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Apostila de Biologia Celular

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1 
 
CAPÍTULO 1 
ORGANIZAÇÃO CELULAR 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A invenção do microscópio em 1591 por Zacharias Janssen e Hans Janssen, possibilitou a 
descoberta das células e inaugurou um novo campo de investigação da ciência, a Citologia (do grego 
kitus, célula, e logos, estudo). O termo “célula” deriva do latim cellula, diminutivo de cella, que significa 
pequeno compartimento. 
 
2 TEORIA CELULAR 
 
Hipótese: todos os seres vivos são formados por células. 
 
2.1 AMPLIAÇÃO DA TEORIA CELULAR 
 
1- Todos os seres vivos são formados por células e por estruturas que elas produzem; as células 
são, portanto, as unidades morfológicas dos seres vivos. 
2- As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das células; estas são, 
portanto, as unidades funcionais ou fisiológicas dos seres vivos. 
3- Novas células se formam pela divisão de células preexistentes, por meio da divisão celular; a 
continuidade da vida depende, portanto, da reprodução celular. 
Apesar das diferenças quanto à forma e função, todos os seres vivos têm em comum o fato 
de serem constituídos por células. 
 
2.2 OS VÍRUS E A TEORIA CELULAR 
 
 Os vírus não apresentam células em sua constituição, portanto são acelulares. Os vírus são 
parasitos intracelulares obrigatórios, e precisam de células vivas para se reproduzir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
2.2.1 Vírus e Príons 
 
 Os vírus são formados por um tipo de ácido nucléico (DNA ou RNA) protegido por uma cápsula 
protéica. Alguns vírus possuem um envelope formado por membrana lipoprotéica semelhante á das células. 
 
 
 
 
 Os príons são proteínas anormais que têm a capacidade de alterar outras proteínas. Essas 
proteínas podem produzir réplicas de si mesma e espalhar a doença. 
 Os príons patogênicos são responsáveis pelas doenças classificadas como encefalopatias 
espongiformes (doença da vaca louca), que recebem este nome devido ao aspecto de esponja adquirido 
pelo tecido nervoso cerebral acometido pelas doenças. 
 
 
2.3 CONCEITOS BÁSICOS 
 
1. A célula é a menor unidade viva; 
2. Todo organismo celular tem início com a célula ovo; 
3. Toda célula provem de outra; 
4. Todas as reações metabólicas de um organismo ocorrem dentro das células; 
5. O formato das células está ligado à sua função. 
 
3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CICLO DE VIDA 
 
 Células lábeis: se dividem durante toda a vida do indivíduo. Possuem ciclo vital curto e baixa 
especialização. Ex.: células epiteliais, hemácias e gametas. 
 
 Células estáveis: se dividem até certo estágio da vida do indivíduo (crescimento), retornando a 
capacidade de divisão em algumas condições (regeneração). Possuem ciclo vital médio. Ex.: 
células ósseas, cartilaginosas e glandulares. 
 
 Células permanentes: possuem ciclo vital longo e pequena capacidade de multiplicação com 
elevado grau de diferenciação. Multiplicam-se apenas durante o período embrionário. Ex.: 
Neurônios, células adiposas. Em algumas situações as células nervosas podem se multiplicar. 
 
4 DIFERENCIAÇÃO CELULAR 
 
 Diferenciação é o processo pelo qual as células vivas se especializam para realizar 
determinadas funções. 
 Estas células diferenciadas podem atuar isoladamente, como os gametas, ou podem agrupar-se 
em tecidos diferenciados, como o tecido ósseo e o muscular. Esta especialização acarreta não só 
alterações da função, mas também da estrutura das células. 
 
Sem envelope lipoprotéico Com envelope lipoprotéico 
3 
 
 
 
5 GRAUS DE INDIVIDUALIDADE CELULAR 
 
 Células livres: células totalmente isoladas umas das outras. Ex.: gametas, células do sangue e 
protozoários. 
 
 Federadas: células que permanecem juntas (justapostas), formando os tecidos. Ex.: células 
epiteliais. 
 
 Anastomosadas: são aquelas que se unem por pontes citoplasmáticas. Ex.: células vegetais. 
 
 Plasmódio: células plurinucleadas. Ex.: fibra muscular estriada esquelética. 
 
 Sincício: grupo de células em que se mantém a continuidade citoplasmática. As células se mantêm 
separadas, mas relacionam-se por pequenas partes de comunicação citoplasmática. Ex.: miocárdio, 
placenta. 
 
 
6 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO NUCLEAR 
 
6.1 CÉLULAS PROCARIONTES: 
 
→______________________________________ 
 
 Ribossomo como único organóide citoplasmático; 
 Fornecimento de energia feito pelo Mesossomo; 
 Parede Celular de Peptidioglicanos (Bactérias); 
 Material Genético (nucleóide) disperso no citoplasma; 
 Ausência de nucléolo; 
 Ausência de nucleoplasma. 
 
Ex._____________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
Todas as imagens contidas nesse material estão disponíveis em: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi 
 
4 
 
6.2 CÉLULAS EUCARIONTES: 
 
→______________________________________ 
 
 Núcleo Individualizado; 
 Citoplasma rico em organóides membranosos; 
 Presença de Nucléolo; 
 Presença de Nucleoplasma. 
 
Ex.:_____________________________________________________________________________ 
 
 
 
Célula 
Organela 
Procariótica 
Eucariótica 
vegetal 
Eucariótica 
animal 
Membrana plasmática + + + 
Membrana nuclear - + + 
Mitocôndrias - + + 
Cloroplastos - + - 
Reticulo endoplasmático - + + 
Ribossomos + + + 
Vacúolos - + + 
Lisossomos - - + 
Centríolos - - + 
Cromatina + + + 
 
EXERCÍCIOS ENEM 
 
 
1- (PUC-RS) A chamada “estrutura 
procariótica” apresentada pelas bactérias nos 
indica que estes seres vivos são: 
a) destituídos de membrana plasmática. 
b) formadores de minúsculos esporos. 
c) dotados de organelas membranosas. 
d) constituídos por parasitos obrigatórios. 
e) desprovidos de membrana nuclear. 
 
2- (Fuvest-SP) Qual das alternativas distingue 
organismos heterotróficos de organismos 
autotróficos? 
a) somente organismos heterotróficos necessitam 
de substâncias químicas do ambiente. 
b) somente organismos heterotróficos fazem 
respiração celular. 
c) somente organismos heterotróficos possuem 
mitocôndrias. 
d) somente organismos autotróficos podem viver 
com nutrientes inteiramente inorgânicos. 
e) somente organismos autotróficos não 
requerem gás oxigênio. 
 
3- Qual das substâncias, devido à sua 
especificidade, poderia ser utilizada para 
identificar um organismo? 
a) açúcares. 
b) sais minerais. 
c) DNA. 
d) gordura. 
e) vitaminas. 
 
GABARITO 
1- E 2- D 3- C 
________________________________________
5 
 
CAPÍTULO 2 
QUÍMICA DA CÉLULA 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Quando se analisa a matéria que constitui os seres vivos, encontram-se principalmente os seguintes 
elementos: carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P) e enxofre (S). Esses 
elementos constituem cerca de 98% da massa corporal da maioria dos seres vivos. 
 Podemos classificar os compostos químicos presentes nas células em orgânicos e inorgânicos. São 
compostos orgânicos os carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas e ácidos nucléicos; são inorgânicos a 
água e os sais minerais. 
 
 
 
1.1 O CARBONO E A VIDA 
 
 A vida na Terra baseia-se essencialmente no elemento carbono, que constitui estrutura básica de 
todas as moléculas orgânicas. Os átomos de carbono se unem em sequência, formando cadeias 
carbônicas, que se ligam a outros elementos químicos. 
 
2 SAIS MINERAIS 
 
 Os sais minerais são substâncias inorgânicas formadas por íons, que resultam de átomos que 
receberam ou doaram elétrons, ânions (-) e cátions (+), respectivamente. 
 A falta de certos sais minerais pode afetar seriamente o metabolismo e mesmo causar a morte. Por 
exemplo, íons de cálcio (Ca²
+
) participam das reações de coagulação do sangue e da contração muscular, 
além de serem componentes principais dos ossos. 
 
3 ÁGUA 
 
 É o composto mais abundante do nossoorganismo e da maioria dos seres vivos. Em tempos de 
estiagem, esporos de bactérias, cistos de protozoários e sementes de vegetais conseguem sobreviver um 
longo período em estado de latência. Este fenômeno é chamado de anidrobiose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 PROPRIEDADES DA ÁGUA 
 
 Coesão: atração das moléculas de água entre si. 
 Adesão: atração entre moléculas de água e de outras substâncias polares. 
 
Criptobiose: estado de latência que pode 
ser presenciado em alguns animais, quando 
se encontram em condições adversas 
do meio-ambiente em que todos os 
procedimentos metabólicos param. 
Um organismo em tal estado pode viver 
indefinidamente até que as condições 
ambientais voltem à normalidade. 
 
6 
 
 Capilaridade: capacidade que a água tem de subir em vasos muito finos. 
 
 Dissolução: Capacidade que a água possui de separar moléculas de um soluto. Por essa 
capacidade, a água é conhecida como solvente universal. 
 
3.1 FUNÇÕES DA ÁGUA 
 
 Atuar como solvente; 
 Facilitar a entrada e a saída de substâncias da célula; 
 Participar das reações de hidrólise; 
 Regular a temperatura nos animais endotérmicos. 
 
 
 
4 GLICÍDIOS 
 
 Também chamados de carboidratos, açúcares ou hidratos de carbono, são moléculas orgânicas 
constituídas fundamentalmente por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. 
 Os glicídios constituem a principal fonte de energia para os seres vivos – o mel contém glicose, a 
cana-de-açúcar é rica em sacarose, o leite contém galactose e os frutos adocicados contêm frutose e 
glicose; exercem função estrutural – a parede das células vegetais é formada de _______________, que dá 
sustentação ao corpo das plantas, o exoesqueleto dos artrópodes é formado do glicídio _______________. 
 Outro papel importante dos glicídios é participar da estrutura dos ácidos nucléicos, tanto do RNA 
quanto do DNA. 
 
4.1 MONOSSACARÍDEOS 
 
 São glicídios mais simples. Possuem fórmula geral CnH2nOn, em que o valor de n pode variar de 3 a 
7. Os monossacarídeos são compostos que possuem energia para uso imediato. 
 Os monossacarídeos mais importantes, sob aspecto biológico, são as pentoses e as hexoses. 
 
Pentoses: 
 Ribose: matéria prima para produção de ácido ribonucléico (RNA). 
 Desoxirribose: matéria prima para produção de ácido desoxirribonucléico (DNA). 
Hexoses: 
 Glicose: molécula mais usada pelas células para obtenção de energia. Fabricada na fotossíntese 
pelos vegetais. 
 Frutose: papel fundamentalmente energético. 
 Galactose: constituinte da lactose do leite. Possui papel energético. 
 
4.1.1 Glicose e fotossíntese 
 
 A fotossíntese é o processo pelo qual a energia luminosa do Sol é transformada em energia 
química. Um conjunto de reações químicas é responsável pela conversão de moléculas de gás carbônico 
(CO2) e água (H2O) em moléculas de glicose (C6H12O6) e gás oxigênio (O2). 
 
 
 
 
 
 
 
A fórmula C6H12O6 é comum às hexoses 
glicose, frutose e galactose. O que as 
difere é o arranjo dos átomos ao longo da 
molécula. 
7 
 
 
 
4.2 OLIGOSSACARÍDEOS 
 
 Formados pela união de duas até dez unidades de monossacarídeos. Os mais abundantes são os 
dissacarídeos, formados pela união de dois monossacarídeos. Possuem fórmula geral C2nH4n – 2O2n – 1, 
com a formação de uma molécula de água. 
 Ao serem ingeridos, os dissacarídeos têm que ser quebrados em monossacarídeos, caso não 
ocorra, a absorção pelo tubo digestivo dos animais não é efetuada. Essa quebra ocorre a partir do processo 
chamado hidrólise, que é a entrada de moléculas água na reação. 
 A ligação entre monossacarídeos é chamada de ligação glicosídica. 
 
 
 
4.3 POLISSACARÍDEOS 
 
 São os açúcares mais abundantes na natureza. São moléculas grandes, formadas por centenas de 
monossacarídeos, por isso são consideradas macromoléculas. Compõem um grupo de glicídios que cujas 
moléculas não apresentam sabor adocicado. 
 De acordo com suas funções biológicas, podem ser classificados em energéticos de reserva ou 
estruturais. 
 
POLISSACARÍDEOS ESTRUTURAIS 
Celulose 
Participa da composição da parede celular dos vegetais. É o 
carboidrato mais abundante na natureza. 
Quitina 
Está presente na parede celular de fungos e no exoesqueleto 
dos artrópodes. 
 
POLISSACARÍDEOS ENERGÉTICOS 
Amido 
Apresenta função de reserva. É encontrado em raízes, caules e 
folhas. 
Glicogênio 
É o carboidrato de reserva dos animais e dos fungos. É 
armazenado nos músculos e no fígado dos animais. 
 
5 LIPÍDIOS 
 
 O termo lipídio designa alguns tipos de substâncias orgânicas cuja principal característica é a 
insolubilidade em água e a solubilidade em certos solventes orgânicos. A razão da insolubilidade em água é 
que as moléculas desses lipídeos são apolares, por isso não têm afinidade por moléculas água. 
 Os lipídeos são moléculas formadas pela união de um ácido graxo com um álcool. Os mais 
conhecidos são as gorduras e os óleos. 
 São substâncias que atuam como reserva de energia, auxiliam na formação da membrana 
plasmática e formam as vitaminas e os hormônios. 
 
 
8 
 
 
 
5.1 GLICERÍDEOS 
 
 São moléculas do álcool glicerol ligadas a uma, duas ou três moléculas de ácidos graxos 
(formados por longas cadeias de número par de átomos de carbono com um grupo carboxila (COOH). 
Possuem função de isolamento térmico e reserva energética. 
 
 Englobam os óleos e as gorduras. 
 Ácidos graxos + glicerol 
 
5.2 CERÍDEOS 
 
 São ésteres, como os glicerídeos, constituídos por uma molécula de álcool unida a uma ou mais 
moléculas de ácidos graxos. Compreendem as ceras que são encontradas na superfície das folhas e dos 
frutos, impermeabilizando-os, evitando desidratação. 
 São encontrados também na secreção de alguns insetos e na secreção da glândula uropigiana das 
aves, contribuindo para a impermeabilização das penas. 
 
 Englobam as ceras. 
 Ácidos graxos + álcool de cadeia longa 
 
5.3 ESTERÓIDES 
 
 Diferem dos glicerídeos e das ceras, sendo considerada uma categoria especial de lipídeos. As 
moléculas de esteróides são compostas por átomos de carbono interligados, formando quatro anéis 
carbônicos aos quais estão ligadas outras cadeias carbônicas, grupos hidroxila ou átomos de oxigênio. 
 
 
 
 O colesterol é um dos esteróides mais conhecidos, principalmente por estar associado à doenças 
do sistema cardiovascular. Porém, sua ingestão é necessária, pois o colesterol é um componente 
importante nas membranas celulares. 
 Asa expressões “colesterol bom” e “colesterol ruim” não se referem propriamente à molécula de 
colesterol, mas sim às proteínas sanguíneas encarregadas de seu transporte. Essas proteínas se associam 
a lipídios e formam lipoproteínas, que são conhecidas pelas siglas LDL (Low Density Lipoprotein) e HDL 
(High Density Lipoprotein). 
 As LDL são as principais transportadoras de colesterol, enquanto as HDL são as principais 
transportadoras de fosfolipídios. Uma alta concentração de colesterol no sangue interfere no processo de 
englobamento e degradação do conjunto colesterol-proteína pelas células, sendo este colesterol degradado 
utilizado na síntese de membranas celulares. 
 A redução da captação do complexo LDL pelas células faz com que este fique em excesso no 
sangue, oxidando e ficando alojado na parede dos vasos sanguíneos, ocasionando arteriosclerose. Por 
isso, o colesterol associado às LDL é chamado de “colesterol ruim”. 
 As HDL captam parte do excesso de colesterol do sangue, transportando-o até o fígado, que o 
excreta na bile. Essas lipoproteínas ajudam, portanto, a eliminar o colesterol do sangue e por isso são 
chamadas de “colesterol bom”. A ingestão de óleos vegetais como os presentes no azeite ajudam a 
manter os níveis normais de colesterol no sangue e aumentar a produção de HDL. 
 
5.4 FOSFOLIPÍDIOS9 
 
 È uma classe especial de lipídios, sendo os principais constituintes das membranas celulares. Do 
ponto de vista químico, é um glicerídeo combinado a um grupo fosfato. Sua molécula lembra um palito 
de fósforo, com uma “cabeça” eletricamente carregada (polar), e duas “caudas” sem carga elétrica (apolar) 
de ácido graxo. 
 As membranas biológicas são formadas por fosfolipídios organizados em duas camadas, nas quais 
sem encontram algumas proteínas incrustadas. Essas membranas são elásticas e por isso possuem a 
capacidade de reorganização evitando a ruptura das membranas, o que explica a capacidade de 
regeneração. 
 
 
6 PROTEÍNAS 
 
 As proteínas são compostos orgânicos mais abundantes da matéria viva. São consideradas 
macromoléculas complexas, de alto peso molecular e constituídas de unidades menores denominadas 
aminoácidos. 
 
6.1 AMINOÁCIDOS 
 
 É uma molécula orgânica por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio unidos entre si 
de maneira característica. 
 
 
Por exemplo: 
 
Glicina (gli): -R = H 
Alanina (ala): -R = CH3 
Cisteína (cis): -R = -CH2SH 
 
 Os aminoácidos que um organismo não conseguem produzir são chamados de aminoácidos 
essenciais, e os que podem ser produzidos a partir de outras substâncias celulares são chamados de 
aminoácidos não-essenciais o naturais. 
 
10 
 
 
 
 
6.2 LIGAÇÃO PEPTÍDICA 
 
 É a ligação entre dois aminoácidos vizinhos. Essa ligação se estabelece sempre entre o grupo 
amina de um aminoácido e o grupo carboxila de outro formando uma molécula de água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.3 FATORES QUE DETERMINAM AS PROPRIEDADES DAS PROTEÍNAS 
 
 O número de aminoácidos; 
 Tipos de aminoácidos; 
 Sequência de aminoácidos; 
 Configuração espacial do composto. 
 
 
 
 
Polímeros: são macromoléculas formadas 
pela união de várias moléculas menores 
chamadas de monômeros. As proteínas, 
portanto, são polímeros de amonoácidos. 
A união de mais de três aminoácidos é 
chamada de polipeptídio. 
11 
 
6.4 ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS 
 
 Estrutura primária: sequência de aminoácidos; 
 Estrutura secundária: enrolamento helicoidal da molécula; 
 Estrutura terciária: enrolamento da estrutura secundária; 
 Estrutura quaternária: associação de várias cadeias polipeptídicas enoveladas. Ex.: hemoglobina. 
 
 
6.5 ALTERAÇÕES DAS PROTEÍNAS 
 
6.5.1 Desnaturação 
 È a alteração na estrutura espacial das proteínas. Fatores que ocasionam a desnaturação protéica: 
 Temperatura (Ex.: febres muito altas) – Ex.: ovo cozido ou frito; 
 Variação de acidez (pH) – (queijos e iogurtes - ácido lático); 
 Presença de substâncias químicas. 
 
 
 
6.5.2 Mudança na sequência de aminoácidos 
 
 A sequência de aminoácidos chamada de estrutura primária é responsável pelas propriedades das 
proteínas. Cada proteína tem uma sequência determinada de aminoácidos. Essa sequência é determinada 
pelos genes do organismo, e qualquer alteração na estrutura desses genes (mutação) pode ocasionar 
mudanças na ordem dos aminoácidos e, consequentemente, nas propriedades das proteínas. 
Ex.: anemia falciforme. 
 
Hemoglobina normal: 
val – his – leu – ter – pro – glu – lis - ... 
 
Hemoglobina anormal: 
val – his – leu – ter – pro – val – lis - ... 
 
 
6.6 TIPOS DE PROTEÍNAS 
 
 Simples ou holoproteínas: Formadas apenas por aminoácidos. Ex.: Histona, albumina. 
 
 Complexas, conjugadas ou heteroproteínas: Possuem um radical não formado por aminoácidos 
ligado à sua molécula (Grupo Prostético ou radical). Ex.: Hemoglobina (globina – proteína simples + 
pigmento heme – grupo prostético) 
12 
 
 
6.7 FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS 
 De uma forma geral, as proteínas são substâncias que desempenham funções fundamentais para 
os seres vivos. Podem ser: estrutural, enzimática, hormonal, defesa e nutritiva. Exemplos: 
 Forma das células: citoesqueleto (esqueleto interno); 
 Reações químicas vitais: enzimas (ptnas especiais – catalisadores biológicos); 
 Defesa do organismo – anticorpos; 
 Transferência de informações para as células – hormônios; 
 Nutrição: servem como fonte de aminoácidos. 
 
6.8 ENZIMAS 
 
 São substâncias orgânicas de natureza protéica. São consideradas catalisadores biológicos, pois 
aceleram as reações químicas. Possuem como características: 
 Alto grau de especificidade; 
 Mecanismo de “Turnover” – desempenha a mesma função várias vezes consecutivas e não são 
consumidas no processo; 
 Altamente eficientes – aceleram a velocidade da reação de 108 a 1011; 
 Reduzem a energia de ativação necessária para a reação catalisada; 
 Não são tóxicas. 
 
 Algumas enzimas são proteínas simples, constituídas apenas de cadeias polipeptídicas. Outras 
são proteínas conjugadas, constituídas de uma parte protéica, apoenzima, combinada a uma parte não 
protéica, cofator. Se o cofator for uma substância orgânica, recebe o nome de coenzima. 
 
APOENZIMA + COFATOR = HOLOENZIMA (ATIVA) 
 
6.8.1 Nomenclatura 
 
 1- Nome do substrato + ASE. 
 Ex.: Amido + ASE = Amilase 
 
 2- Nome da reação + ASE. 
 Ex.: Oxidação = Oxidase 
 
 Algumas enzimas possuem nomes aleatórios. Ex.: ptialina (saliva – amido em glicose), pepsina 
(estômago – digere proteínas). 
 
6.8.2 Modelo “chave – fechadura” 
 
 A especificidade é explicada pelo fato de elas se encaixarem (reagirem) perfeitamente aos seus 
substratos. Em algumas reações, as moléculas de substrato são quebradas em moléculas menores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
6.8.3 Gasto de energia nas reações 
 
 
6.8.4 Fatores que afetam a atividade enzimática 
 
 Concentração do substrato: aumentando a concentração do substrato, aumenta-se a velocidade 
da reação até o momento em que todas as moléculas de enzima se achem “ocupadas”. A partir deste 
momento a velocidade da reação é máxima e constante. 
 
 
 Concentração da enzima: aumentando a concentração de moléculas da enzima, a velocidade de 
reação aumenta desde que haja quantidade de substrato suficiente para receber as enzimas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[substrato] 
[enzima] 
14 
 
 
 
 Temperatura: a velocidade de uma reação enzimática aumenta com a elevação da temperatura. 
Porém, a partir de determinada temperatura, a velocidade diminui. 
 
 
 
 Grau de acidez (pH): as alterações de pH podem mudar a forma da enzima afetando seu 
funcionamento. Cada enzima tem um pH ótimo para o seu funcionamento, acima ou abaixo desse pH 
sua atividade diminui. 
 
 
 
6.8.5 Inibição enzimática 
 
 A inibição da ação da enzima pode ser reversível ou irreversível. Em um tipo de inibição 
reversível, a inibição competitiva da atividade enzimática, o inibidor compete como substrato pelo sítio 
ativo da enzima. O combate às bactérias patogênicas é feito a partir de substâncias (antibióticos) que têm 
efeito irreversível, ou seja, promovem a chamada inibição irreversível. 
 Outra forma de inibição enzimática é a chamada inibição alostérica, em que o agente inibidor se 
liga a uma região da enzima diferente do seu sítio ativo, produzindo alterações estruturais na enzima 
impedindo seu funcionamento. 
 
 
 
7 VITAMINAS 
 
 São substâncias orgânicas necessárias em poucas quantidades e que o organismo não consegue 
produzir. Se distinguem das demais substâncias orgânicas por não serem fontes de energia nem 
desempenharem funções estruturais. São responsáveis pela ativação das enzimas. 
 
 
 
15 
 
 
 
 
7.1 TIPOS DE VITAMINAS 
 
 Hidrossolúveis: são polares (dissolvem-se na água). São armazenadas em quantidades pequenas 
e devem ser ingeridas diariamente. 
 Lipossolúveis: são apolares (dissolvem-se em lipídios e em outros solventes orgânicos). São 
armazenadas no tecido adiposo e não necessitam ser ingeridas diariamente. 
 
 
 
8 ÁCIDOS NUCLÉICOS 
 
 Sãoassim por seu caráter ácido e por terem sido descobertos originalmente no núcleo das células. 
A partir da década de 1940 passaram a ser investigados mais a fundo, pois se descobriu que eles 
constituem os genes, responsáveis pela herança biológica. 
 Existem dois tipos de ácidos nucléicos: DNA _________________________ e o RNA 
_________________________. 
 Os ácidos nucléicos são as maiores macromoléculas presentes nas células e são constituídos por 
três tipos de componentes: glicídios do grupo das pentoses (DNA – desoxirribose; RNA – ribose), ácido 
fosfórico e bases nitrogenadas. Dos cinco tipos de base nitrogenada presentes nos ácidos nucléicos, três 
ocorrem tanto no DNA quanto no RNA: adenina (A), citosina (C) e guanina (G). A base nitrogenada timina 
(T) ocorre exclusivamente no DNA, e a base uracila (U) ocorre exclusivamente no RNA. 
 
 
 
 
 
 
 As moléculas de DNA são constituídas por duas cadeias polinucleotídicas enroladas uma sobre a 
outra, formando uma escada helicoidal. As cadeias mantêm-se unidas por pontes de hidrogênio entre os 
pares de bases específicos: adenina emparelha-se com timina e a guanina emparelha-se com citosina. 
 As moléculas de RNA são formadas por uma única cadeia, que se enrola sobre si mesma pelo 
emparelhamento de bases complementares na mesma cadeia polinucleotídica. Alguns vírus, como o do 
mosaico do tabaco, possuem dupla fita de RNA. 
 
 DNA RNA 
 
16 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS ENEM E VESTIBULAR 
 
1- Quais são os quatro compostos orgânicos 
fundamentais encontrados nos seres vivos? 
 
2- Assinale a afirmação que não faz parte da 
teoria celular: 
a) Os seres vivos são formados por células. 
b) Os fenômenos fundamentais da vida ocorrem 
em nível celular. 
c) Toda célula resulta da divisão ou fusão de 
células pré-existentes. 
d) Em todos os seres vivos as células realizam o 
mesmo tipo de ciclo celular. 
e) As células-mãe transmitem suas 
características às células-filhas. 
 
3- São organismos procariontes: 
a) vírus e bactérias; 
b) vírus e cianofíceas; 
c) bactérias e cianofíceas; 
d) bactérias e fungos; 
e) todos os unicelulares. 
 
4- O material genético das células é: 
a) a glicose 
b) uma proteína 
c) o colesterol 
d) o ácido desoxirribonucléico. 
e) um aminoácido 
 
5- Na composição química de uma célula 
existem componentes orgânicos e 
inorgânicos. Quais são esses componentes? 
 
6- Por que as células de intensa atividade 
possuem maior quantidade de água do que as 
células de pequena atividade metabólica? 
 
 
 
7- (UFRJ) Recentemente, houve grande 
interesse por parte dos obesos quanto ao 
início da comercialização do medicamento 
Xenical no Brasil. Esse medicamento impede a 
metabolização de um terço da gordura 
consumida pela pessoa. Assim, pode-se 
concluir que o Xenical inibe a ação da enzima: 
a) maltase. 
b) protease. 
c) lipase. 
d) amilase. 
e) sacarase. 
 
8- (UFMG) Devem constar da dieta humana 
íons correspondentes aos seguintes 
elementos químicos, exceto: 
a) cálcio. 
b) cloro. 
c) ferro. 
d) sódio. 
e) mercúrio. 
 
9- (FUVEST-SP) Reserva de carboidratos nos 
músculos ficam na fórmula de: 
a) glicogênio. 
b) lactose. 
c) amido. 
d) sacarose. 
e) glicose. 
 
10- Durante muito tempo acreditou-se que os 
carboidratos tinham funções apenas 
energéticas para os organismos. O avanço do 
estudo desses compostos, porém, permitiu 
descobrir outros eventos biológicos 
relacionados aos carboidratos. Ciência hoje. 
V.39., 206. (adapt.). Baseado no texto e em 
seus conhecimentos é incorreto afirmar que: 
a) os carboidratos são fundamentais no processo 
de transcrição e replicação, pois participam da 
estrutura dos ácidos nucléicos. 
b) os carboidratos são importantes no 
reconhecimento celular, pois estão presentes 
externamente na membrana plasmática, onde 
eles formam o glicocálix. 
c) os triglicérides, carboidratos importantes como 
reserva energética, são formados por carbono, 
hidrogênio e oxigênio. 
d) tanto quitina, que forma a carapaça dos 
artrópodes, quanto a celulose, que participa da 
formação da parede celular, são tipos de 
carboidratos. 
e) o amido, encontrado nas plantas, e o 
glicogênio, encontrado nos fungos e animais, são 
exemplos de carboidratos e têm como função a 
reserva de energia. 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
1- Açúcares, lipídeos, proteínas e ácidos 
nucléicos. 
 
2- D 3- C 4- D 
 
5- Carboidratos, lipídeos, proteínas, ácidos 
nucléicos, água e sais minerais. 
 
6- O metabolismo celular é acionado por enzimas 
que só entram em atividade na presença de água. 
 
7- C 8- E 9- A 10- C 
 
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17 
 
CAPÍTULO 3 
MEMBRANA CELULAR 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A célula viva é um compartimento microscópico isolado do ambiente por uma película chamada 
membrana plasmática, constituída fundamentalmente por fosfolipídios e proteínas. A membrana permite a 
passagem de certas substâncias través dela e impede a passagem de outras, mantendo o meio 
intracelular adequado às necessidades da célula. 
 
2 ESTRUTURA DA MEMBRANA 
 
 Conhecido como modelo do mosaico fluido. As moléculas de fosfolipídios da membrana 
plasmática dispõem-se lado a lado. Os fosfolipídios deslocam-se continuamente sem perder o contato uns 
com os outros. As proteínas de membrana estão incrustadas na dupla camada de fosfolipídios como se 
fossem pedras de um mosaico. Externamente, os radicais glicídicos das glicoproteínas constituem o 
glicocálix. 
 
 
3 PROPRIEDADES DA MEMBRANA 
 
 A membrana possui algumas propriedades devidos aos seus componentes: proteínas e lipídios. 
 Proteínas: eslaticidade, resistência mecânica e baixa tensão superficial. 
 Lipídios: alta resistência elétrica, alta permeabilidade às substâncias lipossolúveis. 
 
4 FUNÇÕES DA MEMBRANA 
 
 Dá individualidade a cada célula; 
 Forma um ambiente único com as condições ideais para o funcionamento; 
 É através dos componentes da membrana que as interações célula-célula e célula-matriz 
extracelular são efetuadas; 
 Reconhecimento para a formação de tecidos. 
5 GLICOCÁLIX 
 
 Estrutura formada por carboidratos que ora interagem com proteínas (glicoproteínas) ora com 
lípedes (glicolipídios). 
 Envolve a célula com uma espécie de malha de moléculas de carboidratos entrelaçados. 
 Proteção física e química; 
 Retenção de nutrientes e enzimas; 
 Mantém um microambiente em condições ótimas ao redor da célula; 
 Capacidade das células se reconhecerem (células ≠ → glicocálix ≠). 
 
6 DIFERENCIAÇÕES DA MEMBRANA 
 
 Microvilosidades: projeções (evaginações) da membrana plasmática que lembram dedos de uma 
luva, com a função de aumentar a área da superfície celular. Ocorrem nas células do epitélio intestinal e 
têm função de aumentar a área de absorção. 
18 
 
 Desmossomos: é um tipo de especialização com função de unir as células. São formados por 
filamentos protéicos. 
 Hemidesmossomos: são semelhantes aos desmossomos, porém ligam a membrana plasmática de 
uma célula à lâmina basal adjacente. 
 Zônula de oclusão: junção entre as proteínas das membranas de células adjacentes. No ponto de 
contato entre as células não há espaço. 
 Zônula de adesão: regiões onde as membranas estão aderidas, porém, pouco afastadas. 
 Interdigitações: dobras da membrana que facilitam o encaixe de duas células. 
 Junções tipo “gap”: proteínas específicas que atravessam a membrana. Essas proteínas formam 
canais de comunicação entre as células. 
 
7 PERMEABILIDADE CELULAR 
 
 A membrana celular promove a manutenção das condições intracelulares. Os lipídios determinam a 
estrutura básica da membrana e as proteínas são responsáveis pela maioria de suas funções. Os 
receptores de membrana são importantes no reconhecimento de substâncias. As proteínastambém atuam 
como transportadoras ou carregadoras. 
As membranas podem ser: 
 Permeáveis: permite a passagem de qualquer substância (soluto e solvente); 
 Impermeáveis: não permite a passagem de nenhuma substância; 
 Semipermeáveis: permite a passagem somente de solventes; 
 Seletivamente permeáveis: permite a passagem de solventes e de alguns solutos (membrana 
plasmática). 
 
8 TIPOS DE TRANSPORTE 
 
 A passagem de partículas pode ser feita a favor de um gradiente de concentração (sem gasto de 
energia) ou contra um gradiente de concentração (com gasto de energia). 
 Difusão simples: fluxo passivo de partículas de soluto através da membrana sem gasto de 
energia. 
 Difusão facilitada: fluxo passivo de soluto através da membrana com o auxílio de proteínas 
situadas na estrutura da membrana celular sem gasto de energia. 
 Osmose: passagem de solvente (água) através da membrana sem gasto de energia. Influenciada 
pela quantidade de soluto na solução. 
 Plasmólise: perda de água pela célula com diminuição de seu volume; 
 Deplasmólise: retorno da célula ao volume original; 
 Turgescência: aumento do volume celular além do normal por absorção de água; 
 Plasmoptise : ruptura da célula pela excessiva turgescência. 
 
 Transporte ativo: passagem de íons ou substâncias pela membrana celular contra um gradiente de 
concentração (com gasto de energia). Conta com a utilização de proteínas de membrana. Ex.: bomba de 
sódio e potássio (relação de 3:2). 
19 
 
 
 
RESUMO TRANSPORTES 
 
 
8.1 TRANSPORTES DE MASSA (ENDOCITOSES) 
 
1- Pinocitose: Absorção de pequenas partículas ou gotículas de líquido (fluidos) menores que um 
micrômetro. 
Formação do pinossoma + lisossoma = vacúolo digestivo 
 
2- Fagocitose: Absorção de grandes moléculas ou células (formação de pseudópodes). 
Formação do fagossoma + lisossoma = vacúolo digestivo. 
 
3- Endocitose mediada por receptores: Macromoléculas ligam-se a receptores de membrana antes de 
entrarem na célula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
2 
3 
1 
2 
3 
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20 
 
9 EXOCITOSE 
 
 Processo inverso à endocitose. Promove a excreção e a secreção celular. 
 
10 PROTEÍNAS E SOLUTOS 
 
 Uniporte: transportam um único tipo de soluto 
Transporte acoplado – um soluto depende de outro para ser transferido 
 Simporte: transferência do segundo soluto na mesma direção 
 Antiporte: transferência do segundo soluto na direção oposta 
 
 
EXERCÍCIOS ENEM E VESTIBULAR 
 
1- (Cesesp-PE) A membrana celular serve 
como estrutura limitante. Em relação à 
membrana, podemos dizer que: 
a) é seletiva 
b) existe somente na célula animal 
c) é completamente permeável 
d) é constituída por celulose 
e) é impermeável à água 
 
2- (UFRJ) Desde a Antiguidade, o salgamento 
era utilizado como recurso para evitar a 
putrefação dos alimentos. Em algumas 
regiões, tal prática ainda é usada para a 
preservação da carne de boi, de porco ou de 
peixe. Explique o mecanismo por meio do qual 
o salgamento preserva os alimentos. 
 
3- (Fuvest-SP) Uma célula vegetal é retirada de 
uma solução isotônica 1, mergulhada em uma 
solução hipertônica 2, e a seguir colocada em 
uma solução 3, que apresenta concentração 
idêntica à inicial 1. 
a) O que acontece com a célula em 2? 
b) E em 3? 
 
4- (Unicamp-SP) A fagocitose é um importante 
mecanismo de endocitose utilizado pelas 
células, relacionado a diferentes funções nos 
seres vivos. Este mecanismo ocorre tanto em 
organismos unicelulares quanto em 
pluricelulares. Mencione duas funções às 
quais a fagocitose se encontra associada nos 
seres vivos, explicando. 
 
5- Descreva o modelo de mosaico fluído 
proposto por Singer e Nicholson para a 
estrutura da membrana plasmática. 
 
6- Em relação às especialidades da 
membrana, conhecidas como 
microvilosidades, responda: 
a) No que consistem? 
b) Para que servem? 
c) Onde aparecem? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
7- No esquema abaixo aparecem células 
epiteliais da mucosa 1 designadas por 2. 
 
 
 
 1 2 
a) bucal microvilosidades 
b) intestinal microvilosidades 
c) intestinal microfilamentos 
d) gástrica desmossomos 
e) gástrica cílios 
 
8- Em relação às células animais, denominam-
se glicocálix: 
a) os microvilos das células que revestem o 
intestino delgado; 
b) todas as células acinosas de glândulas 
secretoras; 
c) o colo do espermatozóide; 
d) a estrutura lipoprotéica das membranas 
celulares; 
e) uma camada com proteínas e carboidratos que 
recobre a membrana plasmática. 
 
9- Sobre o mecanismo de transporte ativo, 
através da membrana celular, são feitas as 
seguintes afirmações: 
 
I - Para que moléculas sejam transportadas a 
partir de uma solução mais concentrada para 
uma menos concentrada, através da 
membrana celular, a célula deve despender 
energia, e isto é denominado transporte ativo. 
 
 
II - Dentre as diferentes substâncias que são, 
com freqüência, transportadas ativamente 
através da membrana celular 
estão:aminoácidos, íons sódio, íons potássio, 
íons hidrogênio e vários monossacarídeos. 
 
III - O mecanismo básico envolvido no 
transporte ativo depende de transportadores 
específicos, que reagem de maneira reversível 
com as substâncias transportadas, sob 
a ação de enzimas e com consumo de energia. 
 
Escreveu-se corretamente em: 
a) I e II apenas 
b) I e III apenas 
c) II e III apenas 
d) I, II e III 
e) nenhuma delas 
 
10- Todas as células possuem uma membrana 
plasmática, ou plasmalema, que separa o 
conteúdo protoplasmático, ou meio 
intracelular, do meio ambiente. A existência e 
integridade dessa estrutura são importantes, 
porque a membrana: 
a) regula as trocas entre a célula e o meio, só 
permitindo a passagem de moléculas de fora para 
dentro da célula e impedindo a passagem em 
sentido inverso; 
b) possibilita à célula manter a composição 
intracelular diversa do meio ambiente; 
c) impede a penetração de substâncias existentes 
em excesso no meio ambiente; 
d) torna desnecessário o consumo energético 
para captação de metabólitos do meio externo; 
e) impede a saída de água do citoplasma. 
 
11- Na figura abaixo, a estrutura apontada pela 
seta 1 representa uma formação: 
 
 
 
a) importante para a movimentação celular; 
b) importante para aumentar a superfície celular, 
facilitando a absorção de substâncias do meio 
externo; 
c) denominada vesícula pinocitótica; 
d) importante para manter a aderência entre uma 
célula e outra; 
e) que contém grande quantidade de enzimas. 
 
12- (VUNESP) A membrana plasmática que 
delimita a célula permite a passagem seletiva 
de substâncias do meio externo para o meio 
interno da célula e vice-versa. O que se 
entende por transporte ativo e difusão 
facilitada? 
 
13- Em relação às células animais, 
denominam-se glicocálix: 
a) o colo do espermatozóide 
b) uma camada com proteínas e carboidratos que 
recobre a membrana plasmática 
c) os microvilos das células que revestem o 
intestino delgado 
d) toas as células acinosas de glândulas 
secretoras 
e) a estrutura lipoprotéica das membranas 
celulares 
 
14- (VUNESP) A membrana plasmática que 
delimita a célula permite a passagem seletiva 
de substâncias do meio externo para o meio 
22 
 
interno da célula e vice-versa. O que se 
entende por transporte ativo e difusão 
facilitada? 
a) O transporte ativo é feito com gradiente de 
construção e consumo de ATP (energia); difusão 
facilitada é feita sem ATP, com o auxílio de 
permeases, moléculas protéicas. 
b) O transporte ativo é feito contra gradiente de 
construção e baixo consumo de ATP (energia);difusão facilitada é feita com ATP, com o auxílio 
de permeases, moléculas protéicas. 
c) O transporte ativo é feito com gradiente de 
construção e alto consumo de ATP (energia); 
difusão facilitada é feita sem ATP, sem o auxílio 
de permeases, moléculas protéicas. 
d) O transporte ativo é feito contra gradiente de 
construção e consumo de ATP (energia); difusão 
facilitada é feita sem ATP, com o auxílio de 
permeases, moléculas protéicas. 
e) O transporte ativo é feito contra gradiente de 
construção e sem o consumo de ATP (energia); 
difusão facilitada é feita com ATP, sem o auxílio 
de permeases, moléculas protéicas. 
 
15- O reforço externo da membrana celular 
nos vegetais é: 
a) rígido, celulósico e colado à membrana 
plasmática. 
b) elástico, celulósico e colado à membrana 
plasmática. 
c) rígido, celulósico e capaz de se descolar da 
membrana plasmática. 
d) elástico, celulósico e capaz de se destacar da 
membrana plasmática. 
e) rígido e de natureza exclusivamente protéica. 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1- A 
 
2- O sal se difunde, pelos líquidos existentes na 
carne, formando uma solução de alta 
concentração, na qual microrganismos não se 
desenvolvem, por motivos osmóticos. Ou seja, 
desidratam-se com facilidade. 
 
3- a) A célula perde água e sofre plasmólise. 
 b) A célula volta a absorver água e se 
desplasmolisa. 
 
4- Mecanismos de nutrição, por exemplo, em 
protozoários e em esponjas, e a mecanismos de 
defesa, por exemplo, nos leucócitos dos 
vertebrados. 
 
5- Dupla camada lipídica, na qual se movimentam 
moléculas protéicas. 
 
6- a) Evaginações da membrana plasmática. 
 b) Aumentar a superfície de absorção. 
 c) Células do epitélio intestinal. 
 
7- B 8- E 9- D 10- B 11- D 
 
12- O transporte ativo é feito contra gradiente de 
construção e consumo de ATP (energia). 
 A difusão facilitada é feita sem ATP, com o 
auxílio de permeases, moléculas protéicas. 
 
13- B 14- D 15- C
23 
 
CAPÍTULO 4 
CITOPLASMA 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O citoplasma é um espaço intracelular preenchido por uma matriz semi-fluida (com consistência de 
gel), denominada hialoplasma, onde está "mergulhado" tudo que se encontra dentro da célula, como 
moléculas e organelas. 
 É composto principalmente por 80% de água, mas também contêm íons, sais e moléculas grandes, 
como proteínas, carboidratos e o RNA. 
 Nas células eucarióticas o citoplasma contém organelas organizadas com sistemas de membranas, 
já nas células procarióticas o citoplasma não possui organelas membranosas. 
 
2 COMPONENTES E ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS 
 
2.1 MATRIZ CITOPLASMÁTICA 
 
 O hialoplasma ou matriz citoplasmática é a parte da célula formada por uma solução coloidal 
composta por água, sais e moléculas orgânicas simples e complexas. Nele ocorrem as reações químicas 
mínimas para a sobrevivência da célula. 
 
2.2 CITOESQUELETO 
 
 O citoesqueleto pode ser considerado o “esqueleto da célula”. Os microtúbulos que o compõe são 
formados por moléculas protéicas chamadas tubulina. Os microtúbulos podem aumentar ou diminuir de 
comprimento de acordo com a incorporação ou a saída de proteínas. 
 O hialoplasma apresenta movimentos amebóides, caracterizado por prolongamentos temporários 
do citoplasma, chamados de pseudópodes. Esses movimentos têm a função de locomoção e captura de 
alimentos (fagocitose). 
 
 
Plasmasol: porção interna do hialoplasma 
Plasmagel: porção periférica do hialoplasma 
 
 Outro tipo de movimento do hialoplasma, a ciclose, é observado em células vegetais. A ciclose é 
provocada pela circulação constante de água, que arrasta diversas organelas. 
 
2.3 CENTRÍOLOS, CÍLIOS E FLAGELOS 
 
 A maioria das células procarióticas possui um par de centríolos. Cada centríolo é formado por nove 
grupos de três microtúbulos, responsáveis pela formação do fuso acromático, cílios e flagelos. Os cílios e 
flagelos são compostos por nove pares de microtúbulos periféricos e um par central. Servem para 
locomoção e captura de alimentos. 
 
24 
 
 
 A principal função dos cílios e dos flagelos é a locomoção celular. É através do movimento ciliar ou 
flagelar que a maioria dos protozoários e dos gametas masculinos se movimentam. Alguns protozoários têm 
a capacidade de criar correntes na água através do batimento de seus cílios da ciliatura oral, fazendo com 
que as partículas alimentares sejam ingeridas. 
 
2.3 RIBOSSOMOS 
 
 São corpúsculos ricos em RNA, cuja função está relacionada com a síntese protéica. Os 
ribossomos são elementos presentes em todos os organismos, sendo constituídos de 40% de proteínas e 
60% de RNA. São formados por duas subunidades de tamanhos diferentes. 
 
 Os ribossomos estão associados ao retículo ou livres no citoplasma. O número dessas estruturas 
dentro de uma célula está diretamente relacionado com o nível de atividade da mesma. 
 No processo de síntese de proteínas, os ribossomos deslizam-se sobre a molécula de RNA á 
medida que a proteína vai sendo sintetizada. 
 
2.4 LISOSSOMOS 
 
 São organelas esféricas que contém enzimas digestivas. Essas enzimas são produzidas no retículo 
endoplasmático rugoso (RER). Essas enzimas migram até o complexo de Golgi, onde são armazenadas. 
Como medida de segurança, as enzimas dos lisossomos não atuam em pH neutro como o do citoplasma. 
 Quando os lisossomos se aproximam de um fagossomo ou de um pinossomo e se fundem, é 
formado o vacúolo digestivo. 
 
 
 
2.4.1 Autofagia 
 
 Quando há alguma organela inativa na célula, ela pode ter parte de seus componentes digeridos, 
utilizando, assim, suas próprias substâncias como fonte de energia ou como material de renovação. O 
vacúolo formado nesses casos recebe o nome de vacúolo autofágico. O processo atribuído aos 
lisossomos é o chamado de histólise (destruição de tecidos), que atua, por exemplo, no desaparecimento 
da cauda de girinos durante a metamorfose. 
 
25 
 
2.5 PEROXISSOMOS 
 
 São bolsas membranosas que contém alguns tipos de enzimas digestivas que degradam gorduras e 
aminoácidos, e também grande s quantidades da enzima catalase, que converte o peróxido de hidrogênio 
(H2O2) em água e gás oxigênio. Essas organelas são importantes pois a água oxigenada em grandes 
concentrações podem causar lesões às células. 
 
2.6 MITOCÔNDRIAS 
 
 São encontradas nas células eucarióticas (exceto anaeróbios, ex. Ascaris lumbricoiddes) e não 
estão presentes nos procariontes (mesossomos). As mitocôndrias se localizam nas áreas da célula onde o 
metabolismo é elevado. O número de mitocôndrias é diretamente proporcional à atividade metabólica da 
célula (células musculares). Em comparação com células animais, as células vegetais possuem menos 
mitocôndrias, pois apresentam cloroplastos. 
 
 
 A mitocôndria é uma organela limitada por duas membranas. A membrana interna forma várias 
dobras chamadas cristas mitocondriais. Entre as cristas está localizada a matriz mitocondrial, uma 
solução coloidal idêntica ao citoplasma. 
 Na matriz são encontradas enzimas responsáveis pelas reações químicas da respiração. As cristas 
mitocondriais aumentam a superfície de enzimas em aumentar o volume da organela. São encontrados 
também DNA, RNA e ribossomos. Com essa maquinaria, elas são capazes de sintetizar as enzimas 
respiratórias. O DNA garante a autoduplicação da organela, garantindo o número constante nas células. 
 
2.6.1 Respiração celular Aeróbia 
 
 A respiração celular consiste na oxidação de compostos orgânicos, para obtenção de energia 
química sob a forma de ATP. 
 A energia armazenada nas ligações químicas da glicose é liberada através de oxidações 
sucessivas (perder elétrons). A oxidação da glicose ocorre por retiradas de átomos de hidrogênio da 
molécula, através de uma série de desidrogenações sucessivas. A desidrogenação é catalizada por 
enzimas chamadas desidrogenases, que possuem como coenzimao grupamento NAD (nicotinamida 
adenina dinucleotídio), que é capaz de se combinar com os átomos de hidrogênio retirados da molécula. 
 Os átomos de hidrogênio recolhidos pelo NAD reagem com o oxigênio absorvido no ambiente, 
formando moléculas de água. A principal molécula utilizada pelas células como fonte de energia é a glicose. 
 
 
 
 A quebra da molécula de glicose e produção de ATP ocorre na ausência ou presença de oxigênio, 
sendo assim, a respiração anaeróbia e aeróbia, respectivamente. 
 A energia liberada com essa quebra é armazenada na forma de ATP (adenosina trifosfato). Quando 
uma molécula necessita de energia, o ATP libera um grupo fosfato, rico em energia, e se transforma em 
ADP (adenosina difosfato). 
26 
 
 
 
 O ATP pode ser regenerado através da reação de fosforilação, ou seja, a partir de ADP e fosfato 
“pobre” em energia, à custa de novas liberações de energia da quebra da glicose. 
 O processo de oxidação e quebra da glicose, que libera energia utilizada na síntese de ATP 
compreende três etapas: 
 Glicólise: decomposição da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico (ocorre no citoplasma da 
célula). 
 Ciclo de Krebs: ciclo de reações químicas que têm por finalidade formar e decompor ácidos 
tricarboxílicos (ocorre na matriz mitocondrial). 
 Cadeia respiratória: transporte de hidrogênios até o seu aceptor final, o oxigênio (ocorre nas 
cristas mitocondriais). 
Glicólise 
 
 É a etapa extramitocondrial da respiração celular. Consiste em uma sequência de reações químicas 
catalisadas por enzimas livres no citosol, onde uma molécula de glicose é quebrada em duas moléculas de 
ácido pirúvico, com saldo de duas moléculas de ATP. 
 Gasto de energia: 
 Na primeira reação, a molécula de glicose que entra nos tecidos é fosforilada (ganha um grupo 
fosfato) com gasto energético de uma molécula de ATP, dando origem à glicose-6-fosfato e ADP. Na 
segunda reação, a glicose-6-fosfato é convertida em frutose-6-fosfato, que é fosforilada e convertida em 
frutose-1,6-difosfato, gastando outra molécula de ATP, dando origem a ADP. 
 A molécula de frutose-1,6-difosfato é clivada em duas moléculas (trioses) menores: gliceraldeído-3-
P e dihidroxicetona fosfato (convertido em gliceraldeído-3-P). 
 Produção de ATP e oxidação: 
 O gliceraldeído-3-P é oxidado pelo NAD e fosforilada por um fosfato inorgânico. A energia gerada 
nessa etapa é transferida ao ADP para formar ATP. 
 Como são duas trioses fosfato formadas, o resultado da fase de geração de ATP é de quatro ATPs 
e dois NADH. Dois desses ATPs repõem os utilizados na ativação inicial da e molécula de glicose, portanto, 
o resultado é: 2 ATP, 2 NADH e 2 piruvatos. 
 
27 
 
 
Equação resumida: 
C6H12O6 + 2 ADP + 2 Pi + 2 NAD
+
 
 
 
 
2 C3H4O3 + 2ATP + 2 NADH + 2 H
+
 (NADH2) 
 
 Na oxidação de cada molécula de NADH2, a energia liberada é utilizada na síntese de três 
moléculas de ATP. Portanto, na glicólise, a energia liberada é suficiente para sintetizar oito moléculas de 
ATP. 
 
Ciclo de Krebs (ciclo do ácido cítrico) 
 
 No Ciclo de Krebs, o ácido pirúvico (piruvato) produzido na glicólise é transportado através das 
membranas da mitocôndria e, na matriz mitocondrial é descarboxilado (perde CO2) e produz ácido acético. 
Este se une à coenzima – A, formando acetil – CoA, que entra em reação com o ácido oxalacético, 
liberando a molécula de coenzima – A, resultando em ácido cítrico. 
 O ácido cítrico é degradado até se transformar em ácido oxalacético, que se combina com acetil – 
CoA, proveniente da decomposição de outra glicose, formando ácido cítrico, dando sequência ao ciclo. 
 
Saldo do Ciclo de Krebs: 
 2 moléculas de CO2 
 3 moléculas de NADH2 
 1 molécula de FADH2 
 4 moléculas de ATP 
 
 O NAD e o FAD são aceptores finais de íons H
+
. A oxidação de cada molécula de NADH2, a energia 
liberada é utilizada na síntese de três moléculas de ATP. A oxidação de cada molécula de FADH2, a energia 
liberada é utilizada na síntese de duas moléculas de ATP. Desse modo, cada molécula de glicose oxidada 
origina 30 moléculas de ATP no ciclo de Krebs, visto que ao final da glicólise são formadas duas moléculas 
de ácido pirúvico (piruvato). 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Glicólise: 
ATP:____________________________________ 
NADH2:_________________________________ 
FADH2:__________________________________ 
 
Saldo em ATP:__________ 
 
Ciclo de Krebs: 
ATP:____________________________________ 
NADH2:_________________________________ 
FADH2:__________________________________ 
 
Saldo em ATP:__________ 
 
1 molécula de glicose produz_________ ATPs 
 
Cadeia transportadora de elétrons (cadeia respiratória) 
 
 As moléculas de NADH e de FADH2, anteriormente formadas (Glicólise e Ciclo de Krebs), 
transferem os elétrons que transportam para as proteínas (Citocromos) da cadeia transportadora de 
elétrons. Ao longo da cadeia respiratória ocorre libertação gradual de energia, à medida que os elétrons 
passam de um citocromo para outro. Os elétrons do NADH são transferidos de um complexo (citocromo) a 
outro até seu aceptor final, o oxigênio. A passagem dos elétrons através dos complexos resulta em um 
transporte vetorial de prótons da matriz para o espaço intermembranar. Esse bombeamento de prótons gera 
um gradiente eletroquímico de prótons, que é utilizado posteriormente para a síntese de ATP. 
 O gradiente de prótons gerado permite a síntese de ATP no complexo ATP sintase, quando os 
prótons retornam do espaço intermembranar para a matriz, através do canal protônico deste complexo. Este 
tipo de síntese de ATP, que utiliza a energia do gradiente eletroquímico de prótons, é denominado 
fosforilação oxidativa. 
 
 Se a passagem de elétrons transferidos ao longo da cadeia tiver início no NADH, haverá a formação 
de três moléculas de ATP, Se a cadeia iniciar-se pelo FADH2 serão formadas duas moléculas de ATP. 
 
 Em condições anaeróbicas, o transporte de elétrons na cadeia ficaria bloqueado e não ocorreria 
mais a síntese de ATP, pois o oxigênio é o aceptor final de elétrons da cadeia respiratória. 
 
 
 
2.6.2 Respiração Anaeróbia 
 A maioria dos organismos eucarióticos obtém energia para produção de ATP por meio da 
respiração aeróbia. O principal processo anaeróbio de produção de ATP a partir de substâncias orgânicas é 
a fermentação, utilizada por muitos fungos e bactérias que vivem em ambientes pobres em oxigênio. Além 
disso, nossas células, em condições de anóxia executam a fermentação. 
 A diferença para a respiração aeróbia, é que na fermentação o piruvato recebe elétrons e H
+
 do 
NADH, transformando-se em ácido láctico álcool etílico (etanol) e gás carbônico. 
29 
 
 
Fermentação alcoólica 
 O ácido pirúvico originado da glicólise transforma-se em álcool etílico e gás carbônico. Esse tipo de 
fermentação ocorre, por exemplo, no fungo Saccharomyces cerevisae. Essa espécie é utilizada na 
produção de bebidas alcoólicas e na fabricação do pão, em que o gás carbônico é responsável por inflar a 
massa e deixá-la macia. 
 
Fermentação láctica 
 O ácido pirúvico é reduzido a ácido láctico pela utilização de íons de hidrogênio transportados pelos 
NADH formados na glicólise. Em nossas células musculares, durante um exercício muito intenso, o oxigênio 
que chega aos músculos pode não ser suficiente para suprir as necessidades respiratórias das células 
musculares. Nesse caso, elas passam a produzir ATP por meio da fermentação láctica. Embora produza 
menos energia que a respiração aeróbia, a fermentação láctica garante produção de ATP em condições de 
emergência. Esse ácido láctico pode ser acumulado nos tecidos, originando a fadiga muscular, causando 
dor e intoxicação das fibras musculares. Cessada a atividade física, o ácido láctico é transformado 
novamente em ácido pirúvico, continuando a ser degradadopelo processo de respiração. 
 
 
 
2.7 PLASTOS 
 
 São organelas citoplasmáticas típicas das células vegetais. É formado por duas membranas 
lipoprotéicas com um complexo membranoso interno formado por pequenas bolsas discoidais (tilacóides), 
achatadas e empilhadas. 
Leucoplastos: são plastos incolores que se caracterizam por acumular substâncias nutritivas. Podem ser: 
Amiloplastos:_____________________________ 
Oleoplastos:______________________________ 
Proteoplastos:____________________________ 
Cromoplastos: são plastos portadores de pigmentos. 
Podem ser: 
Eritroplastos:_____________________________ 
Xantoplastos:_____________________________ 
Cloroplastos:_____________________________ 
 
2.8 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO 
 
 Orgânulo que apresenta uma disposição de redes, constituídas de vesículas e de túbulos. Estas 
vesículas e túbulos estão em continuidade com a membrana plasmática e nuclear. 
 
 
 
Reticulo endoplasmático liso (REL): não apresenta ribossomos associados. Possui como funções: 
 Condução de impulsos elétricos; 
 Neutralização de substâncias tóxicas; 
 Síntese de lipídios. 
Abundante nas células do fígado e em algumas glândulas responsáveis pela produção de hormônios 
esteróides (hormônios sexuais - __________ e __________). Também é muito desenvolvido em células da 
musculatura esquelética, onde recebe o nome de retículo sarcoplasmático. Essa estrutura está envolvida 
na condução de estímulos nervosos das células nervosas para as fibras musculares. 
 
30 
 
Reticulo endoplasmático rugoso (RER): apresenta associação com ribossomos. Apresenta como funções 
a síntese e o transporte de proteínas que serão eliminadas para o exterior da célula, ou seja, serão 
exportadas. 
 
 
Microssomos: a fragmentação das membranas do RER forma um acúmulo de pequenas vesículas 
cobertas de ribossomos denominadas microssomos. Não são considerados organelas. 
 
2.9 COMPLEXO DE GOLGI 
 
 Conjunto de “sacos” achatados e superpostos. São localizados próximos ao núcleo e ao reticulo 
endoplasmático. Não é associado a ribossomos. Possui as funções: 
 Condensar as substâncias (desidratação); 
 Empacotamento de substâncias a serem secretadas (enzimas digestivas); 
 Síntese de glicoproteínas (glicocálix); 
 Formação do acrossomo do espermatozóide (acoplamento com o núcleo do espermatozóide). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
FORMAÇÃO DO ACROSSOMA 
 
 
ASSOCIAÇÃO ENTRE RETICULO ENDOPLASMATICO E COMPLEXO DE GOLGI 
 
 
O retículo endoplasmático produz as proteínas a serem exportadas a partir do Complexo de Golgi. 
 
 
 Nos epitélios internos, como na traquéia, existem células em que o complexo de Golgi é 
responsável pela síntese e secreção de muco. 
 Nos vegetais, é responsável pela formação da lamela média da parede celulósica. 
 
 
2.10 VACÚOLOS 
 
 São bolsas membranosas presentes no citoplasma das células eucariontes. Possui as funções: 
 Formar os vacúolos digestivos (protozoário e animais); 
 Formar os vacúolos pulsáteis, cuja função é expulsar o excesso de agia que entra na célula por 
osmose (protozoários de água doce); 
 Nos vegetais, forma-se o tonoplasto, cuja função é armazenar substâncias orgânicas (proteínas – 
nutrem o embrião em desenvolvimento) e constitui o principal reservatório de compostos 
inorgânicos (sódio e potássio). Podem servir também como local de despejo de restos metabólicos, 
ou ainda, substâncias venenosas ou de sabor desagradável, de modo a proteger o vegetal contra 
herbivoria. 
32 
 
 
2.11 CARIOTECA 
 
 A membrana nuclear é perfurada por vários poros, cuja função é colocar o citoplasma em contato 
com o nucleoplasma. Os poros servem de passagem para macromoléculas que vão do núcleo para o 
citoplasma, sem ter que atravessar a membrana que os divide. Mensagens são enviadas ao citoplama por 
meio de RNAm para que sejam fabricadas proteínas. 
 A parte externa é constituída pelo RER, e a parte interna pela lâmina nuclear (filamentos protéicos. 
 
 
 
Talassemia: é um tipo de anemia em que o RNAm possui um sinal incorreto e não consegue atravessar os 
poros da carioteca. Com isso ocorre uma baixa produção de hemoglobina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todas as imagens contidas nesse material estão disponíveis em: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi 
 
33 
 
EXERCÍCIOS ENEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS VESTIBULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
GABARITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
CAPITULO 5 
NÚCLEO E CROMOSSOMOS 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O núcleo está presente apenas nas células eucarióticas, e é onde estão localizados os 
cromossomos. 
 O núcleo desempenha papel importante nas células, como portador dos fatores hereditários, os 
genes, e de controlador das atividades metabólicas. 
 Durante a divisão da célula, o núcleo desaparece temporariamente. Enquanto a célula está se 
dividindo, a carioteca fragmenta-se e os cromossomos espalham-se pelo citoplasma. Ao final, cada uma 
das céluas-filhas reconstituium núcleo idêntico ao da célula original. 
 A maioria das céllulas eucarióticas possui apenas um núcleo, mas há exceções. As fibras 
musculares esqueléticas são multinucleadas, há ainda células anucleadas, que perdem o núcleo ‘durante 
sua especialização, como por exemplo, as hemácias. 
 O núcleo geralmente tem forma esférica, mas existem núcleos elípticos, ramificados e irregulares, 
dependendo do tipo de célula. 
 
 
 
 
 De forma geral, o núcleo das células tem posição centralizada, como nas células jovens e em início 
de diferenciação. Mas também podem ser periféricos ou basais. 
 Núcleo periférico: presente nas células adiposas. 
 
 
 Núcleo basal: presente nas células secretoras, onde ele se localiza na base da célula, pólo oposto 
ao secretor. 
 
 
 
 As células podem ser mononucleadas, polinucleadas ou anucleadas, quanto ao número de 
núcleos presentes. 
 
Mononucleadas: apenas um núcleo. Ex.: musculatura lisa. 
 
 
 
42 
 
 
Polinucleadas: apresenta dois ou mais núcleos. Ex.: fibra muscular esquelética. 
 
Anucleadas: não apresenta núcleo. Ex.: hemácias. 
 
 As células polinucleadas podem surgir pela união de várias células mononucleadas ou pela divisão 
sucessiva do núcleo sem haver divisão do citoplasma (fibra muscular estriada). 
 
2 ESTRUTURA DO NÚCLEO 
 
 O núcleo celular apresenta quatro componentes fundamentais: carioteca, cromatina, nucléolo e 
nucleoplasma. 
 
Carioteca: é a estrutura que delimita o núcleo. Em determinados pontos da carioteca são encontrados 
poros, através dos quais ocorre troca de substâncias entre o núcleo e o citoplasma. 
 A membrana mais externa da carioteca tem continuidade com as membranas do retículo 
endoplasmático e apresenta ribossomos aderidos à superfície em contato com o citoplasma. A lâmina 
nuclear, aderida internamente à carioteca, é constituída por uma rede de filamentos protéicos cuja função é 
dar suporte á carioteca, mantendo a sua forma. A carioteca permite que o conteúdo nuclear seja 
quimicamente diferenciado do meio citoplasmático. 
 
Cromatina: é o material genético encontrado no interior do núcleo. No núcleo interfásico, a cromatina 
apresenta aspecto de um emaranhado de filamentos longos e finos. Divide-se em: 
 Heterocromatina: DNA inativo, somente com funções estruturais; 
 Eucromatina: DNA ativo. 
 
 
 
Nucléolo: corpúsculo esponjoso e desprovido de membranas. São constituídos pela aglomeração de 
ribossomos em processo de amadurecimento, que logo migrarãopara o citoplasma. 
 Alguns cromossomos produzem a partir do DNA que contêm um tipo de RNA chamado de RNA 
ribossômico. Esses cromossomos recebem o nome de cromossomos organizadores do nucléolo. As 
moléculas de RNA ribossômico produzidos se acumulam ao redor do nucléolo e se associam a proteínas 
específicas para constituir os ribossomos. 
43 
 
 
Nucleoplasma: também chamado de cariolilnfa, é uma solução aquosa a cromatina e o nucléolo. Nela 
estão presentes íons, moléculas de ATP, nucleotídeos e enzimas. 
 
3 CROMOSSOMOS 
 
 O constituinte fundamental dos cromossomos é uma longa molécula de DNA, constituída por duas 
cadeias de nucleotídios emparelhadas por meio de pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas 
complementares. O número de cromossomos varia de espécie para espécie. Na espécie humana, por 
exemplo, com exceção dos gametas que possuem 23 cromossomos, todas as células têm 46 cromossomos 
no núcleo. Os chipanzés possuem 48 cromossomos e a mosca Drosophila melanogaster, apenas 8. 
 Apesar das diferenças entre as espécies, os cromossomos têm sempre a mesma estrutura básica: 
uma longa molécula de DNA que, a espaços regulares, dá voltas sobre um “grão” constituído por oito 
moléculas de proteínas chamadas histonas. Os “grãos” de histona com DNA enrolado constituem unidades 
estruturais denominadas nucleossomos, que se repetem ao longo do cromossomo. 
 
 
 A condensação da cromatina em cromossomos é importante porque facilita o movimento e a 
distribuição equitativa do material genético para as células-filhas durante a divisão celular. 
 Um dos principais eventos da preparação para divisão celular é a duplicação dos cromossomos. 
Cada cromossomo produz outro idêntico e os dois permanecem aderidos um ao outro por meio de proteínas 
especiais chamadas coesinas. Essas cópias unidas de um cromossomo duplicado são denominadas 
cromátides irmãs. 
 
44 
 
 
 
 As coesinas permanecem ativas até uma determinada fase específica da divisão (anáfase), quando 
se desagregam e permitem que as cromátides-irmãs se separem. 
 O cromossomo condensado apresenta certas regiões heterocromáticas denominadas constrições. 
 
3.1 CENTRÔMERO 
 
 O centrômero é a região de ancoramento dos microtúbulos no momento da divisão das cromátides-
irmãs, e geralmente está localizado em um estrangulamento do cromossomo condensado denominado 
constrição primária. Todas as outras existentes recebem o nome de constrições secundárias. 
 A posição do centrômero divide o cromossomo em duas partes denominadas braços 
cromossômicos. De acordo com o tamanho relativo dos braços, os cromossomos recebem uma 
classificação. 
 
 
C- centrômero B- braços cromossômicos 
3.2 TELÔMEROS 
 
 Os telômeros são regiões nas extremidades dos cromossomos que possuem uma organização 
especial. Para sintetizar as extremidades da molécula de DNA (telômeros) que constitui o cromossomo, é 
necessária uma enzima especial, a telomerase. Na ausência dessa enzima, a célula não consegue 
produzir as extremidades de seus cromossomos. 
 Quando uma célula do nosso corpo se reproduz, as células-filhas herdam telômeros mais curtos. 
Até certo ponto, a perda de pedaços das pontas dos cromossomos não acarreta nenhum problema à célula, 
pois os segmentos que constituem os telômeros não possuem genes. Caso as células continuem a se 
dividir após terem perdido todo o telômero, elas passam a perder fragmentos de DNA, assim, as células 
formadas não sobrevivem. 
 As células embrionárias jovens produzem telomerase normalmente, mas deixam de fazê-lo a partir 
de um determinado momento do desenvolvimento embrionário. Apenas as células germinativas continuam 
a produzir a telomerase por toda a vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A taxa de multiplicação das células 
cancerosas é tão intensa que elas morreriam 
pela perda de seus telômeros. Isso só não 
acontece porque as células cancerosas 
reativam a produção da enzima telomerase, 
o que faz do câncer uma doença 
potencialmente letal. A presença da 
telomerase nas células cancerosas evita que 
seus cromossomos encolham em 
comprimento e permite que elas continuem a 
se multiplicar indefinidamente. 
45 
 
 
 
4 GENOMA 
 
 Genoma é o conjunto haplóide de cromossomos de uma determinada espécie. Na espécie humana, 
o genoma é constituído por 24 moléculas de DNA que formam 24 tipos de cromossomos humanos. Desses, 
22 são cromossomos denominados autossomos e outros dois (um par) de cromossomos sexuais 
(alossomos ou heterossomos), identificado pelas letras X e Y. 
 Autossomos são aqueles presentes tanto em células masculinas quanto em células femininas. 
 Cromossomos sexuais são os que variam entre os sexos e diferenciam células masculinas e 
femininas. 
Célula Humanos Drosophila 
Somática (2n) 2x=46 2x=8 
Gametas (n) n = 23 n = 4 
Genoma (x) x =23 x = 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 CROMOSSOMOS HOMÓLOGOS 
 
 Cada célula do corpo de uma pessoa possui 46 cromossomos. Os homens têm 22 pares de 
autossomos, um cromossomo X e um cromossomo Y. As mulheres têm 22 pares de cromossomos 
autossomos e dois cromossomos X. Os óvulos têm 23 cromossomos, sendo 22 autossomos (um de cada 
tipo) e um cromossomo X. Os espermatozóides também têm 23 cromossomos, sendo 22 autossomos e um 
cromossomo sexual, que pode ser o cromossomo X ou o cromossomo Y. 
 Quando um espermatozóide se funde ao óvulo na fecundação, os dois conjuntos de cromossomos 
se reúnem no núcleo da primeira célula, o zigoto. A determinação do sexo ocorre no momento da 
fecundação. No caso de o espermatozóide ter um cromossomo X, o zigoto originará uma pessoa do sexo 
__________. Se o espermatozóide possuir um cromossomo Y, o zigoto originará uma pessoa do sexo 
__________. 
 Pouco antes de se dividir, o zigoto duplica todos os seus cromossomos. Ao final da divisão, cada 
célula-filha receberá réplicas exatas dos 46 cromossomos recebidos dos genitores. 
 Os dois representantes de cada par cromossômico originalmente herdado nos gametas são 
chamados de cromossomos homólogos (do grego homoios, igual, semelhante). 
Cromatina sexual, também chamado de 
Corpúsculo de Barr, é o nome dado ao 
cromossomo X inativo e condensado das 
células que constituem as fêmeas de 
mamíferos. Nos seres humanos, cada célula 
feminina possui dois cromossomos X (um de 
origem materna e outro paterna), 
acontecendo condensação ao acaso de um 
destes cromossomos. No gênero masculino, 
exceto a ocorrência de síndrome de 
Klinefelter, não é presente a cromatina 
sexual. 
 
46 
 
 
Cromossomos com números iguais são homólogos. 
 
6 CÉLULAS DIPLÓIDES E HAPLÓIDES 
 
 As células que possuem pares de cromossomos homólogos, como a primeira célula de nosso corpo 
e todas as demais que descendem dela, são chamadas de células diplóides. As células que possuem 
apenas um lote de cromossomos, como óvulos e espermatozóides, são chamadas de células haplóides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
3 
3 
2 
2 
1 
47 
 
7 CROMOSSMOS HUMANOS 
 
 Atualmente é possível identificar pessoas com problemas cromossomos e prever o risco de seus 
filhos virem a ser afetados por doenças hereditárias. Esses procedimentos fazem parte de um ramo da 
Genética denominado aconselhamento genético. 
 
7.1 CARIÓTIPO HUMANO NORMAL 
 
 O conjunto de características morfológicas dos cromossomos de uma célula constitui seu cariótipo. 
Na espécie humana, por exemplo, os cariótipos de homens e mulheres são iguais quanto a 22 pares de 
cromossomos autossomos, mas diferem quanto ao 23º par. Nas mulheres, esse par é composto por dois 
cromossomos morfologicamente idênticos, os cromossomos X. Nos homens, o 23º par é composto por um 
cromossomo X e um cromossomo Y, presente exclusivamente no sexo masculino. 
 
Cariótipo da mulher: 22AA + XX (ou 46, XX)Cariótipo do homem: 22AA + XY (ou 46, XY) 
 
 
8 ALTERAÇÕES CROMOSSOMÔMICAS 
 
 O tamanho, a forma e o número de cromossomos são constantes entre indivíduos da mesma 
espécie. Os desvios em relação ao cariótipo normal, conhecidos como aberrações cromossômicas, 
geralmente causam grandes transtornos ao funcionamento celular, produzindo doenças graves ou mesmo a 
morte de portadores. 
 As alterações cromossômicas podem ser numéricas, quando afetam o número de cromossomos da 
célula, ou estruturais, quando afetam a estrutura de um ou mais cromossomos do cariótipo, modificando a 
sequência de genes. 
 Drogas, como o LSD, talidomida e antibióticos são substâncias que causam danos aos 
cromossomos. O vírus da rubéola tem atividades teratogênicas, isto é, interrompem etapas do 
desenvolvimento intrauterino causando várias anomalias. 
 Os principais agentes mutagênicos são as radiações, que mesmo em doses pequenas aumentam a 
frequência das mutações. As radiações podem causar mutações gênicas, translocações, deficiências, e 
aneuploidias. 
48 
 
 
8.1 ALTERAÇÕES NUMÉRICAS 
 
 São alterações na quantidade de cromossomos da célula. As alterações numéricas são provocadas 
por rupturas nos fusos, nas fibras do fuso ou no centrômero, provocando a não-disjunção cromossômica 
(não separação) durante a divisão celular. 
 
Euploidias: envolvem alterações em toda a coleção de cromossomos. São alterações do número de 
genomas (n cromopssomos). Células somáticas normais são diplóides, têm 2 genomas (2n 
cromossomos). Podem ser: 
 Haploidia: célula somática com n cromossomos; 
 Triploidia: células somáticas 3n; 
 Tetrapoloidia: células somáticas 4n; 
 Pentaploidia: células somáticas 5n. 
 
 Quando há vários genomas em excesso dizemos que a célula é poliplóide. Em abortos podem ser 
encontrados fetos 3n ou ainda 4n, mas não se conhece pessoas que sejam totalmente euplóides. 
Normalmente, podem ser encontradas células 16n na medula óssea, no fígado e em células tumorais. 
 Autoploidia (endomitose): ocorre quando os cromossomos se duplicam, mas a célula não se divide, 
tornando-se poliplóide. 
 Heteropoliploidia: é quando um ou ambos os gametas não forem haplóides, gerando um zigoto 
poliplóide. 
 
Aneuploidia: são alterações no número total de cromossomos da espécie, com redução ou acréscimo de 
um ou mais cromossomos. Podem ser: 
 Monossomia: célula somática 2n – 1; 
 Nulissomia: célula somática 2n – 2; 
 Trissomia: célula somática 2n + 1; 
 Tetrassomia: célula somática 2n + 2; 
 
 Estas aberrações se referem sempre a alterações do número de cromossomos de um determinado 
par, que passa a ter 3, 4, 5 ou mais cromossomos. Esses eventos são chamados de polissomia. 
 
9 SÍNDROMES HUMANAS 
 
 Sabe-se que uma em cada 200 crianças nascem com alterações numéricas em seus cromossomos. 
Pode-se dizer que os abortos espontâneos atuam como mecanismos de seleção, eliminando aberrações 
cromossômicas mais graves. Porém, algumas anomalias cromossômicas são compatíveis com a vida. 
 
9.1 ALTERAÇÕES NUMÉRICAS DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS 
 
Síndrome de Klinefelter (47, XXY) 
 
 As pessoas afetadas por essa síndrome apresentam trissomia dos cromossomos sexuais, sendo 
dois X e um Y, e são do sexo masculino, isto porque mesmo quando acompanhado de mais de um 
cromossomo X, o cromossomo Y determina o sexo masculino. O excesso do cromossomo provoca a 
esterilidade, desenvolvimento exagerado das glândulas mamárias, problemas no desenvolvimento dos 
órgãos genitais (atrofia), retardo mental leve e estatura alta. 
49 
 
 
 
 
 
 
Síndrome de Turner (45, X0 ou 45,x) 
 
 A pessoa afetada pela síndrome de Turner tem apenas um cromossomo sexual (monossomia do 
cromossomo sexual), o cromossomo X, e é do sexo feminino. As principais características são baixa 
estatura, problemas no desenvolvimento dos órgão sexuais (atrofia), infertilidade e, em alguns casos, 
retardo mental leve e o desenvolvimento de pregas de pele nos lados do pescoço (pescoço alado). 
 
50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síndrome da Super fêmea ou Poli X (47, XXX, 48, XXXX ou 49, XXXXX) 
 
 As polissomias do cromossomo sexual X não afetam severamente as mulheres que as possuem, 
porque todos os cromossomos X que excedem são inativados como cromatina sexual. Quanto maior o 
número de cromossomos X, maior o retardo mental. 
 
Síndrome do Super macho ou Duplo Y (47, XYY) 
 
 O homem portador da síndrome do duplo Y possui uma estatura acima da média e, em alguns 
casos, apresentam anomalias dos órgãos sexuais. O cromossomo Y determina a produção de testosterona 
(hormônio responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas normais). 
 Uma pesquisa realizada em presídios, verificou-se que entre os presos de maior periculosidade o 
cariótipo com maior frequência era o 47,XYY. 
 
9.2 ALTERAÇÕES NUMÉRICAS DOS CRMOMOSSMOS AUTOSSOMOS 
 
Síndrome de Down ou Mongolismo 
 
 As células da pessoa afetada possuem três exemplares do cromossomo designado pelo número 21, 
em vez de apresentarem apenas um par deles. Por isso essa síndrome também recebe o nome de 
trissomia do cromossomo 21. Pessoas com essa anomalia cromossômica geralmente sobrevivem, mas 
podem apresentar retardamento mental acentuado e uma série de características como retardamento 
psicomotor, olho oblíquo, língua volumosa e pendente, crânio curto (braquicefalia), genitália pouco 
desenvolvida, prega simiesca (única prega palmar), falta de falange no dedo mínimo, cardiopatias 
congênitas, baixa resistência a infecções e expectativa de vida baixa. 
 
 
 
 
51 
 
 
 
 Mosaicismo: é quando o indivíduo apresenta cariótipos diferentes. Os portadores de mosaicismo de 
células normais e células com trissomia do cromossomo 21 exibem o mongolismo em diferentes graus. 
Quanto maior o número de células com trissomia do cromossomo 21, maiores os sinais de mongolismo. 
 
 
 
 
Síndrome de Edwards 
 
 Essa síndrome ocorre devido à trissomia do cromossomo 18. As anomalias são muito severas e 
levam o portador à morte antes de completar um ano de vida. 
 
 
 
 
 
Síndrome de Patau 
 
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 É devida à trissomia do cromossomo 13 e causa alterações no sistema nervoso central. Alguns 
sintomas são: microcefalia, atraso no desenvolvimento físico e mental, fissura lábiopalatina e defeito nos 
septos intra-atrial e intervesicular. 
 
 
 
 
 
9.3 ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS NOS CRMOSSOMOS 
 
 São as alterações que ocorrem na estrutura do cromossomo. Podem ocorrer quebras durante a 
divisão celular, por exemplo. Com o movimento dos cromossomos, frequentemente eles se quebram e 
ressoldam-se de várias maneiras, ocasionando alterações estruturais. As alterações na estrutura dos 
cromossomos podem envolver perda de pedaços do cromossomo (deficiência ou deleção), quebra e 
ressoldagem de um pedaço do cromossomo de forma invertida no mesmo cromossomo (inversão) ou em 
cromossomos homólogos (duplicação) ou ainda em cromossomos não homólogos (translocação). 
 
9.3.1 Deficiência ou deleção 
 
 É a perda de pedaços dos cromossomos. Ocorre quando um cromossomo sofre duas quebras. O 
pedaço do meio de perde e os pedaços das extremidades se soldam. Assim, o cromossomo fica com falta 
de alguns genes (pedaço do meio que se perdeu). 
 Deleção terminal: o cromossomo perde sua extremidade. 
 Deleção intersticial: o cromossomo perde um pedaço mais central. 
 
 
 
9.3.2 Duplicação 
 
53 
 
 É a presença de um pedaço a mais no cromossomo. Esse tipo de alteração é mais comum e menos 
prejudicial do que a deleção, porque o excesso de genes é menos prejudicial do que a falta. 
 
 
 
 
 
9.3.3 Translocação 
 
 Transferência de material de um cromossomo para outro não homólogo. Podem ser translocação 
simples, quando somente um cromossomo sede um pedaço para outro não homólogo ou translocação

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