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RECICLAGEM DE RESIDUOS SOLIDOS TCC

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Centro Paula Souza - Etec Aristóteles Ferreira
Resíduos Sólidos da Construção Civil: Reciclagem do Gesso
SANTOS
2015
RESUMO
A construção civil é um dos setores que mais geram riquezas e oportunidades de emprego, no entanto é a principal produtora de resíduos. Em decorrência disso, os impactos são extremos, em vista que nem sempre há gestão correta desses resíduos, sendo o entulho disposto de maneira irregular em margens de rodovias, beiras de córrego e terrenos baldios.
O gesso em especifico, com base nas suas características físicas e químicas , pode se tornar tóxico em contato com o solo, ocasionando a contaminação do lençol freático 
A possibilidade de reduzir os impactos ambientais, portando, encontra-se no caminho da reciclagem, considerando que esse processo trás inúmeros benefícios econômicos e ambientais, minimizando a extração de recursos naturais e reduzindo a grande poluição atmosférica elevada em função da extração, processamento e transporte. . 
Neste trabalho de conclusão de curso, de Desenho da Construção Civil, pesquisou-se a Legislação para o tratamento e destino final dos resíduos sólidos da construção civil – RCC, com ênfase nos resíduos do Gesso, tal como os matérias divulgado com relação a este tema.
Palavras Chave: Construção Civil, resíduos, impactos, Construção Civil, Legislação, gesso. 
ABSTRACT
The construction industry is one of the sectors that generate wealth and employment opportunities, however is the leading producer of waste. As a result, the impacts are extreme, given that there is not always correct management of such waste, and the debris disposed irregularly on highways margins, stream edges and wastelands.
Gypsum in specific, based on their physical and chemical characteristics, can become toxic in contact with the ground, causing contamination of the water table
The possibility of reducing environmental impacts, carrying, lies in the way of recycling, considering that this process behind numerous economic and environmental benefits by minimizing the extraction of natural resources and reducing the severe air pollution high due to the extraction, processing and transport . .
In this work of course completion, Design Construction, looked up the legislation for the treatment and disposal of solid waste construction - RCC, focusing on the plaster waste, such as the materials disclosed with regard to this topic.
Keywords: Construction, waste, impacts, Construction, Law, plaster.
1 INTRODUÇÃO	
A construção civil é um dos setores de produção que mais desperdiçam recursos naturais, chamados de entulhos: milhares de toneladas são descartadas de forma irregular, na maioria das vezes esses entulhos são misturados ao lixo doméstico comum, ocupando espaço nos aterros sem utilidade e serventia. 
 Os resíduos gerados pela construção civil pode causar distúrbios sócio ambientais, como poluição do solo, do ar e da água. Ao invés de causar tantos problemas, o mesmos devem ser visto como fonte de materiais de grande utilidade para a construção civil através da reciclagem.
 A escolha desse tema tem a finalidade de diminuir o desperdício desses materiais e reduzir os custos.
 A destinação que se pode dar aos restos de uma construção ou reforma, pode ser mais ampla que se imagina.
A tal resolução é em prol do benefício da sociedade que arca com os recursos ambientais.
Assim o presente trabalho visa informar e esclarecer sobre a coleta, transporte, triagem, reciclagem e reutilização dos resíduos de gesso provenientes da construção civil, apresentando as normas técnicas e a legislação vigente aplicáveis a esses resíduos após a saída do canteiro de obras. 
A escolha do gesso vem da crescente utilização das últimas décadas e os resíduos gerados por ele podem ser utilizados de diferentes formas conforme mostra a monografia a seguir.
O gesso é um material oriundo do mineral gipsita abundante na natureza. Existem jazidas de gipsita espalhadas em todo o Brasil e em muitos países do mundo. A gipsita é um sulfato de cálcio hidratado (CaSO4.2H2O), composto em média por 32,5% de CaO, 46,6% de SO3 e 20,9% de H2O. Suas principais propriedades físicas são: alta solubilidade, dureza 2 na escala de Mohs, densidade 2,35g/cm3, índice de refração 1,53 e cor variada entre as cores branca, cinza, amarronzada e até incolor, de acordo com as impurezas contidas nos cristais. (LYRA, 2007).
O gesso comercialmente conhecido é um material hemi-hidratado, produzido através do processo de calcinação da gipsita, a uma temperatura de aproximadamente 160°C. O termo gipsita é empregado para se referir ao mineral em estado natural, enquanto gesso é o termo utilizado para designar o produto calcinado. A gipsita é adicionada ao clínquer para a fabricação do cimento portland, na proporção de 3 a 5% em peso, a gipsita tem a função de retardar o tempo de pega do cimento (LYRA, 2007). 
O gesso é mais utilizado na indústria da construção civil, como material de revestimento, aplicado diretamente em paredes e tetos, e como material de fundição, utilizado na produção de placas de forro, sancas, molduras e outras peças de acabamento. Por ser um material de pega rápida é comum ocorrer desperdícios nos canteiros de obra, o que contribui para a geração dos resíduos de gesso nas obras.
 Segundo Pucci, os Resíduos de Construção e Demolição (RCD) são um problema econômico e principalmente ambiental, visto que sua disposição em locais inadequados contribui para a degradação ambiental. O volume de RCD gerados nas obras pode chegar a representar aproximadamente 67% dos resíduos sólidos urbanos (PUCCI, 2006). A gestão do RCD, sempre foi de responsabilidade pública, sendo que a maior parte desses resíduos sempre foi utilizada em aterros sanitários. No entanto, desde 5 de julho de 2002 a Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2002), transfere a responsabilidade pela destinação dos resíduos para os geradores, sendo que estes devem separar e encaminhar os resíduos para reciclagem ou destinação final, conforme as diretrizes e classes de materiais determinadas. 
A Resolução 307 do CONAMA trata não somente da responsabilidade dos geradores quanto à destinação final dos resíduos, como também da necessidade da redução da geração de resíduos e principalmente da reutilização e/ou reciclagem dos mesmos. A reciclagem ou reaproveitamento desses resíduos podem ser também uma alternativa econômica para introduzir no mercado materiais transformados novamente em matéria-prima. 
Os problemas causados ao meio ambiente pelos resíduos de gesso, estão relacionados com a geração de gás sulfídrico (H2S), substância que apresenta odor desagradável, semelhante ao de ovo podre. Além do odor, o gás é inflamável e em concentrações acima de 8ppm provoca irritação nos olhos, podendo ser letal em concentrações da ordem de 500ppm. A intoxicação por gás sulfídrico, pode causar danos respiratórios, paralisando o sistema nervoso que controla a respiração e provocando asfixia (Engessul, 2007).
2 OBJETIVO
O presente trabalho de conclusão do curso de desenho da construção civil tem como objetivo informar sobre a coleta, transporte, triagem, reciclagem e reutilização dos resíduos provenientes da construção civil, tendo como foco os resíduos do gesso.
2.1 Objetivo Geral
Discorrer sobre normas técnicas e as legislações vigentes aplicáveis os procedimentos no tratamento dos resíduos sólidos desde a saída desses materiais do canteiro de obras até o destino final.
2.2 Objetivo Específico 
O objetivo deste trabalho é apresentar o processo de redução, reutilização e reciclagem dos resíduos de gesso da construção civil, obtendo o conhecimento de que é possível reciclar esse material, diminuindo o impacto ambiental causado por ele.
3 MÉTODO DE TRABALHO
Para elaboração do presente trabalho foi utilizado o método de pesquisa com inúmerasfontes didáticas como livros, revistas, teses, sites da internet, TCC, Normas Técnicas e Legislações.
4 JUSTIFICATIVA
A principal justificativa para a preparação desse TCC, está relacionada com a questão ambiental, em razão de que os impactos provocados pelo descarte irregular trazem danos sérios à natureza. 
Refletindo a questão dos prejuízos e meios de abrandar esse problema, considera-se que a extração da matéria prima extraídas em jazidas pela indústria da Construção Civil pode ser abrandecida por meio da reutilização e reciclagem de seus próprios entulhos. Neste caso, o gerenciamento dos resíduos, por via da adesão de soluções tecnicamente exatas e de mecanismos institucionais que favorecem a pratica retificadora, merece a devida atenção, sendo assim há realmente a necessidade de disciplina-lo. 
Logo, outro principio que esclarece a elaboração do presente TCC, é o dever de frisar que há regulamentação inerente, pautando que os resíduos sólidos da construção civil são impreterivelmente passíveis de segregação, classificação, reutilização e destinação correta. Os profissionais da área precisam estar capacitados para formar equipes que desempenhem a gestão desses resíduos. 
 
 
5 Definição de resíduos sólidos da Construção Civil
Resíduo pode ser considerado qualquer material que sobra após uma ação ou processo produtivo, sendo assim, os resíduos da construção civil, mais conhecidos como entulho, são restos de materiais gerados por uma obra.
A NBR 10.004 (ABNT, 2004a) define resíduos sólidos como “resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.” Esses resíduos são classificados de acordo coma às suas características físicas e composição química. Neste caso, os RCD’s (resíduos de construção e demolição) assunto no qual será desenvolvido ao longo do trabalho, são considerados resíduos seco (característica física), inorgânicos (composição química) e denominados entulho.
Apesar dos resíduos provenientes das atividades da indústria da construção civil não estarem explicitamente citados, estes estão inclusos nas atividades industriais ou até mesmo nas atividades de serviços deste setor.
Entretanto, há a Resolução 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, especificadamente para os resíduos da construção civil, que dispõe sobre gerenciamento do mesmo. Esta Resolução define nitidamente que os resíduos da construção civil são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.
Conforme Pucci, uma maneira de minimizar o impacto dos resíduos de construção, é a criação de um plano de gestão de resíduos, cujo objetivo é diminuir a quantidade de resíduos gerados nas obras. Para tanto é importante levantar os pontos, os motivos que estão envolvidos nas perdas de materiais na construção civil. (PUCCI, 2006). 
As perdas na construção civil estão relacionadas a muitas causas, como por exemplo, ineficiência no uso de equipamentos, materiais, mão-de-obra, etc. De acordo com Pucci, algumas perdas podem ser consideradas “evitáveis”, como por exemplo, as perdas devido a um processo de baixa qualidade, onde os recursos são empregados de forma inadequada. São vários os tipos de perdas existentes em uma obra. No caso específico do resíduo de gesso, alguns tipos de perdas merecem destaque, como por exemplo, as “perdas por superprodução”, que ocorre na maioria das obras quando a quantidade produzida de gesso é maior que a quantidade consumida em um dia de trabalho, onde toda a quantidade produzida e não consumida é descartada, não há condições de reutilizar este material. Outro tipo de perda que merece destaque são as “perdas de estoque”, que ocorre normalmente quando há uma estocagem inadequada, sendo que algumas vezes a armazenagem inadequada pode ser proveniente de uma falha na programação da compra de material. A quantidade de material a ser estocada é superior ao espaço físico existente no local, isso pode gerar armazenamento incorreto, danificar o material e muitas vezes não há meios de recuperar o mesmo, sendo seu destino final o descarte. (PUCCI, 2006).
5.1 Causas da geração de resíduos sólidos da Construção Civil
As causas da geração destes resíduos são diversas, mas podem-se destacar (LEITE, 2001):
• A falta de qualidade dos bens e serviços, podendo isto dar origem às perdas de materiais, que saem das obras na forma de entulho;
 • A urbanização desordenada que faz com que as construções passem por adaptações e modificações gerando mais resíduos; 
• O aumento do poder aquisitivo da população e as facilidades econômicas que impulsionam o desenvolvimento de novas construções e reformas; Resíduos da construção civil.
• Estruturas de concreto mal concebidas que ocasionam a redução de sua vida útil e necessitam de manutenção corretiva, gerando grandes volumes de resíduos; 
• Desastres naturais, como avalanches, terremotos e tsunamis;
• Desastres provocados pelo homem, como guerras e bombardeios.
Os níveis tecnológicos da construtora são fatores bastante significativos a ponto de influenciar diretamente no volume de resíduos gerados, uma vez que levam em conta a qualificação da mão-de-obra; qualidade dos materiais; existência de procedimentos operacionais e mecanismos de controle do processo construtivo.
O imenso número de resíduos gerados pela construção demonstra como é grande o desperdício de material. Esta dissipação afeta o custo final da obra, assim como o custo da remoção. 
5.2 Classificação dos Resíduos
Conforme a Resolução nº307, publicada em 2002, pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), os resíduos sólidos da construção civil são classificados da seguinte maneira:
I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; 
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;
III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;
IV - Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.
(CONAMA, 2002)
A destinação dos resíduos sólidos da construção civil também é prevista nesta resolução e é definida de acordo com esta mesma divisão de classes dos resíduos
I- Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a área de aterro de resíduos sólidos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
II- Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
III- Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidadecom as normas técnicas específicas;
IV- Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. (CONAMA 2002).
O incentivo a não geração de resíduos, através de uma política de gestão, e quando impossível a não geração, a escolha da reciclagem, também é uma oportunidade de transformação de uma fonte enorme de despesas em uma fonte de faturamento ou pelo menos redução de gastos de deposição. (ALVES; QUELHAS, 2004).
5.3 Impactos causados pelos resíduos sólidos da Construção Civil
Uma das principais causas da degradação do meio ambiente é a disposição inadequada de resíduos, com potencial de afetar a qualidade de vida da população e a disponibilidade de recursos naturais.
Os diversos impactos que esses resíduos causam ao meio ambiente é um dos principais motivos para se estudar um modo de reduzir a ou até mesmo extinguir a geração de entulho.
Os resíduos gerados, provenientes dos detrimentos ocorridos durante o processo de construção ou de demolição, são contribuintes para o aumento do impacto ambiental provocado pelo setor da construção civil. A excessiva geração de resíduos e seu descarte irregular, além de causar a poluição do ambiente urbano. Como exemplo, pode-se citar a obstrução e contaminação dos leitos de rios e canais, o comprometimento do tráfego em vias públicas e a degradação da paisagem das cidades, além da poluição do ar com gás carbônico liberado pelos veículos necessários para realizar o transporte dos resíduos.
Segundo a Resolução nº001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 23 de Setembro de 1986 (CONAMA), a expressão impacto ambiental é definida como:
"Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam à saúde, a segurança e o bem estar da população, as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais. (CONAMA, 1986).
A construção civil produz impactos ao meio ambiente, desde o início ,seja na fase da extração de matéria prima, que pode resultar na extinção e escassez de fontes e jazidas ,alterações na fauna e flora no entorno do local de exploração, reconfiguração das superfícies topográficas, aceleração do processo erosivo, modificações de cursos d'água, interceptação do lençol freático, aumento da emissão de gases e partículas em suspensão no ar, aumento de ruídos e propagações de vibrações no solo, passando pela fabricação de materiais, execução das obras e até a disposição final de resíduos gerados que como consequência levam à formação de áreas degradadas.
Significativos impactos causados ao meio ambiente são consequências das atividades da construção civil. Quando é avaliado os danos causados pela atividade construtiva, estes são normalmente classificados quanto a:
gradativo esgotamento de matérias-primas;
dano ecológico: causado pela extração destes materiais;
consumo de energia em todos os estágios de produção (incluindo transporte);
consumo de água;
poluição por ruídos e odores;
Emissões danosas, entre as quais aquelas diretamente relacionadas à redução da camada de ozônio;
aquecimento global e chuvas ácidas;
aspectos relativos à saúde humana;
risco de desastres;
durabilidade e manutenção;
reuso e desperdícios. (Sattler, 2006)
As atividades construtivas frequentemente alteram o meio ambiental, em todos os seus processos, por isso é inevitável esses impactos.
Uma das principais causas da degradação do meio ambiente é a disposição inadequada de resíduos, com potencial de afetar a qualidade de vida da população e a disponibilidade de recursos naturais.
Os resíduos gerados, provenientes dos detrimentos ocorridos durante o processo de construção ou de demolição, são contribuintes para o aumento do impacto ambiental provocado pelo setor da construção civil. A excessiva geração de resíduos e seu descarte irregular, além de causar a poluição do ambiente urbano. Como exemplo, pode-se citar a obstrução e contaminação dos leitos de rios e canais, o comprometimento do tráfego em vias públicas e a degradação da paisagem das cidades, além da poluição do ar com gás carbônico liberado pelos veículos necessários para realizar o transporte dos resíduos.
6 Gesso
O uso do gesso na construção civil vem crescendo gradativamente ao longo dos últimos anos. Usado como placas para forros, sancas e molduras, rebaixamento de tetos, revestimento de paredes, divisórias e como componente de drywall. O seu uso é bem requisitado devido a propriedades de lisura, endurecimento rápido e relativa leveza.
Gesso é o termo genérico de uma família de aglomerantes simples, constituídos basicamente de sulfatos mais ou menos hidratados e anidros de cálcio; são obtidos pela calcinação da gipsita natural, constituída de sulfato biidratado de cálcio geralmente acompanhado de uma certa proporção de impurezas, como sílica, alumina, óxido de ferro, carbonatos de cálcio e magnésio. (BAUER, L.A.F. 2005)
6.1 Matéria prima do Gesso
 O minério gipsita se origina em bacias sedimentares, por evaporação da fase líquida. É um minério bastante abundante na natureza, cuja fórmula química é (CaSO4 .2H2O). 
 Quanto a sua forma, são relatadas três variedades da gipsita: como cristais monoclínicos prismáticos ou tubulares chamada selenita; como agregados de fibras paralelas, denominada gipsita fibrosa e sob a forma sólida apresentando cor branca translúcida ou um leve sombreamento, denomina-se alabastro.
 O Brasil possui grandes reservas de gipsita, a maior parte dessas reservas brasileiras se encontra no Pará e em Pernambuco, mas a única mina em atividade encontra-se na Bacia do Araripe.
 A partir da mineração e calcinação (reação química de decomposição térmica) da Gipsita, é obtido o gesso que é um dos três materiais minerais que são mais utilizados na construção civil, os outros dois são a cal e o cimento. Quanto a sua composição química, o gesso é caracterizado por sulfato de cálcio hemi-hidratado (CaSO4 . ¹/2 H2O).
 Para que seja feita a calcinação é necessário a utilizações de fornos, alguns desses fornos são: 
Fornos tipo Panela: são circulares, abertos, de grande diâmetro, e de pequena altura.
Fornos tipo Marmita: panelões fechados (cubas), onde o calor gerado na parte inferior é conseguido com a queima de óleo BPF ou da lenha.
Fornos tipo Rotativo: forma de um tubo giratório, são de aço e material refratário, de grande extensão e com uma pequena inclinação.
Fornos tipo Marmita Giratório: forma de um tubo giratório são de aço e material refratário, com extensão dependendo do volume de produção.
 A maior aplicação do gesso se encontra na indústria da construção civil, além de também ser bastante utilizado nas indústrias de cerâmica, metalúrgicas e etc. Por sua alta resistência ao fogo, o gesso é empregado na confecção de portas corta fogo.
6.1.1 Vantagens
Algumas das vantagens do gesso seria a facilidade de modelagem, o que faz o material excelente na produção de efeitos decorativos, como molduras e sancas; boa aparência depois de endurecido, com uma superfície lisa e branca; boas propriedades acústicas e térmicas. O uso do gesso na construção civil vem crescendo gradativamente ao longo dos últimos anos. Usado como placas para forros, sancas e molduras, rebaixamento de tetos, revestimento de paredes, divisórias e como componente de drywall. O seu uso é bem requisitado devido a propriedades de lisura, endurecimento rápido e relativa leveza.
6.1.2 Desvantagens
Existem algumas desvantagens que limitam o uso do gesso, em contato com a água pode se dissolver, não podendo ser utilizado em áreas externas; baixa resistência, evitando ser utilizados em áreas de tráfego intenso de pessoas ou de cargas.
6.2 Descarte inadequado do gesso
O gesso, quando descartado de forma inadequada em aterros,pode acarretar sérios problemas ambientais devido as suas características físicas e químicas, que em contato com ambiente pode se tornar tóxico, pois o resíduo de gesso é constituído de sulfato de cálcio di-hidratado. A facilidade de solubilidade promove a sulfurização do solo, que acaba criando bolsões onde desestabiliza o terreno e também ocorre a contaminação do lençol freático. A incineração do gesso também pode produzir o dióxido de enxofre, um gás tóxico. 
As possibilidades de minimizar o impacto ambiental, portanto, estão na redução da geração do resíduo, na reutilização e na reciclagem.
6.3 Coleta
Primeiro passo a ser seguido é a coleta e a armazenagem dos resíduos de gesso em um local específico no canteiro de obra. É necessário que o gesso seja separado dos outros materiais como madeira, metais, restos de alvenaria (argamassa, tijolos, blocos, etc.) e lixo orgânico. Segundo passo da coleta do gesso é a obtenção de contêiner específicos, criados para esse tipo de material, ajudando na devida separação dos resíduos em sua origem. Os contêineres por sua vez são fornecidos pela empresa de reciclagem para os polos produtores e coletados periodicamente. A coleta seletiva ou diferenciada melhora a qualidade do resíduo a ser enviado para a reciclagem, tornando-a mais fácil. Nesse sentido, ter uma mão de obra qualificada é fundamental para obtenção de melhores resultados. 
6.4 Triagem
Esta é uma fase considerável para o seguimento de gestão dos resíduos da construção civil, pois, perfeitamente executado, viabilizara a máxima reciclagem dos resíduos, em vista que estes sejam guiados para usinas de reciclagem. Porém o processo de triagem tende a ser desgastante e demorado, pois sua execução é realizada manualmente. Para que os entulhos sejam reciclados e reaproveitados como matéria-prima, os aspectos do produto reciclado devem ser coadunáveis a utilidade a que ele se propõe. A reciclagem dos RCD (Resíduos de Construção e Demolição) contaminados com materiais não inertes gera reciclados de baixa qualidade. É crucial a segmentação dos variadas amostras de resíduos gerados, onde o estágio inerte é o que dispõe absoluto potencial de reciclagem para produção de reciclados de boa qualidade a serem reaproveitados na própria construção civil. Pode-se utilizar a mão de obra antecipadamente instruída para consumar a segregação do RCD ainda no canteiro de obras e logo após ela seja gerada. 
As usinas de triagem são utilizadas para a fragmentação dos materiais recicláveis do lixo derivado do transporte habitual e da coleta.
Em conjunto com a usina de triagem, é usual haver a compostagem do fracionamento orgânico do lixo, cujo essa última necessita de uma ramificação antecipada. 
A inserção de uma usina de triagem, com a ausência da compostagem do fracionamento orgânico do lixo, pode resultar em um processo dispendioso e sem retorno do ponto de vista ambiental.
Da mesma forma que a coleta seletiva, precisa haver um mercado para os materiais fragmentados, tanto orgânicos quanto inorgânicos. 
Alguns pontos positivos de uma usina de triagem são:
Permiti o rendimento da fração orgânica do lixo, através de sua compostagem.
Não necessita modificar no sistema padronizado de coleta, somente a alteração no destino do caminhão que começa a passar em uma usina de triagem ao invés de seguir diretamente ao aterro ou lixão.
A operação de segregação dos resíduos propiciam a sistematização e higiene do ambiente de trabalho podendo trazer como ganho indireto a atenuação no índice de egressão de trabalhadores por acidente causado pela desorganização no canteiro. 
Os pontos negativos de uma usina de triagem são:
Investimento em Treinamento requer técnicos qualificados para operar a usina.
Investimento preliminar em equipamentos que iram compor a usina. 
6.5 A reciclagem dos resíduos de gesso 
A reciclagem dos resíduos de gesso pode ser dividida em algumas etapas:
 a) Gestão dos resíduos;
 b) Coleta dos resíduos; 
c) Separação dos contaminantes; 
d) Processamento; 
e) Controle da qualidade;
 f) Comercialização.
O gerenciamento dos resíduos se consiste basicamente na segregação do resíduo no canteiro de obra, na defesa dos resíduos contra umidade e na demolição seletiva. 
Caso essa primeira fase não seja executada corretamente, fica incapaz a realização do processo de reciclagem dos resíduos. 
Quanto à coleta dos resíduos, só poderá ser desempenhada, se existir uma união com as transportadoras qualificadas para retirada destes resíduos do canteiro de obra e subsequente transporte a uma empresa que lida com reciclagem. É necessário ter calção no processo de triagem, pois uma separação manual dos contaminantes pode ocasionar sérios prejuízos a saúde do empregado. O tratamento da separação de contaminantes ainda carece de muitos estudos, visto que são muitos os contaminantes do gesso, como plásticos, metais, madeiras, adesivos, pinturas entre outros.
De acordo com John e Cincotto, o processo de reciclagem do gesso é mais complexo que o processo de produção a partir da matéria-prima, a gipsita. O processo de reciclagem exige além da energia, mais mão-de-obra, pois é necessário fazer a remoção de contaminantes, além de ser necessário um melhor sistema de segregação dos resíduos de gesso. O investimento necessário em mão-de-obra e equipamentos para fazer a devida 23 segregação dos resíduos de gesso no momento da geração, o transporte adequado, são fatores que “encarecem o processo de reciclagem”. (JOHN, M. V.; CINCOTTO, M. A., 2007).
A reutilização dos materiais, de maneira generalizada pode ser executada do seguinte modo: fragmentar o material até alcançar a medida ideal de aproveitamento, passando a ser intitulado de agregado. 
A escassez de meios adequados no gerenciamento dos resíduos no canteiro de obra ou no processo de demolição pode amplificar consideravelmente o número de contaminantes, inibindo ainda mais a fase de separação.
Desse modo, se inicia o processamento dos resíduos que diferem conforme a capacidade da empresa responsável pela reciclagem. Neste estagio é de extrema valia fazer um rigoroso controle da qualidade, um meio de assegurar ao cliente que a propriedade do produto que foi reciclado seja compatível com a do produto original, bem como favorecer a comercialização do produto reciclado. Corretamente reciclado, os materiais denotam características físicas melhores que as originais e adequadas na utilização de obras primas. 
Vêm sendo estudados métodos desde o final dos anos 1990, de como se reciclar o gesso proveniente da construção civil e essa pesquisa já evolui de forma considerável em no mínimo três frentes de reaproveitamento desse material, sendo elas: indústria de cimento, a agricultura, e o próprio setor de transformação de gesso, evidenciando assim contribuições significativas à sustentabilidade da construção civil brasileira. 
6.6 O uso do gesso
O uso do gesso na construção civil vem crescendo gradativamente ao longo dos últimos anos. Usado como placas para forros, sancas e molduras, rebaixamento de tetos, revestimento de paredes, divisórias e como componente de drywall. O seu uso é bem requisitado devido a propriedades de lisura, endurecimento rápido e relativa leveza.
6.7 Descarte inadequado do gesso
O gesso, quando descartado de forma inadequada em aterros, pode acarretar sérios problemas ambientais devido as suas características físicas e químicas, que em contato com ambiente pode se tornar tóxico, pois o resíduo de gesso é constituído de sulfato de cálcio di-hidratado. A facilidade de solubilidade promove a sulfurização do solo, que acaba criando bolsões onde desestabiliza o terreno e também ocorre a contaminação do lençol freático. A incineração do gesso também pode produzir o dióxido de enxofre, um gás tóxico. 
As possibilidades de minimizar o impacto ambiental, portanto, estão na redução da geração do resíduo, na reutilização e na reciclagem.
6.8 Reciclagem do gesso
A resoluçãonº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) alterou a classificação do gesso de Classe C (ou seja, materiais que devem ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas), para a Classe B (ou seja, materiais que deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados para áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura). Portanto passa-se para a categoria de reciclagem obrigatória, já que o resíduo pode ser reciclado, mantendo as mesmas propriedades físicas e mecânicas de seu formato comercial.
Para que o gesso volte ao seu formato comercial, a reciclagem deve ser feita a partir da moagem e calcinação que consiste no aquecimento prolongado de algum material a alta temperatura do material. No processo de moagem o resíduo passa por um triturador para que o gesso fique de forma a atender à especificação granulométrica de gesso fino e posteriormente armazenado em recipientes fechados em ambiente de laboratório, aguardando a calcinação.
Quando o material é submetido somente à moagem, ele pode ser utilizado como fertilizante e destinado pra a agricultura, onde é utilizado como corretivo da acidez do solo, na melhoria das características deste, é utilizado também na indústria cimenteira, no qual o gesso é um ingrediente útil e necessário, que atua como retardante de pega (fenômeno que compreende a evolução das propriedades mecânicas do cimento no início do processo de endurecimento) do cimento.
Quando submetido à calcinação, o material se transforma no gesso reciclado, onde está pronto para retornar aos processos produtivos.
No processo de calcinação, o resíduo de gesso moído é encaminhado para uma estufa de secagem, sem circulação de ar, com temperatura regulável de 50 ⁰C a 350 ⁰C, com dispositivo na parte superior para adaptação do termômetro digital, que permite a aferição da temperatura de calcinação. No processo incluiu a distribuição do resíduo de gesso moído em bandejas metálicas, em camadas com espessura média de 1 cm e controle de massa. Após a calcinação o material é resfriado à temperatura ambiente, homogeneizado e armazenado em recipientes fechados.
Destinar os resíduos de gesso para a reciclagem e após aplicá-los nos processos produtivos, além de reduzir a extração da matéria-prima para a fabricação do gesso, o minério gipsita, ainda contribui para a diminuição do descarte inadequado do material, bem como a mitigação da contaminação do solo e lençol freático.
7 Regulamentação
As prevalecentes resoluções, leis e decretos e regulamentam a coleta, o transporte, o armazenamento e a destinação final dos resíduos sólidos da construção civil são mencionadas resumidamente nos próximos itens.
7.1 Resolução CONAMA n°307 de 5 de Julho de 2002
O CONAMA estabeleceu a Resolução n° 307 de 5 de Julho de 2002 (CONAMA, 2002), mencionada brevemente da seguinte forma:
A Resolução CONAMA n° 307 considera a necessidade de implementação de diretrizes para a efetiva redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos da construção civil, julga que a disposição final dos resíduos da construção civil em locais inadequados contribui para a degradação da qualidade ambiental e que tais representam um significativo percentual dos resíduos sólidos produzidos nas áreas urbanas. Além de que os geradores de resíduos da construção civil devem ser responsáveis pelos resíduos das atividades de construção, reforma, reparos e demolições de estruturas e estradas, bem como por aqueles resultantes da remoção de vegetação e escavação de solos;
Está Resolução Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais.
Resolução CONAMA n°307 define resíduos da construção civil como materiais provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha;
Geradores são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução;
Transportadores são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação.
Gerenciamento de resíduos é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos;
Reciclagem é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido sujeito à transformação;
Área de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos (ATT) é a área atribuída ao recebimento de resíduos da construção civil e resíduos volumosos, para triagem, armazenamento temporário dos materiais segregados, eventual transformação e posterior remoção para destinação adequada, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos a saúde pública e a segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
No art. 3° é determinado a classificação a que os resíduos da construção civil deverão ser resignados:
I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
 a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
 b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
 c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso.
III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação;
IV - Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
O art. 5° define que para a gestão dos resíduos, haverá a implementação da Gestão dos resíduos da construção civil, a ser elaborado pelos Municípios e pelo Distrito Federal, em consonância com o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
Integram desse Plano:
I - diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbana local e para os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil a serem elaborados pelos grandes geradores, possibilitando o exercício das responsabilidades de todos os geradores; (nova redação dada pela Resolução 448/12) 
II - cadastramento de áreas, públicas ou privadas, aptas para recebimento, triagem e armazenamento temporário de pequenos volumes, em conformidade com o porte da área urbana municipal, possibilitando a destinação posterior dos resíduos oriundos de pequenos geradores às áreas de beneficiamento; 
III - determinação de processos de licenciamento para as áreas de beneficiamento e reservação de resíduos e de disposição final de rejeitos; 
 IV - proibição do descarte dos resíduos em áreasirregulares. 
V - incentivo à reinserção dos resíduos reutilizáveis ou reciclados no ciclo produtivo;
 VI - definição de critérios para o cadastramento de transportadores; 
VII - ações de orientação, fiscalização e controle dos agentes envolvidos; 
VIII - programas educativos visando reduzir a geração de resíduos e possibilitar a sua segregação.
De acordo com o art. 9°, os planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deveram abranger os seguintes pontos:
I - caracterização: o gerador deverá identificar e quantificar os resíduos; 
II - triagem: será realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos.
 III - acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de reciclagem;
 IV - transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos;
 V - destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido nesta Resolução.
9 Conclusão
Os resultados apresentados neste trabalho demonstram que a reciclagem do gesso o torna um material de grande potencial para o reuso, além de reduzir a disposição inadequada deste material em lugares em aterros causando a contaminação do solo.

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