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NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES DE MICRONUTRIENTES Profas Paola Victor Chayb e Daniele Lima Considerações Gerais As vitaminas são nutrientes de extrema importância para o bom funcionamento do nosso organismo, principalmente, porque previnem muitas doenças. Elas não são produzidas pelo organismo e, portanto, devem ser adquiridas através da ingestão de alimentos (frutas, verduras, legumes, carnes etc). Considerações Gerais Elas podem ser de dois tipos: hidrossolúveis e lipossolúveis. HIDROSSOLÚVEIS: solúveis em água e absorvidas pelo intestino. Complexo vitamínico B (B1, B2, B3, B5, B6, B9, B12). LIPOSSOLÚVEIS: solúveis em gorduras e absorvidas pelo intestino com a ajuda dos sais biliares produzidos pelo fígado. A, D, E, K Considerações Gerais A deficiência ou falta de vitaminas pode acarretar em diversas doenças (hipovitaminoses ou avitaminoses) e podem ser decorrentes: Alimentação desequilibrada Consequência de outras doenças VITAMINA A Vitamina A, Retinóides e Carotenóides Os carotenóides são conhecidos como pró vitamina A pois suas formas podem originar a vitamina A propriamente dita dentro do organismo. Os carotenóides fazem parte dos pigmentos da retina. Conferem cores alaranjadas, amarelas ou vermelhas em frutas, verduras e legumes. Funções da Vitamina A Melhora a visão noturna Protege a pele de infecções Antioxidante Diminui a formação de placas nas artérias Fontes de Vitamina A Abóbora Cenoura Espinafre Fígado Mamão, manga Funções da Vitamina A A deficiência de vitamina A está associada à diminuição da resistência às infecções. Crianças em idade pré escolar com deficiência da vitamina podem apresentar infecções como pneumonia e sarampo. Funções da Vitamina A Deficiência e Prevalência Principais causas - dieta pobre em alimentos fonte de vitamina A, baixa concentração de vitamina A no leite materno. A deficiência da vitamina A é uma das principais causas de cegueira no mundo. A xeroftalmia (“olho seco”) . Deficiência e Prevalência Muitas mortes por diarreia no Brasil estão relacionadas à deficiência de vitamina A. Uma estratégia importante para combater esse quadro é através da fortificação dos alimentos. Avaliação clínica da deficiência da Vitamina A Fonte: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher 2006. WHO. Iron Deficiency Anaemia Assessment, Prevention and Control. A guide manangers programme. 2001; WHO. Indicators for assessing Vitamin A Deficiency andtheir application in monitoring and evaluating intervention programas. WHO/NUT/96.10.1996 Região Norte 10,7% Região Nordeste 19,0% Região Centro-Oeste 11,8% Região Sudeste 21,6% Região Sul 9,9% Leve Moderado Grave Prevalência de HIPOVITAMINOSE A em crianças de 6 – 59 m (PNDS, 2006) Prevalência de HIPOVITAMINOSE A em mulheres em idade fértil PNDS, 2006 Região Norte 11,2% Região Nordeste 12,1% Região Centro- Oeste 12,8% Região Sudeste 14,0% Região Sul 8,0% Fonte: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher 2006. WHO. Iron Deficiency Anaemia Assessment, Prevention and Control. A guide manangers programme. 2001; WHO. Indicators for assessing Vitamin A Deficiency andtheir application in monitoring and evaluating intervention programas. WHO/NUT/96.10.1996 Leve Moderado Grave CONCEITO E OBJETIVO: O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A foi instituído por meio da Portaria nº 729, de 13 de maio de 2005, cujo objetivo é reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós-parto imediato (antes da alta hospitalar). Esse programa faz parte da Ação Brasil Carinhoso constante no Programa Brasil sem Miséria, que objetiva o combate à pobreza absoluta na primeira infância e reforça a assistência a criança menor de 5 anos para prevenção da deficiência de vitamina A, garantindo o acesso e disponibilidade do insumo a todas as crianças nessa faixa etária nas Regiões Norte e Nordeste e os municípios das Regiões Centro- Oeste, Sul e Sudeste contemplados no Programa Brasil sem Miséria. PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A MEDIDAS DE PREVENÇÃO DA HIPOVITAMINOSE A: Promoção do aleitamento materno exclusivo até o 6ºm e complementar até 2a; Garantia da suplementação periódica e regular das crianças de 6 a 59 meses de idade Garantia da suplementação para puérperas no pós - parto imediato, antes da alta hospitalar Promoção da alimentação saudável PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A Recomendação de Vitamina A A recomendação diária varia de acordo com o sexo e a faixa etária de 400mg/d a 1300mg/d (Vide: DRIs) VITAMINA A - RETINOL RDA (IOM,2002): baseada na ingestão para assegurar reserva corpórea adequada: 1 RE (equivalente de retinol) = 1mcg de retinol 1 UI = 0,3 mcg de retinol VITAMINA D Vitamina D A vitamina D é um dos nutrientes reguladores fundamentais do metabolismo do cálcio. São chamadas de vitamina D as seguintes estruturas: Ergosterol, calciferol (D2), 7-deidrocolesterol e calecalciferol (D3) . Funções A principal função é a regulação do metabolismo do cálcio e fósforo. O calcitriol (FORMA ATIVA: 1,25-dihidroxicholecalciferol) imprescindível para a absorção intestinal de cálcio, ou seja, sem o calcitriol o cálcio não é transportado para dentro do enterócito. Distúrbios relacionados à Vitamina D Raquitismo na infância e a osteomalácia na fase adulta Raquitismo: deposição mineral insuficiente na matriz óssea resultando em ossos fracos e amolecidos causando: pernas arqueadas, “peito de pombo” e costelas em contas de rosário, espessamento do punho e tornozelos. Pode ocorrer em lactentes que se alimentam exclusivamente do leite materno depois dos 6 meses. Distúrbios relacionados à Vitamina D Distúrbios relacionados à falta de vitamina D Distúrbios relacionados à falta de vitamina D Distúrbios relacionados à falta de vitamina D A osteomalácia se caracteriza pelo amolecimento dos ossos, dor generalizada e deformidades ósseas diversas especialmente na coluna, tórax, membros. Distúrbios relacionados à falta de vitamina D Fontes alimentares A vitamina D ocorre naturalmente em alimentos na forma de calciferol (D2) . Pode ser encontrada em pequenas quantidades em vários alimentos: gema de ovo, fígado, manteiga. Em seres humanos, a exposição adequada à luz solar tem sido considerada suficiente para alcançar as necessidade de vitamina D, segundo alguns autores. Fontes alimentares Recomendação de Vitamina D Vide: DRIs VITAMINA E e K Vitamina E e K Funções e fontes Vitamina E (Tocoferol) – Importante antioxidante. Suas principais fontes são : óleos vegetais, azeite de oliva, ovos, leite, fígado, gérmen de trigo, sementes oleaginosas, como nozes, castanhas, amêndoa, semente de girassol, semente de abóbora e o abacate. Vitamina K (Filoquinonas) – Cofator essencial de várias reações metabólicas, principalmente na síntese protéica. Necessária na coagulação sanguínea e na cicatrização, atua na formação óssea. Fontes principais: fígado, vegetais verdes (alface, couve, brócolis, espinafre, repolho), óleos vegetais, carnes, peixes e produtos lácteos. Deficiências VITAMINA E: dificuldades na circulação sanguínea, na cicatrização, e neuropatias periféricas. VITAMINA K: Tendência à hemorragia, causando sangramento fácil de gengivae da pele, urina vermelha (com sangue) e sangramento vaginal fora da menstruação. Em situações de cirurgia, o indivíduo pode ter hemorragia pós-operatória e pior recuperação. Recomendação de Vitaminas E e K Vide: DRIs VITAMINAS COMPLEXO B TIAMINA – VITAMINA B1 Necessária para o metabolismo dos macronutrientes e função neural (impulsos nervosos). Melhora o humor; Diminui o estresse; Evita a fadiga e a perda de memória. Homens 1,2 mg/dia Mulheres 1,1 mg/dia TIAMINA – VITAMINA B1 Principais fontes: Levedo de cerveja Cereais integrais Fígado Frutos do mar Gema de ovo Leguminosas Leite Deficiência Sua deficiência pode ocasionar problemas no sistema nervoso, confusão mental, fraqueza muscular, taquicardia, suores noturnos, irritabilidade, ansiedade, agitação, sonolência e redução da memória RIBOFLAVINA – VITAMINA B2 Necessária para o metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios. Melhora a capacidade aeróbica. Está envolvida nos processos de manutenção da integridade cutânea. Auxilia na cicatrização. Necessária para a formação de hemácias, produção de anticorpos, respiração celular e para o crescimento de forma geral. Fontes de Vitamina B2 Aves Cereais integrais Gema de ovo Leite e derivados Peixes Deficiência Estomatite Angular Dermatite seborréica NIACINA – Vitamina B3 Necessária para o metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios; Essencial para a formação de coenzimas (NAD e NADP) Auxilia na produção dos ácidos do estômago, responsáveis pela digestão Deficiência A deficiência causa pelagra, cujos sintomas consistem em alterações digestivas (vômitos, diarréias e língua arroxeada), neurológicas (depressão, cefaléia e apatia) e cutâneas (erupção pigmentada nas partes expostas à luz) Deficiência PELAGRA = PELE ÁSPERA VITAMINA B5 (ácido pantotênico) Cofator para reações biológicas de acetilação, necessário à síntese de ácidos graxos e fosfolipídeos de membrana, síntese de leucina, arginina e metionina, síntese de colesterol e hormônios esteróides. Fontes: Fígado, rins, carnes, ovos, leite, queijo. VITAMINA B5 (ácido pantotênico) Deficiência: fadiga, insônia, instabilidade cardíaca, vômitos e depressão. *O processo de cocção destrói 15% a 50% do ácido pantotênico das carnes e 37% a 78% da vitamina presente nos vegetais. VITAMINA B6 (piridoxina) Envolvida com a gliconeogênese em reações de transaminação, síntese de neurotransmissores. Ajuda na manutenção do sistema nervoso central e no sistema imunológico. Alivia enxaquecas e náuseas. Fontes: Leite, fígado, carne, peixe, pão, cereais integrais, hortaliças folhosas verdes, soja, amendoim, milho. VITAMINA B6 (piridoxina) Deficiência: grupos de risco - são os portadores de síndrome desabsortiva, alcoolistas, idosos com baixa ingestão alimentar e pessoas que fazem uso crônico de drogas com efeito antagonista: isoniazida, penicilamina, hidralazina, cicloserina e as tiazolidonas VITAMINA B7 (biotina) Cofator para carboxilases, coenzima na síntese e oxidação de ácidos graxos. Fontes: Fígado e outras vísceras, gema de ovo, feijão, lentilha, ervilha, nozes. São fontes pobres nessa vitamina: carnes, cereais, grãos, frutas e vegetais Deficiência: em populações que consomem grandes quantidades de ovo cru (avidina) em indivíduos com má absorção intestinal em pacientes submetidos a nutrição parenteral por períodos prolongados VITAMINA B9 (ácido fólico) Síntese do DNA, síntese dos eritrócitos, manutenção do sistema imunológico. Fontes: Hortaliças folhosas verdes, grãos, nozes, cereais integrais, fígado, carnes, peixes, leguminosas, laranja. Deficiência: anemia macrocítica ou megaloblástica VITAMINA B9 (ácido fólico) potenciais funções na prevenção de defeitos de nascimento, doenças cardiovasculares, câncer, manutenção da função cognitiva durante o processo de envelhecimento (inclusão na presença de sintomas relacionados a doenças neurodegenerativas) VITAMINA B12 (cobalamina) Síntese do DNA, manutenção das células nervosas, síntese dos eritrócitos. Presente somente na PTN animal. Fontes: peixes, mariscos, carnes, ovos (gema), leite e derivados. Deficiência: Anemia megaloblástica Atenção em vegetarianos restritos VITAMINA B12 (cobalamina) A fervura da carne pode levar a perdas de até 30% na água. VITAMINA C VITAMINA C Antioxidante Biossintetizador de colágeno; Melhora a imunidade; Importante para o crescimento e regeneração dos tecidos (cicatrização) e para a saúde das gengivas Participa da síntese de neurotransmissores (serotonina) Ajuda na absorção de ferro Importante: RDA: visando proporcionar proteção antioxidante; Tabagismo aumento do estresse oxidativo e do turnover de vitamina C. Recomenda-se + 35mg para fumantes. Fontes frutas cítricas, kiwi, acerola, abacaxi, abóbora, batata- doce, pimentão verde, milho, couve- flor, espinafre, repolho, tomate, mamão papaia, manga e melão. VITAMINA C Absorção 70-90% da ingestão quando consumido 30- 180 mg/dia Quando consumido ~1g/dia: absorção cai para 50% Vale a pena suplementação de vitamina C??? Gripe ↑ requerimento de Vitamina C? “Foi observada pouca variação entre o risco de gripes e algumas doenças infecciosas com carência de vitamina C”. “Cores da Saúde” pigmentos bioativos Roxos Fornecem muita antocianina, um antioxidante que auxilia no combate às doenças cardiovasculares e câncer (beterraba, uva, repolho roxo) Verdes Presença de luteína e zeaxantina auxiliam na defesa contra o câncer de cólon e problemas oftalmológicos (espinafre, couve) Cores da Saúde Vermelhos Têm licopeno, que reduz o risco de tumores de próstata e de pulmão (morango, tomate, goiaba, acerola, maçã) Brancos Antoxantinas, que amenizam a ação dos radicais livres (alho, gengibre, cogumelo, cebola, batata, nabo, couve-flor) Laranja Esbanjam carotenoides, preservando assim a visão (laranja, pêssego, manga, cenoura...) MINERAIS CÁLCIO Formação de ossos e dentes; coagulação sanguínea, contração muscular, transmissão de impulsos nervos. RDA (IOM, 2010): baseou-se no nível de ingestão associado à máxima retenção ou à mínima perda de massa óssea!! Fontes: Leite, iogurte, coalhada, queijos, vegetais folhosos escuros, leguminosas, brócolis, amêndoa, ostra, sardinha, semente de gergelim e tofu. CÁLCIO Absorção: Cafeína ↓ levemente absorção e induz o aumento da excreção renal de cálcio Menopausa: perda óssea de 3% ao ano Gestação e lactação: maior ingestão? CÁLCIO Atua na manutenção dos ossos Auxilia no controle de peso Controla a hipertensão Dica: quanto mais pobre em cálcio for a dieta, maior o risco de ter um alto índice de massa corporal (IMC) FÓSFORO Juntamente com o cálcio participa da formação de ossos e dentes; Previne a perda de massa óssea Ajuda a preservar a memória Reduz a taquicardia e o nervosismo RDA: nível de ingestão associado à manutenção da concentração de fosfato sérico na faixa da normalidade: Adultos: 2,5 a 4,5mg/dL Crianças: 4,0 a 6,5mg/dL FÓSFORO Fontes: carne, castanhas, cereais, leite, legumes e nozes O que atrapalha a absorção: Alguns remédios indutores do sono Consumo excessivo decálcio FERRO Componente da hemoglobina e de diversas enzimas (desidrogenases, citocromos e enzimas mitocondriais). RDA (2001): Perdas basais de ferro Perdas menstruais Requerimento fetal Crescimento Estoque - Ferritina FERRO Absorção: Regulada pelo estoque de ferro Ferritina = 15µg/L: depósito mínimo! Ferritina < 12µg/L: estoques de ferro “completamente” esgotados! Biodisponibilidade Heme: 25% são absorvidos (Carnes, Vísceras) Não heme: 10% são absorvidos (Amêndoas, Frutas secas, Grãos integrais, Rúcula) FERRO FERRO FERRO O que mais atrapalha a absorção? Os taninos presentes no chá mate, no chá preto e na água tônica Os fitatos das fibras integrais O que melhora a absorção? A vitamina C encontrada no kiwi, na laranja, no limão e na acerola FERRO RECOMENDAÇÕES - IMPORTANTE!! Meninas > 14 anos já mestruaram: Recomendação ↑! Meninas < 14 anos que já mestruaram? maior necessidade: + 2,5 mg/dia Mulheres em idade fértil sem uso de contraceptivos orais (CO): 18 mg/dia Vegetarianas? >1,8 x RDA MAGNÉSIO Atua em enzimas da via glicolítica e gliconeogênica, em etapas do ciclo de krebs, no metabolismo dos lipídeos, envolvido na contração muscular. Fontes: Vegetais, cereais integrais, castanhas, chocolate, gérmen de trigo, nozes, damasco, tofu, água de coco, camarão, soja, acelga, quiabo. MAGNÉSIO Deficiência: menor resistência ao estresse, hiperexcitabilidade neuromuscular, irritabilidade, perda de apetite, náuseas, vômitos, sonolência. ZINCO Constituição de enzimas envolvidas no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, síntese de DNA e RNA, co-fator da superóxido-dismutase, constituinte da insulina. ZINCO Fontes: Frutos do mar (OSTRAS), carnes vermelhas. Ovos, a carne de frango, o leite e derivados, as frutas oleaginosas como as amêndoas, e os cereais integrais são boas fontes Deficiência: Risco de infecções bacterianas. SELÊNIO A mais importante atividade biológica do selênio é a composição da enzima glutationa peroxidase (GSH-Px) SELÊNIO Outras funções: fertilidade, mecanismos imunes, biossíntese da ubiquinona (biossíntese mitocondrial do ATP). Doenças crônicas: aterosclerose, câncer, artrite, cirrose e enfisema - há fortes indícios de que o selênio atue como elemento protetor. Fontes: Castanha do Pará, camarão, caranguejo, salmão, arroz integral, frango, carne suína, carne bovina, farinha de trigo integral, leite, FEIJÃO. SELÊNIO Quantidade de selênio nas castanhas-do-brasil varia de acordo com região!!! Amazonas: 185,7 mcg de Se (ou seja, 3,4 a mais do que o recomendado) Amapá: oferecem cerca de 2,3 vezes a concentração recomendada. Acre ou no Mato Grosso: não oferece nem 10% desse teor recomendado e para atingi-lo seria necessário comer 11 castanhas da amostra acriana e 15 da mato-grossense. Fonte: Embrapa, 2016. SELÊNIO Deficiência: Depende da região No Ceará, por exemplo, o feijão tem 1,2 µg de Se/g; em São Paulo, tem 0,016 µg de Se/g (Cozzolino, 2007). Pode haver interferência no metabolismo da glândula tireóide, uma vez que ele é essencial à atividade da deiodinase tipo II, que transforma os hormônios T4 em T3 (mais ativo) *ATENÇÃO: A TOXICIDADE do selênio (acima de 400 µg ao dia) está associada a fragilidade, perda de cabelo e unha, irritabilidade, fadiga, aborto e infertilidade. COMPOSIÇÃO EM 100 GRAMAS!! ÁGUA E ELETRÓLITOS ÁGUA Principal constituinte do corpo humano; Essencial para a homeostase e a vida; Apesar do reconhecimento de que algumas doenças crônicas possam estar associadas a baixa ingestão de água evidências insuficientes para recomendar a ingestão de água visando reduzir o risco de doenças ÁGUA Água total = 81% (líquidos) + 19% (alimentos) AI (IOM): Água pura + água das bebidas + água dos alimentos. AI estabelecida para evitar as anormalidades funcionais da desidratação. ÁGUA ATENÇÃO: ↑ consumo protéico → ↑ necessidade de água! Fibras também aumentam a necessidade! ÁGUA - Observações Uma ingestão de água mais elevada pode ser necessária em situações de doenças, aumento da atividade física e exposição à temperatura mais elevada; O consumo abaixo da recomendação não implica necessariamente inadequação (assim como para os demais nutrientes). ÁGUA UL: não foi estabelecido, considerando que os indivíduos SAUDÁVEIS são capazes de excretar o excesso de água consumido e manter o balanço hídrico; Deve-se considerar o risco de “intoxicação hídrica”, relacionada ao alto consumo em curto espaço de tempo “Excedendo a capacidade máxima de excreção renal – aproximadamente 0,7 a 1 L/hora” ÁGUA Recomendações para adultos: 35 mL/kg de peso 1 mL/kcal Seguir as recomendações do IOM POTÁSSIO Principal cátion intracelular no corpo humano, é fundamental para a função celular normal; Juntamente com o sódio, é importante para a manutenção do equilíbrio hídrico Juntamente com o cálcio, participa da regulação da atividade neuromuscular Deficiência acentuada = hipocalemia: arritmia cardíaca, fraqueza muscular e intolerância a glicose. POTÁSSIO AI: nível de ingestão a partir de alimentos deve ser considerado para: manter os níveis de pressão sanguínea reduzir os efeitos adversos do cloreto de sódio sobre a pressão diminuir o risco de cálculo renal possivelmente diminuir a perda óssea UL: não representa risco uma vez que é excretado pelos rins POTÁSSIO Fontes: Banana Carne Coco verde Laranja Leite Oleaginosas Vegetais crus POTÁSSIO Os Campeões: Alimento por 100g Água de coco – 500 mg (por 300 ml) Banana – nanica 376 mg Maracujá 338 mg Kiwi 269 mg Laranja pera 163 mg Uva 162 mg SÓDIO Regulação osmótica do sangue, plasma, fluidos intercelulares e do equilíbrio ácido-base. É essencial à motilidade e à excitabilidade muscular. AI de sódio (2004): visa assegurar o consumo adequado e repor as perdas pelo suor de indivíduos em ambientes não climatizados, em atividade moderada; Essa recomendação não se aplica em indivíduos altamente ativos ou expostos a calor prolongado. SÓDIO O consumo de sódio acima da recomendação não é benéfico (1,2-1,5g/dia)! Porém foi estabelecido para pessoas em climas temperados! EUA e Canadá Recomendação no Brasil: 6g de sal/dia! (Guia Alimentar) 2,4g de sódio/dia SÓDIO Para converter cloreto de sódio em sódio: 1 g de sal de cozinha (NaCl) 0,4 g de sódio (Na) Fontes: Embutidos Molhos prontos, como o de soja Queijos Tofu SÓDIO EXERCÍCIO ELABORAR A PRESCRIÇÃO DE UM ALMOÇO E DE UM LANCHE QUE VOCÊ CONSIDERE EQUILIBRADOS EM MICRONUTRIENTES PARA UM HOMEM BRASILEIRO, 35 ANOS, DE CLASSE MÉDIA Tente planejar para que AS DUAS REFEIÇÕES JUNTAS alcancem no mínimo 35% das recomendações dos seguintes nutrientes: Vitaminas A, B1, B2, B3, C Minerais: Cálcio, Fósforo, Ferro, Sódio
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