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Papillomaviridae micro

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Papillomaviridae 
Introdução 
 Os vírus da família Papillomaviridae infectam diferentes espécies de mamíferos, como seres humanos, animais domésticos e selvagens, assim como em algumas espécies de aves e roedores. Cada tipo de papilomavírus é específico para uma espécie de hospedeiro e local do desenvolvimento da lesão. Além disso, possuem tropismo por células específicas, como os queratinócitos, sendo associados exclusivamente a lesões proliferativas do epitélio escamoso.
 Os papilomas geralmente se apresentam com aspecto de verrugas e de consistência dura. A coloração varia da tonalidade branca acinzentada a negra, com superfície áspera e fria que se destacam facilmente gerando hemorragias. As lesões variam de pequenos nódulos até grandes massas desuniformes, popularmente denominadas “couve-flor” ou “verrugas”. Esse aspecto deve-se à proliferação celular a medida que as células infectadas passam pelo processo de diferenciação e queratinização.
 As partículas virais podem infectar as células adjacentes, sendo esta a razão pelo qual os papilomas cutâneos são tao contagiosos e aparecem agrupados. A infecção de várias células basais origina colônias celulares sobrepostas, com a aparência de “verruga”, em forma de couve-flor
Estrutura
 Os papilomavírus são pequenos vírus oncogênicos não envelopados, com 52 a 55 nm de diâmetro. O capsídeo viral, com simetria icosaédrica, é composto por 72 capsômeros, sendo 60 capsômeros que se ligam de forma hexavalente e 12, de forma pentavalente. Cada capsômero é composto por duas proteínas codicadas pelo vírus: a proteína principal (L1) e a proteína secundária (L2). O ácido nucléico dos papilomavírus consiste de uma molécula de DNA de fita dupla circular.
 
 Os papilomavírus são resistentes, possuem termoestabilidade, resistência ao éter, ao pH ácido, ao clorofórmio, aos solventes lipídicos e às diversas condições do meio ambiente.
Patologia
 A infecção pelo papilomavírus pode ocasionar alterações na morfologia e função celular. Essas alterações são reflexos das mudanças genéticas e fisiológicas que se acumulam por longos períodos de tempo, levando à perda progressiva do controle do ciclo celular, imortalização celular e transformação tumoral. Nas células epiteliais transformadas, podem ser observadas alterações do tipo hiperplasia e hipertrofia. As células germinativas não são permissivas à replicação viral e, ao se dividirem e se deslocarem para a superfície, disseminam o vírus a todas as células irmãs que, então, passam por processos de transformação e de proliferação induzidos pelo vírus.
Papillomaviridae 4 Montagem do capsídeo e egresA montagem, maturação e a subseqüente produção de vírions ocorrem no núcleo celulAs proteínas tardias, L1 e L2, são expressas e a montagem do capsídeo ocorre mesmo sem a presença do DNA viral. Essa característica é de grande importância para aprodução de VLPs que apresentam potencial para utilização em vacinas. 
As partículas virais são liberadas por interferência da proteína codificada a partir do gene E4, que desestabiliza a rede de queratina intracelular. Os vírions são, então, agrupados e liberados das células.
Patogenia
 Cada papilomavírus apresenta especificidade por uma única espécie animal, na qual se replica de forma produtiva. Alguns tipos virais podem infectar uma segunda espécie animal. Nesses casos, produzem uma infecção não-produtiva, ou seja, sem a produção de vírions. Portanto, o cultivo em células indiferenciadas não pode ser realizado com êxito, visto que as células podem ser infectadas, mas não ocorre a infecção produtiva. 
 O ciclo de replicação viral é completado nos processos de 
diferenciação das células epiteliais. Inicialmente, o vírus infecta os queratinócitos basais, provavelmente por meio de microlesões; expressa parte 
dos seus genes nas camadas basal e suprabasal; replica o genoma viral na região de diferenciação das camadas espinhosa e granular; expressa os genes estruturais e transfere o DNA para as células da camada escamosa, onde a progênie viral 
é finalmente liberada após a descamação celular normal do epitélio.
 O período de incubação das patologias induzidas pelos papilomavírus varia de acordo com o local da célula infectada. Nos cães, por exemplo, as lesões cutâneas podem permanecer por 6 a 12 semanas antes de iniciar a regressão clínica, enquanto que o período de incubação da doença normalmente atinge 30 dias.
	
 Papilomavírus e tumores
406 Capítulo 15
 A progressão neoplásica é um processo sem perspectiva para o vírus, visto que a célula transformada não é mais permissiva à maturação dos vírions. O genoma viral é incorporado pela célula, mantido como um elemento extracromossômico, com replicações sincronizadas com o ciclo celular, ou pode até mesmo ser perdido pelas células transformadas.
 
 Como a maior parte dos papilomas não progride para o câncer e o desenvolvimento maligno somente ocorre após longo período de latência, a infecção viral é considerada como condição necessária, mas não suficiente, para o desenvolvimento dos diferentes tipos de neoplasias epiteliais associados com os papilomavírus. O papiloma é um tumor benigno, mas as alterações displásicas ocasionadas pelo vírus podem originar a lenta progressão para uma doença maligna.
Medidas de controle
Separação e tratamento dos animais doentes. Para minimizar os riscos de transmissão, o manejo destes animais deve ser realizado após o manejo dos animais sadios.
...
(imagens retiradas da internet)
Estrutura e propriedad e dos v írions

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