequada da máquina-ferramenta, etc. É na face da ferramenta que há o desgaste. O TIPO DE CAVACO FORMADO DEPENDE: 1. Das propriedades do material usinado – Cavacos diferentes para materiais diferentes; 2. Da geometria da ferramenta de corte – Ângulos, principalmente o de saída; 3. Das condições de corte – Regime de corte. OS 3 TIPOS FUNDAMENTAIS DE CAVACO: a) Cavaco contínuo É formado continuamente, devido a ductilidade do material e a alta velocidade de corte (É ruim pois não quebra). b) Cavaco cisalhado ou serrilhado O material fissura no ponto mais solicitado. O cavaco apresenta um serrilhado nas bordas. c) Cavaco quebrado (arrancado) Produzido na usinagem de materiais frágeis, com baixa plasticidade, tais como ferro fundido (FoFos) e bronze (não escoa). CAVACOS BONS SÃO AQUELES: 1. Ocupam pouco volume; 2. Não obstruem o local de trabalho; 3. São removidos facilmente da zona de trabalho. FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMA DO CAVACO: 1. Material da ferramenta; 2. Material da peça usinada; 3. Geometria da ferramenta; 4. Máquina-ferramenta; 5. Parâmetros de corte; 6. Quebra-cavacos Dispositivos para segmentar o cavaco. COMO PROVOCAR MUDANÇAS NA FORMA DO CAVACO: 1. Alterar as condições de usinagem (alta deformação do cavaco): a) Emprego de ângulos de saída negativo; b) Aumento do avanço e diminuição da velocidade de corte. 2. Alterar a superfície de saída através do uso de quebra-cavaco; 3. O uso do fluído de corte altera a forma do cavaco. GUME POSTIÇO OU ARESTA POSTIÇA DE CORTE (PROVA): O forte atrito entre o cavaco e a ferramenta arranca pequenas partículas do cavaco, que se soldam ao gume passando a atuar como uma nova superfície de saída. O gume postiço é formado pela aderência de pequenas partículas do cavaco a superfície da cunha/gume da ferramenta fazendo com que se perca. O GUME POSTIÇO NÃO SENDO UM GUME AFIADO, DIFICULTA O CORTE E PIORA O ACABAMENTO SUPERFICIAL. O GUME POSTIÇO PROVOCA: 1. Desgaste da ferramenta; 2. Variação no tamanho do gume da ferramenta; 3. Péssimo acabamento superficial. COM O AUMENTO DA VELOCIDADE DE CORTE, NÃO HÁ FORMAÇÃO DE GUME POSTIÇO E O ACABAMENTO SUPERFICIAL DA PEÇA MELHORA: 1. O gume postiço solda mais fortemente em ferramentas de aço rápido; 2. O metal duro oferece menor aderência; 3. Recobrimento de TiN e TiALN no metal duro praticamente evita a formação do gume postiço. RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR O GUME POSTIÇO (PROVA): 1. Usar velocidades mais elevadas (eventualmente substituir a ferramenta de aço rápido por metal duro); 2. Empregar menor profundidade de corte em operações a baixas velocidades; 3. Usar ferramenta de metal duro recobertas de TiN e TiALN; 4. Polir a superfície de saída e aumentar o ângulo de saída da ferramenta de aço rápido. QUANTO MAIOR A VC MAIS CALOR É GERADO NA INTERFACE DA FERRAMENTA! TORNEAMENTO, APLAINAMENTO, FURAÇÃO, FRESAMENTO E BROCHAMENTO SÃO PROCESSOS COM FERRAMENTA DE CORTE DE GEOMETRIA DEFINIDA, JÁ A RETIFICAÇÃO É O PROCESSO COM FERRAMENTA DE CORTE DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA. TORNEAMENTO: É o processo de usinagem destinado à obtenção de superfícies de revolução, pela ação de uma ou mais ferramentas monocortantes. OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO: a) Desbaste: Uso de baixa velocidade corte, maiores profundidades de corte e avanço Acabamento superficial ruim; b) Acabamento: Uso de elevada velocidade de corte, menores profundidade de corte e avanço acabamento superficial bom. OPERAÇÕES DO TORNEAMENTO: TORNEAMENTO EXTERNO: 1. Torneamento longitudinal; 2. Torneamento de perfis; 3. Faceamento. A MÁQUINA-FERRAMENTA USADA NO TORNEAMENTO É O TORNO MECÂNICO TAMBÉM CHAMADO DE TORNO PARALELO OU TORNO UNIVERSAL. APLAINAMENTO: É o processo de usinagem destinado à obtenção de superfícies regradas, horizontais, verticais ou inclinadas, geradas por um movimento retilíneo alternativo da peça ou da ferramenta. OPERAÇÕES DE APLAINAMENTO: 1. Rasgos; 2. Perfis; 3. Rachaduras em “T”; 4. Superfície côncava. AS PLAINAS: Plaina limadora: A ferramenta possui o movimento alternativo de vai e vem sobre a peça fixa na máquina; Plaina de mesa: O movimento principal é realizado pela mesa da máquina Usada para usinagem de peças de grandes dimensões. O APLAINAMENTO TEM UM CUSTO MENOR DO QUE OUTRAS USINAGENS QUE USAM FERRAMENTAS MULTICORTANTES. FURAÇÃO: É a operação que consiste em obter um furo cilíndrico pela ação de uma ferramenta que gira sobre seu eixo e penetra em uma superfície por meio de sua ponta cortante. BROCAS: São dotadas de movimento de rotação contínuo e de um movimento retilíneo de avanço, segundo um eixo de perfuração. a) Broca helicoidal de 2 ranhuras Para furar; b) Brocas de 3 ou 4 ranhuras Para operações de acabamento. MAIOR NÚMERO DE CORTES = MAIOR ACABAMENTO OPERAÇÕES CORRELATAS DA FURAÇÃO: 1. Alargamento; 2. Rebaixamento; 3. Escareamento; 4. Roscamento. GEOMETRIA DAS BROCAS: α – Ângulo de incidência (ou de folga) Evita o atrito entre a peça e o flanco da ferramenta e permitir que o gume penetre no material e o corte livremente; β – Ângulo de cunha (ou de afiação) Quanto menor ele for, mais facilidade a cunha terá para cortar; γ – Ângulo de saída (ou de ataque) Sua função é a de facilitar o escoamento do cavaco; δ – Ângulo de corte = α + β. ϕ – Ângulo de ponta PARÂMETROS NA FURAÇÃO: 1. Dureza do material; 2. O diâmetro do furo. Lembrar que a broca deve ser um pouco menor do que o furo que se pretende obter; Alimentação do fluído de corte deve ser abundante, para refrigerar e transportar o cavaco da zona de corte que é muito restrita.ϕ A BROCA HELICOIDAL É UMA FERRAMENTA DE CORTE DE FORMA CILÍNDRICA, FABRICADA COM AÇO RÁPIDO, AÇO-CARBONO, OU COM AÇO-CARBONO COM PONTA DE METALDURO. A BROCA DE AÇO RÁPIDO PODE TAMBÉM SER REVESTIDA COM NITRETO DE TITÂNIO, O QUE AUMENTA A VIDA ÚTIL DA FERRAMENTA PORQUE DIMINUI O ESFORÇO DO CORTE, O CALOR GERADO E O DESGASTE DA FERRAMENTA. ISSO MELHORA A QUALIDADE DE ACABAMENTO DO FURO E AUMENTA A PRODUTIVIDADE, UMA VEZ QUE PERMITE O TRABALHO COM VELOCIDADES DE CORTE MAIORES. FRESAMENTO: Processo de usinagem destinado à obtenção de superfícies quaisquer, planas ou curvas, internas ou externas, de quase todas as formas e dimensões, com o auxílio de ferramentas multicortantes, denominadas fresas. Possui grande versatilidade de geometrias possíveis de serem geradas, em virtude das variadas formas das fresas. Fresadora Máquina; Fresa Ferramenta. Quanto maior a quantidade de incertos, maior será a taxa de remoção do material. AS FRESAS: São sólidos de revolução, com vários dentes que trabalham intermitentemente. Em virtude de seu grande número de dentes, seu trabalho é quase contínuo. NO TORNEAMENTO, O GUME CORTANTE ESTÁ EM CONTATO COM A SUPERFÍCIE DE CORTE O TEMPO TODO (CONTÍNUO), JÁ NO FRESAMENTO, O GUME CORTANTE NÃO ESTÁ EM CONTATO COM A SUPERFÍCIE DE CORTE O TEMPO TODO (INTERMITENTE), ISSO GERA UMA REFRIGERAÇÃO NO CORTE. O FRESAMENTO PODE SER: HORIZONTAL, VERTICAL OU INCLINADO E CONFORME A DISPOSIÇÃO DOS DENTES ATIVOS DA FRESA CARACTERIZAM-SE DE 2 MODOS: 1. Fresamento frontal ou de topo: Os dentes ativos da fresa estão na superfície frontal da ferramenta e o eixo da fresa é perpendicular à superfície gerada. 2. Fresamneto tangencial, cilíndrico ou radial: Os dentes ativos da fresa estão na superfície cilíndrica da ferramenta. NO FRESAMENTO TANGENCIAL, CILINDRICO OU RADIAL, O PROCESSO DE CORTE É INTERMITENTE E O CAVACO POSSUI UMA ESPESSURA VARIAVEL. A CADA REVOLUÇÃO DA FERRAMENTA, CADA UM DOS SEUS GUMES REMOVE UMA CERTA QUANTIDADE DE MATERIAL DA PEÇA (PROVA): 1. Em oposição: convencional O sentido do movimento de avanço é contrário ao sentido do movimento de rotação da fresa; 2. Concordante O sentido do movimento de avanço é o mesmo do movimento de rotação da fresa. FRESAMENTO EM CHEIO É DIFERENTE DA FURAÇÃO BROCHAMENTO: Processo destinado à obtenção de superfícies quaisquer com o auxílio de ferramentas multicortantes. Para tanto, a ferramenta ou a peça se deslocam segundo uma trajetória retilínea, coincidente ou paralela ao eixo da ferramenta. NÃO HÁ ROTAÇÃO MESMO! Máquina ferramenta: Brochadeira; Ferramenta: Brocha. O esforço de brochamento pode ser realizado por tração ou compressão, sendo mais usual por tração, podendo ser ainda interno ou externo. BROCHA DE TRAÇÃO BAIXA VELOCIDADE E GRANDE QUANTIDADE DE LUBRIFICAÇÃO. RETIFICAÇÃO: Usinagem por abrasão (NÃO HÁ CISALHAMENTO) para a obtenção de superfícies com o auxílio de ferramenta abrasiva de revolução, a ferramenta (o rebolo) gira e a ferramenta ou a peça se desloca segundo uma trajetória determinada, podendo a peça girar ou não. OBJETIVOS DA RETIFICAÇÃO: 1. Obtenção de precisão dimensional e tolerâncias impossíveis de serem obtidas por outros processos de usinagem; 2. Retificação de peças fabricadas por outros processos de fabricação; 3.Acabamento de peças após tratamentos térmicos ou termoquímicos. De modo geral, é uma operação de acabamento. A MÁQUINA FERRAMENTA USADA NO PROCESSO DE RETIFICAÇÃO É A RETIFICADORA (PLANA, CILINDRICA, UNIVERSAL E SEM-CENTRO). FERRAMENTAS DE RETIFICAR - REBOLOS: Constituídos de material abrasivo e aglomerante, os rebolos são sólidos de revolução em torno de um eixo, possuem grande variedade de formas e dimensões. PARÂMETROS EFECIFICADOS NA SELEÇÃO DE UM REBOLO (PROVA): 1. Material do grão abrasivo Naturais ou artificiais (mais usados – óxido de alumínio (Al2O3), carbeto de silício, CBN ou PCD); 2. Tamanho do grão É representado por um número que corresponde ao número de malhas por polegada linear da peneira de classificação (Mesh) ; 3. Dureza do rebolo É A FORÇA COM A QUAL OS GRÃOS ABRASIVOS ESTÃO PRESOS AO REBOLO; 4. Estrutura do rebolo É a relação entre o espaço ocupado pelos grãos abrasivos e os espaços vazios entre eles (aglomerante) Grau de porosidade; 5. Tipo de aglomerante É o componente do rebolo que mantém os grãos abrasivos unidos. ABRASIVOS MAIS UTILIZADOS: 1. Óxido de alumínio ou Alumina: Para a retificação de matérias de alta resistência à tração, tais como: aços carbono, aços ligados, aço rápido, ferros fundidos maleável e nodular e outras ligas similares. PARA RETIFICAÇÃO DE AÇOS EM GERAL. 2. Carbeto de Silício (SiC): Para a retificação de materiais de alta dureza como o ferro fundido cinzento, matérias não-ferrosos (ex.: metal duro) e não metálicos. NÃO DEVE SER USADO NA RETIFICAÇÃO DE AÇOS POIS HÁ PROMISCUIDADE ENTRE OS ÁTOMOS DE CARBONO DO REBOLO E OS DA PEÇA DIFUSÃO QUÍMICA EM ALTAS TEMPERATURAS! 3. CBN – Nitreto cúbico cristalino de boro: Utilizado principalmente para materiais ferrosos (ferro fundido) 4. Diamante sintético (PCD): Usado para a retificação de materiais não ferrosos. SELEÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO: Grãos grossos: a) Para materiais macios, dúcteis (aços ou ligas de alumínio); b) Para remoção de grandes volumes de material (desbaste); c) Onde não é exigida boa qualidade superficial; d) Para grandes áreas de contato. Grãos finos: a) Materiais frágeis ou duros; b) Quando é requerido bom acabamento superficial; c) Para pequenas áreas de contato. GRAU DE DUREZA DO REBOLO: Rebolos macios Os grãos se soltam com facilidade e há grandes espaços entre os grãos; Rebolos duros Os grãos estão fortemente presos e há pouco espaço entre os grãos. Os graus de dureza são expressos de A a Z em ordem crescente de dureza. DUREZA É A RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO! QUANTO MAIOR A QUANTIDADE DE GRÃOS DO REBOLO MAIS FECHADA É SUA ESTRUTURA! DRESSAGEM: É A AFIAÇÃO DOS REBOLOS! PARA A CORRETA SELEÇÃO DO MATERIAL DA FERRAMENTA DE CORTE, DEVEM SER CONSIDERADOS (PROVA): 1. O material a ser usinado (peça); 2. O processo de usinagem; 3. A condição da máquina ferramenta; 4. A forma e dimensões da ferramenta de corte; 5. O custo do material da ferramenta de corte; 6. As condições de usinagem. AÇO FERRAMENTA É USADO PARA FERRAMENTAS DE LAZER E CONFORMAÇÃO MECÂNICA E NÃO PARA FERRAMENTAS DE CORTE POIS AS VELOCIDADES DE CORTE SÃO ALTAS E ASSIM AS TEMPERATURAS SÃO ALTAS TAMBÉM E ACABAM COM O GUME CORTANTE DA FERRAMENTA. TENACIDADE É A CAPACIDADE DE RESISTIR AOS IMPACTOS, ABSORÇÃO DE ENERGIA ANTES DE ROMPER. DUREZA A QUENTE: PROPRIEDADE QUE MATEM SUA CAPACIDADE DE CORTE A DETERMINADAS TEMPERATURAS MANTER O GUME CORTANTE. MATERIAS USADOS PARA FERRAMENTAS DE CORTE (PROVA): 1. AÇO FERRAMENTA Reparos, uso doméstico e de lazer; ferramentas usadas uma única vez; ferramenta de forma (para usinagem de perfis); Limitação: Temperatura de trabalho até 250 ºC. 2. AÇO RÁPIDO (AR) OU (HSS) São aços de alta liga, com inclusões de carbetos, contendo: W, Mo, Cr, V, Co e Nb; Características: Temperatura limite de trabalho: 520 a 600 ºC; Se comparados ao aço ferramenta, apresentam maior tenacidade, resistência ao desgaste e dureza a quente, custo elevado e tratamento térmico complexo. 2.1. AÇO RÁPIDO AO COBALTO OU AÇO SUPER RÁPIDO Vida de ferramenta maior pois apresenta maior dureza a quente, maior resistência ao desgaste mas menor tenacidade. 3. METAL DURO (CARBIDE TOOL) NÃO É METAL ENDURECIDO Carbeto sintetizado; Características: Elevada dureza, elevada resistência a compressão e ao desgaste, temperatura de trabalho: 700ºC, controle sobre a distribuição da estrutura. RECOBRIMENTO DAS FERRAMENTAS DE METAL DURO: 1. Redução do desgaste na face e no flanco da ferramenta; 2. Proteção do material de base contra altas temperaturas pelo baixo coeficiente de transmissão de calor do TiN; 3. Não há formação de gume postiço; 4. No caso de TiAlN há aumento na resistência à oxidação. FLUÍDOS DE CORTE: São líquidos, gases ou sólidos, que aplicamos na interface ferramenta/peça facilitam a operação de corte. FUNÇÕES DO FLUÍDO DE CORTE: 1. Refrigerar a região de corte Remoção do calor gerado durante aoperação de corte; 2. Lubrificar as superfícies de atrito ; 3. Arrastar o cavaco da área de corte Evita com que a peça seja riscada e comprometa o acabamento, danificar a ferramenta e que impeça a própria usinagem. CLASSIFICAÇÃO DO FLUÍDO DE CORTE: 1. Miscíveis em água; 2. Não miscíveis em água; 3. Gases; 4. Sólidos. PROBLEMAS NO USO DO FLUÍDO DE CORTE: 1. Corrosão de peças e/ou da máquina; 2. Infecção por bactérias; 3. Sujeiras e impurezas; 4. Risco de incêndio; 5. Ataque à saúde; 6. Poluição do meio ambiente. FLUIDOS DE CORTE E A QUESTÃO AMBIENTAL: a) Manejo incorreto; b) Ausência de tratamento; c) Transporte impróprio; d) Contratação de receptores não autorizados; e) Colocação de resíduos em local não autorizado. FUNDIÇÃO: É o processo de fabricação de peças a partir do metal líquido solidificado em moldes com a forma requerida. NA FUNDIÇÃO, UM METAL OU LIGA METÁLICA, NO ESTADO LÍQUIDO, É VAZADO EM UM MOLDE COM FORMATO E MEDIDAS CORRESPONDES AOS DA PEÇA A SER PRODUZIDA. FENOMENOS QUE OCORREM DURANTE A SOLIDIFICAÇÃO DO METAL NO INTERIOR DOS MOLDES: 1. Cristalização; 2. Contração de volume; 3. Segregação de impurezas; 4. Desprendimento de fases. A FUNDIÇÃO NÃO GOSTA DE CANTOS VIVOS!
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