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11 GERAGERAÇÇÃO E ÃO E TRASNMISSÃO DE TRASNMISSÃO DE ENERGIAENERGIA APRESENTAAPRESENTAÇÇÃO DA ÃO DA DISCIPLINADISCIPLINA Ubirajara OliveiraUbirajara Oliveira bira.j@hotmail.combira.j@hotmail.com AULA 1 22 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Unidade Curricular: 45h Objetivos: Apresentar ao aluno as fontes de geração de energia e as formas de transmitir a energia juntamente com os conceitos e definições envolvidos. Competência/Habilidades: Conhecer as principais fontes de geração de energia, as máquinas que envolvem a geração e os conceitos que envolvem a transmissão de energia elétrica e as características desses sistemas. 33 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Ementa: • Matriz de cálculos. • Perdas ativas nas linhas de distribuição; • Circuito equivalente da linha de transmissão; • Corrente alternada e contínua. Retificadores; • Modelagem da linha de transmissão; • Relação de tensão e de corrente em linhas de transmissão; • Linhas de transmissão; • Estações elevadoras de energia; • Geradores Síncronos; 44 BIBLIOGRAFIA BÁSICA STEVENSON JUNIOR, W. D. Elementos de Análise de Sistemas de Potência. 2ª Ed., McGraw-Hill São Paulo, 1982. ELGERD O. Introdução à Teoria de Sistemas Elétricos de Potência. McGraw-Hill, São Paulo, 1977. SENAI-CIMATEC. NR 10 - Segurança no sistema elétrico de potência (SEP) e suas proximidades. 55 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR RAMOS, Dorel Soares, DIAS, Eduardo Mário. Sistemas Elétricos de Potência. Rio de Janeiro, Guanabara Dois, 1982. ZANETTA JR. L. Cera. Fundamentos de Sistemas Elétricos de Potência. Editora Livraria da Física, 2006. OLIVEIRA, C. C. Barioni. Introdução a Sistemas Elétricos de Potência. Editora Edgard Blücher, 2ª Ed., 1996. 66 CONCEITO E DEFINIÇÃO AULA 1 77 CONCEITO E DEFINIÇÃO Geração – Composta pelas usinas, tem a função de converter energia de alguma fonte (hidráulica, eólica, solar) em eletricidade. A tensão é, em geral, em torno de 13,8kV. Exemplo a usina de Itaipu que gera 14.000MW (20 x 700MW). Consumo – Utilização final da energia. Distribuição – Composta por SEs abaixadoras e LDs, tem a função de distribuir a energia elétrica recebida da transmissão aos centros consumidores. Tensão entre 3,2kV à 22kV. Subtransmissão – As linhas que operam de 34,5kV até 138kV, que, normalmente passam nos centros urbanos. Transmissão – Composta pelas LTs, responsáveis por transportar a energia dos pontos de geração aos pontos de consumo. Tensão Maior que 138kV 88 ORGANOGRAMA Estrutura Organizacional do Setor Elétrico Brasileiro 99 IDENTIFICAÇÃO DO ORGANOGRAMA a) Conselho Nacional de Política Energética – CNPE Órgão de assessoramento do Presidente da República para formulação de políticas nacionais e diretrizes de energia, visando, dentre outros, o aproveitamento natural dos recursos energéticos do país, a revisão periódica da matriz energética e a definição de diretrizes para programas específicos. c) Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE Constituído no âmbito do MME e sob sua coordenação direta, com a função precípua de acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletro energético em todo o território. b) Ministério de Minas e Energia – MME Encarregado de formulação, do planejamento e da implementação de ações do Governo Federal no âmbito da política energética nacional. O MME detém o poder concedente. 1010 d) Empresa de Pesquisa Energética - EPE Empresa pública federal vinculada ao MME tem por finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinados a subsidiar o planejamento do setor energético. IDENTIFICAÇÃO DO ORGANOGRAMA f) Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, tem por objetivo executar as atividades de coordenação e controle da operação de geração e transmissão, no âmbito do SIN (Sistema Interligado Nacional). O ONS é responsável pela operação física do sistema e pelo despacho energético centralizado. e) Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL Autarquia vinculada ao MME, com finalidade de regular a fiscalização, a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia, em conformidade com as políticas e diretrizes do Governo Federal. A ANEEL detém os poderes regulador e fiscalizador. 1111 g) Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, com finalidade de viabilizar a comercialização de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN. Administra os contratos de compra e venda de energia elétrica, sua contabilização e liquidação. A CCEE é responsável pela operação comercial do sistema. IDENTIFICAÇÃO DO ORGANOGRAMA A comercialização de energia elétrica é atualmente realizada em dois ambientes diferentes: 3 Consumidor livre: consumidor que pode optar pela compra de energia elétrica junto a qualquer fornecedor, que é atendido em qualquer tensão e com demanda contratada mínima de 3MW. (Resolução ANEEL No. 264 e 456). 2- Ambiente de Contratação Regulada (ACR): destinado ao atendimento de consumidores cativos por meio das distribuidoras, sendo estas supridas por geradores estatais ou independentes que vendem energia em leilões públicos anuais. 1- Ambiente de Contratação Livre (ACL): destinado ao atendimento de consumidores livres³ por meio de contratos bilaterais firmados com produtores independentes de energia, agentes comercializadores ou geradores estatais. Estes últimos só podem fazer suas ofertas por meio de leilões públicos. 1212 CONHECIMENTOS IMPORTANTES • Unifilar – representação do SEP. • Proteção – Confiabilidade, rapidez, seletividade, economia e simplicidade. • Planejamento – Geração, transmissão, subtransmissão e distribuição. • Componentes – gerador, LT, trafo e alimentadores. • Não renováveis – tendem a se esgotar. Petróleo, carvão mineral, gás natural e urânio • Renováveis - não se esgotam. Sol, vento, água • No Brasil 90% vem da usina hidroelétrica e 10% termoelétrica 1313 GERAÇÃO DE DE ENERGIA AULA 1 1414 PRINCIPAIS FONTES GERADORAS DE ENERGIA Convencionais Não Convencionais ou Alternativas Exóticas Petróleo Gás Natural Carvão Hidroeletricidade Biomassa Marés Ventos Ondas Xisto Geotérmica Fissão nuclear Solar (produção de calor e/ou eletricidade) Energia solar (produzida no interior do Sol) Calor dos oceanos Fusão nuclear De todas as diferentes formas de energia (as principais forças que a originam e as suas energias derivadas), a energia é geralmente classificada segundo as suas fontes. Utilizando a acepção mais comum – energia como capacidade de produzir trabalho – pode-se distinguir três grupos de fontes de energia, conforme tabela abaixo. 1515 CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS FONTES GERADORAS DE ENERGIA Fonte Obtenção Usos Vantagens Desvantagens Petróleo Matéria resultante de transformações químicas de fósseis animais e vegetais. Extraído em reservas marítimas ou continentais. Produção de energia elétrica. Matéria- prima da gasolina e do diesel e de outros produtos como plástico, borracha sintética, ceras, tintas, gás e asfalto. Domínio da tecnologia para exploração e refino. Facilidade de transporte e distribuição. É um recurso esgotável. Libera dióxido de carbono na atmosfera, poluindo o ambiente e colaborando para o aumento da temperatura. Gás Natural Ocorre na natureza associado ou não ao petróleo. A pressão nas reservas impulsiona o gás para a superfície, onde é coletado em tubulações. Aquecimento;comb ustível para geração de eletricidade, veículos, caldeiras e fornos; matéria- prima de derivados do petróleo. Pode ser utilizado nas formas gasosa e líquida; existe um grande número de reservas. É um recurso esgotável.. A construção de gasodutos e metaneiros (navios especiais) para o transporte e distribuição requer altos investimentos. Influencia na formação de chuva ácida e na alteração climática. 1616 Fonte Obtenção Usos Vantagens Desvantagens Nuclear Reatores nucleares produzem energia térmica por fissão (quebra) de átomos de urânio. A energia produzida aciona um gerador elétrico. Produção de energia elétrica. Fabricação de bombas atômicas. As usinas podem ser instaladas em locais próximos aos centros de consumo. Não emite poluentes que influem sobre o efeito estufa. Não há tecnologia para tratar o lixo nuclear. A construção dessas usinas é cara e demorada. Há riscos de contaminação nuclear. Hidroeletricidade A energia liberada pela queda de grande quantidade de água represada move uma turbina que aciona um gerador elétrico. Produção de energia elétrica. Não emite poluentes. A produção é controlada. Não influencia no efeito estufa. Inundação de grandes áreas, deslocamento de populações. A construção dessas usinas também é cara e demorada. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS FONTES GERADORAS DE ENERGIA 1717 Carvão mineral Máteria que resulta das transformações químicas de grandes florestas soterradas. Extraído em minas subterrrâneas ou a céu descoberto em bacias sedimentares. Produção de energia elétrica. Aquecimento. Matéria-prima de fertilizantes. Domínio da tecnologia de aproveitamento. Facilidade de transporte e distribuição. Influencia na formação da chuva ácida devido à liberação de poluentes como dióxido de carbono (CO2) e enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio durante a combustão. Eólica O movimento dos ventos é captado por hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico. Produção de energia elétrica. Movimentação de moinhos. Grande potencial para geração de energia elétrica. Não influi no efeito estufa. Não ocupa áreas de produção agrícola. Exige investimentos para transmissão da energia gerada. Produz poluição sonora. Interfere nas transmissões de rádio e TV. Fonte Obtenção Usos Vantagens Desvantagens CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS FONTES GERADORAS DE ENERGIA 1818 Solar Lâminas ou painéis recobertos com material semicondutor capturam a luminosidade recebida do Sol para gerar corrente elétrica. Produção de energia elétrica.. Aquecimento. Não é poluente. Não influi no efeito estufa. Não precisa de turbinas ou geradores para a produção de energia elétrica. Exige investimentos iniciais de relativa monta para o seu aproveitamento. Biomassa A matéria orgânica é decomposta em caldeiras ou em biodigestores. O processo gera gás e vapor que aciona uma turbina e move um gerador elétrico. Aquecimento. Produção de energia elétrica.. Produção de biogás ou gás natural (metano). É fonte renovável. Sua ação sobre o efeito estufa pode ser equilibrada: o gás carbônico liberado durante a queima é absorvido no ciclo de produção. Exige investimentos iniciais para o seu aproveitamento. Base de dados: Almanaque Abril - CD Rom, 1999 Fonte Obtenção Usos Vantagens Desvantagens CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS FONTES GERADORAS DE ENERGIA 1919 PRINCÍPIOS DE GERAÇÃO TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 2020 Representação do sistema elétrico. PRINCÍPIOS DE GERAÇÃO TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 2121 Representação do sistema elétrico, com a linha de transmissão destacada. PRINCÍPIOS DE GERAÇÃO TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 2222 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • Os geradores de eletricidade necessitam de energia mecânica (energia cinética) para fazerem girar rotores das turbinas, nos quais estão acoplados, no mesmo eixo, os rotores dos geradores de eletricidade. • Uma turbina hidráulica ou térmica é montado no mesmo eixo de um gerador síncrono. 2323 LINHAS DE TRANSMISSÃO Linhas de Transmissão – Acima de138 kV São linhas que operam com as tensões mais elevadas do sistema, tendo como função principal o transporte de energia entre os centros de produção e centros de consumo, como também a interligação de centros de produção e mesmo sistemas independentes. Em geral, são terminadas em subestações abaixadoras regionais onde a tensão é reduzida a nível para o início da distribuição a granel pelas linhas de sub-transmissão. Em um mesmo sistema pode haver, e em geral há, linhas de transmissão em dois ou mais níveis de tensão. 2424 LINHAS DE SUB-TRANSMISSÃO Linhas de Sub-transmissão – De 34,5kV até 138kV Normalmente operam em tensões inferiores àquelas dos sistemas de transmissão, não sendo no entanto incomum operarem com uma tensão também existente nestes. Sua função é a distribuição a granel da energia transportada pelas linhas de transmissão. Nascem nos barramentos das subestações abaixadoras locais. Das subestações regionais saem diversas linhas de sub-transmissão tomando rumos diversos. Em um sistema é possível também haver dois ou mais níveis de tensão de sub-transmissão, como ainda um sub-nível de sub-transmissão. 2525 LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA Linhas de Distribuição Primária – 3,2kV até 22kV São linhas de tensão suficientemente baixas para ocuparem vias públicas e suficientemente elevadas para assegurarem boa regulação, mesmo para potências razoáveis. Às vezes desempenham o papel de linhas de sub-transmissão em pontas de sistemas. 2626 LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA Linhas de Distribuição Secundárias – 127V até 380V. Operam com as tensões mais baixas do sistema e em geral seu comprimento não excede 200 a 300 metros. Sua tensão é apropriada para uso direto em máquinas, aparelhos e lâmpadas. No Brasil estão em uso sistemas de 220/127 V e 380/220 V, deriváveis de sistemas trifásicos com neutro. 2727 RESUMO FAIXAS DE TENSÃO Faixas de Tensão (kV) Componente Tensão (kV) Geração 2,2 a 22 Transmissão 230 a 750 Sub-transmissão 34,5 a 138 Distribuição Distribuição Primária 3,2 a 22 Distribuição Secundária 0,127 a 0,380
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