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Questionaìrio Processo Civil A2 - respondido

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01-quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento por maioria de votos e julgamento unânime, e forem interpostos embargos infringentes, o prazo para recurso extraordinário ou recurso especial, relativamente ao julgamento unânime, ficará sobrestado até a data da decisão proferida nos embargos.
Falso, o prazo para o recurso extraordinário ou recurso especial ficará sobrestada até a intimação da decisão nos embargos (art. 498, CPC)
 
02-a decisão da turma recursal do juizado especial pode ser impugnada por recurso especial sempre que violar norma expressa de lei federal.
Falso, a decisão da Turma Recursal dos Juizados Especiais não pode ser objeto de recurso especial.
03-o recurso extraordinário interposto contra decisão interlocutória em processo cautelar fica retido nos autos e somente será processado se o reiterar a parte, no prazo para a interposição do recurso contra a decisão final, ou para as contrarrazões.
Verdadeira, o recurso extraordinário quando interposto contra decisão interlocutória em processo de conhecimento cautelar ficará retido nos autos e somente será processado se o reiterar a parte, no prazo para a interposição do recurso contra a decisão final, ou para contrarrazões (artigo 542, § 3º, do CPC).
04-os embargos infringentes são cabíveis quando o acórdão não unânime reforma, em grau de apelação, sentença que reconheceu a decadência. 
Verdadeira, Os embargos infringentes são cabíveis quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória” (artigo 530 c/c artigo 269, IV do CPC).
05-os embargos infringentes são cabíveis quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, sentença terminativa, ou houver julgado procedente ação rescisória.
Falsa, Os embargos infringentes são cabíveis quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória” (artigo 530 do CPC)
06-cabe recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça quando a decisão, proferida em única ou última instância, julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Falsa, compete ao Superior Tribunal de Justiça, julgar em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida, julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal.
07-para efeito de repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa.
Verdadeira, de acordo com artigo 543A §1°, para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa
08-compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar, em recurso ordinário, os mandados de segurança decididos em última instância, pelos Tribunais dos Estados, se a segurança for denegada. 
Verdadeira, de acordo com o art. 105, II, b, CF, compete ao STJ, em recurso ordinário, os mandados de segurança decididos em última instância, pelos Tribunais dos Estados, se a segurança for denegada.
09-nos embargos infringentes, expirado o prazo para resposta, os autos irão ao relator da apelação ou da ação rescisória.
Falsa, nos embargos infringentes, expirado o prazo para resposta, os autos irão ao relator do acórdão proferido no julgamento da apelação ou da ação rescisória.
 
10-nos embargos infringentes, expirado o prazo para resposta, os autos irão ao relator do acórdão proferido no julgamento da apelação ou da ação rescisória.
Verdadeira, conforme dispõe o art. 531, CPC, nos embargos infringentes, expirado o prazo para resposta, os autos irão ao relator do acórdão proferido no julgamento da apelação ou da ação rescisória.
11-o juízo de admissibilidade, nos embargos infringentes, é duplo e a decisão do relator que não os admite é impugnável por agravo interno.
Verdadeira, a decisão do relator que não os admite é impugnável por agravo interno, conforme art. 532, CPC.
12-entende a doutrina majoritária que os embargos infringentes tem efeito suspensivo, assim, interpostos contra acórdão proferido no julgamento de apelação recebida apenas no efeito devolutivo, a execução provisória da sentença apelada é imediatamente suspensa. 
Falsa, pois em se tratando de acórdão em apelação, que haja sido recebida apenas no efeito devolutivo, a sentença apelada perdura com sua eficácia própria podendo, inclusive, sendo o caso seguir com sua execução provisória.
13-sentença proferida contra o Distrito Federal, se embasada em súmula do Superior Tribunal de Justiça, não desafia o reexame necessário.
Verdadeira, de acordo com o art. 475 §3° que prevê não se aplica o disposto quando a sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do STF ou em súmula do STJ ou de Tribunal Superior.
14-haverá repercussão geral da questão constitucional discutida sempre que o recurso extraordinário impugnar decisão contrária a súmula do STF ou do STJ.
Falsa, de acordo com o art. 543 A §3°, CPC, haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência do STF
15-o Ministério Público, no processamento do recurso especial representativo da controvérsia, será ouvido no prazo de 10 (dez) dias.
Falsa, o MP, no processamento do recurso especial representativo da controvérsia, será ouvido no prazo de 15 dias
16-decisão proferida monocraticamente pelo relator do recurso especial ou do recurso extraordinário, em regra, é impugnável por agravo interno. 
Falsa, decisão proferida monocraticamente pelo relator do recurso especial ou recurso extraordinário, em regra é impugnável por agravo nos próprios autos.
17-contra decisão denegatória de mandado de injunção, proferida em única instância, por Tribunal Regional Federal, o recurso cabível é o ordinário para o STJ.
Falsa, contra decisão denegatória de mandado de injunção, proferida em única instância por Tribunal Federal, o recurso cabível é o ordinário para o STF.
18-o STF somente poderá recusar a existência de repercussão geral da questão constitucional discutida, e, consequentemente, não admitir o recurso extraordinário, mediante manifestação de dois terços de seus membros.
Verdadeira, conforme o art. 102 §3°, CF, o STF somente poderá recusar a existência da repercussão geral da questão constitucional discutida e, consequentemente, não admitir o recurso extraordinário, mediante manifestação de dois terços de seus membros
19-somente o pleno do Supremo Tribunal Federal pode decidir pela existência ou não da repercussão geral da questão constitucional discutida no recurso extraordinário.
Falsa, de acordo com o art. 543A, o STF, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral.
20-a decisão interlocutória proferida em primeiro grau, na demanda envolvendo organismo internacional e pessoa residente no Brasil, é impugnável através de agravo (retido ou de instrumento) para o STJ. 
Falsa, pois a decisão interlocutória proferida em 1° grau, na demanda envolvendo organismo internacional e pessoa residente no Brasil é impugnável através de agravo de instrumento e não no retido ou de instrumento, haja vista, o agravo de instrumento e diferente do agravo retido
21-reconhecida a repercussão geral da questão constitucional discutida e julgado o mérito do recurso, no caso de multiplicidade de recursos extraordinários com fundamento em idêntica controvérsia, os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se.
Falsa, conforme o art. 543B, §3°, CPC, julgando o mérito do recurso extraordinário, os recursos sobrestadosserão apreciados pelos Tribunais, turmas de uniformização ou turmas recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se.
 
22-decisão proferida em única ou última instância (TRF ou TJ) que deu a lei federal interpretação divergente da que lhe haja dado outro Tribunal, é impugnável por recurso especial, desde que a decisão recorrida não esteja em sintonia com jurisprudência dominante do STJ.
Falsa, segundo a súmula 83, STJ, não se admite recurso especial pela divergência quando a orientação do STJ se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida.
23-é da competência do STF, mediante recurso extraordinário, julgar as causas decididas em única ou última instância por Tribunais Regionais Federais ou de Justiça, quando a decisão recorrida julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal.
Falsa, compete ao STJ quando a decisão recorrida julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal, art. 105 III, CF.
24-o feito referente ao recurso especial representativo da controvérsia é da competência do pleno do Superior Tribunal de Justiça. 
Falsa, a decisão do recurso especial (STJ) ou do recurso extraordinário, via de regra, é da competência de um órgão colegiado (turma, seção etc), todavia, em algumas situações devidamente delineada na legislação (artigo 557, § 1º, do CPC)
25-decisão proferida, em única ou última instância, ofensiva à coisa julgada material (prevista no artigo 5º, XXXVI, da CF), contraria dispositivo da CF, logo pode ser impugnada por recurso extraordinário.
Verdadeira, julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida : a)-contrariar dispositivo desta Constituição
26-o Relator, no processamento do recurso especial representativo da controvérsia, deverá solicitar informações, a serem prestadas no prazo de 15 (quinze) dias, aos tribunais federais ou estaduais a respeito da controvérsia.
Verdadeira, conforme dispõe o art. 543C, § 3º, CPC, o relator poderá solicitar informações, a serem prestadas no prazo de 15 dias, aos tribunais federais ou estaduais a respeito da controvérsia.
27-no incidente de uniformização de jurisprudência, a decisão do plenário do tribunal que fixa a interpretação jurídica que deve prevalecer não comporta (admite) recurso.
Verdadeira, a decisão do tribunal que fixa a interpretação jurisprudencial a ser observada é irrecorrível.
28-no incidente de uniformização de jurisprudência, a decisão do plenário do tribunal, se tomada por maioria simples, valerá apenas para a solução do caso no órgão suscitante. 
Verdadeira, o julgamento do caso do incidente pode ser tomado por votação da maioria simples e valerá para a solução do caso no órgão suscitante.
29-publicado o acórdão do STJ, proferido no recurso especial representativo da controvérsia, os recursos sobrestados na origem (TRF ou TJ) serão novamente examinados pelo tribunal “a quo” se o acórdão recorrido divergir da orientação do STJ, podendo o tribunal retratar-se ou manter a decisão.
Verdadeira, de acordo com o art. 543C, § 7º, II, serão novamente examinados pelo tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do STJ
 
30-são legitimados a propor, perante o STF, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, dentre outros, o Defensor Público-Geral da União, os Tribunais, o Município e o Presidente da República.
Verdadeira, de acordo com o art. 3º, da Lei 11.417/06, dispõe os legitimados para propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante: o Presidente da República; a Mesa do Senado Federal; a Mesa da Câmara dos Deputados; o Procurador-Geral da República; o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; o Defensor Público-Geral da União; partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; o Governador de Estado ou do Distrito Federal; os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.
 
31-o STF pode afastar a eficácia imediata de súmula vinculante, por decisão de 2/3 (dois terços) de seus membros, desde que haja razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público.
Verdadeira, conforme a Lei 11.417/06, art. 4º, o STF pode afastar a eficácia imediata de súmula vinculante, por decisão de dois terços de seus membros, desde que haja razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público
32-o feito referente ao recurso especial representativo da controvérsia será incluído na pauta e julgado com preferência sobre os demais feitos do órgão competente, visto que se trata de questão relevante e urgente. 
Verdadeiro, o feito representante ao recurso especial representativo da controvérsia será incluído na pauta e julgado com preferencia sobre os demais feitos do órgão competente, visto que se trata de questão relevante e urgente. Só não terá preferencia sobre réu preso e quando envolver habeas corpus
33-é da competência do STF, mediante recurso extraordinário, julgar as causas decididas em única ou última instância, por Tribunais Regionais Federais ou de Justiça, quando a decisão recorrida julgar válido ato de governo local contestado em face da Constituição Federal.
Falsa, compete ao STJ quando a decisão recorrida julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal, art. 105 III, CF.
34-negada a existência de repercussão geral da questão constitucional discutida, no caso de multiplicidade de recursos extraordinários com fundamento em idêntica controvérsia, os recursos sobrestados considerar-se-ão automaticamente não admitidos.
Verdadeira, de acordo com o art. 543-B,§ 2o, CPC, dispõe que negada a existência de repercussão geral, os recursos sobrestados considerar-se-ão automaticamente não admitidos.
35-publicado o acórdão do STJ, proferido no recurso especial representativo da controvérsia, os recursos sobrestados no Tribunal (TRF ou TJ) terão seguimento denegado se o acórdão recorrido coincidir com a orientação do STJ.
Verdadeira, de acordo com o art. 543C ,§7º, I, prevê que publicado o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, os recursos especiais sobrestados na origem, terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação do Superior Tribunal de Justiça
36-é embargável a decisão da turma que em recurso especial divergir do julgamento de outra turma, da seção, do órgão especial ou do plenário do STJ.
Falsa, de acordo com o art. 546, II, CPC dispõe que em recurso extraordinário, divergir do julgamento da outra turma ou do plenário (STF)
37-as decisões que admite recurso (especial ou extraordinário) e a que determina o sobrestamento do recurso especial por considerar que o recurso extraordinário, por ser prejudicial àquele, deve ser julgado em primeiro lugar, são irrecorríveis.
Falsa, admitidos ambos os recursos (extraordinário e especial), os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do recurso especial, e, posteriormente, serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal para a apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado (artigo 543, § 1º, do CPC).Na hipótese de o relator do recurso especial considerar que o recurso extraordinário é prejudicial àquele, em decisão irrecorrível sobrestará o seu julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal, para julgamento do recurso extraordinário (artigo 543, § 2º, do CPC).
38-é embargável a decisão da turma que em recurso extraordinário divergir do julgamento de outra turma, da seção, do órgão especial ou do plenário do STF.
Verdadeira, de acordo com o art. 546, II, CPC dispõe que em recurso extraordinário, divergir do julgamentoda outra turma ou do plenário (STF)
39-no incidente de uniformização de jurisprudência, a decisão proferida pelo órgão julgador, com base na interpretação jurídica dada pelo plenário do tribunal, comporta (admite) recurso.
Verdadeira, se for tomado pela maioria absoluta dos membros que integram o Tribunal, será objeto de súmula, e constituirá precedente na uniformização da jurisprudência (artigo 479).
40-no incidente de uniformização de jurisprudência, a decisão do plenário do tribunal, se tomada por maioria absoluta dos membros do tribunal, será objeto de súmula, e constituirá precedente na uniformização da jurisprudência.
Verdadeira, de acordo com o art. 479, CPC, prevê que se for tomado pela maioria absoluta dos membros que integram o Tribunal, será objeto de súmula, e constituirá precedente na uniformização da jurisprudência
41-o STF, ao julgar reclamação contra decisão ou ato ofensivo a súmula vinculante, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula.
Verdadeira, é cabível reclamação contra ato administrativo ou decisão judicial que contrariar ou aplicar indevidamente súmula vinculante, caso em que, se julgada procedente a reclamação, deverá ser anulado o ato administrativo ou cassada a decisão judicial, para que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula, conforme o caso (art. 103-A, § 3º, da CR).
42-no recurso extraordinário ou no especial, expirado o prazo para resposta, os autos são conclusos ao presidente do tribunal para, no prazo de 10 (dez) dias, admitir ou não o recurso.
Falsa, ofertada a impugnação, ou expirado o prazo sem ela, são os autos conclusos ao presidente (ou ao vice-presidente), para que admita ou não o recurso, no prazo de 15 dias (artigo 542, § 1º, do CPC).
43-a sentença proferida contra o Município, se embasada em jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, não desafia o reexame necessário.
Falsa, de acordo com o art. 475 §3° que prevê não se aplica o disposto quando a sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do STF ou em súmula do STJ ou de Tribunal Superior.
 
44-só é possível, conforme majoritário entendimento doutrinário, a utilização (excepcional) do mandado de segurança contra ato judicial, se inexistir recurso para impugná-lo.
Falsa, pois só pode-se admitir mandado de segurança contra decisão judicial excepcionalmente, quando não houver outro remédio eficaz e verificando o pressuposto de se tratar de direito líquido e certo
45-o Supremo Tribunal Federal, ainda que o recorrente não tenha feito alusão à repercussão geral da questão constitucional debatida em preliminar do recurso extraordinário, examinará sua ocorrência ou não.
Falsa, conforme art. 543A, CPC, o STF, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral.
46-a reclamação contra ato administrativo que contrariar súmula vinculante só será admitida após exaurida a instância administrativa.
Falsa, de acordo com a Lei 11.417/06 no art. 7o, dispõe da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.
 
47-cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver julgado procedente ação rescisória ou mantido sentença de mérito.
Falsa, o art. 530, CPC, dispõe que cabem embargos infringentes quando o acórdão não unanime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência
 
48-o recurso ordinário para o STF é o remédio jurídico manejável para impugnar decisão em mandado de segurança, hábeas data e mandado de injunção, proferida em única instância pelos Tribunais Superiores, se concessiva a decisão. 
Falsa, o art. 539, I, CPC, dispõe que serão julgados em recurso ordinário pelo STF, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instancia pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão.
49-o recurso extraordinário e o recurso especial estão arrimados na Constituição Federal, assim, à luz do vigente texto constitucional, cite, com clareza solar, suas hipóteses de cabimento. 
Segundo artigo 102, III, a, b, c, d, CF prevê que compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe, julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida : a)-contrariar dispositivo desta Constituição; b)-declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c)-julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição; d)-julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
50-reconhecida a repercussão geral da questão constitucional discutida e julgado o mérito do recurso extraordinário, no caso de multiplicidade de recursos extraordinários com fundamento em idêntica controvérsia, os Tribunais, no que tange aos recursos sobrestados, deverão aplicar a decisão do STF.
Falsa, conforme o art. 543B, § 3o, CPC que reconhecida a repercussão geral da questão constitucional discutida e julgado o mérito do recurso extraordinário, no caso de multiplicidade de recursos extraordinários com fundamento em idêntica controvérsia, os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se.
51-no caso de multiplicidade de recursos especiais com fundamento em idêntica questão de direito, caberá ao presidente do Tribunal (TRF ou TJ) selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao STJ para pronunciamento definitivo.
Verdadeira, de acordo com o art. 543C,§ 1o, CPC dispõe que caberá ao presidente do tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça, ficando suspensos os demais recursos especiais até o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça
52-no procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante, é impositiva a manifestação do Procurador-Geral da República apenas nas propostas por ele não formuladas.
Verdadeira, de acordo com a Lei 11.417/06 no art. 2o, §2o, prevê que o Procurador-Geral da República, nas propostas que não houver formulado, manifestar-se-á previamente à edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante.
53-publicado o acórdão do STJ, proferido no recurso especial representativo da controvérsia, os recursos sobrestados na origem (TRF ou TJ) serão novamente examinados pelo tribunal “a quo” se o acórdão recorrido divergir da orientação do STJ, devendo o tribunal acolher o entendimento do STJ e, consequentemente, retratar-se da decisão.
Falsa, conforme o art. 543C, § 7o II e § 8o, CPC que publicado o acórdão do STJ, os recursos especiais sobrestados na origem serão novamente encaminhados pelo tribunal “a quo” na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do STJ. Nesse caso, mantida a decisão divergente pelo tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do recurso especial.
54-Messiânico Purificado Valente (autor), brasileiro, solteiro, agrimensor, ajuizou ação ordinária, com pedido de indenização por danos materiais (R$ 20.000,00) e morais (R$ 10.000,00), em desfavor de Manuelino Assombroso Calado (réu), brasileiro, divorciado, mecânico. O Juiz julgou integralmente improcedente o pedido. O autor (apelante), inconformado com a sentença, interpôs apelação. O Tribunal de Justiça deu provimento ao apelo e reformou a sentença para condenar o réu (apelado), por unanimidade, ao pagamento de danos materiais e, por maioria de votos, de danos morais. O acórdãodo Tribunal, no que tange aos danos materiais, malferiu lei federal, e, no que diz respeito aos danos morais, ofendeu a Constituição da República. À luz do Código de Processo Civil, quais são os recursos cabíveis? Quando inicia o prazo para a interposição de cada um deles? 
No caso de danos materiais, diante de malferimento de lei federal, o recurso cabível é o especial, conforme o art. 10, III, a, CF. Por outro lado, no caso dos danos morais, em que houve ofensa à CF, o recurso cabível é o extraordinário, conforme o art. 102, III, CF. O prazo para a interposição do recurso extraordinário e do recurso especial é de 15 dias ( com as exceções previstas nos arts. 188 e 191 CPC).
55-discorra sobre o recurso especial retido. 
o recurso extraordinário, ou especial, quando interposto contra decisão interlocutória em processo de conhecimento, cautelar, ou embargos à execução ficará retido nos autos e somente será processado se o reiterar a parte, no prazo para a interposição do recurso contra a decisão final, ou para contrarrazões (artigo 542, § 3º, do CPC). “Proferido acórdão em agravo de instrumento, a decisão interlocutória restou decidida pelo tribunal a quo. Em tese é cabível o Resp ou o RE, conforme o caso, desde que presentes os requisitos constitucionais (CF, arts. 102, III, e 105, III). O recurso é interponível no próprio tribunal a quo, que deverá remetê-lo ao primeiro grau, onde se encontram os autos principais. Ainda não é o momento de o tribunal a quo proferir juízo de admissibilidade do RE ou Resp. Cabe-lhe, tão-somente, enviar o RE ou Resp retido ao primeiro grau para que, juntado aos autos do processo, nele fique retido até que sobrevenha decisão final, da qual caberá outro RE ou Resp. Nas razões ou contra-razões desse outro RE ou Resp deverá o recorrente requerer a apreciação do RE ou Resp que ficara retido. Caso não haja reiteração, aquele RE ou Resp retido não poderá ser processado e, conseqüentemente, não será conhecido, a exemplo do que ocorre no sistema do agravo retido do art. 523” (Nelson Nery Júnior, citado por Elpídio Donizetti). “A interpretação que nos parece correta, e que é a sugerida pela letra da lei do dispositivo em questão, é a de que se deve admitir, nestes casos, a apresentação de um requerimento “avulso”, no sentido de “desvinculado de qualquer recurso”, já que a lei alude à necessidade de reiteração no prazo do recurso”, e não necessariamente com o recurso. Evidentemente, tampouco se poderá exigir da parte que efetivamente recorra da decisão final para poder reiterar seu desejo de ver o recurso extraordinário ou o recurso especial, anteriormente interposto, julgado, se o então recorrente não é agora sucumbente” (José Miguel Garcia Medina e Teresa Arruda Alvim Wambier).
56-cite os requisitos do recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal. 
Os requisitos do recurso ordinário são os próprios da apelação, no que evidentemente forem aplicáveis. Assim, segundo o professor Elpídio Donizotti, a interposição do recurso ordinário far-se-á perante o órgão a quo, contendo: o nome e a qualificação das partes; os fundamentos de fato e de direito; e o pedido de nova decisão. Além disso, deve-se apresentar o preparo, salvo quando este é dispensado pela legislação, sob pena de deserção.
57-discorra sobre o procedimento do recurso extraordinário no juízo “a quo”, ou seja, no juízo prolator da decisão recorrida. 
O recurso extraordinário será interposto perante o presidente ou vice-presidente do tribunal recorrido, contendo: a exposição do fato e do direito; a demonstração do cabimento do recurso interposto; as razões do pedido de reforma da decisão recorrida (art. 541, CPC). Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência mediante certidão, cópia autenticada ou pela citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que tiver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstancias que identifiquem ou assemelhem os casos confortados (art. 541, § único, CPC). A petição do recurso, embora dirigida ao presidente ou vice-presidente, não lhe é apresentada desde logo, mas entregue na secretaria e aí protocolada. Posteriormente, intima-se o recorrido para, no prazo de 15 dias, apresentar contrarrazões. Ofertada a impugnação, ou expirado o prazo de 15 dias (art. 542, §1º, CPC). A admissão ou não dos recursos está vinculada à ocorrência ou não dos pressupostos de admissibilidade, assim, nesta oportunidade, não compete ao presidente (ou ao vice-presidente) examinar o mérito do recurso extraordinário.
58-na Inglaterra, a sentença estrangeira é tida como prova do direito por ela declarado, todavia, o interessado terá que obter novo julgamento por juiz local.
Verdadeira, na Inglaterra, a sentença estrangeira é tida como prova do direito por ela declarado, todavia, o interessado terá que obter novo julgamento por juiz local.
 
59-é admissível a ação rescisória quando um documento não utilizado, por ser desconhecido ou por não ter sido utilizado anteriormente, for relevante para alterar a concepção dos fatos envolvidos no litígio, ainda que não possua o condão de gerar resultado favorável ao autor da ação rescisória. 
Falsa, conforme o art. 485, VII, CPC. A sentença de mérito transitada em julgado, pode ser rescindida quando, depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava ou de que não pode fazer uso, capaz por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável.
60-tendo em vista o interesse público evidenciado na ação rescisória, que discute a validade de decisão transitada em julgado, é obrigatória a intervenção do Ministério Público nessa ação, como fiscal da lei, independentemente da matéria nela discutida ou das partes nela envolvidas.
Verdadeira, o Ministério Público, em virtude do interesse público que envolve a coisa julgada, intervém obrigatoriamente nos processos de ação rescisória, ainda que não tenha atuado no processo anterior.
 
61-o processo rescisório está no âmbito da competência originária dos tribunais e seu julgamento se dá em única instância.
Verdadeira, o processo rescisório está no âmbito da competência originária dos tribunais, seu julgamento, por conseguinte, se dá em uma única instância. Assim, é competente o próprio tribunal que proferiu o acórdão rescindendo ou o tribunal de 2º grau de jurisdição no caso da rescisória versar sobre sentença de juiz de 1º grau.
 
62-a decisão do STJ que nega a homologação de sentença estrangeira, segundo a doutrina dominante, é constitutiva, visto que mantém incólume uma relação jurídica.
Verdadeira, trata-se de decisão constitutiva, segundo a doutrina dominante, aquela que acolhe o pedido homologatório, visto que, além de reconhecer a validade do julgado, lhe confere força e eficácia nacional. Por outro lado, é declaratória negativa a decisão que nega a homologação.
63-o incidente de declaração de inconstitucionalidade está vinculado ao controle difuso de constitucionalidade no âmbito dos tribunais, exceto no que tange ao STF, órgão do Poder Judiciário encarregado do controle concentrado de constitucionalidade.
Falsa, o incidente de declaração de inconstitucionalidade está vinculado ao controle difuso de constitucionalidade no âmbito dos tribunais, inclusive no que tange ao STF, que realiza os controles difuso e concentrado.
64-a Alemanha reconhece eficácia da sentença estrangeira, desde que haja reciprocidade.
Verdadeira, a Alemanha reconhece eficácia da sentença estrangeira, desde que o país de origem adote critério recíproco.
 
65-a Holanda nega qualquer efeito à sentença estrangeira, posicionamento também adotado na Itália.
Falsa, o “juízo de delibação”, sistema proveniente da Itália, realizado pelo Superior Tribunal de Justiça – STJ, por força da Emenda Constitucional 45/04, para que a sentença estrangeirapossa gozar de eficácia no País, também adotado pelo Brasil
 
66-o órgão do poder judiciário competente para promover a execução da sentença estrangeira, devidamente homologada pelo STJ, é a Justiça Federal.
Verdadeira, a execução far-se-á por carta de sentença extraída dos autos da homologação e obedecerá às regras estabelecidas para a execução da sentença nacional da mesma natureza (artigo 484). A execução deve ser aforada perante a Justiça Federal (artigo 109, X, da CF).
67-o Ministério Público tem ampla legitimidade ativa para a ação rescisória, ou seja, pode ajuizar ação rescisória versando sobre qualquer das hipóteses consignadas no artigo 485 do CPC.
Falsa, o Ministério Público pode propor a rescisória sempre que tiver sido parte no processo em que foi proferida a sentença (artigo 487, I, do CPC), bem como nas hipóteses alinhadas no artigo 487, III, a e b, do CPC.
68- apurando-se que a ação foi proposta e julgada no domicílio do autor, quando deveria tê-lo sido no domicílio do réu, será o caso de rescisória fundada na incompetência relativa do juízo, pois terá sido violada norma expressa da lei processual.
Falsa, conforme o art. 485, II, CPC que a incompetência relativa não é causa de ação rescisória. A sentença de mérito proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente é que pode causar ação rescisória.
 
69-a ação rescisória pode fundar-se em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa.
Verdadeira, de acordo com o art. 485, IX, prevê que a ação rescisória pode ser fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa; há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido (artigo 485, § 1º, do CPC). É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato (artigo 485, § 2º, do CPC). Para que o erro de fato embase a rescisória é indispensável que mantenha nexo de causalidade com o resultado, que a sentença esteja nele embasada.
 
70-o ajuizamento da ação rescisória implica a suspensão da execução ou do cumprimento da sentença rescindenda. A competência para determinar essa suspensão é do juiz da causa em que a sentença foi proferida ou do juízo da execução.
Falsa, o aforamento de ação rescisória não tem o condão de suspender a execução da sentença rescindenda, e a execução em curso que é definitiva não se torna provisória, visto que tem por base sentença acobertada pela coisa julgada. Todavia, a jurisprudência admite, a fim de suspender liminarmente a execução da sentença impugnada até o julgamento da rescisória, a utilização das tutelas de urgência (medida cautelar e antecipação dos efeitos da tutela).O processo rescisório está no âmbito da competência originária dos tribunais, seu julgamento, por conseguinte, se dá em uma única instância. Assim, é competente o próprio tribunal que proferiu o acórdão rescindendo ou o tribunal de 2º grau de jurisdição no caso da rescisória versar sobre sentença de juiz de 1º grau.
71-a sentença transitada em julgado prolatada por juiz impedido pode ser objeto da ação rescisória, mas o mesmo não ocorre em relação à suspeição de parcialidade do juiz, pois, ocorrendo a preclusão pela inércia da parte, o vício fica sanado. A sentença transitada em julgado proferida pelo juízo suspeito é válida e, por isso, não pode ser impugnada pela rescisória.
Verdadeira, conforme o art. 485, II, CPC, a sentença transitada em julgado prolatada por juiz impedido pode ser objeto de ação rescisória, mas o mesmo não ocorre em relação à suspensão de parcialidade do juiz, pois, ocorrendo a preclusão da inércia da parte, o vício fica sanado. A sentença transitada em julgado proferida pelo juízo suspeito é válida e, por isso, não pode ser impugnada pela rescisória.
72-para propositura de ação rescisória que visa a rediscussão de matéria fática, ou seja, com fundamento em erro de fato, é necessário que tenha havido pronunciamento judicial sobre esse erro.
Falsa, há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido (artigo 485, § 1º, do CPC). É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato (artigo 485, § 2º, do CPC). Para que o erro de fato embase a rescisória é indispensável que mantenha nexo de causalidade com o resultado, que a sentença esteja nele embasada.
73-o incidente de declaração de inconstitucionalidade está vinculado ao controle difuso de constitucionalidade no âmbito dos tribunais, exceto no que tange ao STF, órgão do Poder Judiciário encarregado do controle concentrado de constitucionalidade.
Falsa, no Brasil, o controle de constitucionalidade repressivo, em regra, é realizado pelo Poder Judiciário através do controle concentrado, cuja competência é atribuída com exclusividade ao STF, e do controle difuso, que permite a qualquer juiz ou tribunal declarar, no caso concreto, a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.
74-predomina, na doutrina, o entendimento de que a decisão que acolhe, na ação rescisória, o pedido de rescisão tem natureza constitutiva negativa.
Verdadeira, predomina na doutrina o entendimento de que a decisão que acolhe o pedido de rescisão tem natureza desconstitutiva (constitutiva negativa)
75-o Ministério Público pode propor a ação rescisória sempre que foi parte no processo onde foi proferida a sentença rescindenda, bem como se não foi ouvido no processo em que foi proferida a sentença rescindenda onde era obrigatória a sua oitiva e também quando a sentença rescindenda é fruto de colusão entre as partes a fim de fraudar a lei.
Verdadeira, o Ministério Público pode propor a rescisória sempre que tiver sido parte no processo em que foi proferida a sentença (artigo 487, I, do CPC), bem como nas hipóteses alinhadas no artigo 487, III, a e b, do CPC. Tem legitimidade passiva a parte contrária do processo onde foi proferida a sentença impugnada, ou seus sucessores.
76-o depósito prévio da importância correspondente a 5% (cinco por cento) do valor da causa, um dos requisitos exigidos para o ajuizamento da ação rescisória, reverterá, em caso de improcedência ou de inadmissibilidade dela, por maioria, em favor do réu.
Falso, o depósito prévio da importância correspondente a 5% do valor da causa, um dos requisitos exigidos para o ajuizamento da ação rescisória, reverterá, em caso de improcedência ou de inadmissibilidade dela, por unanimidade, em favor do réu.
 
77-o tribunal, no julgamento de ação rescisória ajuizada com base em ofensa à coisa julgada, deve, decidindo pela sua procedência, rescindir a sentença impugnada e proferir um novo julgamento da causa. 
Falsa, conforme o art. 494, CPC que julgando procedente a ação, tribunal rescindirá a sentença, proferirá, se for o caso, novo julgamento e determinará a restituição do depósito.
78-o acolhimento da rescisória ajuizada para rescindir sentença proferida por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz, independe de prévia condenação do juiz no âmbito criminal. 
Verdadeira, o acolhimento da rescisória não depende da prévia condenação do juiz no âmbito criminal. Admite-se que o vício seja provado no curso da própria rescisória. “É necessário, para que seja rescindível a sentença, que o comportamento do juiz corresponda a um desses tipos penais. Não se exige, contudo, a prévia condenação criminal do prolator da sentença, nem sequer a preexistência de processo penal contra ele instaurado.
79-a legitimação ativa para propor a ação rescisória é do confitente e, com a sua morte, dos seus herdeiros.
Verdadeira, se a sentença alicerçou em confissão viciada por erro, dolo ou coação (vícios de consentimento), a legitimação é apenas do próprio confitente e só se transfere para os herdeiros se o falecimento ocorrer após a propositura da ação (artigo 352, parágrafo único, do CPC).
 
80-a prova falsa produzida no processo onde foi proferidaa sentença rescindenda, ainda que ela (sentença) não tenha sido alicerçada nela (prova falsa), autoriza o ajuizamento da ação rescisória.
Falsa, a prova falsa somente autoriza o acolhimento da rescisória se tiver funcionado como suporte da sentença rescindenda. Dessa forma, “é indispensável que a prova falsa tenha nexo de causalidade com o resultado, isto é, que a sentença se tenha fundado nela, e não possa subsistir sem a prova falsa” (Marcus Vinicius Rios Gonçalves).
81-o órgão competente, no STJ, para homologação de sentença estrangeira, havendo contestação, é a Corte Especial.
Verdadeira, com efeito, havendo contestação à homologação de sentença estrangeira, o processo será distribuído para julgamento pela Corte Especial, cabendo ao Relator os demais atos relativos ao andamento e à instrução do processo (artigo 9º, § 1º, Resolução nº 9/2005).
82-no que consistem os embargos de declaração?
é o recurso cabível quando na sentença ou no acórdão houver obscuridade ou contradição; ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal (artigo 535, I e II, do CPC). “Dá-se o nome de embargos de declaração ao recurso destinado a pedir ao juiz ou tribunal prolator da decisão que afaste obscuridade, supra a omissão ou elimine contradição existente no julgado” (Humberto Theodoro Júnior). “O recurso de embargos de declaração é um remédio jurídico que a lei coloca à disposição das partes, do Ministério Público e de terceiro, a viabilizar, dentro da mesma relação jurídica processual, a impugnação de qualquer decisão judicial que contenha o vício da obscuridade, contradição ou omissão, objetivando novo pronunciamento perante o mesmo juízo prolator da decisão embargada, a fim de completá-la ou esclarecê-la” (Luiz Orione Neto).
83-discorra sobre o procedimento dos embargos de declaração.
o procedimento está disciplinado nos artigos 536/537. O artigo 536 dispõe: os embargos serão opostos, no prazo de 05 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando sujeito a preparo. O artigo 537 preceitua: o juiz julgará os embargos em 05 (cinco) dias; nos tribunais o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subseqüente, proferindo voto.
84-no que consiste o efeito interruptivo dos embargos de declaração?
a apresentação de embargos interrompe o prazo para interposição de outros recursos. É o que diz o artigo 538: os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes. “Os embargos de declaração, além de impedir que a decisão recorrida gere efeitos, interrompem, para qualquer das partes (e não apenas para o embargante), o fluxo do prazo para a interposição de qualquer outro recurso. Interrompido (e não apenas suspenso) esse prazo, as partes deverão ser intimadas da decisão proferida em virtude dos embargos de declaração, para que tão-somente a partir daí passe a correr o prazo (que é integral) para a interposição do recurso originariamente cabível contra a decisão embargada (art. 538, caput, do CPC)” (Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart). Predomina, na doutrina e na jurisprudência, o entendimento de que a referida interrupção de prazo não vinga se os embargos de declaração forem intempestivos, assim, somente o não conhecimento deles (embargos de declaração) por intempestividade afasta a interrupção de prazo preconizada no artigo 38 do CPC.
85-no que consistem os embargos infringentes?
“embargos infringentes são o recurso cabível contra acórdão não-unânime que, no julgamento de apelação, reforma a sentença de mérito ou, em ação rescisória, julga procedente o pedido de rescisão da sentença transitada em julgado” (Alexandre Freitas Câmara). “Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória” (artigo 530 do CPC).
86-discorra sobre o procedimento dos embargos infringentes.
os embargos infringentes devem ser protocolados no cartório ou secretaria do tribunal (artigo 506, parágrafo único, do CPC), devendo, de imediato, abrir-se vista ao recorrido para contrarrazões, após o que os autos irão para o relator do acórdão embargado, que examinará a admissibilidade do recurso (artigo 531 do CPC). Na apreciação das condições de admissibilidade, o relator pode indeferir liminarmente o recurso, mas contra tal decisão caberá agravo, no prazo de cinco dias, para o órgão competente para o julgamento dos embargos (artigo 532 do CPC). Admitidos os embargos infringentes, serão eles processados e julgados conforme dispuser o regimento do tribunal (artigo 533 do CPC) e, caso a norma regimental assim o determine, será escolhido novo relator, caso em que a escolha recairá, sempre que possível, em magistrado que não tenha participado do julgamento embargado (artigo 534 do CPC).
87-no que consiste o recurso ordinário?
É o remédio jurídico manejável para impugnar decisão em mandado de segurança, hábeas data e mandado de injunção, proferida em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.
88-cite os requisitos do recurso ordinário para o Superior Tribunal de Justiça.
É o instituto processual adequado para impugnar decisão em mandado de segurança proferida em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, se denegatória a decisão (artigo 105, II, b, da CF), bem como para atacar as decisões (sentenças) dos Juízes Federais (109, II, da CF), proferidas nas causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País (artigo 105, II, c, da CF). Registre-se, por oportuno, que das decisões interlocutórias proferidas nessas causas pelos Juízes Federais (artigo 105, II, c, da CF) cabe agravo (retido e de instrumento) para o STJ e não para o TRF (artigo 539, parágrafo único do CPC).
89-no que consiste o recurso extraordinário?
Recurso extraordinário é o instituto processual apto a impugnar decisão judicial, proferida em única ou última instância, que violar a Constituição Federal, nas hipóteses nela previstas, a fim de preservar sua autoridade e integridade.
90-cite as hipóteses de cabimento do recurso extraordinário.
Segundo artigo 102, III, a, b, c, d, da CF, compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III-julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida : a)-contrariar dispositivo desta Constituição; b)-declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c)-julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição; d)-julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
91-no que consiste o prequestionamento?
Traduz-se no fato de que o recurso só será admitido se o tema constitucional nele versado tiver sido objeto de debate e apreciação na instância originária, assim, é preciso que ele tenha sido suscitado e decidido antes. “Por isso, se a decisão impugnada tiver sido omissa a seu respeito ou se a pretensa ofensa à Constituição tiver origem em posicionamento do órgão julgador adotado pela vez primeira no próprio julgado recorrido, deverá a parte, antes de interpor o recurso extraordinário, provocar o pronunciamento sobre a questão constitucional por meio de embargos de declaração” (Humberto Theodoro Júnior). “É inadmissível o recurso extraordinário quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” (Súmula 282 do STF). O enunciado desta Súmula é complementado pela Súmula 356 também do STF: “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”. “Preenche-se o prequestionamento com a presença, na decisão recorrida, da questão federal ou constitucionalque se quer ver analisada pelo Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal. O que importa, portanto, é verificar se houve, efetivamente, decisão do tribunal recorrido acerca do tema debatido” (Fredie Didier Júnior, citado por Luiz Orione Neto).
92-no que consiste a repercussão geral da questão constitucional discutida no recurso extraordinário?
O parágrafo 3º do artigo 102 da CF, acrescentado pela EC 45/04, preceitua que: “no recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros”. Consoante o preciso magistério do professor Alexandre de Moraes, “trata-se de importante alteração nos requisitos de admissibilidade do recurso extraordinário, pois possibilita ao Supremo Tribunal a análise da relevância constitucional da matéria, bem como do interesse público em discuti-la, na tentativa de afastá-lo do julgamento de causas relevantes somente aos interesses particulares”. A partir da EC 45/04, continua o citado mestre, “para que os recursos extraordinários sejam conhecidos e julgados, haverá necessidade, na forma da lei, de o Supremo Tribunal Federal entender essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas. Como afirmado por Doreste Batista, a questão será relevante quando o interesse no seu desate seja maior fora da causa que propriamente dentro dela”. 
93-no que consiste o recurso especial?
Recurso especial é o instituto processual apto a impugnar decisão judicial, proferida em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal, que violar a legislação federal, nas hipóteses previstas na Constituição da República, a fim de preservar a autoridade e a unidade do direito federal infraconstitucional.
94-cite as hipóteses de cabimento do recurso especial.
Segundo o artigo 105, III, a, b, c, da CF, compete ao Superior Tribunal de Justiça: III-julgar em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a)-contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b)-julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c)-der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja dado outro tribunal.
95-discorra sobre o procedimento do recurso especial e do recurso extraordinário.
O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas, que conterão: I-a exposição do fato e do direito; II-a demonstração do cabimento do recurso interposto; III-as razões do pedido de reforma da decisão recorrida (artigo 541 do CPC). Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência mediante certidão, cópia autenticada ou pela citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que tiver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na Internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados (artigo 541, parágrafo único, do CPC). A petição do recurso, embora dirigida ao presidente ou ao vice-presidente, não lhe é apresentada desde logo, mas entregue na secretaria e aí protocolada. Posteriormente, intima-se o recorrido para, no prazo de 15 dias, apresentar contrarrazões. Ofertada a impugnação, ou expirado o prazo sem ela, são os autos conclusos ao presidente (ou ao vice-presidente), para que admita ou não o recurso, no prazo de 15 dias (artigo 542, § 1º, do CPC). A admissão ou não dos sobreditos recursos está vinculada à concorrência ou não de seus pressupostos de admissibilidades, assim, nessa oportunidade, não compete ao presidente (ou ao vice-presidente) examinar o mérito do recurso extraordinário ou do recurso especial.
96-no que consistem os embargos de divergência?
É o instituto processual apto a impugnar decisão de turma, em sede de recurso especial, que divergir do julgamento de outra turma, seção ou órgão especial, ou que, em sede de recurso extraordinário, divergir do julgamento de outra turma ou do próprio plenário, a fim de uniformizar a jurisprudência interna do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal.
97-no que consiste o reexame necessário?
Segundo Marcus Vinicius Rios Gonçalves, o reexame necessário consiste na necessidade, imposta por lei, de que a sentença, para tornar-se eficaz, seja reexaminada pelo tribunal, ainda que não tenha havido nenhum recurso das partes. É condição indispensável para que possa transitar em julgado.
98-no que consiste a correição parcial?
Segundo Nelson Nery Júnior, citado por Luiz Orione Neto,a correição parcial é uma providência administrativa ou disciplinar destinada à correção de error in procedendo caracterizador de abuso ou inversão tumultuária da marcha do processo, quando para o caso não existir um recurso previsto na lei processual.
99-no que consiste o pedido de reconsideração?
É instituto processual, não previsto em lei, utilizado com freqüência pelos advogados, para provocar o reexame de questão objeto de decisão interlocutória quando o juiz puder fazer esse reexame de ofício, ou seja, quando, sem requerimento da parte, puder o magistrado revogar ou modificar a decisão a qualquer tempo.
100-no que consiste a reclamação?
“Para preservar a competência do STF ou do STJ ou garantir a autoridade de suas decisões, caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público (art. 102, I, l, e art. 105, I, f, ambos da CR, e art. 13 da Lei 8.038/90). Assim, por meio dessa via, pretende o reclamante seja cassado o ato proferido em sentido contrário à decisão do STF/STJ ou, ainda, seja determinada medida adequada à preservação da competência de tais tribunais. No STF, também é cabível reclamação contra ato administrativo ou decisão judicial que contrariar ou aplicar indevidamente súmula vinculante, caso em que, se julgada procedente a reclamação, deverá ser anulado o ato administrativo ou cassada a decisão judicial, para que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula, conforme o caso (art. 103-A, § 3º, da CR). Ainda no que diz respeito à reclamação manejada perante o STF faz-se necessário anotar que a violação também pode ocorrer com relação à decisão com eficácia vinculante erga omnes, proferida em controle concentrado de constitucionalidade ou, ainda, em controle difuso abstrativizado. Por fim, destaque-se que “não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal (Súmula 734 do STF)” (Elpídio Donizetti).
101-no que consiste o incidente de uniformização de jurisprudência?
É o incidente levado a efeito com a finalidade de uniformizar a interpretação do direito dentro de determinado tribunal. Só pode ser suscitado em grau de recurso ou nos processos de competência originária do tribunal.
102-discorra sobre o procedimento de uniformização de jurisprudência.
Oferecido o incidente por algum juiz, pela parte ou pelo Ministério Público, haverá a suspensão do julgamento do recurso ou da causa de competência originária da turma, câmara ou grupo de câmaras, pois não é permitido que prossiga sem que antes delibere a respeito. A apreciação do incidente cabe, em primeiro plano, ao órgão competente para a apreciação da causa ou do recurso, que verificará se existe ou não a divergência apontada. Não reconhecida a divergência, prossegue-se no julgamento da causa ou do recurso. Acolhida a divergência, será lavrado um acórdão, cuja função não é ainda fixar a orientação jurisprudencial,mas reconhecimento da existência do dissídio, remetendo-se, em seguida, os autos ao presidente do tribunal para designação do julgamento do plenário, ou do órgão especial competente, a respeito da interpretação do direito controvertido. Dessa forma, há duas fases na apreciação do incidente: na primeira, o órgão julgador, onde se processava o recurso ou a causa, delibera sobre a existência de divergência capaz de ensejar a uniformização de jurisprudência. Acolhido o incidente, lavrar-se-á o acórdão, e passa-se ao julgamento, feito por todo o tribunal, onde se fixará a interpretação jurisprudencial a ser observada. O tribunal pode reconhecer ou não a divergência. Na primeira hipótese indicará a interpretação a ser observada. Na segunda, não reconhecendo a divergência, restituirá os autos ao órgão julgador para que prossiga normalmente no julgamento do feito, como se o incidente não tivesse ocorrido. A decisão do tribunal que fixa a interpretação jurisprudencial a ser observada é irrecorrível. Firmada a interpretação jurídica que deve prevalecer, os autos serão devolvidos ao órgão julgador, que deverá respeitá-la. A decisão proferida pelo órgão julgador, com base na interpretação dada pelo tribunal, desafia recurso. O Ministério Público sempre será ouvido no incidente de uniformização de jurisprudência (artigo 478, parágrafo único, do CPC).
103-no que consiste o incidente de declaração de inconstitucionalidade?
É o incidente levado a efeito nos tribunais, por ocasião do julgamento de recursos ou de processos de competência originária, com a finalidade de declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo (controle difuso), exigindo-se, por força do artigo 97 da CF, voto da maioria absoluta dos membros do tribunal.
104-no que consiste a cláusula de reserva de plenário?
O artigo 97 da CF preceitua que: “somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público”. “A inconstitucionalidade de qualquer ato normativo estatal só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial, sob pena de absoluta nulidade da decisão emanada do órgão fracionário (turma, câmara ou seção), em respeito à previsão do art. 97 da Constituição Federal. Esta verdadeira cláusula de reserva de plenário atua como verdadeira condição de eficácia jurídica da própria declaração jurisdicional de inconstitucionalidade dos atos do Poder Público, aplicando-se para todos os tribunais, via difusa, e para o Supremo Tribunal Federal, também no controle concentrado” (Alexandre de Moraes).
105-discorra sobre o procedimento do incidente de declaração de inconstitucionalidade.
“Argüida a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator, ouvido o Ministério Público, submeterá a questão à turma ou câmara, a que tocar o conhecimento do processo” (artigo 480). Oferecido o incidente por algum juiz, pela parte ou pelo Ministério Público, haverá a suspensão do julgamento do recurso ou da causa de competência originária da turma, câmara ou grupo de câmaras, pois não é permitido que prossiga sem que antes delibere a respeito. A apreciação do incidente cabe, em primeiro plano, ao órgão competente para a apreciação da causa ou do recurso, que verificará se existe ou não o vício de inconstitucionalidade apontado. Não reconhecida a alegação de inconstitucionalidade, prossegue-se no julgamento da causa ou do recurso. Acolhida a argüição de inconstitucionalidade, será lavrado um acórdão, cuja função não é ainda a declaração de inconstitucionalidade, mas reconhecimento da existência do incidente, remetendo-se, em seguida, os autos ao presidente do tribunal para designação do julgamento do plenário, ou do órgão especial competente, a respeito da argüição de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. Dessa forma, há duas fases na apreciação do incidente: na primeira, o órgão julgador, onde se processava o recurso ou a causa, delibera sobre o cabimento ou não da pretendida declaração de inconstitucionalidade. Acolhido o incidente, lavrar-se-á o acórdão, e passa-se ao julgamento, feito por todo o tribunal, onde será declarada ou não a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo impugnado. O tribunal pode declarar ou não a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo. Na primeira hipótese declarará, por voto da maioria absoluta de seus membros, a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo. Na segunda, não declarando a inconstitucionalidade, restituirá os autos ao órgão julgador para que prossiga normalmente no julgamento do feito, como se o incidente não tivesse ocorrido. A decisão do tribunal que declara a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo é irrecorrível. Declarada a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo impugnado, os autos serão devolvidos ao órgão julgador, que deverá respeitá-la. A decisão proferida pelo órgão julgador, com base na decisão (declaração de inconstitucionalidade) proferida pelo tribunal, desafia recurso. O Ministério Público sempre será ouvido no incidente de declaração de inconstitucionalidade (artigo 480 do CPC). Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão (artigo 481, parágrafo único, do CPC).
106-no que consiste a homologação de sentença estrangeira?
É o procedimento desencadeado perante o STJ, cuja competência lhe foi atribuída pela EC 45, com a finalidade de conferir a uma sentença estrangeira força e eficácia de decisão nacional. A matéria em questão está disciplinada pelos artigos 483/484 do CPC e pela Resolução nº 9/2005 (STJ).
107-cite os requisitos necessários para a homologação de sentença estrangeira.
Constituem requisitos indispensáveis à homologação de sentença estrangeira: I-haver sido proferida por autoridade competente; II-terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia; III-ter transitado em julgado; e IV-estar autenticada pelo cônsul brasileiro e acompanhada de tradução por tradutor oficial ou juramentado no Brasil” (artigo 5º, I a IV, Resolução nº 9/2005). Não será homologada sentença que ofenda a soberania ou a ordem pública (artigo 6º da Resolução nº 9/2005).
108-discorra sobre o procedimento de homologação da sentença estrangeira.
Segundo o artigo 483, parágrafo único, do CPC, a homologação obedecerá ao que dispuser o regimento interno do STJ (EC 45/04), assim, o STJ disciplinou a matéria através da RESOLUÇÃO Nº 9/2005. A homologação de sentença estrangeira será requerida pela parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações constantes da lei processual, e ser instruída com a certidão ou cópia autêntica do texto integral da sentença estrangeira e com outros documentos indispensáveis, devidamente traduzidos e autenticados (artigo 3º da RESOLUÇÃO Nº 9/2005). A parte interessada será citada para, no prazo de 15 (quinze) dias, contestar o pedido de homologação de sentença estrangeira (artigo 8º da RESOLUÇÃO Nº 9/2005). O Ministério Público, na homologação de sentença estrangeira, será ouvido, no prazo de 10 (dez) dias, podendo impugná-la (artigo 10 da RESOLUÇÃO Nº 9/2005). A sentença estrangeira homologada será executada por carta de sentença, no Juízo Federal competente (artigo 12 da RESOLUÇÃO Nº 9/2005). 
109-discorra sobre a execução da sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.
A execução far-se-á por carta de sentença extraída dos autos da homologação e obedecerá às regras estabelecidas para a execução da sentença nacional da mesma natureza (artigo 484). A execução deve ser aforada perante a Justiça Federal (artigo 109, X, da CF). Dispensa-se a homologação as sentenças meramente declaratórias do estado das pessoas (artigo 15, parágrafo único, da Leide Introdução do Código Civil). Não serão, outrossim, homologadas as sentenças estrangeiras quando, embora apoiadas na legislação do país de origem, ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes (artigo 17 da Lei de Introdução do Código Civil).
110-no que consiste a ação rescisória?
Segundo Barbosa Moreira, chama-se rescisória à ação por meio da qual se pede a desconstituição de sentença trânsito em julgado, com eventual rejulgamento, a seguir, da matéria nela julgada.
111-cite os pressupostos básicos da ação rescisória.
A rescisória, além dos pressupostos inerentes a qualquer ação, desafia a convergência simultânea de dois requisitos básicos, ou seja: a)-uma sentença de mérito transitada em julgado-só a sentença de mérito, isto é, aquela que põe termo ao processo, decidindo o mérito da causa (artigo 162, § 1º, c/c o artigo 269 do CPC), acobertada pela coisa julgada material, pode ser rescindida por meio do instituto processual em estudo; b)-o enquadramento da sentença numa das hipóteses alinhadas no artigo 485, I a IX, do CPC – a ação rescisória, por ser a coisa julgada matéria de ordem pública vinculada à estabilidade das relações jurídicas, só pode ser proposta nos casos previstos em lei, vedada qualquer interpretação extensiva das situações alinhadas no sobredito dispositivo legal.
112-cite os legitimados para a ação rescisória.
Possuem legitimidade ativa quem foi parte no processo ou seu sucessor a título universal ou singular, o terceiro juridicamente interessado, e o Ministério Público se não foi ouvido no processo, em que lhe era obrigatória a intervenção, ou quando a sentença é o efeito de colusão das partes, a fim de fraudar a lei (artigo 487 do CPC). Pode propor a ação rescisória, a parte do processo (autor ou réu) em que foi proferida a sentença rescindenda. O sucessor da parte, no caso de sucessão (inter vivos ou causa mortis) na relação processual objeto da sentença, também está legitimado para ofertar a rescisória.
113-discorra sobre o prazo para a propositura da ação rescisória.
O direito de propor ação rescisória se extingue em 02 (dois) anos, contados do trânsito em julgado da decisão (artigo 495 do CPC).
114-cite as hipóteses de cabimento da ação rescisória.
O artigo 485 do CPC preceitua que a sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: 
I - Se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz
II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente
III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei
IV - ofender a coisa julgada
V - violar literal disposição de lei
VI - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória
VII - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável
VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença
IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa 
115-discorra sobre o procedimento da ação rescisória (petição inicial, execução da sentença rescindenda, citação e prazo para resposta, instrução e julgamento, intervenção do MP, decisão, natureza jurídica da decisão e recurso).
Petição inicial - o procedimento tem início com a petição inicial dirigida ao tribunal competente contendo, além dos requisitos exigidos pelo artigo 282 do CPC, os seguintes requisitos específicos: a) pedido de rescisão (judicium rescindens) e, se for o caso, pedido de novo julgamento da causa (judicium rescissorium) – com efeito, o autor deve consignar na petição inicial pedido de rescisão da sentença viciada e, ademais, deve formular também, em regra, pedido de novo julgamento da causa, assim, o tribunal, além de rescindir a sentença atacada, profere um novo julgamento da causa. Todavia, em algumas situações não há necessidade do tribunal proferir novo julgamento da causa, bastando apenas a rescisão do julgado. Deveras, em três situações basta apenas registrar na inicial pedido de rescisão do julgado: 1)-ação rescisória proposta com base em ofensa à coisa julgada - caso em que apenas a rescisão (desconstituição) da sentença atacada é suficiente para restabelecer a normalidade jurídica, visto que já existe uma sentença acobertada pelo manto da coisa julgada material; 2)-ação rescisória movida para rescindir sentença proferida por juiz peitado (prevaricação, concussão ou corrupção do juiz); 3)-ação rescisória aforada para rescindir sentença proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente. Nas duas últimas situações (itens 2 e 3), rescindida a sentença, toda a instrução da causa será anulada, circunstância esta que enseja a renovação do feito em primeiro grau; b) depósito de 5% (cinco por cento) a título de multa-deve a inicial ser instruída com comprovante do depósito da importância correspondente a 5% do valor da causa, a título de multa, caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente. Providência esta que tem por objetivo coibir abusos na utilização da rescisória. Não se exige o sobredito depósito da Fazenda Pública (União, Estados, Municípios, Distrito Federal), da Defensoria Pública e do Ministério Público.
Indeferimento da inicial - o indeferimento da petição inicial pode ocorrer com base nas hipóteses consignadas no artigo 295 do CPC, bem como quando não for efetivado o depósito exigido pelo artigo 488, II, do CPC (depósito de 5% sobre o valor da causa).
Execução da sentença rescindenda - o aforamento de ação rescisória não tem o condão de suspender a execução da sentença rescindenda, e a execução em curso que é definitiva não se torna provisória, visto que tem por base sentença acobertada pela coisa julgada. Todavia, a jurisprudência admite, a fim de suspender liminarmente a execução da sentença impugnada até o julgamento da rescisória, a utilização das tutelas de urgência (medida cautelar e antecipação dos efeitos da tutela).
Citação e prazo para resposta - o relator, estando em termos a petição inicial, determinará a citação do réu, assinalando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias e nem superior a 30 (trinta) dias para responder aos termos da ação. O réu, no prazo para resposta, pode lançar mão da contestação, da exceção e da reconvenção. A ausência de contestação, por envolver a ação rescisória questão de ordem pública (coisa julgada), não implica a presunção de veracidade dos fatos alegados na petição inicial, visto que o autor não se exime de demonstrar o fato em que se baseia sua pretensão. Expirado o prazo para resposta, com ou sem ela, a causa tramitará observando o procedimento ordinário. 
Da instrução e julgamento - o relator, se houver necessidade de provas, expedirá carta de ordem, determinando ao juiz da comarca onde elas devam ser produzidas, marcando prazo de 45 a 90 dias para conclusão da diligência e o retorno dos autos ao tribunal. Concluída a instrução, será aberta vista, sucessivamente, ao autor e ao réu, pelo prazo de 10 (dez) dias, para razões finais. Em seguida, os autos subirão ao relator, procedendo-se ao julgamento (artigo 493 do CPC).
Ministério Público - o Ministério Público, em virtude do interesse público que envolve a coisa julgada, intervém obrigatoriamente nos processos de ação rescisória, ainda que não tenha atuado no processo anterior.
Decisão – “julga-se a rescisória em três etapas: primeiro, examina-se a admissibilidade da ação (questão preliminar); depois, aprecia-se o mérito da causa, rescindindo ou não a sentença impugnada (judicium rescindens); e, finalmente, realiza-se novo julgamento da matéria que fora objeto da sentença rescindida (judicium rescissorium)” (Humberto Theodoro Júnior). O depósito prévio, em caso de improcedência ou inadmissibilidade, por unanimidade, reverterá em favor do réu. Casocontrário, o autor poderá levantá-lo.
Natureza jurídica da decisão – predomina na doutrina o entendimento de que a decisão que acolhe o pedido de rescisão tem natureza desconstitutiva (constitutiva negativa); a que não acolhe o pedido rescisório é de natureza declaratória (negativa); já a decisão proferida no novo julgamento da causa pode ter natureza condenatória, constitutiva ou declaratória, de acordo com o pedido do autor. 
Recurso - o acórdão proferido em ação rescisória pode desafiar os recursos de embargos de declaração, embargos infringentes, recurso especial e recurso extraordinário, conforme o caso.

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