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Exercício 1 Determinar a máxima força normal resistente de cálculo FRd da ligação parafusada a seguir. Dados: • Perfil: 2L 3” x 3” #5/16” (76,2mm x 76,2mm #7,9375mm) • Chapa vertical: CH #1/2” (12,7 mm) • Parafusos ASTM A307 com db = 3/4" ( fub=415 MPa) (NBR8800/08, Tabela A.3) • Aços para chapa e cantoneiras: ASTM A36 (fy=250 MPa e fu=400 MPa) (NBR8800/08, Tabela A.2) • Distância entre a base da cantoneira L 3” x 3” x 5/16” e o centro do furo x=45mm Resolução: a) Cálculo das áreas Banzo: 2L 3” x 3” x 5/16” Área da cantoneira simples Ag=11,5 cm2 Área da dupla cantoneira Ag=2∙11,5=23,0 cm2 b) Resistência ao cisalhamento do parafuso (por plano de corte) Plano de corte passando pela rosca (+ crítico)→NBR8800/08, item 6.3.3.2 ��,�� = 0,4 ∙ �� ∙ ������ Onde: FV,Rd força de cisalhamento resistente de cálculo de um parafuso por plano de corte; db diâmetro do parafuso db=3/4”=3/4∙2,54=1,905 cm; Ab área bruta do parafuso; fub é a resistência à ruptura do material do parafuso; γa2 coeficiente de ponderação da resistência (ruptura); Ab= π∙db24 = π∙1,905 2 4 =2,85 cm2 Para um parafuso por corte simples: 1 1 Vista lateral Vista frontal 2L 3" x 3" # 516" 3 parafusos CH # 12" 1 1 1 1 FRd CH # 12" 2L 3" x 3" # 516" FV,Rd= 0,4∙Ab∙fub γ a2 = 0,4∙2,85∙41,5 1,35 =35,04 kN A ligação proposta apresenta três parafusos com dois corte simples por parafuso, portanto a força de cisalhamento resistente de cálculo vale: Fv,Rd=3∙2∙35.04=210,24 kN c) Pressão de contato em furos → NBR 8800/08 item 6.3.3.3 A força resistente de cálculo à pressão de contato na parede de um furo, no caso de furo-padrão, quando a deformação no furo para forças de serviço for uma limitação de projeto é dada por: Fc,Rd= 1,2∙lf∙t∙fuγa2 ≤ 2,4∙db∙t∙fuγa2 Onde: lf é a distância, na direção da força, entre a borda do furo e a borda do furo adjacente ou a borda livre; t é a espessura da parte ligada; c.1) Cálculo de lf (para o perfil ou a chapa lf é o mesmo) A distância entre a borda do furo e a borda do furo adjacente é dada por: lf1=70-(19,05+1,5)=49,45 mm A distância entre a borda do furo e a borda livre é dada por: lf2=50- (19,05+1,5)2 =39,725 mm Adota-se lf 2 como sendo a mais crítica. c.2) Cálculo de t Adota-se o menor valor de t entre tchapa. e tperfil como sendo o mais crítico: A chapa vertical CH ½”=12,7 mm resiste sozinha ao esforço e as cantoneiras resistem juntas: t = 12,7 mm2 t = 2 7,9375 =15,875mm1 tchapa=t2=12,7 mm tper5il=t1=2∙7,9375=15,875 mm O mais crítico é tmin=tchapa=12,7 mm. Portanto, a pressão de contato é mais crítica na chapa CH ½”. c.3) Pressão de contato em furos para chapa CH ½” Fc,Rd= 1,2∙3,9725∙1,27∙40 1,35 =179,38 kN ≤ 2,4∙1,905∙1,27∙40 1,35 =172,04 kN Portanto, Fc,Rd =172,04 kN O crítico é a pressão de contato! Para 3 parafusos: Fc,Rd≤3∙172,04=516,12 kN d) Força resistente do estado limite de colapso por rasgamento (Cisalhamento de bloco) Fr,Rd= 1 γa2 .0,60∙fu∙Anv+Cts∙fu∙Ant0≤ 1 γa2 ;0,60∙fy∙Agv+Cts∙fu∙Ant= Agv é a área bruta sujeita a cisalhamento; Agv=.7+7+50∙0,79375∙2=30,1625 cm2 Anv é a área líquida sujeita a cisalhamento; dc diâmetro de cálculo dc=db+1,5+2,0=19,05+1,5+2,0=22,55 mm Anv= >7+7+5- >2+ 12? ∙2,255? ∙0,79375∙2=21,2130 cm 2 Ant é a área líquida sujeita à tração; Ant= >7,62-4,5- 12 2,255? ∙0,79375∙2=3,1631cm 2 Cts é igual a 1,0 quando a tensão de tração na área líquida for uniforme Fr,Rd= 1 1,35 .0,60∙40∙21,2130+1,0∙40∙3,16310≤ 1 1,35 .0,60∙25∙30,1625+1,0∙40∙3,16310 NSd A A v t Fr,Rd=470,8415 kN ≤ 428,8604 kN Portanto Fr,Rd=428,8604 kN e) Determinação da capacidade resistente da barra tracionada→NBR8800/08 item 5.2.2 • Para escoamento da seção bruta Nt,Rd= Ag∙fyγa1 • Para ruptura da seção líquida Nt,Rd= Ae∙fuγa2 Onde: Nt,Rd força axial de tração resistente de cálculo; Ag é a área bruta da seção transversal da barra; Ae é a área líquida efetiva da seção transversal da barra; fy é a resistência ao escoamento do aço; fu é a resistência à ruptura do aço; e.1) Cálculo da área líquida An Para o banzo com perfil: 2L 3” x 3” x 5/16” Área da cantoneira simples Ag=11,5 cm2 Para determinação da área líquida é necessário considerar a cantoneira aberta. A cantoneira aberta tem a altura de sua “linha de esqueleto” ou seja LE. LE=2∙(aba- t2 )=2∙(76,2- 7,93752 )=144,4625 mm ≅ 144 mm An=Ag- C dc∙t + C s24∙g ∙t Onde: dc diâmetro de cálculo; s espaçamento longitudinal entre dois furos em ziguezague; g espaçamento transversal entre dois furos em ziguezague; Linha de esqueleto aba-t 2 2(aba-t 2) Abrir 1 1 1 1 1 1 A ligação não apresenta furos em ziguezague. Para corte 1-1 (um parafuso em cada corte) An=11,5-1∙(2,255∙0,79375)=9,71 cm2 Para cantoneira simples An1-1=2∙9,71=19,42 cm2 Para dupla cantoneira e.2) Cálculo do coeficiente de redução da área líquida Ct Seguindo o item 5.2.5c da NBR 8800/08 tem-se que: 0,6 ≤ Ct=1- eclc ≤ 0,9 Onde: ec é a excentricidade da ligação, igual à distância do centro geométrico da seção da barra, G, ao plano de cisalhamento da ligação (tabela de perfis ec=2,21 cm); lc é o comprimento efetivo da ligação, nas ligações parafusadas é igual a distância do primeiro ao último parafuso da linha de furação; 0,6 ≤ Ct=1- eclc =1- 2,2114 =0,842 ≤ 0,9 e.3) Cálculo da área líquida efetiva Ae Ae=Ct∙An=0,842∙19,42=16,35cm2 e.4) Determinação da capacidade resistente • Para escoamento da seção bruta Nt,Rd= Ag∙fyγa1 = 23,0∙251,1 =522,73 kN • Para ruptura da seção líquida Nt,Rd= Ae∙fuγa2 = 16,35∙401,35 =484,44 kN Portanto, a barra do banzo com perfil 2L 3” x 3” #5/16” com parafusos db = 3/4" tem resistência a tração de Nt,Rd =484,44 kN. f) Força resistente de cálculo FRd≤ DE FFv,Rd=210,24 kNFc,Rd=516,12 kNFr,Rd=428,86 kNFt,Rd=484,44 kN G ⇒ FRd ≤ 210,24 kN
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