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ESTUDO DIRIGIDO DE PATOLOGIA AV2

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ESTUDO DIRIGIDO DE PATOLOGIA AV2
Hiperplasia 
A hiperplasia se a produção celular é capaz de replicação; pode ocorrer com a hipertrofia e sempre em resposta ao mesmo estímulo. A hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica. Os dois tipos de hiperplasia fisiológica são: hiperplasia hormonal, exemplificada pela proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez e hiperplasia compensatória, que ocorre quando uma porção de um tecido é removido ou lesado. Por exemplo, quando o fígado é parcialmente removido, a atividade mitótica das células restantes tem início 12 horas depois, restaurando o fígado ao seu peso normal. O estímulo para a hiperplasia são fatores de crescimento polipeptídicos produzidos pelos hepatócitos restantes, assim como as células não-parenquimatosas do fígado. Após a restauração da massa do fígado, a proliferação celular é “desligada” pelos vários inibidores de crescimento.
A maioria das formas de hiperplasia patológica é causada por estimulação hormonal excessiva ou por fatores de crescimento. Por exemplo, após um período menstrual normal, há um aumento da proliferação do epitélio uterino que em geral é rigorosamente regulada pela estimulação de hormônios hipofisários e pelo estrogênio ovariano e pela inibição por causa da progesterona. Entretanto, se o equilíbrio entre estrogênio e progesterona é alterado, há hiperplasia do endométrio, uma causa comum de sangramento menstrual anormal. A hiperplasia também é também é uma reposta importante das células do tecido conjuntivo na cicatrização de feridas, nas quais os fibroblastos e os vasos sanguíneos que proliferam auxiliam o reparo. 
É importante lembrar que, em tais situações o processo hiperplásico permanece controlado; se a estimulação hormonal ou a estimulação por fatores de crescimento cessa, a hiperplasia desaparece.
Metaplasia
A Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular adulto (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo de celular adulto. Neste tipo de adaptação celular, as células sensíveis a um determinado estresse são substituídas por outros tipos celulares mais capazes de suportar o ambiente hostil. Acredita-se que a metalepsia surja por uma “reprogramação” genética de células-tronco e não da transdiferenciação de células já diferenciadas. A metaplasia é exemplificada pela mudança escamosa que ocorre no epitélio respiratório em fumantes habituais de cigarros.
Hipertofia
A hipertrofia é o aumento no tamanho das células que resulta em um aumento do tamanho do órgão. Em contraste, a hiperplasia é caracterizada por um aumento no número de células. Deste modo, na hipertrofia, não existem células novas, apenas células maiores, aumentadas devido a um aumento da quantidade de proteínas estruturais e de organelas. A hiperplasia é uma reposta adaptativas em células capazes de replicação, quanto a hipertrofia ocorre quando as células são incapazes de se dividir. A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica e é causada pelo aumento da demanda funcional ou por estimulação hormonal específica. A hipertrofia e a hiperplasia podem ocorrer juntas, e obviamente, ambas resultam em um órgão aumentado (Hipertrófico). Exemplo: Durante a gravidez o aumento fisiológico maciço do útero. Ao contrário as células musculares estriadas da musculatura esquelética e do coração podem sofrer apenas hipertrofia em resposta ao aumento da demanda. Exemplos de hipertrofia celular patológica incluem o aumento cardíaco que ocorre com hipertensão ou doença de valva aórtica.
Atrofia
A diminuição do tamanho da célula pela perda de substância celular é conhecida como atrofia. Quando um número suficiente de células está envolvido, todo o tecido ou órgão diminui de tamanho, tornando-se atrófico. Deve ser enfatizado que embora as células atróficas tenham sua função diminuída, elas não estão mortas.
As causas da atrofia incluem a diminuição de carga de trabalho, perda da inervação, diminuição do suprimento sanguíneo, a nutrição inadequada, a perda da estimulação endócrina e o envelhecimento. Elas apresentam uma retração da célula para um tamanho menor no qual a sobrevivência é ainda possível. A atrofia resulta da síntese de proteínas diminuída e da degradação proteica aumentada das células. A síntese de proteínas diminui por causa da redução da atividade metabólica.
Displasia
Displasia é um termo geral usado para designar o surgimento de anomalias durante o desenvolvimento de um órgão ou tecido corporal, em que ocorre uma proliferação celular que resulta em células com tamanho, forma e características alteradas.
A displasia implica uma alteração inequívoca do programa de crescimento e diferenciação celular.
Displasia mamária é um desenvolvimento exacerbado das mamas devido a fatores genéticos. O termo "displasia mamária" foi substituído por "alterações funcionais benignas das mamas. A Displasia fibrosa caracteriza-se pela substituição gradual do tecido ósseo normal e da medula óssea por tecido fibroso, levando a fraturas e deformidades. É uma desordem congênita não hereditária, de caráter benigno. Pode ocorrer como uma lesão esquelética isolada ou afetar múltiplos ossos.
Displasia congênita de quadril consiste em alterações no desenvolvimento do quadril infantil, que prejudicam a estabilidade da articulação coxo-femural. O osso da bacia sofre alterações que dificultam o encaixe com o fêmur, levando a uma frouxidão da articulação do quadri, que pode resultar numa subluxação ou luxação dessa articulação. Em alguns casos, a articulação é tão instável que a luxação pode occorer logo ao nascimento (luxação congênita de quadril).
Descreva o mecanismo de formação do edema considerando as pressões hidrostática e oncótica.
O termo edema significa um acúmulo anormal de líquido no espaço localizado entre as nossas células, conhecido como interstício. Esse líquido é composto pela água e sais minerais do plasma sanguíneo, ou seja, é um ultrafiltrado do plasma, já que esse é composto por outras substâncias. O mecanismo básico que envolve o processo de geração do edema consiste em alterações, em um ou mais, componentes do conjunto de forças que determinam o movimento de fluido através da membrana dos capilares. Essas forças são denominadas de Forças de Starling e são representadas pela pressão hidrostática e oncótica.
As forças de Starling são as responsáveis pelo movimento de fluido entre os compartimentos. Entre as forças de Starling existe a pressão hidrostática e a pressão oncótica. A pressão hidrostática é uma força exercida pelos líquidos que tende a expulsar o líquido de seu compartimento. A pressão oncótica é uma força que atrai água para o compartimento. Ambas as pressão existem nos dois compartimentos: intravascular e intersticial. A resultante entre elas é que determina se o líquido irá entrar ou sair de cada compartimento. Na primeira metade do capilar, a resultante dessas forças faz com que o líquido tenda a extravasar para o interstício, processo chamado de ultrafiltração. Na segunda metade do capilar, a resultante das pressões é tal que o líquido tende a voltar para o interior do vaso – reabsorção. O principal objetivo do deslocamento de fluido pela parede capilar é o de levar nutrientes aos tecidos e dele retirar produtos do metabolismo da célula – como o CO2.
O desequilíbrio entre as forças de Starling é o mecanismo que desencadeia a formação de todo o tipo de edema. Esse desequilíbrio pode ser devido:
1. Aumento da pressão hidrostática no interior do capilar: o que determina uma maior saída de fluido do capilar para o interstício. A partir do momento em que a capacidade de os vasos linfáticos de retornar o líquido em excesso para a circulação sanguínea é ultrapassada, teremos o desenvolvimento de edema.
2. Aumento da pressão oncótica intersticial: Se a pressão oncótica intersticial aumentar haverá uma maior atração de água para o interstício – maior ultrafiltração. Se o acúmulo de ultrafiltrado ultrapassar a capacidade de drenagem doscapilares linfáticos, teremos, também, o desenvolvimento de edema.
Diferencie Hemorragia, Congestão, Hiperemia e Embolia
Hemorragia
É o extravasamento de sangue dos vasos para p espaço extravascular. O sangramento capilar pode ocorrer na presença de congestão crônica; há uma tendência maior para hemorragia (em geral com lesões insignificantes) em uma variedade de desordens clínicas, obviamente chamadas de desordens hemorrágicas. A ruptura de uma artéria ou veia de grande calibre resulta em hemorragia grave, sendo quase sempre secundária à lesão vascular, incluindo trauma, arteriosclerose ou erosão inflamatória ou neoplásica da parede vascular.
A hemorragia pode ser externa ou restrita a um tecido; qualquer acúmulo de sangue é chamado de hematoma. O significado clínico de hemorragia depende do volume e da velocidade da perda sanguínea. Perda Maior pode ocasionar choque hemorrágico (hipovolêmico).
Congestão
Congestão, também denominada de congestão passiva ou hiperemia passiva, é um aumento local de volume de sangue nos vasos de determinadas partes do corpo. Essa condição resulta da obstrução do retorno venoso, que pode ser um evento ou um fenômeno generalizado.
A congestão local passiva pode ocorrer como uma consequência da obstrução completa ou parcial de veias que drenam determinada parte do organismo. Bandagens aplicadas demasiadamente apertadas, trombose venosa e pressão decorrente de neoplasias são exemplos de causas.
Hiperemia
Hiperemia ou Congestão é um aumento da quantidade de sangue em um determinado local, ocasionado pelo aumento do número de vasos sanguíneos funcionais ou diminuição do escoamento venoso. 
Classificam-se em: • Hiperemia Ativa; • Hiperemia Passiva. 
 Hiperemia Ativa É causada por uma dilatação arterial ou arteriolar que provoca um aumento do fluxo sanguíneo nos leitos capilares, com abertura dos capilares inativos. Basicamente se resume em um processo ativo resultante do fluxo sanguíneo aumentado devido a dilatação arteriolar. É provocada por dilatação arteriolar com aumento do fluxo sanguíneo local. A vasodilatação é de origem: Simpática: dependendo de mecanismo neurogênicos simpático, através de reflexos originados nos centros vasomotores ou de mecanismo periféricos.
Humoral: regulado por substâncias vaso ativadas circulantes ou originadas nos próprios tecidos lesados. Como a Histamina e Ácido Araquidônico.
Mas, porque isso ocorre? Essa liberação de mediadores químicos, que irá resultar em todo esse processo descrito o corre para chegar mais células de defesa ao local. Ocorre a liberação de mediadores inflamatórios ou químicos, que vão fazer com que o vaso se dilate. Esses mediadores químicos são liberados que quando o tecido é lesionado. Na inflamação, esses mediadores químicos fazem com que as válvulas do vaso fiquem relaxadas, e o sangue irá fluir completamente enchendo o leito capilar onde ocorreu a inflamação. O que resulta na coloração rósea intensa ou vermelha do local atingido e no aumento da temperatura. Ao ser observado pelo microscópio, os capilares são vistos repletos de hemácias, e também devido ao sangue presente ser arterial e, portanto, bem oxigenado, sendo denominada esta região avermelhada de Hiperemia.
Embolia
Um êmbolo é uma massa intravascular livre sólida, líquida ou gasosa, que é carregada pelo sangue até um local distante de seu ponto de origem. Virtualmente 99% de todos os êmbolos representam uma parte deslocada de um trombo, sendo essa origem do temo tromboembolia. Os êmbolos sempre se situam em vasos muito pequenos para permitir sua passagem, resultando em oclusão vascular parcial ou total. As consequências da tromboembolia incluem necrose isquêmica (infarto) do tecido a jusante. Dependendo do local de origem, os êmbolos podem se alojar em qualquer parte da vasculatura. Exemplos: Tromboembolia pulmonar, tromboembolia sistêmica, embolia gordurosa, embolia gasosa, embolia e líquido amniótico.
 
Descreva a importância do processo de anticoagulação no decorrer da fase final da hemostasia secundária.
O sistema hemostático é composto por uma sequência de eventos integrados que envolvem vasos sanguíneos, plaquetas, proteínas da coagulação, anticoagulantes naturais e proteínas do sistema fibrinolítico. O objetivo da hemostasia é interromper sangramentos provenientes de lesão vascular e simultaneamente evitar a formação de trombos intravasculares, de modo que o sangue permaneça em sua forma fisiológica no interior dos vasos sanguíneos.
A hemostasia primária engloba componentes do endotélio vascular e plaquetas, que resultam na formação do trombo plaquetário, cujo efeito hemostático é transitório. Na hemostasia secundária as proteínas da coagulação formarão fibrina, que reforçará este trombo primário e, posteriormente, o sistema fibrinolítico irá dissolver o trombo gradualmente, a fim de restaurar o fluxo sanguíneo normal.
A membrana plaquetária expressa glicoproteínas, que funcionam como receptores de proteínas de adesão, envolvidos em diversos estágios da função plaquetária. O citoesqueleto contribui para manter a forma discóide das plaquetas não ativadas, sendo composto por um sistema circunferencial de microtúbulos de constituição protéica e por filamentos de actina. O citoplasma contém organelas como mitocôndrias, lisossomos e grânulos, denominados grânulos densos e grânulos-α.
Sob circunstâncias normais, as plaquetas não aderem ao endotélio, porém após lesão vascular são capazes de responder rapidamente às propriedades trombogênicas das células endoteliais para que ocorra a formação do trombo plaquetário. A primeira camada de plaquetas ligase ao endotélio através do estágio inicial de adesão, enquanto que o subsequente crescimento do trombo depende da ativação e agregação plaquetária.
A ativação plaquetária é modulada por agonistas que ao se ligarem em seus receptores desencadeiam a liberação de constituintes dos grânulos plaquetários e a síntese de novos agonistas, amplificando o fenômeno de ativação. Os principais agonistas fisiológicos da ativação plaquetária são representados pelo colágeno, ADP, tromboxano A2, trombina, epinefrina, serotonina, vasopressina e o fator de ativação plaquetária.
O processo de coagulação sanguínea envolve complexas interações entre proteases plasmáticas e seus co-fatores, que culminam na gênese da enzima trombina, que por proteólise converte o fibrinogênio solúvel em fibrina insolúvel.
As reações bioquímicas da coagulação devem ser estritamente reguladas de modo a evitar ativação excessiva do sistema, formação inadequada de fibrina e oclusão vascular. De fato, a atividade das proteases operantes na ativação da coagulação é regulada por numerosas proteínas inibitórias fisiológicas, que atuam como anticoagulantes naturais, sendo as de maior relevância: o inibidor da via do FT (TFPI), a proteína C (PC) e a proteína S (PS), e a antitrombina (AT).
Antitrombina
A antitrombina (AT) é o inibidor primário da trombina e também exerce efeito inibitório sobre diversas outras enzimas da coagulação, incluindo os fatores IXa, Xa, XIa e XIIa. Adicionalmente, a AT acelera a dissociação do complexo fator VIIa/FT e impede sua reassociação.
Desta forma, a AT elimina qualquer atividade enzimática pró-coagulante excessiva ou indesejável.
A molécula de heparan sulfato, uma proteoglicana presente na membrana das células endoteliais, acelera as reações catalisadas pela AT. A atividade inibitória da AT sobre a coagulação é também potentemente acelerada pela heparina, um polissacarídeo linear, estruturalmente similar ao heparan sulfato.
Molécula de Heparan Sulfato
Em condições fisiológicas (ausência de lesão vascular) há predomínio dos mecanismos anticoagulantes sobre os pró-coagulantes, mantendo-se, desta forma, a fluidez do sangue e preservando-se os vasos desobstruídos.
Descreva as vias de mecanismo da apoptose 
A apoptose é a via de morte celular programada e controlada intracelularmente através da ativação de enzimas que degradam o DNA nuclear e as proteínascitoplasmáticas. A membrana celular permanece intacta (o que difere bastante das situações de necrose), com alteração estrutural para que a célula seja reconhecida como um alvo fagocitário. A célula é eliminada rapidamente, de maneira a não dar tempo de o seu conteúdo extravasar, causando uma reação inflamatória que poderia assemelhar-se à necrose tecidual. A apoptose acontece tanto em eventos patológicos como em eventos fisiológicos. 
Morfologicamente, as células apoptóticas apresentam encolhimento celular (citoplasma denso e organelas mais agrupadas); condensação da cromatina (a cromatina se agrega na periferia do núcleo, em massas densas de várias formas e tamanhos. O próprio núcleo pode se romper em dois ou mais fragmentos); formação de bolhas citoplasmáticas e corpos apoptóticos. Fagocitose das células ou corpos apoptóticos pelos macrófagos principalmente. As células saudáveis do tecido migram e proliferam para ocupar o espaço da célula morta.
A degradação intracelular de proteínas ocorre por meio de enzimas denominadas caspases, outrora inativas. Elas clivam muitas proteínas nucleares vitais e do citoesqueleto, além de ativarem DNAases.
A apoptose pode ocorrer por duas vias, Intrínseca e Extrínseca. 
A via Intrínseca ou Mitocondrial ocorre quando da retirada de fatores de crescimento ou de hormônios, ou quando acontece lesão ao DNA por radiação, toxinas ou radicais livres. Ela é regulada por membros da família Bcl-2, ativando moléculas pró-apoptóticas, como o citocromo c. Além disso, há a participação do gene supressor p53. Tudo isso culmina na ativação de caspases iniciadoras e efetoras, levando às alterações celulares e à morte.
A via Extrínseca acontece por meio da interação receptor-ligante, como por exemplo o Faz e o receptor de TNF. Isso ativará uma cascata de proteínas adaptadoras, que também culminará na ativação das caspases. A apoptose pode acontecer após a privação de fatores de crescimento; mediada por danos ao DNA; induzida pela família de receptores do Fator de Necrose Tumoral (TNF) ou mediada pelo linfócito T citotóxico. A apoptose e a necrose por vezes coexistem e compartilham mecanismos e características. 
Descreva as consequências de cada tipo de lesão que gera degeneração celular.
DEGENERAÇÃO:
São alterações celulares, geralmente reversíveis quando o estímulo cessa, e que podem ou não evoluir para a morte celular. O citoplasma apresenta-se lesionado, com acúmulo de substâncias exógenas ou pré-existentes, o que reduz ou cessa a função celular.
Degeneração Gordurosa (esteatose, lipidose):
É o acúmulo excessivo de triglicerídeos no citoplasma de células parenquimatosas, formando vacúolos que podem ser pequenos e múltiplos ou coalescentes e volumosos, deslocam o núcleo para a periferia, e de limites nítidos, dando à célula um aspecto pálido e esponjoso, dependendo do órgão em que está localizada. Macroscopicamente, o órgão se apresenta amarelado e gorduroso. Deve ser diferenciado de degeneração hidrópica, por métodos histoquímicos recomendados como as colorações Azul do Nilo e Sudan IV (necessitam fixação e processamento específicos), que não degradam a gordura presente nas células. Os vacúolos pequenos são por doenças metabólicas agudas, vacúolos grandes são por lesões tóxicas ou virais de desenvolvimento lento. Os órgãos acometidos são as musculaturas cardíaca e esquelética, rins e principalmente o fígado, pois é o órgão que metaboliza a gordura. Degeneração Glicogênica: Acúmulo anormal de glicogênio nas células, decorrente de distúrbios metabólicos. Nos hepatócitos, ocorre por hiperglicemia, doença metabólica induzida por fármacos (ex: corticosteróides); deficiência enzimática relacionada a doenças de armazenamento de glicogênio, ou por tumores hepatocelulares. Macroscopicamente não há lesão aparente se for induzida por corticóides. Ao microscópio apresenta vacúolos claros mal delimitados de diferentes tamanhos, levando ao aumento de volume celular e a um aspecto fosco, podendo estar dentro do núcleo; um exemplo clássico é o diabetes mellitus. Utiliza-se o método do ácido periódico de Schiff (PAS) de coloração para diferenciar glicogênio de água
Degeneração Hidrópica (balonosa):
É o acúmulo de água nas células, devido a alterações na bomba de sódio e potássio, retendo sódio na célula, e consequentemente, retendo água. Suas principais causas são hipóxia, hipertermia, intoxicação, infecção de caráter agudo, toxinas, hipopotassemia e distúrbios circulatórios. No inicio o líquido se acumula no citoplasma, causando aumento de volume e aspecto de citoplasma diluído. Conforme o processo degenerativo progride, há formação de vacúolos com contornos imprecisos, deixando o citoplasma com aspecto rendilhado. O órgão se apresenta pálido e com aumento de volume. É reversível desde que seja retirada sua causa.
Degeneração Hialina:
O acúmulo de proteínas na célula lhe confere um aspecto translúcido, homogêneo e eosinofílico, por isso também é conhecida por degeneração hialina. Proteínas acumuladas podem ser intracelulares ou extracelulares. As principais causas de acúmulos intracelulares são a reabsorção de proteínas pelo epitélio tubular renal, produção excessiva de proteínas normais e por defeitos no dobramento das proteínas. Infecções virais apresentam corpúsculos de inclusão, que são patognomônicos para certas doenças como a cinomose e a raiva.

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