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AULA 7 GEOLOGIA ESTRUTURAL

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GEOLOGIA 
Aula 7 
Geologia Estrutural 
 
Referências: 
Frank Press, Raymond Siever, John Grotzinger, Jordan H. Thomas. (2006) Para Entender a Terra. Porto Alegre, 
Bookman. (CAPÍTULO 12). 
Teixeira, Toledo, Fairchild & Taioli. (2001). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos. (CAPÍTULO 19). 
Wicander, Reed & Monroe, James S. (2009). Fundamentos de Geologia. São Paulo, Cengage Learning. (CAPÍTULO 
10). 
 
Essa apostila é apenas um guia do que vimos em sala, favor estudar pelas referências citadas acima. 
 
 
Dobramentos e Falhamentos: São as formas de deformação mais comuns em rochas sedimentares, metamórficas e 
ígneas que formam a crosta terrestre. 
 
 As camadas das rochas dobram-se quando são lentamente comprimidas por forças da crosta. 
 
 As forças tectônicas também podem causar o rompimento de uma formação rochosa com o deslizamento 
paralelo à fratura em ambos os lados da mesma, isso é uma falha. 
 
As dobras e falhas geológicas apresentam tamanhos que variam de centímetros a dezenas de quilômetros, ou 
mais. Muitos cinturões de montanhas são, na verdade, uma série de grandes dobras e falhas, ou ambas, que 
foram meteorizadas e erodidas. 
 
Os movimentos tectônicos produzem modificações de posição, atitude, forma e volume dos corpos rochosos, traduzidas 
pelas deformações, cujos resultados são as estruturas. 
 
 O termo Geologia Estrutural foi cunhado por CHARLES LYELL (1873, no livro "Princípios de Geologia“) , para 
referir-se ao estudo das estruturas maiores. Com a evolução da ciência geológica também se passou a estudar as 
estruturas menores, visíveis em afloramentos e até em lâminas delgadas (microtectônica). 
 
 A Geologia Estrutural estuda as deformações da c rosta terrestre, (porção envoltória do manto, acima da 
Descontinuidade de Mohorovicic-MOHO), ocupando-se basicamente com as estruturas, sua morfologia e mecanismo 
de sua formação. 
 
O reconhecimento de uma estrutura é realizada através de referências geométricas primárias. A forma inicial, anterior à 
deformação, deve ser reconhecível ou passível de interpretação. Algumas referências: 
 
(a) estratificação das rochas sedimentares; 
(b) fósseis e; 
(c) estruturas ígneas primárias. 
 
Classificações Gerais das Estruturas 
 
Textura- refere-se aos grãos componentes da rocha quanto à forma, tamanho e arranjo e suas relações de contato. 
 
Estrutura- designa tanto os arranjos espaciais micro e macroscópico dos cristais nas rochas quanto os arranjos 
espaciais das unidades rochosas. 
 
Quanto à Origem 
 
 Primárias: concomitantes à gênese da rocha (sedimentar –ex. estratificação cruzada- ou magmática – ex. 
estrutura fluidal). 
 
 Secundárias: posteriores à gênese da rocha. Podem ser: atectônicas ou adiastróficas (a maioria das estruturas 
exógenas) ou tectônicas ou diastróficas (estruturas endógenas). 
 
Estruturas primárias mais comuns de rochas sedimentares 
 
(a) Acamamento plano-paralelo: estratificações planares paralelas entre si; 
(b) Acamamento plano-cruzado: retrabalhamento de sedimentos em ambientes de rios meandrantes; 
(c) Estratificações rítmicas: alternância de finas camadas, repetidas sucessivamente; 
(d) Estrutura gradacional: variação granulométrica gradual mais grossa na base até mais fina no topo; 
(e) Marcas de onda: simétricas (marca o topo da camada), assimétricas (não permite a observação do topo da 
camada); 
(f) Fendas de ressecamento: geralmente preenchidas com material arenoso; 
(g) Estruturas convolutas: a camada de cima desliza sobre a camada inferior que funciona como uma camada 
lubrificante; 
(h) Discordâncias: camadas inferiores apresentam tectonismo, enquanto as mais jovens ocorrem intactas. 
Quanto à Geometria: 
 
 Planares: xistosidade, gnaissificação (bandamento gnáissico), falhas e acamamentos. 
 Lineares: eixos de dobras, interseções de estruturas planares. 
 
Como as Rochas são Deformadas? 
 
As forças tectônicas que deformam as rochas podem ser de três tipos: 
 
 Forças compressivas, que apertam e encurtam um corpo; 
 Forças extensionais, que alongam um corpo e tendem a segmentá-lo; 
 Forças de cisalhamento, que empurram cada um dos dois lados de um corpo em direções opostas. 
 
Esses tipos de forças atuam nos três tipos de limites de placas. 
 
DOBRAS 
 
 As dobras são deformações dúcteis que afetam corpos rochosos da crosta terrestre. Acham-se associadas a 
cadeias de montanhas de diferentes idades e possuem expressão na paisagem, sendo visíveis em imagens de 
satélites. 
 
A sua formação se deve a existência de uma estrutura planar anterior que pode ser um acamamento sedimentar ou 
foliação metamórfica (clivagem, xistosidade, bandamento gnáissico, etc). 
 
Os estudos das dobras podem ser conduzidos em três escalas: 
 
 Microscópica: a estrutura é observada com o auxílio de microscópio ou lupa. 
 Macroscópica: a estrutura observada é produto da integração e reconstrução do afloramento (corpo rochoso), 
sendo em geral representada em perfis ou mapas geológicos. 
 
Elementos Geométricos de uma Dobra 
 
Linha de Charneira: corresponde a linha que une dois pontos de curvatura máxima da superfície dobrada. Uma outra 
linha nessa superfície que une pontos de curvatura mínima é chamada de linha de inflexão da dobra. Esta linha divide 
as dobras em dois setores: uma de convexidade voltada para cima e outro para baixo. Ela se situa numa região de 
superfície conhecida como zona de charneira da dobra. 
 
Superfície Axial: pode ser curva ou plana, sendo neste caso referenciada como plano axial. Definida como a superfície 
que contém a linha de charneira da superfície dobrada. 
 
Flancos (ou limbos): correspondem às partes que se situam entre duas charneiras adjacentes e que contém os pontos 
de inflexão. 
 
Eixo: linha geratriz da dobra, quando movimentada paralelamente à linha de charneira, no espaço de si mesma. 
 
Classificando as Dobras 
 
As dobras podem ser classificadas em dois tipos: atectônicas, relacionada com a dinâmica externa do planeta e 
tectônica relacionada a dinâmica interna. 
 
 As primeiras são formadas na superfície ou bem próximas a ela em condições muito semelhantes a condições 
ambientais, sendo desencadeadas pela ação da força da gravidade e possuem expressão apenas local; 
 
 As tectônicas são formadas sob condições variadas de esforço, temperatura e pressão, sendo mais 
relacionadas a processos de evolução crustal, em particular com a formação de cadeias de montanhas. 
 
Classificação Geométrica das Dobras 
 
Classificação com base na linha de charneira e superfície axial: dobras horizontais, verticais e inclinadas. 
 
 Horizontais: caimento do eixo entre 0° a 10°. 
 Verticais: entre 80° e 90°. 
 Inclinadas: entre 10° e 80°. 
 
Classificação com base na superfície axial: simétricas e assimétricas. No segundo caso as dobras podem ser 
normais, inversas e recumbentes. 
 
 Dobras normais: superfícies axiais subverticais entre 80° e 90°. 
 Recumbentes (suborizontais): entre 0° e 10°. 
 Inversas, inclinadas: entre 10° e 80°. 
 
As dobras recumbentes de grandes dimensões são referidas como nappes, comuns em cadeias de montanhas como 
os Alpes e Himalaias. 
 
Classificação com base na superfície dobrada:Leva em consideração o ângulo inter-flancos de uma dobra, são 
classificadas em: 
 
 Suaves (180°-120°). 
 Abertas (120°-70°). 
 Fechadas (70°-30°). 
 Isoclinais (30°-0°). 
 
Classificação com base me critérios geométricos e estratigráficos 
 
Neste caso o sentido de fechamento de uma superfície dobrada é o critério utilizado para classificá-las em: 
Antiforme: com fechamento para cima; 
Sinforme: dobras com fechamento para baixo. 
 
O significado estratigráfico desta classificação define sinclinal como um dobra que possui camadas mais 
novas em seu interior e mais antigas no exterior, no anticlinal é o oposto, as camadasmais antigas estão no 
núcleo da dobra. 
 
FALHAS 
 
Falha é uma descontinuidade planar entre blocos de rocha, os quais apresentam-se deslocados entre si, 
paralelamente à descontinuidade. 
 
• O que caracteriza uma falha é a ocorrência de movimento diferencial entre os blocos. 
• Suas dimensões variam da escala mineralógica às escalas continentais (Falha de San Andreas). 
 
• Zona de Falha: É uma região onde há muitas falhas paralelas ou anastomosadas. É freqüente sua localização 
em zonas de deformação rúptil. 
 
OUTRAS DEFINIÇÕES 
• Junta: fratura extensional natural. 
• Veio: fratura preenchida por precipitados minerais ou lamas. 
• Dique: fratura preenchida por rochas ígneas ou rochas sedimentares clásticas remobilizadas. 
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS FALHAS 
 
• Capa ou Teto (hingwall): bloco que situa-se sobre o plano de falha. 
• Lapa ou Muro (footwall): bloco que situa-se sob o plano de falha. 
• Espelho de falha: superfície lisa, brilhante, normalmente cheia de estrias de atrito, situado sobre o plano de falha. 
• T raço ou linha de falha: a linha formada pela interseção do plano de falha com a superfície terrestre ou o plano 
horizontal. 
 
As falhas são encontradas em vários ambientes tectônicos, sendo associadas a regimes deformacionais 
compressivos, distensivos e cisalhantes. São feições comuns em cadeias de montanhas modernas e antigas e 
aparecem em diferentes estágios de sua evolução. Podem ser rasas ou profundas, no segundo caso pode 
atravessar toda a litosfera passando a constituir um limite de placas litosféricas, sendo então referidas como 
falhas transformantes. 
 
TIPOS PRINCIPAIS DE FALHAS E ESTRUTURAS ASSOCIADAS 
 
Falhas Normais ou de Gravidade: São associadas principalmente à tectônica extensional, ocorrem nas cadeias de 
mesoceânicas, e nas margens continentais tipo Atlântico. 
-São importantes na formação e evolução das bacias sedimentares, sendo comuns em regiões com deslizamentos de 
encostras ou taludes. 
 
Falha Reversa ou de Empurrão: É uma falha inclinada com mergulhos, em geral, inferiores a 45º. Especificamente 
para as falhas de baixo ângulo emprega-se também a denominação de falhas de empurrão. No Brasil usa-se o termo 
de cavalgamento para falhas de empurrão com mergulhos inferiores a 30º. 
 
Falhas Transcorrentes: ou de rejeito direcional, correspondem a uma das feições estruturais mais espetaculares da 
crosta da terra. Essas falhas estão associadas a limites de placas litosféricas. Nos fundos oceânicos estão intimamente 
ligados ao desenvolvimento das cadeias mesoceânicas que atingem uma extensão superior a 75000 km, sendo uma 
das feições morfológicas mais notáveis da terra. 
 
Elementos de Reconhecimento de Falhas: Critérios Geológicos 
 
Falhas podem ser observadas muitas vezes em superfície, mas na maioria das vezes não são observadas diretamente. 
Estas podem ser reconhecidas pelas características a seguir: 
 
 Reconhecimento pelo espelho de falha: superfície lisa, normalmente escura e brilhante que contém as estrias 
de atrito; 
 Ocorrência de estrias de atrito (slickensides); 
 Mudança brusca de litotipos; 
 Mudança brusca de fácies metamórficas; 
 Mudança brusca de estilo estrutural; 
 Mudança brusca de fácies sedimentares; 
 Truncamento de estruturas 
 Ocorrência de dobras de arrasto. 
 Repetição ou omissão de camadas. 
 Metamorfismo dinâmico ou cataclástico (lato sensu) com geração de produtos litológicos ou tectonitos gerados 
por falhas. 
 Fluxo dúctil intenso: migmatização. 
 
FIGURAS

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