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DIREITO PROCESSUAL PENAL I - CCJ0040 SEMANA 5 CASO 1 João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. Concluído o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João, silenciando quanto à José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi proposta. Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-se a Súmula 524 do STF? R: O tema é controvertido, a jurisprudência majoritária, não admitia o arquivamento implícito sob o argumento de que, de acordo com o art. 15 do CPP, o arquivamento do inquérito policial, deve ser requerido e arrazoado. Logo não há o que se falar em arquivamento implícito. No entanto, a doutrina minoritária construiu o instituto do arquivamento implícito. Trata-se na verdade de uma forma de gerar segurança jurídica ao indiciado. Sendo assim de acordo com o caso concreto, para o primeiro entendimento o MP poderia simplesmente aditar a denúncia e incluir José, sem nada novo. Já para o segundo entendimento, houve o arquivamento implícito contra José. Desta forma, aplicando a súmula 524 STF o MP precisará de prova materialmente nova para poder aditar a denúncia e incluir José. A hipótese do caso concreto é de arquivamento subjetivo. Segundo Paulo Rangel: "Se o juiz cochilar da mesma forma que o promotor terá ocorrido o arquivamento implícito do inquérito policial. Assim, o arquivamento implícito ocorre sempre que há a inércia do promotor de justiça e do juiz, que não exerceu a fiscalização sobre o princípio da obrigatoriedade da ação penal." (RANGEL, Paulo. Direito Processual Pena. 24 ed. Rev. Atual. São Paulo: Atlas, 2016. p. 223.) 2- Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para averiguar a possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, tudo conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público Estadual. Ao final da apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do parquet, a conduta praticada por Márcio, embora típica, estaria prescrita. Nessa situação, o Promotor deverá a) arquivar os autos. b) oferecer denúncia. c) determinar a baixa dos autos. R: d) requerer o arquivamento. 3- A autoridade policial, ao chegar no local de trabalho como de costume, lê o noticiário dos principais jornais em circulação naquela circunscrição. Dessa forma, tomou conhecimento o, através de uma das reportagens, que o indivíduo conhecido como “José da Carroça”, mais tarde identificado como José de Oliveira, teria praticado um delito de latrocínio. Diante da notícia da ocorrência de tão grave crime, instaurou o regular inquérito policial, passando a investigar o fato. Após reunir inúmeras provas, concluiu que não houve crime. Nesse caso, deverá a autoridade policial: A) determinar o arquivamento dos autos por falta de justa causa para a propositura da ação. B) encaminhar os autos ao Ministério Público para que este determine o seu arquivamento. R: C) relatar o inquérito policial, sugerindo ao Ministério Público seu arquivamento, o que será apreciado pelo juiz. D) relatar o fato a Chefe de Polícia, solicitando autorização para arquivar os autos por ausência de justa causa para a ação penal. E) relatar o inquérito policial, requerendo o seu arquivamento e encaminhando-o ao juízo competente.
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