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Comunitaria

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TERRITÓRIO
Na prática deve-se considerar o território como sendo um lugar de potencialidades, constituindo-se mediante a ação do sujeito que nele se inscreve.
Em detrimento da fixação na escassez, a atuação profissional deve objetivar o desenvolvimento das potencialidades locais, individuais e coletivas, buscando beneficiar o todo.
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TERRITÓRIO DE EXCLUSÃO SOCIAL
Dificuldade ou falta de acesso aos serviços básicos de: saúde, transporte, educação, lazer, cultura, trabalho, rede de esgoto....
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RELAÇÕES COMUNITÁRIAS, RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO 
“Relação é uma coisa que não pode ser ela mesma, se não houver outra”.
A percepção da relação é uma percepção dialética, percepção de que algumas coisas “necessitam” de outras para serem elas mesmas. (p.83)
Ex.: O conflito, a exclusão, são relações, pois ninguém pode brigar sozinho, e se há exclusão, há alguém que exclui, e alguém que é excluído.
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Grupo: o que constitui um grupo é a existência (ou não) de relações. É preciso ter algo em comum entre as pessoas. Para transformar um grupo é preciso transformar as relações existentes no grupo. 
Relação vem da palavra “relativo” (que é contrário de absoluto, completo, fechado). Assim, o grupo visto a partir das relações pressupõe um processo de relações dinâmicas, mutáveis.
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Conceituar o grupo a partir de uma visão estática e fotográfica (visão funcionalista-positivista de grupo) pressupõe “estratificações”, com posições e desempenho de papeis definidos. 
Multidão (massa) – existência de um grande número de pessoas que estejam num mesmo lugar. Amontoado de gente que não chega a se conhecer. Há um objetivo, mas não há relação entre as pessoas além do fato de estarem no mesmo local. A certeza da impunidade (ninguém sabe quem fez o quê) aumenta a irresponsabilidade (campo de futebol). 
Público também são multidões, mas sem contato físico, A única ligação é o fato de estarem sintonizados (rádio, televisão, leitores mesmo jornal etc.). Não se conhecem, não se relacionam. As relações são unilaterais/unidirecionais. Ex. Os meios de comunicação de massa que detêm grande possibilidade de manipular e condicionar as pessoas.
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TIPOS DE RELAÇÕES
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO: 
Poder- capacidade de uma pessoa ou grupo para executar uma ação. Tem o poder na medida que “pode” fazer alguma coisa.
Dominação: definida como uma “relação” entre pessoas (entre grupos), através da qual uma das partes “rouba”, se apodera do poder (capacidade) de outros. É uma relação assimétrica, desigual, injusta...
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ORIGEM DA DOMINAÇÃO
Ideologia: uso de formas simbólicas (significados, sentidos) para criar, sustentar e reproduzir determinados tipos de relação. É o que vai dar sentido / significado às coisas (tem sempre uma conotação de valor, positivo ou negativo). Pode servir para sustentar relações justas/ éticas, como para criar e sustentar relações assimétricas, desiguais, injustas... relações de dominação.
Estereótipos negativos, preconceitos, juízos de valor (etc.) criam e sustentam as relações de dominação.
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DIFERENTES FORMAS DE DOMINAÇÃO
Dominação Econômica – é a forma mais geral. Acontece sempre que alguém rouba, expropria, a capacidade (poder) de trabalho de outras pessoas. O trabalho humano é a fonte única de riqueza das nações. É só trabalho que pode ser explorado.
Dominação política – no sentido mais amplo, política é o conjunto de relações que se estabelecem entre pessoas e grupos, na sociedade em geral. São as relações que se dão entre o Estado, o governo e os cidadãos. Todas as ações humanas são políticas. Há uma dominação política quando as relações entre as pessoas e grupos, entre grupos, entre as pessoas, grupos, governo e Estado não forem justas, democráticas, desrespeitando os direitos dos diversos sujeitos.
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DIFERENTES FORMAS DE DOMINAÇÃO
Dominação Cultural (mais difícil de se detectar) – Cultura é todo agir humano. É um conjunto de relações entre pessoas, entre grupos, que se sedimentaram (cristalizaram), de tal modo que passam a ser pensadas e tratadas como parte da própria natureza das pessoas e das coisas. Geralmente essas relações cristalizadas são assimétricas, desiguais. Possui várias formas:
O racismo – tem sua origem na criação de estereótipos e discriminação negativos de um grupo racial sobre o outro;
O patriarcalismo – estabelecimento de assimetrias com base nas relações de gênero. Distingue-se entre a dimensão biológica (todos temos um sexo) e a dimensão cultural (o gênero, masculino ou feminino). Essa dimensão cultural é construída pelos usos e costumes humanos, resultado das relações estabelecidas entre os diferentes gêneros.
O institucionalismo – colocar uma instituição (igreja) como a única verdadeira. Com isso, legitimam representações e ações injustas contras as pessoas pertencentes às demais instituições.
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DIFERENTES FORMAS DE DOMINAÇÃO
Outras formas de dominação: religiosa, profissional etc.
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COMUNIDADE POR MARX
Um tipo de vida em sociedade ‘onde todos são chamados pelo nome’. O que significa uma vivência em sociedade onde a pessoa, além de possuir um nome próprio (manter sua identidade e singularidade), tem possibilidade de participar, de dizer sua opinião, de manifestar seu pensamento, de ser alguém. (p.95)
Supera duas distorções reducionistas e inibidoras do pleno desenvolvimento humano:
1ª – o individualismo fundamentado na filosofia liberal (pressupõe ser humano isolado, auto-suficiente, sempre em competição para sobreviver);
2ª – pressuposto de um ser humano como ‘peça de uma máquina’, parte de um todo, colocado a serviço do Estado ou instituições burocráticas, anulado em sua subjetividade.
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Vivendo em comunidade, as pessoas têm possibilidade de superar esses extremos, mantendo sua singularidade, mas necessitando dos outros para sua plena realização.
As relações comunitárias são igualitárias, pessoas com iguais direitos e deveres. Todos podem (e devem) ter voz, além de serem reconhecidos em sua singularidade, em suas diferenças. As relações comunitárias implicam a existência de uma dimensão afetiva, implicam que as pessoas sejam amadas, estimadas, benquistas. (p.96-97)
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O TRABALHO COMUNITÁRIO:
Respeito pelo “saber” dos outros. Prestar atenção no que as pessoas dizem e fazem. Pede-se licença para entrar, conviver, compartilhar;
O projeto deve incluir, além do diálogo e a partilha de saberes, a garantia de autonomia e autogestão das próprias comunidades como ápice das relações genuinamente democráticas.
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