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DICOTOMIA ENTRE O DIREITO PÚBLICO E PRIVADO (DIREITO DO TRABALHO) Segundo Ferraz Junior, a natureza pública ou privada das situações depende tanto das normas incidentes como as próprias realidades normadas, ou seja, depende do ordenamento jurídico vigente, bem como, das decisões tomadas pelo sistema jurídico acerca de determinado fato, que ocorre na sociedade. Podemos conceituar direito público como sendo aquele que se refere ao conjunto de normas jurídicas de natureza pública, ou seja, que visam o regramento do comum ou coletivo, e direito privado pode ser conceituado como sendo a capacidade de estabelecer normas segundo suas necessidades, devendo-se levar em consideração que ambos advêm da mesma fonte legisladora, não podendo de forma alguma contrariar a constituição. Nota-se que diante dessa divisão ocorrem divergências entre juristas e estudiosos do direito, no que diz respeito ao direito trabalhista, nomes como Arnaldo Sussekindo, Amauri Mascaru Nascimento, José Martins Catharino, Evaristo Morões Filho, dentre outros, divergem sobre este tema, pois, alguns defendem que, o direito trabalhista estaria na esfera do direito público, uma vez que, o mesmo, há uma intervenção Estatal no que diz respeito ao cumprimento das normas estabelecidas entre contratante x contratado, outros defendem que não obstante de haver esta intervenção Estatal, o direito trabalhista situa-se na esfera do direito privado, pois, cria-se um cotrato de prestação de serviço entre contratado x contratante, que em primeiro momento, não interessa ao Estado, referindo-se a uma relação firmada entre particulares, não deixando de ser um ato jurídico, existem ainda, os que defendem o direito trabalhista como misto, ou seja, estaria entre as esferas pública e privada, levando-se em consideração as pessoas e o objeto ao mesmo tempo. Para o mestre Cesariano Junior, o direito trabalhista não seria público, privado, muito menos misto, mas sim social, uma vez que ao lado do direito público e do direito privado, há o direito social, no qual há como fundamento básico a valorização do ser humano que trabalha. O fato é que o direito trabalhista, assim como qualquer outro ramo do direito, está em constante evolução e discorre acerca de seus respectivos setores desta mesma forma, evolutiva, portanto, não há uma definição exata da natureza do direito trabalhista. Aluno: David Vieira – 1° Período Direito Matutino
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