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NUTRIÇÃO DE COELHS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - CEARÁ
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA - FAVET
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE NÃO RUMINANTES
PROF.ª Dr. WALBENS SIQUEIRA BENEVIDES
NUTRIÇÃO DE COELHOS 
DISCENTES:
DANILO MARTINS 
MILTON DE CARVALHO JUNIOR
FORTALEZA-CE
2017
SUMARIO
CAPA ______________________________________________________________________ 
SUMARIO___________________________________________________________________ 
HISTÓRICO E IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA CUNICULTURA NO BRASIL_________________ 
ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO DO COELHO_________________________ 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA CECOTROFICOS__________________________________________
NUTRIÇÃO __________________________________________________________________ 
EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS_____________________________________________________ 
TABELAS ___________________________________________________________________ 
REFERENCIAS_______________________________________________________________ 
REVISÃO DE LITERATURA
HISTÓRICO E IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA CUNICULTURA NO BRASIL
A criação de coelhos no Brasil iniciou-se em 1956 no estado de São Paulo, e ainda é pouco difundida no país se comparada a outras atividades com animais, mas está crescendo devido à alta qualidade da carne e a alta procura no mercado. Na cunicultura coexistem criadores de coelhos (que possuem coelhos) e aqueles que mantêm estrutura e um trabalho profissional, visando atender a demanda do mercado consumidor, porém a maioria dos criadores desenvolve esta atividade juntamente com outra atividade principal (LEBAS et al., 1997 segundo STARCK, 2011).
A preocupação com atividades produtivas sustentáveis no âmbito do agronegócio é emergente. A busca por atividades que simultaneamente melhorem a condição de vida das populações e conservem o meio ambiente estão no cerne das discussões contemporâneas. No contexto atual apresentado, o coelho pode ser considerado como animal estratégico e a cunicultura como atividade produtiva sustentável (SORDI, 2014)
Destarte, a preocupação com atividades produtivas sustentáveis no âmbito do agronegócio é emergente, ou seja, atividades que simultaneamente melhorem a condição de vida das populações e conservem o meio ambiente estão no cerne das discussões contemporâneas. Necessita-se de mais alimentos, estes devem ser produzidos com menos recursos, em menor espaço, num período de tempo mais curto, com um impacto ambiental reduzido (SORDI, 2014)
No contexto atual apresentado, o coelho pode ser considerado como animal estratégico e a cunicultura como atividade produtiva sustentável, principalmente pelo seu potencial de integração e complementaridade com outras atividades e sua baixa necessidade relativa de investimentos (KHALIL, 2010; LUKEFAHR, 2004; MACHADO; FERREIRA, 2013; OSENI, 2012; PINEDA et al., 2009 segundo SORDI, 2014)
Até o início da década de 60 a criação de coelhos no Brasil se concentrava na produção de animais de companhia ou como cobaias para laboratórios. Ao final daquela década, com a elevação do preço da lã angorá no mercado mundial, houve um estímulo para a criação comercial dessa raça produtora de pelos. No início da década de 70, começou a exploração para produção de carne onde os animais tinham uma alimentação baseada em forragens e concentrados (FERREIRA, 2012)
Durante a década de 90 e ainda hoje a cunicultura se mantém em um patamar estável de crescimento. No entanto, as perspectivas de impulsão da cunicultura nos dias atuais são boas, pois algumas empresas internacionais estão se instalando no Brasil em busca da otimização de custos de seus produtos e das condições favoráveis da criação dessa espécie, tendo como principal objetivo a produção para exportação da carne (FERREIRA, 2012)
ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO DO COELHO
Os coelhos são animais monogástricos lagomórfos herbívoros, alimentam-se de produtos de origem vegetal. A fibra é um componente indispensável na dieta dos coelhos, ajuda na movimentação peristáltica, na prevenção de doenças como diarreias, e na sua ausência pode ocorrer fermentações indesejadas no ceco. O excesso também pode ser prejudicial, pois como os alimentos fibrosos tem menor concentração de energia e proteína bruta (PB) podem faltar estes nutrientes em sua dieta. O ceco é a principal parte do intestino grosso que auxilia na fermentação da fibra melhorando o teor de energia proveniente de alimentos fibrosos para os animais (LOCH, 2014).
Seu sistema digestório é adaptado para uma dieta herbívora, incluindo adaptações específicas desde os dentes até um grande segmento ceco-cólico com microbiota ativa e a separação de partículas da digesta cecal que permitem a cecotrofia. A formação de cecotrófos é uma peculiaridade dos coelhos (e dos lagomorfos em geral) e tem relação com uma função dupla do cólon proximal que depende do horário em que a digesta chega ao cólon. Se o conteúdo cecal chega ao cólon durante a manhã, poucas alterações bioquímicas ocorrem. O cólon secreta muco que gradualmente envolve a digesta que adquire formato alongado e são chamadas comumente de fezes amolecidas e cientificamente de cecotrófos. No entanto se o conteúdo cecal chegar ao cólon durante outro período do dia, os processos são completamente diferentes, resultando na produção tanto de fezes endurecidas e amolecidas (FORTUN-LAMOTHE & GIDENNE, 2004 segundo STARCK, 2011).
As fezes endurecidas são expelidas e as amolecidas são recuperadas pelo coelho diretamente do ânus e ingeridas sem mastigá-las. Enquanto a coprofagia define o comportamento dos animais que produzem apenas um tipo de fezes e a ingerem, a cecotrofia é uma estratégia para que o animal herbívoro se beneficie com a proteína microbiana que, portanto, possui certo valor nutricional (LEBAS et al, 1997., FORTUN-LAMOTHE & GIDENNE, 2004 segundo STARCK, 2011).
Os coelhos são sensíveis à penicilina. Esta pode causar distúrbio de sua flora intestinal e produzir diarréia. A ampicilina é particularmente tóxica para o coelho (COUTO, 2014).
A urina do coelho é normalmente muito alcalina, com alto teor de cristais de fosfato e carbonatos. Sua cor oscila de amarelo intenso ou turvo-pardo, que pode ser confundida com uma descarga purulenta (COUTO, 2014).
Os coelhos têm corpo arredondado, cabeça grande provida de largas orelhas, com audição e olfato bem desenvolvidos e amplo campo de visão. A fórmula dentária dos coelhos adultos é: incisivo 2/1, caninos 0/0, pré-molar 3/2, molar 3/3. Todos os dentes têm crescimento contínuo. O crescimento do incisivo é particularmente rápido, de aproximadamente 0,5 cm por ano, motivo pelo qual o animal deve ter contato com materiais que possa roer. Apesar disso, não é rara a observação de animais com crescimento excessivo dos incisivos, o que provoca má oclusão dentária. Esta é determinada por hereditariedade e impede a continuidade do animal no plantel, pois poderá passar tal característica indesejável aos seus descendentes. As patas posteriores são mais compridas que as anteriores, o coração se encontra situado na parte média da caixa torácica, ligeiramente desviado para a esquerda, e não tem a aorta anterior (COUTO, 2014).
COMPOSIÇÃO QUÍMICA CECOTROFICOS
Uma particularidade desta espécie seria a dualidade da excreção fecal, com a capacidade dos coelhos de produzir e reingerir parte do material fecal, as denominadas fezes moles ou cecotrofos, oriundas da fermentação cecal (fenômeno descrito como coprofagia, ou mais especificamente como cecotrofia), o que lhes permite aproveitar mais eficientemente alimentos vegetais (FERREIRA, 2002).
A quantidade de cecotrofos produzida varia de acordo com alguns fatores, tais como: indivíduo, idade do animal, quantidade e composição do alimento, podendo alcançar 18% em média da matéria seca ingerida por dia (Fraga et al., 1991; Gomes e Ferreira, 1997). Outros fatores também podem influenciar no consumo de cecotrofos, entre eles a iluminação, regularidade das operações diárias de manejo, a densidade populacionale o ciclo circadiano do animal. Os animais adultos ingerem mais cecotrofos durante a noite e os jovens com uma distribuição regular durante o dia. Os processos fisiológicos como a lactação pode também alterar este consumo. É evidente que a fonte comum para os dois tipos de fezes é o material cecal, no entanto, além de diferenças no aspecto externo (tamanho, forma e consistência), apresentam composições claramente distintas, especialmente nos teores de fibra, proteína, minerais e água (FERREIRA, 1994 segundo OLIVEIRA, 2009). 
As composições das fezes e cecotrofos são influenciadas pela dieta, pois o uso de alimentos fibrosos aumenta a participação da fibra em ambos, na mesma proporção, sendo que os cecotrofos contêm, em média, 60% do conteúdo de fibra das fezes (De Blas, 1984). A composição química dos cecotrofos apresenta alto nível de proteína, aminoácidos essenciais, ácidos graxos voláteis e vitaminas hidrossolúveis, mas menores níveis de fibra do que as fezes duras resultantes do processo fisiológico de seleção de partículas no ceco – CÓLON (LANG, 1981; PROTO, 1984 segundo OLIVEIRA, 2009).
Os cecotrofos são tomados diretamente do ânus e deglutidos íntegros, sem ocorrência de mastigação. Estes não se misturam ao conteúdo estomacal e permanecem no estômago até que a camada de muco se desintegre. O pH interno do cecotrofo é mantido entre 6,0 e 6,5 devido a um sistema tampão, enquanto o pH do conteúdo estomacal gira em torno de 1,0 a 1,5. Durante este período as bactérias continuam fermentando os carboidratos. Após a desintegração da camada de muco seguem-se os processos de digestão normais. Não está bem definido como os coelhos distinguem as fezes duras dos cecotrofos, entretanto existem sugestões de relações com presenças de neuromotores anais e quantidade de ácidos graxos voláteis no material fecal mole, uma vez que estes possuem um odor característico que serviria de estímulo ao consumo (De Blas, 1984 segundo OLIVEIRA, 2009).
NUTRIÇÃO
O coelho é fundamentalmente herbívoro e come a maioria dos tipos de grãos, verduras e pastos. Tem um ceco grande, o qual produz uma fermentação bacteriana considerável. Pratica a coprofagia noturna, coletando fezes diretamente do ânus. Essas fezes são envolvidas por uma membrana mucosa. Se supõe que a coprofagia, juntamente com a fermentação fecal, proporcionam as quantidades necessárias das vitaminas do grupo B, protegendo contra alguma deficiência de aminoácidos essenciais, e facilitam a digestão adicional de fibra e outros nutrientes, por uma segunda passagem através do trato digestivo. A síntese da vitamina ocorre no ceco. As rações comerciais são peletizadas, com diâmetro no máximo de 50 mm por 70 mm de comprimento, contendo todos os nutrientes necessários, como: proteínas, carboidrato, fibras, vitaminas e outros. Os coelhos da raça Nova Zelândia adultos consomem em média 100 g a 200 g de ração por dia. As fêmeas com lactentes precisam quantidade maior de ração, aumentada gradualmente com o crescimento dos filhotes (COUTO, 2014 )
A quantidade de ração recomendada deve ser administrada uma vez por dia, evitando assim o aumento do consumo de alimento, o que propiciaria a engorda excessiva dos animais, prejudicando, principalmente, a capacidade reprodutiva. (COUTO, 2014)
Uma ração adequada para coelhos deve levar em consideração as exigências nutricionais de acordo com a categoria produtiva na qual o animal se encontra. O valor nutritivo dos ingredientes utilizados em rações para coelhos é, em grande parte, desconhecido, sendo que as maiores dificuldades residem na estimação do valor energético dos alimentos para estes animais. A concentração energética é a principal variável na formulação de rações para coelhos, pois é principalmente, por intermédio da energia que o coelho controla o consumo de alimentos. Segundo De Blas (1989) o controle do consumo de alimentos ocorre com maior precisão quando os níveis energéticos estão entre 2.500 e 3.000 kcal ED/kg de ração (STARCK, 2011).
EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS
As necessidades dos coelhos em princípios nutritivos após quatro semanas de vida são plenamente supridas com o uso de uma ração balanceada, porém existe uma tendência atual de aumentar a proporção de volumosos na dieta desta espécie é justificada pela necessidade de redução do custo de produção. Além disso, a fibra contribui para manter normais as funções intestinais. Avaliar bem e adequadamente os alimentos tradicionais ou alternativos, em especial forragens que participam em grande volume da ração, para posterior aplicação em dietas equilibradas, representa um substantivo salto na economia da exploração cunícula (SANTOS et al., 2006 segundo STARCK, 2011).
 O conhecimento da composição química e o valor energético dos alimentos que são utilizados nas formulações de rações para coelhos é primordial, para atender as exigências nutricionais dos coelhos, pórem poucos trabalhos são realizados com esse intuito de descrever o valor nutricional dos alimentos para os coelhos. (FEKETE et al., 1986 apud FURLAN et al., 2003 segundo STARCK, 2011).
A água deverá ser providenciada diariamente e ad libitum. O consumo de água normal de coelho de dois meses de idade é de 120 ml/kg/dia, e de um coelho de 1 ano de idade é de 64 ml/kg/dia. Os bebedouros (com capacidade de 1.000 ml) devem ser trocados, higienizados e esterilizados diariamente (COUTO, 2014).
BIBLIOGRAFIA
CRIAÇÃO e manejo de coelhos . [S.l.: s.n.], 2014. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/sfwtj/pdf/andrade-9788575413869-14.pdf>. Acesso em: 03 nov. 2017.
OLIVEIRA , C.E.A. DIETAS SIMPLIFICADAS NA ALIMENTAÇÃO DE COELHOS E SEUS EFEITOS NA REPRODUÇÃO E PRODUÇÃO . 2009. 91 f. DISSERTAÇÃO (Tese apresentada à Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Zootecnia. )- Escola de Veterinária , Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. Único.
FERREIRA, W.M; SAAD, F.M.O.B.; PEREIRA, R.A.N. FUNDAMENTOS DA NUTRIÇÃO DE COELHOS. Belo Horizonte: [s.n.], 2002. 92 p. v. Único
LOCH, B.L.G. UTILIZAÇÃO DO FENO DE ALFAFA (Medicago sativa) PELETIZADO E NATURAL EM RAÇÕES PARA COELHOS. 2014. 92 f. ARTIGO (Trabalho apresentado como exigência parcial da disciplina de Introdução a Metodologia Científica para obtenção do Diploma de Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Santa Catarina)- FACULDADE DE ZOOTECNIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, 2014.
SORDI, V. F.; ROSA, C. O.; MARTINS, V. N. A CUNICULTURA NA ESTRATÉGIA DE DIVERSIFICAÇÃO EM PROPRIEDADES RURAIS. In: I SIMPOSIO DE REDES DE DE SUPRIMENTOS E LOGISTICA, 1., 2013, Universidade Federal da Grande Dourados. A Revista Eletrônica da Faculdade de Ciências Exatas e da Terra... Dourados - MS: [s.n.], 2013. p. 11-20. v. 3. Disponível em: <http://www.unigran.br/ciencias_exatas/conteudo/ed5/artigos/02.pdf>. Acesso em: 03 nov. 2017.
STARCK, A.S. DESEMPENHO E AVALIAÇÃO DE CARCAÇA DE COELHOS SUBMETIDOS A DIFERENTES MANEJOS ALIMENTARES. 2011. 28 f. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação, apresentado ao curso de Zootecnia, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Dois Vizinhos, como requisito parcial para obtenção do Título de ZOOTECNISTA.)- CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA, UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ, Dois Vizinhos, 2011.

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