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Direito Cvil V - Casos Concretos

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Direito civil V – Casos Concretos
Caso aula 2 -Camila quando completou 18 anos de idade, descobriu ser irmã de Gabriel, 16 anos, filho de um relacionamento extraconjugal de seu pai com Eleonor. Gabriel por diversas vezes tentou se aproximar de Camila, que se nega a manter qualquer contato com ele afirm ando não ser ele seu parente, pois não possuem qualquer grau de parentesco entre si. Camila tem razão? Explique sua resposta. R: Não pois eles são parentes consanguineos na linha colateral de 2ºgrau, irmãos unilaterais
Caso aula 3-Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõe ao casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as obriga ções matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitação para o casamento foram informados pelo oficial que seria necessário o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para os nubentes quais são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização. R: Os menores de 16 anos precisa do consentimentos de ambos os pais para se casarem, e suprimento judicial de idade,no qual só é dado em caso de gravidez. A jurisprudência vem aceitado a dar o suprimento legal se os nubentes comprovarem ter discernimento necessário para entender as obrigações do matrimônio evitando assim que a menor engravide apenas para ter o suprimento legal.
Caso aula 4-Leonardo e Ana após passarem por todo o processo de habilitação para o casamento e de posse do certificado de habilitação, agendam, perante o oficial do registro, dia, hora e local para a celebração do casamento. No dia, hora e local indicados, os nubentes , as testemunhas e a autoridade celebrante competente comparece. Iniciada a cerimônia, a autoridade celebrante ouve os nubentes que expressamente declaram sua vontade de contraírem o matrimônio por livre e espontânea vontade. Após a manifestação dos nubentes, inesperadamente a autoridade celebrante sofre um mal súbito que lhe retira a vida imediatamente. Diante do exposto, responda, de forma justificada, o que se pede a seguir: a) Em razão do ocorrido, o casamento poderia ser retomado em continuidade por outro oficial que se fizesse presente? b) Leonardo e Ana podem ser considerados casados? R: a) O casamento uma vez interrompido não deve ser retomado antes de 24 horas da sua paralização desde que a causa da interrupção seja imputavel a um ou outro nubente ,oq no ocorreu no caso concreto. Assi que tiver outra autoridade no local poderá dar seguimento ao ato.
b)segundo a doutrina dominante o casamento não poderá ser considerado celebrado por que para tanto após a manifestação dos nubentes,tem que ter a declaração da autoridade celebrante,oq não ocorreu.
Caso concreto 5-Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por dois anos foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu tinha um relacionamento muito bom com João e, após superarmos a morte prematura da minha mãe acabamos descobrindo que tínhamos muita coisa em comum. Resultado, começamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo - nos. Neste mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação declaratória de nulidade do casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo João e depois de tantos anos juntos não posso acreditar que nosso casamento esteja sendo questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Depois de tanto tempo já casados este pedido não estaria prescrito? Nunca tive nenhum um vínculo de parentesco com João, como esse fato pode estar sendo alegado? Justifique suas explicações à cliente em no máximo dez linhas R: João e sua atual esposa possuem parentes por afinidade em linha reta de primeiro grau,sendo padrasto e enteada,o parentesco po afinidade na linha reta não se distingue sendo indissolúvel havendo por tanto impedimento matrimonial,logo o casamento é nulo,e sendo nulo qualquer pessoa ou o mp como custos legis poderá,a qualquer tempo requerer a declaração de nulidade do ato.
Caso aula 6- Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns meses de namoro, casaram -se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela própria moça). Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando que o marido lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste mês que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com toda essa situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a moça tinha casado com ele única e exclusivamente por interesse econômico, tinha ela interesse (declarado) não só no dinheiro do marido, como principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor que era conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento, pode o agricultor pedir sua anulação? Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas e na resposta indique o prazo para a propositura da ação. R:Sim, a jurisprudência tem admitindo que o casamento realizado por mero interesse econômico caracteriza erro essencial,contra o outro conjuge e por tanto é passível de anulação no prazo decadencial de 3 anos a contar da data da celebração do casamento.
Cso aula 7-Thiago e Deise se casaram em maio deste ano, mas no processo de habilitação esqueceram de informar que Thiago adotaria o sobrenome de Deise. Realizado e registrado o casamento Thiago ainda pode pedir a inclusão do sobrenome da esposa? Em caso afirmativo, como deveria ele proceder? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas. R:Sim pode se pedir a qualquer tempo,sendo necessário promover uma ação de retificação de nome demonstrando que o casal ainda esta casado e que o pedido é concensual.
Caso aula 8-Aline e Carlos são casados pelo regime legal desde 2005 e durante o casamento constituíram considerável patrimônio. Decidem dissolver o casamento mas entram em litígio por conta da partilha de bens do casamento. O casal adquiriu durante o casamento dois imóveis e dois automóveis, mas o primeiro imóvel foi adquirido com o produto da venda de um terreno que pertencia a C arlos antes do casamento mas tal fato não restou consignado no título aquisitivo do imóvel. Aline alega que o bem terá que ser igualmente dividido e Carlos alega que o bem deverá ter seu valor proporcionalmente dividido, abatendo-se do valor total o correspondente ao que ele integralizou em decorrência da venda do referido terreno. Analise a questão sob a ótica das regras aplicáveis ao regime de bens, informado justificadamente a quem assiste razão. R: Carlos e aline são casados em regime parcial de bens, sendo assim só dividiriam os bens adquiridos na constância do casamento. Mas como carlos não colocou na escritura que o bem foi adquirido atraves de subrogação, como Carlos não o fez, assiste razão a Aline e Carlos terá que dividir o bem com a mesma.
Caso aula 9-Lucas e Juliana casaram-se no Brasil em 2010 e, logo após o casamento, Lucas recebeu irrecusável oferta de emprego que levou o casal a ir morar na Espanha. Passados três anos, o casal percebeu que entre eles não há mais amor e decidiram se divorciar. O casal não possui filhos e lhe pergunta: para se divorciarem precisam vir ao Brasil ou podem fazer o pedido
na Espanha mesmo? Uma vez que o casal ainda não está separado de fato e que existem bens a partilhar, podem eles pedir o divórcio extrajudicialmente? Explique suas respostas em no máximo seis linhas. R:A partir de março de 2014 ficou possibilitado a realização do divorcio consensual de brasileiros residentes no exterior, por meios de autoridades consulais,desde que o casal esteja assistido por advogado e que faça constar na escritura publica a descrição e partilha dos bens a disposição quanto a pensão alimentícia envolvendo o nome. ressalva-se que não há um pré requisito de estar ou não separados de fato ou judicialmente.
Caso aula 10-Maria e João constituíram união estável a partir de julho de 2010 mas não formalizaram através de contrato escrito para regular as relações patrimoniais decorrentes da aludida entidade familiar. Maria era divorciada e João apenas separado de fato de sua esposa Janaína. Em maio de 2015, Maria recebeu R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) de herança de seu tio e com este valor adquiriu em julho de 2015 um imóvel em Saquarema – Rio de Janeiro, fazendo constar na escritura a origem do valor pago pelo imóvel, bem como consta na sua declaração de imposto de renda . Em fevereiro de 2017, João e Maria se separam dissolvendo assim a união estável. João procura um advogado indagando se tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Maria em Saquarema em julho de 2015. Qual a orientação correta a ser dada a João. Responda justificadamente. R:Não havendo pacto antenupcial,dispondo de forma contrária,o regime de bens aplicável é a união estável, e seria o da comunhão parcial de bens adquiridos de forma onerosa, na constância da união estável. a Herança é aquisição gratuita sendo excluída da comunhão,além disso maria fez constar na escritura pública que o bem foi adquirido em sub-rogação ou patrimonio exclusivo,logo João não terá qualquer direito sobre o mesmo.
Caso aula 11- Roberto e Marcela, divorciados, são os pais de João. Quando João completou 18 anos, Roberto, que se encontrava desempregado, de imediato parou de pagar pensão alimentícia sem prévia autorização judicial. A conduta praticada por Roberto foi por ele justificada sob o argumento de que cessa automaticamente o dever de as sistência dos pais em relação aos filhos quando estes atingem a maioridade. João, que necessita da prestação alimentícia é estudante cursando o primeiro período da graduação em Direito, procura advogado para saber se a conduta e os argumentos utilizados po r Roberto procedem e qual seria a medida cabível a ser aplicada. Qual a orientação correta a ser dada no caso concreto? Justifique sua resposta. R: A conduta de roberto foi equivocada,pois deveria promover ação de exoneração de pensão alimentícia não podendo se auto exonerar,isto por que o dever de sustento dos filhos é apenas uma das situações que obriga o mesmo a paga-la, pode o filho mesmo que maior de idade ter alguma necessidade especial que no caso é estar cursando a faculdade, a obrigação devida até os 24 anos.
Caso aula 12-Dra. Ana Carolina, Jorge é meu enteado desde que tinha mais ou menos dois anos de idade. Sua mãe faleceu no parto e desde pequeno sempre cuidei dele como se fosse meu filho. Temos um relacionamento muito próximo e agora que ele já possui 19 anos gostaríamos de documentar nosso parentesco. Consultei outro advogado que disse-me que a única opção para reconhecê-lo como filho seria realizar a adoção, o que implicaria, automaticamente na retirada do nome da mãe biológica dele da certidão de nascimento. Mas não é isso que queremos. Quero ser reconhecida como a mãe afetiva de Jorge, sem que isso implique necessariamente a exclusão da mãe biológica em respeito à sua memória. Não há nenhuma outra alternativa para a nossa situação? O que você aconselharia à sua cliente? Explique sua resposta em até dez linhas. R:Poderá ser requerido pela madrasta e por Jorge que é maior de idade o reconhecimento da maternidade socioafetiva. Gerando assim a multiparentalidade. Jorge manteria o nome biolágico da mãe, e o da mãe socioafetiva. Tal entendimento é da jurisprudência pois não a previsão expressa em lei.
Caso aula 13- (X Exame OAB) Luzia sempre desconfiou que seu neto Ricardo, fruto do casamento do seu filho Antônio com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as características físicas por ele exibidas. Vindo Antonio a falecer, Luzia pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato apresentado, responda aos seguintes itens. a. Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação? b. Caso Antonio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do processo, poderia Luzia prosseguir com a demanda? Qual o instituto processual aplicável ao caso? R:a) A ação de negatória de paternidade é uma ação personalissima ,cabendo somente ao pai e ao próprio filho . B) Sim, luiza poderia prosseguir com ação negatória de paternidade ajuizada por seu filho,fazendo para tanto a sucessão processual.
Caso 2 da aula 13- Luzia e Pedro são os pais da menor Isabela e encontram -se divorciados há cerca de um ano. Apesar do tempo transcorrido, o casal não consegue entendimento sobre o regime de convivência dos genitores com a filha, que se mantém residindo com a mãe e periodicamente, em horários estabelecidos exclusivamente pela genitora, recebe a visita do pai. Inconformado com a situação, principalmente porque sempre que visita a filha vê-se compelido a supervisão da genitora da menor que não deixa sozinhos em momento algum, Pedro promove uma ação de guarda compartilhada. Em repúdio a pretensão de Pedro, Luzia alega que a criança conta com pouca idade, apenas 3 anos, e que por isso depende excessivamente de seus cuidados e que se opõe por tais justificativas a fixação judicial da guarda compartilhada. Diante dos fatos narrados, e analisando a questão sob a perpectiva atualizada dos nossos tribunais, explique se procede a alegação de Luzia indicando os fundamentos legais. R:Não procede a alegação de Luzia, pois a pouca idade não é fundamento legal para afastar a guarda compartilhada a qual passou a ser regra prevista no ordenamento pátrio brasileiro, só cabendo ser afastada quando um dos pais não quer a guarda compartilhada compartilhada,ou quando algum deles não estiver apto a exerce-lo.
Caso aula 14- Josefa encontra-se separada de fato de Carlos, pai de seu filho, com quem manteve uma união estável por cinco anos. Hoje o menor conta com 4 anos de idade e começa a manifestar comportamento arredio ao convívio com o genitor e seus familiares. Por outro lado, por diversas vezes o pai tenta exercer a convivência com o filho mas é surpreendido pela informação dada por Josefa de que ela e o filho já tinham compromisso e por isso não poderá deixa-lo encontrar com a criança. Diante dos fatos narrados pergunta-se: a) Seria possível identificar indícios da prática de atos de alienação parental? Justifique. b) Constatado a prática da alienação parental, quais seriam as medidas cabíveis a serem determinadas pelo juízo para evitar efeitos mais danosos aos interesses do menor? Justifique. R:a)sim,pois a tentativa de impedir o convivio de pai e filho e ainda o comportamento aredio do menor é considerado como ato de alienação parental. b)Constatado o indicio de atos de alienação parental,o juiz poderá cumulativamente ou não aplicar,ou impor medidas.
Caso aula 15- Dr. André, tenho um débito com um banco resultante de utilização do limite da conta corrente. Não consegui saldar essas dívidas e agora no processo de execução fui informado que o Banco requereu a penhora do imóvel em que residem minha ex-esposa com meus filhos de 12 e 14 anos. O imóvel é de minha propriedade exclusiva, mas há mais de cinco anos é utilizado para residência de meus filhos. Vivo em outro imóvel, também de minha propriedade, no qual mantenho minha nova família. Vou perder um destes dois imóveis? O que farei? Explique a resposta ao seu cliente em no máximo cinco linhas. R:de acordo com a lei 8.009/90 o bem de família legal, que é o único imóvel da família
como sendo impenhorável, não respondendo pelas dividas dos seus proprietários. No caso concreto os dois imoveis são exclusivos e pela lei somente 1 é impenhorável. No entanto há jurisprudência do stj estendendo a impenhorabilidade de ambos imoveis para resguardar a dignidade, a boa fé, e ainda a isonomia entre os filhos.

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