Aula 8 Origem e formação dos solos

Prévia do material em texto

Universidade Federal de Alagoas 
Campus do Sertão – Delmiro Gouveia 
Curso de Engenharia Civil 
 Agronomia: camada 
superficial de terra 
arável, possuidora de 
vida microbiana; 
Geologia: produto 
do intemperismo físico 
e químico das rochas; 
Definição de solo 
Engenharia civil: material escavável, que perde sua 
resistência quando em contato com a água. 
Pedologia: Ciência que estuda o solo. 
Definição de solo 
ÍGNEAS ou MAGMÁTICAS 
Basalto Granito 
Formadas pela solidificação do magma fundido expelido do 
fundo do manto terrestre 
Rochas 
Calcáreo 
SEDIMENTARES 
Arenito 
Formadas por intemperismo e também por processos químicos 
Rochas 
Xisto 
Mármore 
METAMÓRFICAS 
Formadas por alteração da composição e textura das rochas por 
calor e pressão 
Rochas 
Ciclo das rochas 
Desagregação 
física 
Decomposição 
química 
É o conjunto de processos que transformam as rochas maciças em 
materiais desagregados – SOLOS. 
Intemperismo 
Os diferentes minerais constituintes das rochas 
originarão solos com características diversas, de 
acordo com a resistência que estes tenham ao 
intemperismo local. 
 
Há, inclusive, minerais que têm uma estabilidade 
química e física tal que normalmente não são 
decompostos. 
 
O quartzo, por exemplo, por possuir uma enorme 
estabilidade física e química é parte predominante dos 
solos grossos, como as areias e os pedregulhos. 
Intemperismo 
Atuação do Intemperismo 
- Intemperismo Físico 
Climas quentes e secos 
Climas frios e secos 
 
- Intemperismo Químico 
Clima quente e úmido 
O intemperismo químico possui um poder de desagregação da 
rocha muito maior do que o intemperismo físico. Deste modo, 
solos gerados em regiões onde há a predominância do 
intemperismo químico tendem a ser mais profundos e mais finos 
do que aqueles solos formados em locais onde há a 
predominância do intemperismo físico. 
 
 
Os solos originados a partir de uma predominância do 
intemperismo físico apresentarão uma composição química 
semelhante à da rocha mãe, ao contrário daqueles solos formados 
em locais onde há predominância do intemperismo químico. 
Atuação do Intemperismo 
• Clima: condicionando principalmente a ação da água da chuva 
e da temperatura; 
Fatores que influenciam na formação dos solos 
• Materiais de origem: condicionando a circulação interna da 
água e a composição e conteúdo mineral; 
• Organismos vegetais e animais: interferindo no microclima, 
formando elementos orgânicos e minerais, e modificando as 
características físicas e químicas; 
• Relevo: interferindo na dinâmica da água, no microclima e nos 
processos de erosão e sedimentação; 
• Tempo: transcorrido sob ação dos demais fatores. 
Evolução do perfil de solo com o tempo 
Rocha 
recém-exposta 
Solo jovem Solo raso Solo maduro 
Tempo 
 Residuais: formados in situ e permanecem no 
local de decomposição da rocha. 
 
 
 Sedimentares ou transportados: foram levados ao 
seu local atual por algum agente de transporte e lá 
depositados. 
Classificação quanto à Origem 
Pedogênese 
 
São processos físico-químicos responsáveis 
pela evolução dos perfis de solos 
Solo residual 
- Para que eles ocorram é necessário que a velocidade de 
decomposição da rocha seja maior do que a velocidade de 
remoção do solo por agentes externos. 
 
- A velocidade de decomposição depende de vários fatores, entre 
os quais a temperatura, o regime de chuvas e a vegetação. 
Como a ação das intempéries se dá, em geral, de cima para 
baixo, as camadas superiores são, via de regra, mais trabalhadas 
que as inferiores. 
Perfil típico de solo residual 
Solo residual jovem 
Solo saprolítico 
Rocha alterada 
Rocha sã ou fissurada 
Solo residual maduro 
G
ra
u
 d
e
 In
te
m
p
er
is
m
o
 
R
e
si
st
ê
n
ci
a 
C
o
m
p
re
ss
ib
ili
d
ad
e
 
Em solos residuais, é de grande interesse a identificação da rocha 
sã, pois ela condiciona, entre outras coisas, a própria composição 
química do solo. 
 
A rocha alterada caracteriza-se por uma matriz de rocha 
possuindo intrusões de solo, locais onde o intemperismo atuou de 
forma mais eficiente. 
 
O solo saprolítico ainda guarda características da rocha mãe e tem 
basicamente os mesmos minerais, porém a sua resistência já se 
encontra bastante reduzida. Este pode ser caracterizado como 
uma matriz de solo envolvendo grandes pedaços de rocha 
altamente alterada. Visualmente pode confundir-se com uma 
rocha alterada, mas apresenta pequena resistência ao 
cisalhamento. 
Perfil típico de solo residual 
O solo residual jovem apresenta boa quantidade de material que 
pode ser classificado como pedregulho (# > 4,8 mm). Geralmente 
são bastante irregulares quanto a resistência mecânica, coloração, 
permeabilidade e compressibilidade, já que o processo de 
transformação não se dá em igual intensidade em todos os pontos, 
comumente existindo blocos da rocha no seu interior. 
 
Os solos maduros, mais próximos à superfície, são mais 
homogêneos e não apresentam semelhanças com a rocha original. 
 
De uma forma geral, há um aumento da resistência ao 
cisalhamento, da textura (granulometria) e da heterogeneidade do 
solo com a profundidade, razão esta pela qual a realização de 
ensaios de laboratório em amostras de solo residual jovem ou 
do solo saprolítico é bastante trabalhosa. 
Perfil típico de solo residual 
Solo Residual 
Solo Residual 
Solos Sedimentares ou Transportados 
Solos coluvionares 
Solos Sedimentares ou Transportados 
Solos aluvionares 
Solos Sedimentares ou Transportados 
Solos eólicos 
Solos glaciais 
Ação de geleiras 
NA NATUREZA... 
Linha de seixos 
Solo coluvionar 
Solo residual 
NA NATUREZA... 
solo residual 
colúvio 
arenito 
colúvio 
Função dos agentes de intemperismo e transporte 
•  > 0,074 mm 
• visíveis a olho nu 
• Formato esférico ou angular 
Solos de granulação grossa 
•  < 0,074 mm 
• Formato lamelar 
Solos de granulação fina 
ESCALA GRANULOMÉTRICA ABNT 
Argila
 (mm)
0,005
Silte Areia 
fina
Areia 
média
Areia 
grossa
Pedregulho
0,05 0,4 2,0 4,8
Argila
 (mm)
0,005
Silte Areia 
fina
Areia 
média
Areia 
grossa
Pedregulho
0,05 0,4 2,0 4,8
Argila
 (mm)
0,005
Silte Areia média 
e fina
Areia 
grossa
Pedregulho
0,074 0,42 2,0
Argila
 (mm)
0,005
Silte Areia média 
e fina
Areia 
grossa
Pedregulho
0,074 0,42 2,0
ESCALA GRANULOMÉTRICA AASHTO 
(American Association of State Highway and Transportation Officials) 
0,002 0,06 0,20 0,60 2,0 
Pedregulho 
• Fragmento de rochas 
• > 2 mm 
• Margem dos rios e depressões 
Areia 
• Mesma origem 
• 2 mm – 0,06 mm 
• Ásperas 
• Sem contração e plasticidade 
• Comprimem-se quando sujeitas a 
carregamentos 
Silte 
• Solos finos 
• Pouca ou nenhuma plasticidade 
Argila 
• Solos muito finos 
• Plasticidade 
• Elevada resistência (seco) 
• Estrutura complexa 
 
Voçoroca localizada no munícipio de São Pedro (SP) 
Erosão de solos 
A voçoroca, boçoroca ou ravina é um fenômeno 
geológico que consiste na formação de grandes 
buracos de erosão, causados pela chuva e 
intempéries, em solos onde a vegetação é 
escassa e não mais protege o solo, que fica 
cascalhento e suscetível de carregamento por 
enxurradas. 
Erosão de solos 
Erosão de solos