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TABELA DE HONORÁRIOS INFRAÇÃO ÉTICA 
Na questão de tornar obrigatória a tabela de honorários da OAB, e sendo sua não observância uma infração ética, várias coisas precisam ser observadas. Primeiro, que os escritórios que fazem a chamada advocacia de massa não têm como cobrar os valores da tabela (estarão ilegais ?). Segundo, ao não cobrar muito por processo (ganha-se no volume), não se tem como arcar com diligências vultosas. De modo que os advogados que acham que vão ganhar mais com a tabela sendo obrigatória, vão cair do cavalo, pois vão é deixar de trabalhar.
 E como serão cumpridas as diligências, audiências, etc. ?, pergunta o migalheiro. Elas serão feitas por empresas (não são escritórios), que já existem (e algumas são bem duvidosas, fora o fato de que algumas são estrangeiras), que contratam advogados como funcionários pelo mínimo valor legal e os colocam para fazer as demandas. Dessa forma, não precisam seguir a tabela. Ou seja, o serviço hoje prestado por milhares será doravante prestado por um ou outro. Outro item a ser observado é que o Cade, que regula a ordem econômica, e que tem, obviamente, competência para analisar isso – embora alguns equivocadamente digam que não –, vai rejeitar a obrigatoriedade da tabela por evidente infração à ordem econômica. Por fim, é sabido e ressabido que numa economia capitalista não se regula o mercado dessa forma, tabelando preços. Regulam-se as ações e os players, mas não a oferta e a procura.
Ainda com relação à tabela de honorários da OAB sendo obrigatória, coisa que os conselheiros Federais ainda bem podem modificar (e o deveriam para o bem da sociedade), há outro ponto. Em muitos casos a tabela, que é de valores mínimos, possui preços que vão além da realidade num país ainda cheio de desigualdades como o nosso. O advogado que não consegue cobrar esses valores, porque a parte não tem como pagar, deverá dispensar o cliente, encaminhando-o para a Defensoria Pública. Ou seja, muito advogado, acreditem, perderá trabalho.
A advocacia, não raro, é comparada com a medicina. Ambos, como é bem de ver, cuidam da saúde das pessoas. Imagine o caso surreal do médico, numa comunidade simples, ao receber um doente e não poder atendê-lo porque ele não pode pagar o valor mínimo que o CRM oniricamente exigiria que ele cobre. Iremos dizer, claro, que a profissão do médico está sendo mercantilizada. Mas outra coisa não é o que se está fazendo com a advocacia, ao se exigir que o profissional liberal cobre valores mínimos.
Data de publicação: 04/10/2010
Ementa: APELAÇAO CRIMINAL - RECURSO DO ESTADO DE SERGIPE - IRRESIGNAÇAO QUANTO AO VALOR ESTABELECIDO PARA UMA DAS DEFENSORAS DATIVAS NOMEADA NOS AUTOS - AUSÊNCIA DE DEFENSOR PÚBLICO NO JUÍZO DE 1º GRAU - ACUSAÇAO DA PRÁTICA DE FURTO QUALIFICADO -FIXAÇAO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM VALOR EQUIVALENTE A TRÊS SALÁRIOS-MÍNIMOS - QUANTIA RAZOÁVEL E INFERIOR AO PREVISTO NO ART. 101 DA RESOLUÇAO Nº 03 /1994 DA SECCIONAL SERGIPE DA OAB - ATUALIZAÇAO FEITA RECENTEMENTE NA ALUDIDA TABELA ESTABELECENDO APENAS UM VALOR MÍNIMO - OBERVÂNCIA DO DISPOSTO NO ART. 20 , 4º DO CPC - MANUTENÇAO DO QUANTUM - ADVOGADA QUE PARTICIPOU DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇAO E APRESENTOU AS DERRADEIRAS RAZÕES - RATIFICAÇAO DA SENTENÇA- ARBITRAMENTO EM SALÁRIOS MÍNIMOS - IMPOSSIBILIDADE - INTELIGÊNCIA DO ART. 7º , IV DA CF/88 - VEDAÇAO CONTIDA NA SÚMULA Nº 201 DO STJ - CONVERSAO QUE SE IMPÕE - REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA DE OFÍCIO - APELO IMPROVIDO - DECISAO UNANIME. Inexistindo ou sendo insuficiente o serviço oficial de assistência gratuita aos réus pobres, que respondem a processos-crime em determinado Juízo ou Comarca, admite-se a nomeação de advogado dativo para servir como defensor. Tendo a profissional nomeada cumprido o seu mister, participado da audiência de instrução e apresentado as derradeiras razões de forma suficiente, cabe a Fazenda Pública do Estado respectivo, o pagamento dos honorários devidos. Estando o valor fixado em harmonia com a tabela da OAB, inclusive com sua recente atualização, bem como com o disposto no art. 20 , 4º do CPC , deve ser ratificado pelo Colegiado local. Diante da impossibilidade de vinculação do salário-mínimo à quantia estipulada para os honorários, impõe-se a reforma parcial da sentença, de ofício, substituindo referida condenação pelo valor correspondente à época da prolação da sentença. Apelação estatal improvida. Decisão unânime. Reforma parcial da sentença, ex officio.
TJ-SP - Apelação : APL 990100184164
CONTRATAÇÃO DE ADVOGADOS ASSOCIADOS
O advogado associado não tem direito a uma remuneração fixa, ele recebe um percentual estipulado no contrato de associação e não raro acaba trabalhando de graça até não aguentar mais a situação. Uma outra situação, muitíssimo mais comum, é a do advogado associado que recebe um fixo, mas trabalha com se fosse um advogado empregado, com todos os elementos caracterizadores de uma relação de emprego e desprovido da autonomia supostamente garantida na associação.Aliás, a subordinação é a regra neste tipo de contrato. Basta fazer qualquer consulta a qualquer grupo de jovens advogados, presencialmente ou nas redes sociais, para constatar essa assertiva.
A realidade hoje é essa: o advogado associado é tratado como advogado empregado, com poucas exceções. Se o instituto está sendo desvirtuado, então chegou a hora de acabar com ele.E não tenham dúvidas: existe muita resistência em mudar o atual quadro, pois, afinal, não é tão cômodo ter um empregado que pode ser substituído sem nenhum ônus para o seu empregador?Por isso fico feliz ao ver um texto como o publicado ontem pelo Dr. Jefferson Calaça, advogado pernambucano, que deu um interessante (e, por que não, verdadeiro) título a seu posicionamento quanto a este tema: advogados escravizados!
ADVOGADOS ASSOCIADOS OU ADVOGAODS ESCRAVIZADOS
A principal característica do exercício da advocacia é a liberdade e independência que o advogado possui na condução do seu trabalho.Desde 16/06/1994, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, nos termos do seu artigo 39, pelo Regulamento Geral da Advocacia, permitiu o contrato de associação com advogados, sem vínculo de emprego, para participação nos resultados e que os referidos contratos deverão ser averbados nos Conselhos Estaduais.
Surge então uma questão crucial: pode ou não ser reconhecido o vínculo empregatício entre o advogado associado e uma sociedade de advogados, a despeito da excludente prevista no Regulamento Geral da Advocacia?No contrato de associação estabelecido entre a sociedade e o advogado, em grande parte dos casos, todos os requisitos para a caracterização da relação de emprego encontram-se presentes.
Em Pernambuco, alguns escritórios de advocacia têm sido surpreendidos por questionamentos sobre a forma de contratação por advogados associados na Justiça do Trabalho pelo Ministério Público do Trabalho, face à ausência de fiscalização pela atual gestão da OAB-PE.
Nos casos concretos, infelizmente, a direção da OAB-PE tem atuado em defesa dos proprietários destes escritórios, em detrimento dos direitos dos advogados hipossuficientes, que possuem os seus direitos dilapidados cotidianamente. Qual critério foi utilizado pela Direção da OAB-PE para escolher o seu lado, em um procedimento investigatório e nas ações judiciais propostas? Somos todos Advogados!
Algumas perguntas precisavam de respostas antes de ser assumido um lado pelo nosso órgão de representação: o advogado associado participa das decisões administrativas e do dia a dia do escritório contratante? Ele opina sobre honorários? Possui acesso aos números do escritório para conferir a sua real participação financeira? Ou, ao contrário, possui remuneração mínima e todas as exigências de um vínculo empregatício?
Na averiguação da situação é necessária à caracterização da distinção entre o sócio do escritório e o advogado associado. O associado não responde solidariamente por prejuízos causados a clientes. Mas, subsidiariamente pelos danos que causar. O mesmo acontece com o advogado empregado, logo, existesim, uma similaridade entre este e o advogado associado, podendo como tal, ocorrer à caracterização do contrato de trabalho.
O objetivo maior de um contrato de associação quando instituído pelo Conselho Federal desde 1994, era o de firmar a construção de uma parceria entre advogados e não uma fraude à legislação trabalhista, com redução de custos pelo escritório contratante em detrimento de exploração ao associado.Assim, mesmo possuindo um contrato de associado com registro na Ordem dos Advogados, caso sejam comprovados todos os requisitos essenciais à caracterização daquele profissional como empregado, haverá sim contrato de trabalho, nos termos do artigo terceiro da CLT.
Na realidade, o advogado associado na sua grande maioria, como vem acontecendo em Pernambuco, encontra-se com os seus direitos extremamente precarizados, pois não possui carteira assinada, décimo terceiro, férias, FGTS e está sujeito a uma jornada muito além das 8 horas diárias e com uma remuneração baixíssima. E a atual gestão da OAB-PE sempre ficou silente sobre esta situação.Temos em Pernambuco quatro modalidades de advogados nos escritórios de Advocacia: Advogados Sócios, Advogados Contratados, Advogados Associados e Advogados sem qualquer direito. O quadro é grave, já que foi criada uma nova categoria de advogados, aqueles sem qauisquer direitos.
O exercício da advocacia, por excelência, é próprio de profissional liberal, não sendo cabível nos dias atuais, um profissional que tenha que se submeter a situações humilhantes e vexatórias, com a finalidade de manter o seu sustento e de sua família, deixando de ser um advogado associado e passando sim, a ser um advogado escravizad

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