Buscar

O que é a doença de Parkinson

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O que é a doença de Parkinson e como se dá sua etiologia e fisiologia?
A doença de Parkinson foi descrita em 1817 por James Parkinson com o nome de “Paralisia agitante”, a Doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa e progressiva do sistema nervoso central (SNC), que se caracteriza por morte neuronal na substância nigra, com conseqüente diminuição de Dopamina, levando a alterações motoras típicas.9 Sua prevalência aumenta com a idade, chegando a 1% em indivíduos acima de 60 anos. Com o aumento da expectativa de vida, estima-se que por volta de 2020, mais de quarenta milhões de pessoas no mundo serão portadoras de DP.9-10
A etiologia desta doença ainda é obscura e controversa, contudo supõe-se a participação de vários mecanismos etiopatogênicos tais como: fatores genéticos, neurotoxinas ambientais, estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais e excitotoxidade possam ser fatores para o seu aparecimento.5
Esta doença produz um conjunto de sintomas caracterizados principalmente por distúrbios motores.8 Sendo os principais: o tremor, rigidez, bradicinesia, alterações da postura e do equilíbrio. Além disso, os pacientes podem apresentar déficits cognitivos com a progressão da doença.9-13 Podendo comprometer também o sistema cardiorrespiratório o que interfere diretamente na performance funcional e independência destes indivíduos.
Quais as principais manifestações clínicas esperadas para um paciente com
Parkinson?
Os três sinais clássicos da DP são: rigidez, bradicinesia e tremor. Os sintomas tornam-se evidentes quando 40% a 60% dos neurônios dopaminérgicos da Substância Negra se degeneram. Até então, o cérebro tenta compensar a perda através do fenômeno da Neuroplasticidade. A rigidez é caracterizada como "peso e dureza" dos membros. A bradicinesia se traduz por uma redução geral de movimentos, com grande dificuldade nos movimentos automáticos. Outros sinais e sintomas da DP são: alterações posturais, diminuição das reações de equilíbrio e endireitamento, acinesia e episódios de congelamento que é uma incapacidade repentina para se mover. A postura tende a ficar anormal, tipicamente flexionada. Os músculos adutores e flexores (membros superior e inferior) tornam-se seletivamente mais contraídos. A marcha festinada pode ser causada pela alteração nos ajustes compensatórios quando ocorre o desequilíbrio corporal. Não há cura para a doença. O tratamento consiste em medidas farmacológicas, acompanhamento multiprofissional e possível intervenção cirúrgica.
O exercício para pessoas com DP é indispensável para a manutenção ou melhora da execução das atividades de vida diária. Estudos mostram que o exercício induz o cerébro a usar a dopamina de forma mais eficiente, também aumenta os fatores neurotróficos. Os três componentes principais a serem trabalhados são alongamento, atividade aeróbia e resistência.
Verse acerca do diagnóstico e tratamento afim.
O diagnóstico geralmente é feito com base na história e no exame clínico. A variabilidade na apresentação clínica, velocidade de evolução e resposta ao tratamento dificultam o diagnóstico da DP. Sendo freqüentemente confundidos com as síndromes parkinsonianas secundárias e o chamado parkinsonismo atípico, principalmente no início da doença, até 35% dos pacientes sendo incorretamente diagnosticados como portadores de DP por médicos generalistas.
A determinação do estágio e grau de limitação funcional pela DP são úteis no planejamento na terapia anti-parkinsoniana, acompanhamento da evolução da doença e para avaliar a qualidade da resposta à terapia instituída. Podemos dividir em 3 as estratégias de tratamento da DP: medidas não farmacológicas, medidas farmacológicas e tratamento cirúrgico.
Com o aumento da expectativa de vida esta patologia vem se evidenciando, gerando incapacidade e conseqüências socioeconômicas. 
Enquanto enfermeiro, durante a assistência de enfermagem ao paciente com
Parkinson;
 a- Quais os principais pontos de avaliação a serem observados no histórico de
enfermagem?
O Primeiro passo para o Profissional de enfermagem é focalizar como a doença afetou as atividades da vida diária e capacidades funcionais do paciente. Os pacientes são observados para o grau de incapacidade e para as alterações funcionais que ocorrem durante o dia, como as respostas ao medicamento.
Quase todo paciente com um distúrbio de movimento apresenta alguma alteração funcional e pode exibir algum tipo de disfunção comportamental.
Durante essa avaliação, a enfermeira observa o paciente quanto à qualidade da fala, perda da expressão facial, déficit de deglutição, tremores, lentidão dos movimentos, fraqueza, postura anterógrada, rigidez, evidência de lentidão mental e confusão. 
b- Quais os principais diagnósticos de enfermagem esperados?
Segundo Nanda os principais diagnósticos de enfermagem do paciente podem incluir os seguintes:
1- mobilidade física comprometida relacionada com rigidez muscular e fraqueza motora.
2- Déficits de autocuidado relacionados com o tremor e o distúrbio motor 
3- Constipação relacionada com o medicamento e atividade reduzida
4- Nutrição alterada , ingestão menor que as necessidades corporais , relacionados com o tremor, lentidão na alimentação, dificuldade na mastigação e deglutição
5- Comunicação verbal prejudicada relacionada com o volume diminuído e lentidão da
fala, incapacidade para mover os músculos faciais.
6- Enfrentamento ineficaz relacionado com a depressão e disfunção decorrente da
progressão da doença.
c- Quais as principais metas a serem traçadas ou resultados esperados?
As metas para o paciente podem incluir a melhora da mobilidade funcional, manutenção da independência nas atividades da vida diária, obtenção da eliminação intestinal adequada, obtenção e manutenção do estado nutricional aceitável, obtenção da comunicação efetiva e desenvolvimento de mecanismo de enfrentamento positivo.
d- Que implementações podem ser feitas para alcançar cada meta traçada?
MELHORANDO A MOBILIDADE
Um programa de exercícios diários aumentará a força muscular, melhorando a
coordenação e a destreza, reduzirá a rigidez muscular e evitará as contraturas que ocorrem quando os músculos não são utilizados.
Caminhar, exercitar-se em bicicleta ergométrica, nadar e fazer jardinagem são todos
exercícios que ajudam a manter a mobilidade articular. Os exercícios de alongamento e de amplitude de movimentos promovem a flexibilidade articular.
Os exercícios posturais são importantes para conter a tendência da cabeça e do pescoço de se deslocarem para diante e para baixo. Um fisioterapeuta pode ser valioso no desenvolvimento de um programa de exercício individualizado e pode fornecer instruções para o paciente e para o cuidador sobre o modo de realizar os exercícios com segurança. 
Técnico especial de caminhada deve ser aprendido para contrabalançar a marcha arrastada e a tendência para se inclinar para diante. O paciente é ensinado a se concentrar em caminhar ereto, olhar para o horizonte e usar uma marcha com base ampla (caminhar com os pés separados). Um esforço consciente deve ser feito para oscilar os braços, elevar o pé enquanto caminha e usar um posicionamento do pé do calcanhar para os dedos, com passadas largas.
ESTIMULANDO AS ATIVIDADES DE AUTOCUIDADO
Encorajar, ensinar e apoiar o paciente durante as atividades da vida diária promovem o autocuidado.
Os pacientes podem ter graves problemas de mobilidade que impossibilitam as atividades normais. Aparelhos da adaptação ou de assistência podem ser úteis.
Um terapeuta ocupacional pode avaliar as necessidades do paciente em casa e fazer
recomendações em relação aos aparelhos de adaptação e ensinar o paciente e o cuidador sobre como improvisar.
MELHORANDO A ELIMINAÇÃO INTESTINAL
O paciente pode ter graves problemas com constipação; fatores que causam a constipação,estão a fraqueza dos músculos usados na defecação, falta de exercícios, ingestão inadequada de líquidos e atividade diminuída do sistema nervoso autônomo.Os medicamentos utilizados para o tratamento da doença também inibem as secreções intestinais normais. Uma rotina intestinal regular pode ser estabelecida encorajando-se o paciente a seguir um padrão de horário regular, a aumentar conscientemente a ingestão de líquidos e a ingerir alimentos com um conteúdo de fibra moderado.
MELHORANDO A NUTRIÇÃO
Os pacientes podem ter dificuldade para manter seu peso. a alimentação torna-se um
processo muito lento, exigindo concentração devido à boca seca por causa dos medicamentos e dificuldade para mastigar e deglutir.
Monitorar o peso semanalmente indica se a ingestão calórica é adequada. As alimentações suplementares aumentam a ingestão calórica.
MELHORANDO A COMUNICAÇÃO
Sua fala suave, baixa e monótona exige que façam um esforço consciente para falar
lentamente, com atenção deliberada para o que estão dizendo. Os pacientes são lembrados a ficar de frente para o ouvinte, exagerar a pronúncia das palavras, proferir frases curtas e empreender algumas respirações profundas antes de falar.
Um fonoaudiólogo pode ser valioso ao idealizar os exercícios de melhora da fala e ao
auxiliar a família e os profissionais de saúde a desenvolver e usar um método de comunicação para satisfazer as necessidades do paciente.
APOIANDO AS CAPACIDADES DE ENFRENTAMENTO
O suporte pode ser dado ao encorajar o paciente e apontando quais atividades estão sendo mantidas através da participação ativa. Uma combinação de fisioterapia, terapia medicamentosa e participação em grupos de apoio pode ajudar a reduzir a depressão que acontece com freqüência.
Os paciente são assistidos e encorajados a estabelecer metas passível de atingir. Como o parkinsonismo tende a levar ao isolamento e à depressão, os pacientes devem ser participantes ativos em seus programas terapêuticos, inclusive nos eventos sociais e de lazer.

Outros materiais