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Plano de aula 1
1 – R: O Juiz deve aceitar a prova, posto que não existem direitos e garantias individuais que sejam absolutos. Havendo conflito aparente entre mandamentos constitucionais, há que se fazer uma ponderação para decidir qual deles aplicar. Nesse sentido, o direito à liberdade e a presunção de inocência devem prevalecer sobre o mandamento constitucional que veda as provas obtidas por meios ilícitos.
 2 - R: C
Doutrina 
O processo penal perfaz-se em uma caminhada na busca da verdade de um determinado fato criminoso, bem como na análise da participação no espaço e no tempo de todos os elementos pessoais e naturais que de quaisquer formas servirem para o deslinde da causa.
No Brasil, o problema das provas ilícitas está caracterizado, hoje em dia, de acordo com o art. 5º, LVI, da Constituição Federal de 1988, pela sua inadmissibilidade no processo, porém o rigor do presente dispositivo vem sendo atenuado pela aplicação do que se denominou “teoria da proporcionalidade”.
À acusação cabe derrubar a presunção de inocência, atinente ao acusado, devendo-se valer, para isso, apenas de provas válidas. Provas ilícitas (que violam regras de Direito material) ou ilegítimas (que violam regras de Direito processual) não possuem valor jurídico. (GOMES, 2006, p. 201)
Contudo sensato é o entendimento de Vicente Greco Filho (apud MENDES, 1999, pp. 172-174) quando diz que: “O texto constitucional não pode ser interpretado de forma rigorosa, pois sempre haverá situações, cujo valor e importância do bem jurídico envolvido, a ser alcançado com a obtenção irregular da prova, levarão os Tribunais a aceitá-la”.
Isso demonstra que a doutrina e a jurisprudência, em cada caso concreto, deverão saber lidar, mediante ponderação e equilíbrio, com o rigor do disposto no art. 5º, LVI, da Constituição Federal de 1988, através do princípio da proporcionalidade.
Embora o texto constitucional opte por uma interpretação mais rigorosa em que a ilicitude do meio de prova é decorrente da ilicitude da sua origem, o STF sempre analisava confrontando os valores jurídicos envolvidos, aceitando a produção de provas obtidas nessas condições quando o bem jurídico alcançado com elas fosse de maior valor que o bem jurídico sacrificado pela ilicitude da sua obtenção (GRECO FILHO, 2007, p. 112).
Desta forma se, v.g., uma vítima de extorsão grava sua conversa com o criminoso, esta prova é válida, pois este invadiu a esfera de liberdades públicas da vítima ao ameaçá-la e coagi-la e esta, em legítima defesa de suas liberdade públicas (o que exclui a ilicitude da prova por ser causa de exclusão da ilicitude) produziu a referida prova para responsabilizar o agente.(MORAES, 2006, p. 100).
Pode-se apontar também a hipótese de um filho que realiza gravação de vídeo, clandestinamente, comprovando maus-tratos por parte de seu pai e sem o conhecimento deste. Não se pode, igualmente, objetivar a proteção da intimidade do pai agressor, pois este, anteriormente, desrespeitou a dignidade e incolumidade física de seu filho, que, em legítima defesa, produziu a referida prova. (MORAES, 2006, p. 101).
Pesquisa de Jurisprudência
Acórdãos
HC 70814 / SP - SÃO PAULO
HABEAS CORPUS
Relator(a):  Min. CELSO DE MELLO
Julgamento:  01/03/1994           Órgão Julgador:  Primeira Turma
Publicação
DJ 24-06-1994 PP-16649 EMENT VOL-01750-02 PP-00317 RTJ VOL-0176- PP-01136
Parte(s)
PACIENTE : ULISSES AZEVEDO SOARES IMPETRANTE: ULISSES AZEVEDO SOARES COATOR : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Ementa 
E M E N T A: HABEAS CORPUS - ESTRUTURA FORMAL DA SENTENÇA E DO ACÓRDÃO - OBSERVANCIA - ALEGAÇÃO DE INTERCEPTAÇÃO CRIMINOSA DE CARTA MISSIVA REMETIDA POR SENTENCIADO - UTILIZAÇÃO DE COPIAS XEROGRAFICAS NÃO AUTENTICADAS - PRETENDIDA ANALISE DA PROVA - PEDIDO INDEFERIDO. - A estrutura formal da sentença deriva da fiel observancia das regras inscritas no art. 381 do Código de Processo Penal. O ato sentencial que contem a exposição sucinta da acusação e da defesa e que indica os motivos em que se funda a decisão satisfaz, plenamente, as exigencias impostas pela lei. - A eficacia probante das copias xerograficas resulta, em princípio, de sua formal autenticação por agente público competente (CPP, art. 232, paragrafo único). Pecas reprograficas não autenticadas, desde que possivel a aferição de sua legitimidade por outro meio idoneo, podem ser validamente utilizadas em juízo penal. - A administração penitenciaria, com fundamento em razoes de segurança pública, de disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica, pode, sempre excepcionalmente, e desde que respeitada a norma inscrita no art. 41, paragrafo único, da Lei n. 7.210/84, proceder a interceptação da correspondencia remetida pelos sentenciados, eis que a cláusula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar não pode constituir instrumento de salvaguarda de praticas ilicitas. - O reexame da prova produzida no processo penal condenatório não tem lugar na ação sumarissima de habeas corpus.
Decisão
A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus. Unânime. 1ª Turma, 01.03.1994.
Indexação
- DESCABIMENTO, REEXAME, PROVA, SEDE, HABEAS CORPUS. INOCORRÊNCIA, NULIDADE, SENTENÇA, ACÓRDÃO, VERIFICAÇÃO, ADEQUAÇÃO, ESTRUTURA FORMAL, CONFORMIDADE, NORMA PROCESSUAL PENAL. - POSSIBILIDADE, CONSIDERAÇÃO, FOTOCÓPIA, AUSÊNCIA, AUTENTICAÇÃO, ELEMENTO, FORMAÇÃO, JUÍZO, CONVICÇÃO, EXISTÊNCIA, FORMA, AFERIÇÃO, AUTENTICIDADE, DOCUMENTO. PREVALÊNCIA, PRINCÍPIO DA VERDADE REAL, MATÉRIA, PROVA PENAL. - DESCABIMENTO, ALEGAÇÃO, VIOLAÇÃO, CORRESPONDÊNCIA, INEXISTÊNCIA, PROVA, OCORRÊNCIA, INTERCEPTAÇÃO CRIMINOSA, CARTA, REMETENTE, PACIENTE. POSSIBILIDADE, CARÁTER EXCEPCIONAL, RESTRIÇÃO, DIREITO, INVIOLABILIDADE, CORRESPONDÊNCIA, PRESO, CRITÉRIO, ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA. IMPOSSIBILIDADE, TRANSFORMAÇÃO, CLÁUSULA TUTELAR, INVIOLABILIDADE, SIGILO CORRESPONDÊNCIA, GARANTIA, PRÁTICA, DELITO.
Legislação
LEG-FED CF ANO-1988 ART-00005 INC-00056 CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL LEG-FED DEL-003689 ANO-1941 ART-00155 ART-00232 PAR-ÚNICO ART-00233 ART-00381 INC-00002 INC-00003 CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL LEG-FED LEI-007210 ANO-1984 ART-00041 INC-00015 ART-00041 PAR-ÚNICO LEP-1984 LEI DE EXECUÇÃO PENAL
Observação
Acórdãos citados: RTJ-142/213, RTJ-651/265. Número de páginas: (16). Análise:(PCC). Revisão:(). Inclusão: 15/03/05, (PCC). Alteração: 29/03/05, (PCC). Alteração: 22/07/2011, (LCG). 
Doutrina
OBRA: EXECUÇÃO PENAL AUTOR: JÚLIO FABBRINI MIRABETE EDIÇÃO: 2ª ANO: 1988 PÁGINA: 146-147 EDITORA: ATLAS OBRA: PROCESSO PENAL AUTOR: JÚLIO FABBRINI MIRABETE ANO: 1991 PÁGINA: 250 EDITORA: ATLAS
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