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01.08 - Histórico As primeiras construções A Torre de Babel Alguns homens, partindo para o oriente, encontraram na terra de Senaar uma planície onde se estabeleceram. E disseram uns aos outros: “Vamos, façamos tijolos e cozamo-los no fogo.” Serviram-se de tijolos em vez de pedras, e de betume em lugar de argamassa. Depois disseram: “Vamos, façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim célebre o nosso nome, para que não sejamos dispersos pela face de toda a terra.” O período egípcio • Desde os tempos remotos, quando as pessoas começaram a construir, verificou-se a necessidade de dominar o conhecimento da resistência dos materiais estruturais, com o que pode-se projetar elementos com dimensões seguras. • Os Egípcios detinham o conhecimento de regras empíricas, o que justifica a construção de grandes monumentos, templos, pirâmides e obeliscos, alguns dos quais existentes até hoje. Egito HOW THE EGYPTIANS BUILT THE PYRAMIDS BY RICHARD KOSLOW If people can lift water with a counter weight, why not use the same principle to lift stones, huge stones, like the ones used to build the pyramids? Back in ancient Egypt, a device called a shadoof was commonly used to move water. A shadoof is a long pole, weighted at one end, perhaps with a stone, and a vessel on the other end, used for raising water to irrigate the land. They pulled down the vessel, filled it under the water, and then easily lifted it by the counter weight. These water lifting machines showed that the Egyptians knew something about weights, fulcrum, and balance long before they built the pyramids. HOW THE EGYPTIANS BUILT THE PYRAMIDS BY RICHARD KOSLOW Pirâmides • Os Gregos desenvolveram a arte da construção. São precursores da estática que dá suporte à mecânica dos materiais. • Archimedes (287-212 aC): Determinação do centro de gravidade dos corpos, o que auxiliou no içamento de colunas e vigas na construção e na determinação do equilíbrio. O Período Grego O Período Grego Grécia Partenon Partenon O Período Romano • Os romanos eram grandes construtores: templos, estradas, pontes e fortificações: – Vitruvius arquiteto e engenheiro romano do tempo do Imperador Augustus publicou um livro com a descrição dos métodos construtivos, os materiais estruturais e os tipos de construções. – Passaram a utilizar os arcos como elemento estrutural, construindo pontes e aquedutos. O Período Romano Roma Arenas esportivas Arcos romanos Pont Du Gard Técnicas de projeto • Engenharia fundamentada na experiência: – “Deu certo uma vez, vai dar certo sempre!” • Ausência quase total de modelos matemáticos. • Não existia distinção entre engenharia e arquitetura: – O construtor era o artista. A arte e técnica se misturavam. • Marcos Vitruvis Idade Média • Muito do conhecimento acumulado pelos gregos e romanos da engenharia estrutural foi perdido na Idade Média. Período da história européia compreendido entre a queda do Império Romano do Ocidente, no século V, e a afirmação do capitalismo sobre o modo de produção feudal, o florescimento da cultura renascentista e os grandes descobrimentos. Período gótico Em busca do conhecimento Período renascentista • Início das preocupações com modelos mais precisos para compreensão do comportamento das estruturas. • Galileo Galilei: 1564-1642 • Leonardo da Vinci: 1452-1519 Leonardo da Vinci (1452-1519) • Grandes descobertas em vários ramos da ciência. • Interesse pela mecânica – Mecânica é o paraíso da ciência matemática porque aqui nós encontramos os frutos da matemática. • Aplicou o conceito do princípio dos trabalhos virtuais para analisar vários sistemas de polias e alavancas, como as usadas em sistemas de içamento. • Tinha a idéia correta do empuxo produzido por um arco. • Estudou a resistência dos materiais estruturais experimentalmente. • Estudou o comportamento das vigas (flexão) e concluiu que a resistência de vigas apoiadas em suas extremidades varia inversamente ao seu comprimento e diretamente a sua largura, e foi pioneiro no uso da Estática para a determinação de forças atuantes em partes das estruturas. Galileu Galilei (1564-1642) • Publicou o livro “Discorsi e Dimostrazioni Matematiche, intorno à Due Nuove Scienze” – “Two New Science”, que representou um esforço no sentido de viabilizar métodos aplicáveis à análise de tensões em uma seqüência lógica. Galileo Galilei • 1564: Nasceu em Pisa – Itália. • 1575-1577: Estuda em Florença. • 1581-1585: Estuda medicina na Universidade de Pisa, não conclui o curso e mostra grande atração pelo estudo da matemática. • 1589-1592: Professor de matemática, e dá o início ao estudo da dinâmica estabelecendo as bases como nós conhecemos “De Motu Gravium”. Galileo Galilei • 1592-1610: Publica em Padua “Della Scienza Meccanica” (1594). Um tratado de mecânica onde vários problemas de estática foram tratados utilizando o princípio dos deslocamentos virtuais. Trabalha como consultor da indústria da construção naval e está interessado na resistência dos materiais. Interessou-se por astronomia, construindo um telescópio com amplificação de 32X com o qual descobriu montanhas na lua, os satélites de Júpiter e etc. Adepto à teoria de Copérnico (o Sol como eixo do universo e em torno do qual giram a Terra e os outros planetas) contrária aos dogmas da Igreja da época. Galileo Galilei • 1610-1638: Recebe advertência da Inquisição (1616) para abandonar as idéias do sistema heliocêntrico. Publicou livro sobre suas observações que foi proibido pela Igreja Católica (1632). Foi julgado e condenado a cárcere privado (1633) e viveu em Arcetri onde retomou os estudos da mecânica. Nesse período escreveu o “Two New Science” (1638) que mostra todo o seu conhecimento nos vários campos da mecânica constituindo-se na primeira publicação nos campos da resistência dos materiais e o início da mecânica dos corpos elásticos (pe. propriedades mecânicas dos materiais estruturais, resistência das vigas). Estudou as relações de momentos e dimensões. • Início da ciência da Resistência dos Materiais – 1638. • Resistência à tração de uma corda • Resistência à flexão de vigas: Estudos sobre flexão em vigas Hipótese errada! Peso próprio Carga concentrada Idéias de Galileo • “A resistência de uma barra tracionada é proporcional à sua área de seção transversal e independente do comprimento”: – Resistência absoluta à fratura. • “Como e em que proporção pode uma verga, ou mesmo um prisma cuja altura e maior que sua espessura, oferece mais resistência a fratura quando a força é aplicada na direção de sua largura do que na direção de sua espessura?” Idéias de Galileo • “Nas vigas em balanço, similares geometricamente e sujeitas à ação de seu peso próprio, concluiu que enquanto o momento fletor aumenta na proporção do comprimento elevado a quarta potência, o momento resistente é proporcional ao cubo da dimensão linear. O que indica que vigas geometricamente similares não são igualmente resistentes. As vigas tornam-se mais fracas com o aumento das dimensões e finalmente, quando são maiores, elas podem romper sob a ação unicamente de seu peso próprio.” – Tamanho LIMITE!!!! A fragilidade dos gigantes 2X 80Kgf Área ( 20 cm) 640Kgf Área ( 40 cm) A fragilidade dos gigantes Viga em balanço • Seção 20X40 – L = 500 cm. • Peso específico: = 25 kN/m3. • Tensão admissível: = 10 MPa: 104 kN/m2. • Momento resistente: kNmbHMr 33,536 2 • Momento solicitante: kNmbHLMs 00,252 2 53,1% menor!!!! Viga em balanço • Seção 40X80 – L = 1000 cm. • Peso específico: = 25 kN/m3. • Tensão admissível: = 10 MPa: 104 kN/m2. • Momento resistente: (8X) kNmbHMr 67,4266 2 • Momento solicitante: (16X) kNmbHLMs 00,4002 2 6,2% menor!!!! Carga adicional no balanço • Seção 20X40: kNMMP sra 67,500,5 00,2533,53 00,5 )( • Seção 40X80: kNMMP sra 67,200,10 00,40067,426 00,10 )( Século XVII • Rápido desenvolvimento na matemática, astronomia e nas ciências naturais • Interesse de estudiosos no trabalho experimental. • Universidades sob controle da Igreja, que não estava interessada no progresso científico, • Organizaram-se sociedades científicas em muitos países da Europa: Academias Nacionais de Ciência • Na Itália a Accademia Secretorum Naturae (1560). • Em Napoles, Accademia dei Licei (1603 – Galileu era membro) • Em Roma, Accademia del Cimento. Após a morte de Galileo, em Florença. • Royal Society (1662 – Robert Boyle, Christopher Wern, John Wallis e Robert Hooke) em Londres, • Academia Francesa de Ciências (1666 – Gassendi, Descartes, Pascal e Mariotte) em Paris • Academia Russa de Ciências (1725) em São Petersburgo • Academia de Ciências de Berlim (1770). Robert Hooke (1635-1703) • Estudou em Oxford onde obteve o título de Mestre das Artes. • Em 1658 trabalhou com Robert Boyle. • Após o grande incêndio de Londres em 1666: – Designado como engenheiro responsável pela reconstrução. • 1678: “De Potentiá restitutiva” ou “Of Spring” relato dos experimentos com corpos elásticos. • Primeiro trabalho que trata das propriedades elásticas dos materiais. – “A relação linear entre a força e a deformação é a chamada Lei de Hooke, o que transformou-se na base onde se desenvolveu a mecânica dos corpos elásticos”. Edme Mariotte (1620-1684) • Físico francês: – Foi um dos primeiros membros da Academia Francesa – Um dos responsáveis pela introdução dos métodos experimentais na França. • Trabalhou com Boyle (lei dos gases de Boyle-Mariotte: – “Em temperatura constante o produto de uma massa fixa de gás pelo seu volume permanece constante”. • Estabeleceu as leis do impacto e inventou o pêndulo balístico. • Estudou a flexão de vigas: – Questionou os valores das cargas de ruptura de Galileu. – Determinou a posição da linha neutra e propôs sua própria teoria levando em consideração as propriedades elásticas dos materiais. – Contribuiu muito no desenvolvimento da teoria da mecânica dos corpos elásticos pela introdução de considerações de deformações elásticas na teoria de flexão das vigas. Bernoulli (final do século XVII e início do século XVII) • Família holandesa de matemáticos. – Deixaram a Holanda por problemas religiosos. • Em 1699: – Fizeram parte da Academia Francesa de Ciência (Jacob e John) como membros estrangeiros. • Contribuíram para o desenvolvimento do cálculo infinitesimal iniciado por Leibnitz. – Jacob estudou a forma da curva de deformação de uma barra de comportamento elástico (calculou a deformação das barras fletidas). – John foi o maior matemático da época e formulou o princípio dos deslocamentos virtuais. – Daniel filho de John contribuiu na hidrodinâmica e trabalhou junto com Leonard Euler. Leonard Euler (1707-1783) • Matemático: – Era discípulo de John Bernoulli – Obteve seu título de mestre aos dezesseis anos. – Antes dos vinte publicou seu primeiro trabalho científico na Academia Francesa de Ciências. • Trabalhou com Daniel Bernoulli na Academia Russa em São Petersburgo. – Interessou-se principalmente pela forma geométrica das curvas elásticas. – Aceitou a teoria de Jacob Bernoulli de que a curvatura de uma viga elástica em qualquer ponto é proporcional ao momento fletor no ponto. Leonard Euler (1707-1783) • Em seus estudos preocupou-se com as formas das curvas nas mais diversas situações de estruturas lineares e de carregamentos. • Escreveu o livro “Mechanica sive motus scientia analytice exposita” onde introduziu os métodos analíticos, em contraponto aos métodos geométricos usados por Newton. • Euler aperfeiçoou os conhecimentos da época sobre cálculo integral, desenvolveu a teoria das funções trigonométrica e logarítmica e simplificou as operações relacionadas à análise matemática. • Sua produção científica corresponde a uma das maiores do mundo. Joseph Louis Lagrange (1736- 1813) • Matemático e físico de Turim. • Já aos dezenove anos tornou-se professor de matemática na Escola de Artilharia Real de Turim: • Fundou a Academia de Ciências. • Substitui Euler na Academia de Berlim por recomendação deste e de D’Alembert, onde publicou uma importante série de artigos. • Sua contribuição para a resistência dos materiais foi mais de interesse teórico do que prático, seu método de coordenadas generalizadas e de forças generalizadas foi de grande valor na solução de problemas práticos. SÉCULO XVII • A investigação científica desenvolveu-se principalmente nas academias de ciências. • Poucos pesquisadores estavam interessados na mecânica dos corpos elásticos. • Galileu, Hooke e Mariotte estudaram algumas questões da elasticidade e resistência das estruturas motivados por problemas práticos e a curiosidade científica foi a principal causa do seu trabalho. SÉCULO XVIII • O resultado científico obtido em centenas de anos encontraram aplicações práticas. • Os métodos científicos foram gradualmente introduzidos em vários campos da engenharia. • Foi fundada a primeira escola de engenharia. • Foram publicados os primeiros livros de engenharia estrutural: – (pe. “La Science des Ingénieurs”de Bernard Forest de Belidor, França-1729). • A França liderou o desenvolvimento da época, principalmente na mecânica dos corpos elásticos. SÉCULO XVIII • O desenvolvimento deveu-se muito às escolas militares criadas para treinar peritos em fortificações e artilharia. • Em 1747 foi criada a famosa “École des Ponts et Chaussées,” em Paris, para treinar engenheiros no trabalho de construção de estradas, canais e pontes. • Em 1798 foi publicado o primeiro livro sobre resistência dos materiais por Girard. Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) • Engenheiro militar. • Nos intervalos de suas atividades profissionais, dedicava-se a investigações sobre propriedade mecânica dos materiais e vários problemas de engenharia estrutural: – Comportamento na flexão, na torção, o atrito e a resistência das estruturas. • Estudou com profundidade e escreveu, pela primeira vez, as equações que determinam o comportamento das seções transversais, sob diversos tipos de solicitações. • Nenhum outro cientista do século XVIII contribuiu tanto para a ciência dos corpos elásticos. SÉCULO XIX Henri Navier (1785-1836): • Engenheiro francês. – Formulou a primeira teoria geral da elasticidade. – Estudou a flexibilidade, a resistência dos materiais à tração e o escoamento de líquidos em tubos. – Escreveu em conjunto com Gauthey uma obra em três volumes versando sobre pontes e canais. – Interessou-se por pontes suspensas (“Raport et Mémoire sur les Ponts Suspendus”) cujos estudos permanecem importantes até os dias de hoje. – Foi o primeiro a tratar do módulo de elasticidade para caracterizar o material e definia como “percentagem da carga por unidade de área de seção transversal para produzir uma deformação unitária”. – Generalizou o uso da equação da linha elástica: – Foi o primeiro a analisar problemas estaticamente indeterminados. Outras avanços do período: • Uso do aço na construção de pontes (desenvolvimento da indústria, construção de estradas de ferro) – Inglaterra. – Destacam-se William Fairbain (estudo das propriedades do aço) – Eaton Hodgkinson (equilíbrio da seção transversal, L.N. na posição correta, ensaios de flexão e flambagem); • Pontes penseis; • Teoria dos arcos – estudada desde Coulomb, aprimorada por Lamé e Clayperon e depois por Navier; Outros personagens do período: • Jean Victor Poncelet – Introduziu os efeitos das forças de corte no cálculo das flechas em vigas fletidas. Foi o criador da geometria descritiva. • Thomas Young – Introduziu o conceito de módulo de elasticidade, estudou problemas de impacto, analisou os efeitos de cargas excêntricas e de flambagem, etc. Teoria da elasticidade • Desenvolvimento obtido pela aplicação da matemática na teoria da elasticidade, onde destacam-se: – Simeon Denis Poisson (provou que as três equações de equilíbrio são necessárias e suficientes para garantir o equilíbrio de qualquer parte do corpo), – Augustin Cauchy (direção principal e tensões e deformações principais) – Joseph Louis Lagrange. Desenvolve-se a equação aplicada às placas, por Sophie Germain auxiliada por Lagrange. Primeira mulher! Outros personagens • Barré de Saint-Venant: – Trabalhou com a teoria da flexão (como a conhecemos atualmente, cálculo de flechas, vigas balcão, princípio de), desenvolveu o estudo da torção. • D. J. Jourawski: – Análise das tensões de cisalhamento em vigas (ampliou os estudos de Saint-Venant) e das ligações. • Benoit Paul Emile Clapeyron (1799-1864): – Vigas continuas – equação dos três momentos Outros personagens • Jacques Antoine Charles Bresse: – Desenvolveu a teoria das barras curvas e sua aplicação no projeto de arcos. – Utilizou os conceitos de núcleo central de inércia nos estudos de barras prismáticas comprimidas excentricamente. – Deu uma grande contribuição para as discussões do princípio da superposição dos efeitos. • E. Winkler – Contribuiu com sua teoria de flexão de barras curvas – Interessou-se pela engenharia de pontes e das questões de determinação dos carregamentos mais desfavoráveis. – Apresentou contribuições à teoria da elasticidade. Engenharia ferroviária • Efeitos positivos do crescimento do transporte ferroviário no desenvolvimento de soluções estruturais e no uso do ferro em pontes. • Passou-se das: – Soluções com uso de pedra e ferro fundido para perfis de ferro maleável, mais resistentes à fadiga; – Pontes penseis, pouco rígidas para suportar cargas pesadas em movimento, para pontes tubulares (Pontes de Britannia e Conway). • Primeiras investigações de fadiga; • Efeitos da pressão de vento e do efeito de temperatura na estrutura; • Coeficiente de impacto; • Flechas estáticas e dinâmicas. Acidentes com pontes • Várias ruínas em pontes de seção aberta ocorreram na Europa Oriental e na Rússia. • As ruínas ocorreram devido à rigidez insuficiente do banzo superior comprimido. Banzo superior comprimido com comprimento de flambagem muito grande. Treliças • Solução estrutural para vencer grandes vãos, conhecida desde a época dos romanos. • Foi desenvolvida na Renascença por arquitetos italianos (Palladio em Trent com ±30m, treliça em madeira). • No século XVIII ganhou força (pe. Grubenmann- 1778, com ±117m). • Em 1840, nos EUA passou a ser construída toda metálica (S.Whipple para estrada de ferro). Treliças • Sistema Warren. • Sistema Jourawski, propõe método simplificado de análise para sistemas de composição complicada de barras (superposição de sistemas simples que juntos compõe a teliça complexa), resolve por tentativas treliças com três apoios. • J.W.Schwedler: – Analogia das vigas de banzos paralelos. • A. Ritter: – Estabeleceu um método da análise considerando o equilíbrio das barras interceptadas por uma seção. Mais personagens • Karl Culmann (1821-1881) – Teve um importante papel no desenvolvimento de processos de análise, mais fundamentados na teoria em contrapartida aos processos mais práticos e empíricos utilizados. – Deu grande contribuição no uso de processos gráficos. • W.J. Macquorn Rankine (1820-1872) – Contribuiu com a teoria de flexão em vigas (efeito das tensões de corte nas deformações). – Estudou a estabilidade e contenção de taludes (método de determinar as dimensões de paredes de contenção). Mais personagens • James Clerk Maxwell – Inventor do processo gráfico de determinação de forças, divulgado posteriormente por Luigi Cremona, foi denominado por “Método de Cremona”. – Estudou e resolveu treliças hiperestáticas e seu método foi muito importante na análise de estruturas estaticamente indeterminadas. – Dez anos após, Mohr redescobriu o teorema de Maxwell (método de Maxwell-Mohr). • Johann Bauschinger – Foi pioneiro em conseguir traçar os diagramas de tensão- deformação (x) do aço. Otto Mohr (1835-1918): • Estudou o comportamento de vigas contínuas, inclusive com apoios desnivelados. • Aplicou na análise das vigas as curvas funiculares obtendo a equação diferencial desta, concluiu que as deformações das vigas poderiam ser determinadas a partir de um carregamento fictício de intensidade M/EI (importante para vigas de inércia variável) • Foi o primeiro a utilizar as linhas de influência para deformações de vigas • Apresentou a representação gráfica das tensões em um ponto (círculo de Mohr). Mais personagens • Alberto Castigliano – Aplicou os teorema de energia de deformação de Clayperon, a partir dos estudos de Green e Euler, e das conclusões de Menabréa, no cálculo de deformações elásticas (teoremas de Castigliano). – Friedrich Engesser generalizou a teoria de Castigliano para estruturas de resposta não linear (energia complementar). • L.Tetmajer – Estudou a flambagem inelástica de colunas, seguido de F.S. Jasinsky. Evolução • Com os modelos matemáticos mais bem fundamentados surgem novos materiais: ferro, concreto. • Edifícios de vários pavimentos estruturados em alvenaria. • Primeiras obras de vulto em ferro fundido. Palácio de Cristal (1851-1936) Gustavo Eiffel (1832-1923) • Engenheiro Francês. • Construtor de pontes, torres, estátuas. • Torre Eiffel. Gustave Eiffel • Comandou a construção de grandes viadutos metálicos sobre os rios Sioule e Garabit, na França, e da ponte sobre o Douro, no Porto. • Construiu o pavilhão de Paris para a Exposição Internacional de 1878. • Em 1889, para comemorar o centenário da revolução francesa, dirigiu a construção do que seria sua obra máxima, a torre Eiffel, de 300 metros de altura, que na época de sua inauguração causou grande polêmica. Torre Eiffel Viadutos Estátua da Liberdade Concreto Armado • Joseph Louis Lambot – Primeira publicação sobre concreto armado em 1850. Denominação original: Cimento Armado. – Construiu uma canoa de cimento com uma malha de barras finas de arame, ou ferro. Cimento era mais durável que a madeira. • 1855: Lambot expõe seu barco na Exposição mundial de Paris e solicita a patente de seu projeto. – Junto com o desenho do barco havia o desenho de um pilar com 4 barras de ferro. – O barco de Lambot tinha 4,00 metros de comprimento por 1,30 de largura e paredes de 4 cm. Concreto armado • Joseph Monier – Jardineiro que fabricava vasos e tubos de concreto desde 1849. – Incluiu uma malha de aço no meio dos vasos pois eram muito frágeis. • 1867 – Apresenta o método construtivo na feira de Paris. – Patenteia o método • 1868-1873 – Construiu um reservatório de 25 m3. – Construiu mais dois reservatórios, 180 e 200 m3. • 1877 – Patenteia um sistema de construção de vigas de concreto armado sem qualquer embasamento teórico. Século XX Anos 1920-1960 • Engenharia estrutural baseada em modelos matemáticos. • Ampla investigação experimental. • Dificuldade de solução matemática dos grandes problemas estruturais. – Integração de equações de placas. – Solução de sistemas de equações. Concreto Protendido • Eugène Freyssinet – Em 1934, na França, demonstra as vantagens do uso da protensão. – O desenvolvimento da protensão começou verdadeiramente no final da segunda guerra mundial, em 1945, com o nascimento da STUP: Société Téchnique pour l’Utilization de la Prècontrainte. Esforços em placas Esforços em placas Esforços em placas Tabelas para lajes L y Lx Kx Ky mxG+ myG+ xG yG mxM+ mxM- myM+ myM- 0,50 0,865 0,135 9,250 26,307 0,180 0,253 11,283 0,000 35,237 14,800 0,55 0,814 0,186 9,830 23,105 0,205 0,289 12,367 0,000 32,475 12,999 0,60 0,755 0,245 10,592 20,919 0,227 0,319 13,695 0,000 30,704 11,769 0,65 0,691 0,309 11,570 19,471 0,243 0,342 15,293 0,000 29,608 10,954 0,70 0,625 0,375 12,802 18,576 0,255 0,359 17,188 0,000 28,975 10,451 0,75 0,558 0,442 14,328 18,111 0,262 0,368 19,408 0,000 28,661 10,189 0,80 0,494 0,506 16,192 17,988 0,264 0,371 21,985 0,000 28,581 10,120 0,85 0,434 0,566 18,440 18,147 0,261 0,367 24,960 0,000 28,685 10,209 0,90 0,379 0,621 21,122 18,540 0,256 0,360 28,377 0,000 28,950 10,431 0,95 0,329 0,671 24,290 19,136 0,248 0,348 32,288 0,000 29,367 10,766 1,00 0,286 0,714 28,000 19,908 0,238 0,335 36,750 0,000 29,931 11,200 1,05 0,248 0,752 32,310 20,837 0,227 0,320 41,824 0,000 30,640 11,722 1,10 0,215 0,785 37,282 21,907 0,216 0,304 47,576 0,000 31,490 12,325 1,15 0,186 0,814 42,980 23,107 0,205 0,289 54,072 0,000 32,477 13,000 1,20 0,162 0,838 49,472 24,427 0,194 0,273 61,383 0,000 33,596 13,742 1,25 0,141 0,859 56,828 25,859 0,183 0,258 69,583 0,000 34,841 14,548 1,30 0,123 0,877 65,122 27,397 0,173 0,243 78,746 0,000 36,208 15,413 1,35 0,107 0,893 74,430 29,037 0,163 0,230 88,950 0,000 37,690 16,336 1,40 0,094 0,906 84,832 30,773 0,154 0,217 100,278 0,000 39,284 17,313 1,45 0,083 0,917 96,410 32,603 0,145 0,204 112,811 0,000 40,983 18,342 1,50 0,073 0,927 109,250 34,523 0,137 0,193 126,637 0,000 42,785 19,422 1,55 0,065 0,935 123,440 36,531 0,130 0,182 141,845 0,000 44,686 20,552 1,60 0,058 0,942 139,072 38,625 0,123 0,173 158,526 0,000 46,682 21,730 1,65 0,051 0,949 156,240 40,803 0,116 0,163 176,776 0,000 48,772 22,955 1,70 0,046 0,954 175,042 43,064 0,110 0,155 196,692 0,000 50,952 24,227 1,75 0,041 0,959 195,578 45,406 0,104 0,147 218,375 0,000 53,220 25,545 1,80 0,037 0,963 217,952 47,828 0,099 0,139 241,928 0,000 55,575 26,908 1,85 0,033 0,967 242,270 50,330 0,094 0,132 267,459 0,000 58,014 28,315 1,90 0,030 0,970 268,642 52,910 0,090 0,126 295,077 0,000 60,538 29,766 1,95 0,027 0,973 297,180 55,567 0,085 0,120 324,894 0,000 63,143 31,262 2,00 0,024 0,976 328,000 58,302 0,081 0,114 357,027 0,000 65,829 32,800 Resolução de pórticos X7 01 X2 X1 X3 03 X9 X14 X8 05 X13 X15 07 X19 X21 09 X20 X10 02 04 X5 X6 X4 X12 06 08 10 X17 X11 X18 X16 X24 X22 X23 242424,2433,2422,2411,24 22420,233,222,211,2 12420,133,122,111,1 ... .... ... ... bXaXaXaXa bXaXaXaXa bXaXaXaXa Processo de Cross Ferramentas de cálculo Ferramentas de cálculo Anos 1920-1960 • Uso de métodos aproximados para soluções de problemas estruturais: – Método de Cross, Método de Cremona. • Uso sistemático de tabelas: – Tabelas de lajes. Tabelas de concreto armado. • Uso de réguas de cálculo. • Aparecimento da figura do “calculista” – O cálculo estrutural se tornou uma especialidade dominada por poucos com desenvoltura para matemática. Anos 1960-2000 • Advento dos computadores • Desenvolvimento da Análise Matricial de estruturas. • Desenvolvimento do Método dos Elementos Finitos. • Valorização da modelagem numérica em detrimento da modelagem física. • Os grandes problemas matemáticos encontram fácil solução computacional. Século XXI • O engenheiro está liberado das atividades de cálculo. • Não se exige mais a mesma desenvoltura matemática. • O computador se torna uma ferramenta de cálculo. • Maior tempo para criatividade e busca de soluções. Modelagem computacional Modelagem computacional Modelagem computacional Modelagem computacional Modelagem computacional Laje apoiada sobre pilares Modelagem computacional Base de um reservatório Modelagem computacional Chaminé para termo-elétrica Segundo modo de vibração Terceiro modo de vibração Modelagem física – Túnel de vento Modelagem física Século XXI • Valorização da figura do “engenheiro de estruturas”. • Foco na pesquisa de soluções. – Simulações são feitas rapidamente. – Estudo de soluções alternativas. • Forte interação da estrutura com outras disciplinas. – O engenheiro deve conhecer agora a interface de seu problema com os outros. 01.05 Ciclo do projeto estrutural I. Definição do sistema estrutural Pré-dimensionamento II. Avaliação de cargas III. Análise estrutural IV. Dimensionamento V. Detalhamento VI. Geração de desenhos e relatórios Custos VII. Orçamento Tempo de projeto 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 I II III IV V VI 1950 2000 Engenharia estrutural 1950 • Preocupação principal com a estabilidade. – Estados Limites últimos. • Pouca ou quase nenhuma preocupação com a deformabilidade. – Estados Limites de utilização. • Nenhuma preocupação com a durabilidade. • Projetos desvinculados do processo executivo. • Pouca integração com outras disciplinas. • Figura do calculista de estruturas. Engenharia estrutural 2000 • Preocupação com a estabilidade é premissa. • Forte preocupação com a deformabilidade. • Forte preocupação com outros estados limites de utilização: fissuração, vibrações,.. • Forte preocupação com a durabilidade. • Decisões de projeto orientadas pelo processo executivo. • Forte integração com outras disciplinas. • Figura do engenheiro de estruturas. Evolução das normas • Anos 1950´s – Foco na garantia da estabilidade estrutural. – Segurança contra estados limites último. • Anos 2000´s – Foco no uso da estrutura. – Garantia contra estados limites de utilização. – Garantia de durabilidade. O uso do computador • Elimina atividades de cálculo. • Libera o tempo do engenheiro para atividades criativas. • Permite simulações rápidas e pesquisa da melhor solução. • Atenção: – Não identifica erros de concepção! – A engenharia é do engenheiro!
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