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02 - Responsabilidade Social e Ambiental

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Ao decorrer dos anos é possível observar como as organizações se preocupam com o social, muitas destas empresas criam programas onde a sociedade é beneficiada. É importante citar que as organizações preocupadas com este tipo de projeto visam também utilizar os benefícios disponíveis pelo governo.
 Surge a pergunta: As empresas visam ajudar a sociedade ou receber os benefícios disponíveis?
 É necessário observar como a empresa se comporta não apenas com a sociedade más também com o ambiente onde ela atua, surgindo assim o conceito de responsabilidade ambiental.
 Para uma empresa se destacar frente à sociedade ela deve se preocupar com o meio onde vive, criando dentro de sua estratégia o conceito do social e ambiental. Como a empresa poderá produzir, colaborar com a sociedade e contribuir com a preservação do meio ambiente.
 A partir de hoje devemos observar quais empresas se preocupam com este tripé: social, ambiental e empresarial. Para sim poder dizer que ela é uma empresa com responsabilidade e que se preocupa com o meio onde vive.
 É possível que uma empresa se preocupe com as questões sociais e ambientais e ainda atinja as expectativas de seus acionistas gerando lucro?
R: Sim é possível. E tudo esse em brolho esta inserido: Na missão é visão. OU seja, onde estamos atualmente, e onde queremos chega. E ainda, mas, pode ser utilizado o implemento de uma consultoria: Fazendo o PPRA e o PCMSO. Para um bom direcionamento da empresa. 
 A sociedade de consumo é um termo bastante utilizado para representar os avanços de produção do sistema capitalista, que se intensificaram ao longo do século XX notadamente nos Estados Unidos e que, posteriormente, espalharam-se – e ainda vem se espalhando – pelo mundo. Nesse sentido, o desenvolvimento econômico e social é pautado pelo aumento do consumo, que resulta em lucro ao comércio e às grandes empresas, gerando mais empregos, aumentando a renda, o que acarreta ainda mais consumo. Uma ruptura nesse modelo representaria uma crise, pois a renda diminuiria, o desemprego elevar-se-ia e o acesso a elementos básicos seria mais dificultado.
 Uma das grandes críticas ao sistema capitalista é a emergência desse modelo. Suas raízes estão vinculadas ao processo de Revolução Industrial, mas foi a emergência do American Way Of Life (jeito americano de viver) em 1910, nos Estados Unidos, que intensificou essa problemática. A consequência foi uma crise de superprodução das fábricas, que ficaram com grandes estoques de produtos sem um mercado consumidor capaz de absorvê-los, gerando a crise de 1929. Na época, para combater os efeitos da crise, o governo desenvolveu formas de intervir na economia e provocar o seu aquecimento em um plano chamado New Deal (Novo Acordo).
O cartaz expressa o American Way of Live, enquanto a população carece de recursos durante a crise
 Consequentemente, para que as fábricas continuassem produzindo em massa e os produtos difundissem-se, foram estabelecidos modelos de desenvolvimento pautados na melhoria de renda e no crédito facilitado com o objetivo de ampliar ainda mais o consumo. Com isso, a crise econômica do século XX teve fim, mas uma problemática ainda maior se estabeleceu, pois o consumo pelo consumo é uma maneira contraditória e ineficaz de manter o desenvolvimento das sociedades. Tal dinâmica não se modificou mesmo com a retomada do modelo neoliberal a partir da década de 1970 em todo o mundo.
 As críticas sobre a sociedade de consumo direcionam-se não apenas pela perspectiva econômica, mas também pelo viés ambiental. Afinal, um dos efeitos do consumismo é a ampliação da exploração dos recursos naturais para a geração de matérias-primas voltadas à fabricação de mais e mais mercadorias. Estimativas apontam que seriam necessários quatro planetas e meio para garantir os recursos naturais para a humanidade caso todos os países mantivessem o mesmo nível de consumo dos EUA.
 Com isso, há a devastação das florestas e o esgotamento até mesmo dos recursos renováveis, tais como a água própria para o consumo, as florestas e o solo. Além disso, os recursos não renováveis vão contando os dias para a escassez completa, tais como as reservas de petróleo e de diversos minérios utilizados para a fabricação dos mais diferentes produtos utilizados pela sociedade.
 Um dos aspectos mais criticados no que se refere à sociedade de consumo é a obsolescência programada – ou obsolescência planejada –, que consiste na produção de mercadorias previamente elaboradas para serem rapidamente descartadas, fazendo com que o consumidor compre um novo produto em breve. Assim, aumenta-se o consumo, mas também aumenta a demanda por recursos naturais e maximiza a produção de lixo, elevando ainda mais a problemática ambiental decorrente desse processo.
A intensiva geração de lixo é um dos principais problemas da sociedade de consumo atual
 Com isso, além da adoção de políticas sociais de controle ao consumismo exagerado, é preciso encontrar meios econômicos alternativos ao desenvolvimento pautado no consumo. Não obstante, faz-se necessária também a promoção de políticas de reciclagem, além da reutilização ou reaproveitamento dos produtos não mais utilizados, contendo, assim, a geração de lixo e a demanda desenfreada por matérias-primas.
 É possível que uma empresa se preocupe com as questões sociais e ambientais e ainda atinja as expectativas de seus acionistas gerando lucro?
R: Sim é possível. E tudo esse em brolho esta inserido: Na missão é visão. OU seja, onde estamos atualmente, e onde queremos chega. E ainda, mas, pode ser utilizado o implemento de uma consultoria: Fazendo o PPRA e o PCMSO. Para um bom direcionamento da empresa.
 Consequentemente pela obsolescência planejada? Cite alguns exemplos.
R: Sabemos que alguns recursos, não são renováveis. E a busca desenfreada, para troca de equipamentos e grande. Pois nos anos 90 e até 2007. Os equipamentos eletrônicos tinham maior durabilidade. E hoje em dia não. Lembro-me que o celular da Nokia cai no chão desmontava todo, e eu juntava tudo e o mesmo voltava a funcionar. 
 Obs: Só para que se tenha uma ideia: Tenho o celular moderno, que é feito para durar de 1 a 2 nos. E o antigo. –Vão dizer que um é mais moderno e outro e obsoleto. Sempre quando o atual da pana. Coloco o chip no antigo, que tenho a mais de 13 anos. Até comprar um novo. E não para por aí. Com relação a som e televisão e a mesma coisa. Obs.: Não possuo televisão moderna e nem som. E adivinha, até hoje: Embora minha mãe me zoe. As minhas não deram problema, já a da minha mãe e de muitos parentes, já foram trocadas de 1 a 3 vezes no mínimo. 
 Existe uma corrente, que quer te obrigar a ser consumista a qualquer custo. Pois bem! Eu tenho a visão, que a tecnologia e bem vida. Mas, eu em especial, não entro nessa guerra por consumo desenfreado. 
 De que maneira a população pode participar, direta e indiretamente, e contribuir para a promoção da responsabilidade social e ambiental?
R: A frente atinge diversas formas. Tais como: A preservação da natureza e todo o seu recurso natural. A primeira medida e, plantar árvores, não secar ricos e lagos, cuidar das preservações dos mesmos. Participar de reciclagem. É usa produtos naturais, no seu dia a dia. 
 Os negócios sociais, tais como o citado na reportagem, de investimento de impacto contemplam projetos que resultam em que tipos de vantagens e benefícios? E por outro lado, quais são os desafios?
R: Além da competição de empresa para empresa. A certificação faz com que, a empresa em questão, seja notabilizada e mais respeitada. O avanço e muito bem vindo. Mas, por ser trata de localidades distintas, O planejamento Logístico de Armazenagem (entrada e saída), Trajeto/Rota (Rápido, eficiente e seguro) e a distribuição, serão vistas como um diferencial positivo. Sem contar, a atenção com o meio ambiente (o que esta sendo feito para a preservação do mesmo). Pois, a responsabilidade social e ambiental. É um dever da empresa, que seimporta com o ambiente. Fora que é um marketing positivo, e bem visto, por certificadores, funcionários e clientes. 
 A Alemanha de Hitler declarou que era chegada a hora da "solução final", que significava a total aniquilação dos judeus. Com isso, aumentou o número de judeus que fugiam para Israel.
 Durante a Segunda Guerra Mundial, foram mortos seis milhões de judeus; milhões tiveram suas riquezas roubadas; sua cultura e sua sociedade foram mutiladas. Este holocausto, quase inacreditável, reforçou a idéia do movimento sionista, que pregava a criação de um Estado nacional para os judeus.
 Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a ONU propõe a divisão da Palestina em dois Estados: um Estado árabe e outro Estado judeu. Os países árabes rejeitaram a proposta. Em 14 de maio de 1948, Ben Gurion assina a proclamação que cria o Estado de Israel. Os ingleses se retiram e, imediatamente, o Egito, o Iraque, a Jordânia, o Líbano e a Síria se revoltam contra o novo Estado.
 Para os judeus, a Palestina é a terra prometida. Levaram para lá todo o seu potencial financeiro e tecnológico e começam a construir um país. Mas, a região já estava ocupada por uma sociedade de cultura e tradição tão antigas quanto às dos recém-chegados. Para os palestinos, é uma grande injustiça permitir que sua terra seja ocupada por um povo que nunca foi proprietário da terra.
 Água – Uma das fontes do conflito:
 A Escassez de água é uma ameaça global, e torna-se intensa em algumas áreas como o é o caso de Israel e Palestina. Há de se levar em conta que por convenção, de acordo com estudo de hidrologistas, até 1.000 milhões de metros cúbicos, por pessoa, é considerado um caso de escassez de água  Considera-se ainda que uma disponibilidade abaixo dos 500 metros cúbicos equivale a escassez absoluta.
 Dentro de uma perspectiva local, além da discussão sobre as disputas territoriais na região da Palestina, os conflitos pela água entre as comunidades palestinas e judias ganham também destaque. Dispondo de uma reserva anual média de, aproximadamente, 1.200 metros cúbicos por pessoa, o Oriente Médio é a região do mundo mais atingida pela pressão da falta de água. Os Palestinos, sobretudo em Gaza, experimentam algumas das crises mais agudas de escassez de água do mundo inteiro — têm apenas cerca de 320 metros cúbicos por pessoa.[3] Esta situação é agravada pela disputa entre os povos judeus e árabes na região por abastecimento de água, que tem início desde a imigração da última à histórica Palestina, esta ainda sob tutela Britânica. Contudo, como um conflito em si, torna-se evidente não só pela criação do Estado Judeu, mas também a partir da criação do Movimento Nacional Palestino, em meio à década de 1960 e recorrente ocupação Israelense aos Territórios Palestinos na Guerra dos Seis Dias.
 A região Palestina localiza-se sobre a Bacia do Rio Jordão, uma fonte regional de água doce. Tal Bacia conta, além do próprio Rio Jordão, com o Lago Tibérias, historicamente conhecido Mar da Galiléia, e seus afluentes mais intensos, os rios Yarmouk e Jabbok, ambos vindos do leste e com curso dentre diversos Estados vizinhos e tem como delimitação a foz  do Rio Jordão no Mar Morto, ao extremo sul da Região.
 Geograficamente, nesta bacia, a escassez de água é característica e é causada por múltiplos fatores e afeta, de maneira mais séria, Israel, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.. A maior precipitação da região, 1.000 milímetros, ocorre somente em uma pequena área a norte. As partes leste e sul da região apresentam características de terras semi-áridas a áridas, recebendo somente 50 a 250 milímetros de chuva por ano. Estima-se que a quantidade total de água renovável disponível na região seja de 2.4 bilhões de metros cúbicos por ano, ao passo que a utilização de água, em média, chega a 3 bilhões de metros cúbicos.[4] O déficit resultante é suprido extraindo-se água, sem capacidade de reposição, do lençol freático e de outras formações geológicas.
 O principal aqüífero do território, o Aqüífero Montanhoso, constitui a principal fonte de água potável da região. Nascido em terras palestinas, na Cisjordânia, cobre a área central do território Árabe e corre pelo chamado corredor Israelense. Sua exploração intensiva tem início com os assentamentos judeus entre os anos de 1920 e 1930, mas potencializa-se entre 1948 e 1967 e após a Guerra dos Seis Dias, que tem como  resultado o aumento considerável do estado de Israel: foram conquistadas áreas do Egito, Faixa de Gaza, Península de Sinai, região da Jordânia, a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém, partes pertencentes à Síria e às Colônias de Golan, colocando a região quase totalmente sob a ocupação Israelense. Dessa maneira, sua exploração tornou-se também um dos principais pontos de discórdia entre estes dois povos.
 Em meados à década de 1970, a exploração na região norte e leste deste aqüífero chega ao limite, basicamente com problemas de absorção e salinização. A qualidade da água sofre alterações sensíveis à utilização humana, conforme palavras declaradas pelo Ministro do Meio-Ambiente Israelense durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento que aconteceu no Rio de Janeiro em 1992, “A rápida infiltração de água salina no Aqüífero (...) constituí um grande perigo”contribuindo para o aumentando do nível da tensão na região,
 Existe ainda uma outra fonte de água, o Aqüífero Costeiro, de onde derivam somente 15% da água utilizada na região.
 Princípios e conceitos importantes:
 Para maior entendimento da situação, faz-se necessário descrever alguns conceitos e definições internacionais acerca do tema hídrico. 
 O princípio mais influente dentro da perspectiva regional do Oriente Médio é o principio do uso eqüitativo e razoável da água. Por definição tem-se a utilização de um curso da água por um Estado situado a  montante não pode prejudicar as populações dos Estados que estejam à jusante. Este Princípio foi primeiramente estabelecido na Convenção para Utilização do Curso de Águas Internacionais, em 1997, pela Organização das Nações Unidas, para garantir à todas as populações o acesso à água e o desenvolvimento por ela estabelecido.
 “O uso eqüitativo e razoável significa a preservação do curso d’água para que outros Estados por ele banhados também possam se valer dos benefícios que ele proporciona, garantindo a outras populações o acesso à água e ao desenvolvimento econômico.”
 Outro princípio é a obrigação de não causar danos tranfonteiriços
 “...como uma forma de garantir a utilização de um curso d’água internacional por parte de um Estado, de forma soberana em seu território, e, ao mesmo tempo, impedir que este uso acarrete danos para outros Estados”.
 Especificamente no caso Palestino-Israelense, a utilização deste princípio torna-se um ponto obstante, uma vez que as fronteiras territoriais, ao longe de guerras e resoluções internacionais, são alvo de argumentações e discordância.
 Somado a esses princípios, um conceito importante a ser considerado é o conceito econômico de oferta e demanda em relação a água, de Homer Dixon, que argumenta que o aumento populacional  eleva a demanda do recurso natural, o qual, por sua vez, não acompanha o a oferta disponível geograficamente. A pressão pela utilização do recurso torna-se ainda mais forte o que propicia tensões homéricas, principalmente quando se trata se um recurso natural necessário à sobrevivência humana como é o caso da água
 Em sua análise, Armando Yahn Filho descreve a teoria de Homer Dixon como subdividida em três fatores de escassez: oferta, demanda e causas estruturais.
 “A escassez pela oferta (também chamada de “mudança ambiental”) é conseqüência da degradação e do esgotamento dos recursos naturais renováveis. A escassez pela demanda está associada ao crescimento populacional ou ao aumento do consumo dos recursos. Por fim, a escassez estrutural está ligada à distribuição desigual dos recursos no globo, de modo que algumas populações habitam áreasonde há predominância de determinados recursos enquanto outras são privadas deles”.
 De acordo com o próprio Dixon, a probabilidade do crescimento da violência aumenta assim que o balanço de poder se afasta do Estado e se aproxima de grupos de contestação. A capacidade do Estado em responder estes grupos, diz Dixon, é a chave para a detenção ou explosão da violência. Como resposta a sociedade deve agir de duas maneiras: através da utilização racional e eficiente desses recursos ou pela diminuição de sua dependência do mesmo.
 Dixon ainda argumenta que alguns Estados tornam-se fracos perante a escassez de alguns recursos naturais. A sociedade aumenta sua pressão sobre o governo e perante a incapacidade de responder a estas demandas, o que pode culminar na perda da legitimidade do Estado.
 De acordo com os estudos de Arun Elhance sobre a escassez hídrica, aplicando estas teorias sob o aspecto internacional
 “...os problemas econômicos, ambientais, políticos e de segurança, criados pelo aumento da escassez de água, por falta de cooperação entre os Estados ribeirinhos,(...) , podem criar sérias instabilidades domésticas e conflitos dentro de um ou mais Estados ribeirinhos, cujos efeitos, provavelmente, podem se espalhar para os países vizinhos.”
 Sob esta perspectiva analítica, o caso Palestino-Israelense faz-se um ponto de conversão dos aspectos citados, uma vez que reúne em si, obviamente diante de outros fatores políticos, econômicos e sociais, todos os indicadores defendidos pelos teóricos.
 Água e política local:
 Considerando que a chamada “Nação Palestina”  encontra-se em fase de desenvolvimento econômico, ou mais precisamente de subsistência populacional, dependendo basicamente da produção agrícola e de fontes de desenvolvimento primários, a água é um fator decisivo para o desenvolvimento econômico e social da população local, além do fator humanitária ainda não considerado neste estudo.
 Israel, por sua vez, uma nação reconhecida internacionalmente, tem como perspectiva econômica um desenvolvimento industrial cristalizado, também tendo a água como um agente econômico essencial para seu progresso. Mais uma vez o fator humanitário, o direito a água aos cidadãos é defendido perante a escassez do bem natural.
 Uma vertente a ser explorada é o fato da legitimidade governamental da região. Como abordado por Dixon, um governo enfraquecido só aumenta a propensão populacional de apoio a movimentos que desenvolvem as necessidades básicas para a sobrevivência da população. O caso Palestino pode ser enquadrado dentro desta perspectiva, já que como governo reconhecido, há uma lacuna entre o sistema político e econômico e o social. 
 Assim como em outras partes do mundo, grupos não-estatais acabam agindo em substituição ao Estado em ações sociais, em um assistencialismo que nem sempre está ligado ao desenvolvimento político. Com isso as ações políticas e econômicas são feitas paralelamente entre os líderes sociais e pelos governantes em si. Grupos de contestação são uma realidade dentro do Território Ocupado Palestino, o que propicia uma ruptura social e política e que tem como violência sua principal ferramenta de protesto.
 Há de se observar que mesmo que tendo como objetivo a reconquista territorial, tais grupos palestinos, como Hammas e Fattah, acabam tomando proporções políticas adjacentes, tais como a luta por condições dignas de sobrevivência, envolvendo a água como fator essencial e também econômico, colocando a água como condição para o desenvolvimento agrícola e industrial. 
 As soluções aconselhadas, como a utilização racional ou diminuição da dependência são improváveis dentro de uma visão macro e microeconômicas e impossíveis dentro de uma perspectiva humanitária.
 A tensão torna-se ainda mais volátil e violenta quando os fatores defendidos por Dixon são coincidentes com conflitos religiosos, territoriais e étnicos, como acontece na região da Palestina e Israel[13]. O caso do Oriente Médio é um conglomerado de vértices conflituosas que tendem à expansão quando colocadas sob mesma perspectiva. Os recursos hídricos são uma causa em si, que fortificam e  elevam o conflito Palestino-Israelense. Ainda deve-se ser levado em conta o reconhecimento sob o Território Ocupado Palestino como um Estado pela vizinha Israel. O fato da não negociação bilateral entre dois Estados reconhecidos e assim  a consideração parcial das leis e princípios internacionais acaba afetando as negociações sobre a Bacia do Jordão e a decisão sobre o compartilhamento de águas na região. Entretanto, o fato da escassez absoluta da região também é um fator decisivo que pode ser tido como mais uma vértice decisiva para o conflito, ou, como será desenvolvido à frente, uma esperança à cooperação.
 Os Recursos Hídricos Padecem à Guerra:
 Em 1953 Israel torna público seu primeiro plano de água, conhecido como Plano Johnston este defendia o interesse do Estado na construção de uma rede de distribuição entre todo o território, coletando água das áreas possíveis e levando-a até onde é necessária para a sobrevivência de sua população[14].
 O CNA pode transportar mais de um milhão de metros cúbicos de água por dia e é responsável pela distribuição das águas do Rio Jordão por todo o território Judeu. O fluxo hídrico inicial era de cerca de 195 mmc, com alteração desta média na década de 1970 para 350 mmc, chegando a 420-450 mmc durante os anos 1980. 
 De acordo com o Grupo Palestino de Hidrologia, em 1953, o Rio Jordão dispunha, em média, de 1.250 milhões de metros cúbicos anuais de água, quantidade a qual sofreu relativa mudança após a construção no Canal Nacional de Água Israelense (CNA), concluído em 1964. Cerca de 60% das águas do Jordão são dissipadas para este Canal.
  Devido a importância estratégica dessas instalações de captação e distribuição de água, durante os ataques a ambos territórios, essas facilidades hídricas são constantes alvos, uma vez que suprindo um bem necessário à vida, como a água, a possibilidade do dito “inimigo” padecer aumenta.
 Como forma de exemplificar os danos causados às propriedades hídricas durante os ataques armados na região, compensa estudar o caso da incursão ocorrida entre Abril e Agosto de 2002, como ação da mais recente Intifada, com as perdas pontuadas pelo Palestinian Hydrology Group, órgão responsável pelo setor e distribuição aqüífera no Território Palestino.
 Uma chance à Cooperação:
 “À época do Velho Testamento, havia duas maneiras de resolver as disputas por água, que sempre foram escassas em nossa região. A primeira era lutar por ela. A outra maneira era colocar conjuntamente, sobre a boca da fonte, uma pedra tão grande que eram precisos cinco pastores para levantá-la, criando a necessidade de cooperação”.
 Conforme até agora apresentado, a água tem sido um ponto de discórdia entre Israel e a Palestina. Contudo, quanto toma-se como perspectiva o fato de que água é um bem que gera interdependência entre os atores, pode-se chegar a um ponto de convergência, e porque não dizer cooperação. Esta visão tem potencial para ser aceita como um impulso inicial para uma possível  gestão conjunta frente ao bem escasso, assim como influenciar outros aspectos dentro do conflito entre os povos.
 Inúmeros estudos, artigos e estatísticas demonstram a discrepância existente na distribuição de água entre os territórios de Israel, Cisjordânia e Gaza. Movimentos ambientalistas e humanitários, governamentais, não-governamentais, instituições pró e contra o estabelecimento do Estado Palestino, além da população e governos locais, dentre outros, são os principais interessados em estudar a realidade da região.
 Esta realidade pode ser considerada um ponto positivo perante qualquer outra tentativa de cooperação na região. Conforme defende Johan Galtung em seus estudos para  a paz, entender as causas da violência e encontrar meios para eliminá-las abre precedentes reais para a instituição da paz, ou dentro de uma visão realista, a efetivação donão-conflito.
 A peculiariedade deste conflito pela não aceitação do reconhecimento recíproco dentro do mesmo território, expõe dois governos irredutíveis a qualquer tipo de negociação[18]. Como resultado, o tema hídrico acaba por tomar um aspecto  secundário e periférico dentro das conversações primárias estabelecidas durante o ciclo de negociações de Oslo que correram durante a década de 1990. Estes acordos tinham como foco o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém.
  A Declaração de Princípios de Oslo diz em seu anexo III
 “... a criação de um Comitê Econômico de Cooperação, por uma governança conjunta pela água com o objetivo de especificar o modelo cooperativo na governança pela água na Cisjordânia e na Faixa de Gaza...” 
Assim como
 “...a preparação de propostas sob a forma de estudos e planos sobre o direito da água de cada parte, da mesmo forma sobre a utilização conjunta e equitativa do recurso natural...”
 Esta Declaração de Princípios determinou uma estrutura inicial para a cooperação, quando explicita a utilização razoável e eqüitativa dos recursos conjuntos, como é o caso da água. A capacitação destes princípios dá-se pela iniciativa, em 1994, da criação de uma Comissão Hídrica Conjunta. Esta comissão chegou a regular questões como a proteção dos sistemas de água e esgoto, contudo, um dos fatores que não possibilitou futuras negociações dentro deste Comitê foi o poder de veto concedido a Israel.
 Conversações para se chegar a um acordo final formam parte de um processo global de negociação, mas, considerando o impasse político e a continuação da violência, o impasse pode não ser concluído tão cedo quanto toda a sociedade internacional espera. Não obstante, israelenses e palestinos já concordam que é indispensável manter a cooperação sobre sua água partilhada.
 Apesar de todo o conflito, o colapso de Oslo e a resultante Intifada, especialistas da área hídrica locais e regionais tem mantido contato, assim como encontros esporádicos que podem ser interpretados como uma forma de reconhecimento entre ambos os lados da interdependência da água.
 Dentro de uma perspectiva a longo termo, e como dá-se como fato a subdivisão territorial e hídrica entre Israel e Palestina, estes devem levar a existência do recurso, assim como a interdependência sob um olhar cooperativo. Como uma forma de tornar viável tais premissas ambos os lados devem buscar uma Governança Conjunta quando coloca-se como primazia as leis internacionais estabelecidas, com as respectivas necessidades e densidades populacionais levadas em conta. Ainda como parte desta tentativa de coexistência, deve-se levar em conta os desafios e as conseqüências do crescimento populacional e econômico de ambos os lados, como poluição, desperdício, dessalinização, e projetos de conscientização populacional.
 Caso políticas unilaterais continuem em ambos os lados do território, a tendência de perpetuação da crise local, agravadas com casos de poluição, salinização,  e stress hídrico; é ser fortalecida e efetiva. Este panorama só aumentara a dificuldade dos atores em administrarem seus direitos sobre este bem natural, escasso e danificado.
 A última Intifada, com início em 2000, comprometeu o processo de paz anteriormente estabelecido. A falta de confiança entre os dois lados aprofundou-se à medida que os acordos selados no passado tornaram-se irrelevantes perante as ações violentas na região. Todo este aspecto torna ainda mais difícil a propensão governamental de administração conjunta em quaisquer que sejam os recursos interdependentes no território. Existe somente um campo, o qual mesmo com todas as ações militares, as relações ainda persistem. Este campo e a distribuição de água e a infra-estrutura ligada a esta.
 Uma prova de desta exceção e revelada por Ze'ev Schiff em sua tese Israel-PA Cooperation in Water - the One Exception. O autor descreve a assinatura de uma declaração conjunta, em 31 de Janeiro de 2001, em Erez, numa primeira tentativa de reunião da Comissão Hídrica Conjunta  desde o inicio da Intifada em Setembro de 2000,  a qual definia que a água e a infraestrutura ligada a ela deveria ser excluída do ciclo de ataques recentes.
 Esta declaração continha as promessas de ambos os lados de tomarem as atitudes necessárias para fornecer água e tratamento de esgoto na Cisjordânia e Faixa de Gaza e reparação imediata  dos danos ocasionais nestes sistemas. Os dois lados deixaram claro, em um apelo às suas populações, que o sistema hídrico dos dois povos são interdependentes e que servem ambos, e com isso, quaisquer danos causados a este sistema os afetariam com mesma intensidade.
 Como forma de garantir o fornecimento de água, à população foi requisitado que fizessem o que estivesse ao seu alcance para evitar danos a canos, estações de tratamento, equipamentos e sistemas elétricos. 
 Um exemplo desta cooperação aconteceu na região de Belém, quando o servidor central de água sofreu danos pelas incursões, e funcionários da Mekrot, empresa Nacional de Distribuição de Água Israelense,  foram chamados para reparar os danos. Mesmo com pressão dos assentados judeus para serem atendidos primeiro, decidiu-se pela urgência pela água dos 150.000 residentes palestinos de Belém à pequena comunidade de judeus, e como resultado de uma análise justa e cooperativa, o aqueduto de Belém reparado primeiro.
 Conclusão:
 Por ser um recurso natural compartilhado, que desconhece fronteiras políticas, e escasso, a água se insere nas Relações Internacionais como um fator de Conflito e Cooperação.
 O conflito é inerente ao recurso dividido. São poucos os casos de divisão da água os quais não são necessárias regras para a conquista da estabilidade. Certamente a interdependência supri mais aos elementos de conflitos do que de cooperação, caso os atores envolvidos não coloquem-se atentos às necessidades primárias da população.
 Algumas áreas a cooperação são implícitas pelo desenvolvimento econômico e políitico, como em regiões como América do Norte e Ásia.  Contudo, dentro do caso estudado, a cooperação deve ser tomada sob a perspectiva de sobrevivência dos dois povos na mesma região. Técnicos do setor, como geólogos e hidrologistas são a peça-chave na construção de um comitê interdependente que pode dar ao até então conflito, uma nova perspectiva de cooperação.
 Há de se considerar, entretanto, que dentro de uma região ainda abalada por conflitos fronteiriços e volência intermitente, essa cooperação torna-se um fator de desconfiança entre os dois governos. Cada região e suas ideologias terão que reconsiderar o fato da sobrevivência humana antes de qualquer discrepância política.
 
Sobe número de pessoas que culpam Sabesp por crise hídrica, diz pesquisa
 Cai para 23% os que responsabilizam governo do estado pela falta d'água.
Pesquisa Ibope foi encomendada pela Rede Nossa São Paulo.
Tatiana SantiagoDo G1 São Paulo
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Represa do Sistema Cantareira no começo de janeiro de 2016 (Foto: Reprodução TV Globo)
 O número de pessoas que responsabilizam a Sabesp pela crise hídrica subiu de 61% para 67% das pessoas ouvidas pela pesquisa Ibope, encomendada pela Rede Nossa São Paulo e Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (19).
 A Sabesp é uma empresa de economia mista, cujo principal acionista é governo do estado de São Paulo, que controla a gestão da companhia. Mesmo assim, o levantamento aponta que diminuiu o número de pessoas que responsabilizam o governo do estado por falta d'água.
 O levantamento aponta que 23% dizem que a responsabilidade pela falta d’água é do governo do estado de São Paulo. No ano anterior, o índice que culpava o governo era 30%.
 Quando o tema é falta de planejamento, 45% dos entrevistados creditam esse motivo à crise hídrica, ante 42%.
 A pesquisafoi realizada entres os dias 30 de novembro e 18 de dezembro de 2015 com 1.512  moradores da cidade de São Paulo com 16 anos de idade ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
 Segundo a pesquisa, 18% dos entrevistados dizem que o problema é falta de chuvas (no ano passado eram 29%) e 4% ao desmatamento da Amazônia (ante 3% na edição anterior).
Entre os entrevistados, 64% afirmam ter tido (eles próprios ou familiares) problema com abastecimento de água nos últimos 30 dias. No ano passado, esse número ficou em 68%.
 Administração pública
 Do total de entrevistados, caiu de 15% para 13% os que consideram “ótima” ou “boa” a gestão municipal atual. Também diminuiu o percentual dos que avaliam como “regular”, passando de 45% para 31%. Subiu de 40% para 56% os que a consideram “ruim” e “péssima” a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).
 A Câmara Municipal é avaliada como “ótima” ou “boa” por 5% dos paulistanos entrevistados, ante 10% na pesquisa anterior. E 71% deles avaliam a Legislativo municipal como “ruim/péssimo”.
As instituições com maior credibilidade para a população são o Corpo de Bombeiros, os Correios e a igreja, respectivamente nessa ordem.
 Indicadores de Referência
 Dos 169 itens avaliados (com notas que podem variar de 1 a 10), 150 (89%) ficam abaixo da média da escala (5,5), 16 (9%) ficam acima e 3 (2%) ficam na média. Na edição anterior da pesquisa, os resultados eram: 139 (82%) abaixo da média, 28 (17%) acima e 2 (1%)  na média;
 A rodada atual da pesquisa é a terceira a considerar a mudança do critério do principal indicador do estudo, o Índice de Bem Estar da Cidade de São Paulo. Esse índice é calculado a partir da importância e da satisfação das 25 áreas de avaliação, e teve como resultado 4,7, ante aos 5,1da rodada anterior.
 As áreas de maior insatisfação estão diretamente relacionadas com as instituições governamentais, tais como infância e adolescência, transporte e trânsito, acessibilidade para pessoas com deficiência, segurança, assistência social, desigualdade social e transparência e participação política.
 Já as áreas da saúde e da educação mantêm um grau de satisfação que não corresponde à importância atribuída a elas para a qualidade de vida do cidadão paulistano.  Ambas permanecem em patamar baixo e apresentam queda: saúde (4,5) e educação (4,1).
 Apesar da percepção geral de que a governança corporativa no Brasil ainda não foi realmente incorporada pela maioria das companhias, houve avanços relevantes nessa seara. Um deles, considerado o mais expressivo por membros da academia e de instituições ligadas ao setor, foi o aumento da transparência das empresas, exemplificado com a maior divulgação de fatos relevantes, do formulário de referência e do tratamento dado aos conflitos de interesses entre acionistas.
 “Se compararmos relatórios de uma empresa há 20 anos e atualmente, impressiona como eles ficaram mais transparentes”, exemplifica Sandra Guerra, presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
 Para o sócio-fundador da Direzione Consultoria e professor da USP, Alexandre Di Miceli, o ativismo dos próprios acionistas forçou o empresariado a repensar as práticas de governança. “Eles ficaram mais exigentes e passaram a ter uma atuação mais ativa em relação às suas companhias”, analisa.
 O surgimento do Novo Mercado também promoveu a busca por maior transparência perante os minoritários. Lançado pela BM&FBovespa em 2000, o segmento passou a reunir apenas as companhias que vão além das exigências legais das empresas de capital aberto e virou uma espécie de referência – apesar de hoje já estar defasado e precisar de uma reforma, segundo apontam os especialistas. “Hoje não se cogita ir para a Bolsa e não se listar no Novo Mercado”, avalia Leonardo Pereira, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Tal nível de transparência só foi alcançado por causa do avanço na regulação do mercado de capitais, orientada pelas instruções normativas da CVM. A Instrução CVM 480, por exemplo, tornou mandatório que todas as empresas de capital aberto, ou que queiram fazer uma oferta inicial de ações, entreguem um formulário de referência à comissão. No documento constam informações precisas e completas sobre a situação econômica da companhia, bem como os riscos de suas atividades e os valores mobiliários que ela emite. A papelada deve ser reeditada anualmente ou sempre que houver alguma alteração que impacte a tomada de decisão dos acionistas.
 Conflitos de interesse. A criação do Comitê de Aquisições e Fusões (CAF) também contribuiu para o amadurecimento da governança no País. Lançado em 2012, o CAF nasceu para garantir o cumprimento das condições equitativas em situações em que haja conflitos de interesse, como, por exemplo, numa reorganização societária.
 Já a Lei Anticorrupção, em vigor desde 2014, fecha a lista de principais avanços. A nova legislação serviu de estímulo para que mecanismos de controle fossem implementados nas empresas, mas os especialistas são enfáticos ao dizer que os efeitos práticos só aparecerão nos próximos anos.
PENSAR SOCIOLOGIA:
 Além de preparar os educandos ao exercício formal da cidadania, a Sociologia tem como objetivo capacita-los a participarem ativamente das decisões que regulamentam e condicionam nossa existência em sociedade. Desenvolver uma leitura crítica do funcionamento da sociedade, capaz de romper com os preconceitos e oportunizar o exercício pleno da cidadania.
OS MOVIMENTOS SOCIAIS:
“Os movimentos sociais, na pratica, são a representação da sociedade como organização, que os utiliza como instrumentos de ação num contexto histórico especifico. O conflito de classe e os acordos políticos são, consequentemente, canais dos movimentos para atingir seus fins.” 
 “O movimento deixa de ser apenas a expressão de uma contradição socioeconômica, e acaba sendo responsável pela detonação e pelo desenvolvimento dos embates de grandes proporções.” 
Teoricamente podemos classificar os movimentos sociais em três categorias:
 1) movimentos reivindicatórios; são movimentos presos a reivindicações imediatas, esforça-se em pressionar instituições para alterar dispositivos que teoricamente lhes favoreciam. Têm um horizonte sem dúvida limitado, considerando que seus fins são relativamente simples e não vão além de demandas pontuais especificas. Ex. “Estou no vermelho” movimento de greve dos professores da Uel por melhorias salariais.
 2) Movimentos políticos; tenta influenciar nos meio utilizados para se atingir os caminhos condutores a participação política direta. Também se esforçam, no decorrer do processo para mudar a correlação de forças, influindo nos grandes debates travados com outros grupos adversários. Ex. Movimento das Diretas Já! 1984.
 3) Movimentos de classe; seu intuito seria o de subverter a ordem social de um período determinado e, consequentemente, transformar as relações entre os diferentes atores do contexto nacional, assim como os meios de produção, fazendo avançar as exigências da classe em ascensão, em superação histórica e na sua pressão para se posicionar como elemento hegemônico no processo econômico e político do país. Ex. MST (movimento dos trabalhadores rurais sem-terra) 
 (Fonte: MAURO, Gilmar e PERICÁS, Luiz B. Capitalismo e Luta Política no Brasil na virada do milênio, ed. Xamã, SP: 2001.) 
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS:
Para conhecermos como é um movimento social, vamos nos apoiar no livro de Ilse Scherer-Warren, Movimentos sociais, uma interpretação sociológica, destacando os elementos que compõem o campo de analise: o projeto, a ideologia e a organização.
O projeto:
 O projeto significa a proposta de um movimento, que pode ser como vimos de mudança ou de conservação das relações sociais, assim, todo movimento social contém um projeto, e quando nos perguntamos qual o projeto de um movimento, estamos pensando em seusobjetivos, em suas metas, enfim, no que o movimento pretende.
 Para um movimento social atingir os objetivos a que se propõe, é necessária certa estratégia, procedimentos adequados que possibilitem o sucesso da ação coletiva. Ao mesmo tempo em que o projeto revela o desejo, a intenção de um movimento, ele nos mostra como os seus participantes se veem – o que demonstra a consciência de sua força, bem como a força de seu adversário, contra quem o movimento se dirige.
 A complementação dessas ideias sobre o projeto, ou da apreensão de seu conteúdo, deve ser feita levando-se em consideração a analise dos outros elementos.
 A ideologia:
 A ideologia corresponde às ideias que os homens fazem da sociedade em que vivem. Quando elas expressam “corretamente” as relações existentes, mostrando os interesses que animam as relações, podemos dizer que a ideologia se constitui num instrumento de luta dos grupos sociais. Se, ao contrario disso, as ideias não correspondem à realidade das relações de opressão existentes, poderemos dizer que se trata de um “falsa consciência”. Nesse sentido, a ideologia atuaria como uma forma de massacramento das reais condições de opressão, atendendo, por conseguinte, aos interesses dos grupos dominantes.
 É a ideologia que fundamenta os projetos e as praticas dos movimentos e define o sentido de suas lutas. A própria forma de organização e direção de um movimento revela seu caráter ideológico.
A organização:
 Os movimentos sociais possuem uma organização hierárquica que pode ser descentralizada ou comum à estrutura definida com lideres e demais participantes do movimento.
A forma de organização de um movimento social tem consequências importantes com relação a sua dinâmica interna e externa. Internamente, observa-se que uma organização sem a devida hierarquia entre liderança e base pode favorecer um certo espontaneismo das ações, o que levaria a falta de controle do movimento, resultando em seu próprio prejuízo. Por outro lado, uma organização fundada num corpo de lideres afastados da base pode ser conduzida a praticas autoritárias e elitistas, com os demais participantes desempenhado o papel de “massa de manobra”.
 Agenda 21
 A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
 A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável do país, resultado de uma vasta consulta à população brasileira.  Foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir das diretrizes da Agenda 21 Global; e entregue à sociedade, por fim, em 2002.
 A Agenda 21 Local é o processo de planejamento participativo de um determinado território que envolve a implantação, ali, de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e sociedade civil, o Fórum é responsável pela construção de um Plano Local de Desenvolvimento Sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto, médio e longos prazos. No Fórum são também definidos os meios de implementação e as responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação, acompanhamento e revisão desses projetos e ações.
 Como participar?
 Para construir a Agenda 21 Local, o Programa Agenda 21 do MMA publicou o Passo-a-Passo da Agenda 21 Local, que propõe um roteiro organizado em seis etapas: mobilizar para sensibilizar governo e sociedade; criar um Fórum de Agenda 21 Local; elaborar um diagnóstico participativo; e elaborar, implementar, monitorar e avaliar um plano local de desenvolvimento sustentável.
 Além disso, para que o público possa saber mais sobre as experiências de Agenda 21 Local no Brasil, o MMA criou o Sistema Agenda 21 – um banco de dados de gestão descentralizada que permite o compartilhamento de informações.
 Onde ocorre?
 A Agenda 21 Local pode ser construída e implementada em municípios ou em quaisquer outros arranjos territoriais - como  bacias hidrográficas, regiões metropolitanas e consórcios intermunicipais, por exemplo.
 Quem participa?
 Para que uma Agenda 21 Local seja constituída, é imperativo que sociedade e governo participem de sua construção.
 Fortalecimento de processos de Agenda 21.
 O MMA apóia os processos de Agenda 21 Local e conta com a parceria da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais, cujo objetivo geral é fortalecer a implementação de Agendas 21 Locais mediante o intercâmbio de informações e o estímulo à construção de novos processos.
 Assim, por intermédio do Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA), o MMA apoia, desde 2001, a execução de 93 projetos de construção de Agenda 21 Local, abrangendo 167 municípios brasileiros.
 Recursos
 A Agenda 21 integra o Plano Plurianual do Governo Federal (PPA) 2008/2011. O desenvolvimento do Programa Agenda 21 fundamenta-se na execução de três ações finalísticas: elaboração e implementação das Agendas 21 Locais; formação continuada em Agenda 21 Local; e fomento a projetos de Agendas 21 Locais (por meio do FNMA).
 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - Brasil 2015
 A construção de indicadores de desenvolvimento sustentável no Brasil integra-se ao conjunto de esforços internacionais para concretização das ideias e princípios formulados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, no que diz respeito à relação entre meio ambiente, sociedade, desenvolvimento e informações para a tomada de decisões.
 Com a presente publicação, o IBGE dá continuidade à série iniciada em 2002, reafirmando, mais uma vez, seu compromisso de disponibilizar a sociedade um conjunto de informações sobre a realidade brasileira, em suas dimensões ambiental, social, econômica e institucional. Esta edição, assim como as anteriores, tem como orientação as recomendações da Comissão para o Desenvolvimento Sustentável - CDS (Commission on Sustainable Development - CSD) da Organização das Nações Unidas - ONU, com adaptações, quando necessário, às nossas especificidades.
 Além da introdução de novos indicadores, em sintonia com as questões contemporâneas sobre o tema, os demais correspondem, em sua maior parte, àqueles constantes nas edições pregressas, de modo a permitir a comparabilidade histórica dos dados, e originam-se de estudos e levantamentos do IBGE e de outras instituições. Os novos indicadores incorporam sugestões apresentadas pela CDS no documento Indicators of sustainable development: guidelines and methodologies, conhecido como Livro Azul, em sua edição de 2007, além de outras informações importantes para a realidade brasileira, no que se refere às dimensões ambiental e institucional do desenvolvimento sustentável.
 Os indicadores são ilustrados por meio de gráficos e mapas e precedidos de uma ficha contendo sua descrição, a indicação das variáveis e fontes utilizadas em sua construção, à relevância para o desenvolvimento sustentável e, em casos específicos, comentários metodológicos, incluindo, ao final da publicação, um glossário com os termos e conceitos considerados relevantes. Contemplam série histórica e abrangem, sempre que possível, o conjunto do País e as Unidades da Federação, permitindo o acompanhamento dos fenômenos ao longo do tempo e o exame de sua ocorrência no território. A publicação inclui, ainda, uma matriz de relacionamentos que ilustra as ligações mais diretas existentes entre os diferentes indicadores e pode ser utilizada como um guia de leitura, facilitando uma visão de conjunto. O CD-ROM que a acompanha contém, além das informações do volume impresso, tabelas utilizadas para a elaboração dos gráficos e dos mapas apresentados.
 Essas informações também estão disponíveis no portal do IBGE na Internet. Valiosas para a compreensão dos temas relevantes para o desenvolvimento doPaís permitem não só estabelecer comparações, conhecer a orientação e o ritmo de seus vários elementos, como também fazer uma apreciação integrada de diferentes enfoques e dimensões, fundamental à adequada formulação e avaliação de políticas na perspectiva do desenvolvimento sustentável.
 
 01. A base da pirâmide não faz parte desse cenário empreendedor (78% dos entrevistados possuem ensino superior ou pós e sabemos que essa não é a realidade de nossas comunidades);
 02. Ainda são oferecidos muito poucos serviços para a base da pirâmide relacionados à arte e cultura, educação, tecnologia e saúde;
 03. 96% dos entrevistados começaram seus negócios com o objetivo de gerar impacto social, mas apenas metade dos entrevistados mensura seu impacto social;
 04. Empreendimentos analisados se propõem a atingir (pelo menos seus beneficiários se enquadram) a base da pirâmide;
 05. Foco é vender produtos para pessoas físicas ou para empresas (bem legal ver que elas não estão dependendo de doações ou do governo);
 
 E o que pode ser feito a partir de cada uma dessas conclusões:
 
 01. Desenvolvimento de iniciativas que promovam o empreendedorismo dentro de comunidades. Gosto muito da pegada da Aliança Empreendedora. Já a Dharma Comunicação e da Agência de Redes são iniciativas maravilhosas, mas que ainda possuem grandes desafios para se consolidarem cada vez mais como negócios sociais;
 02. Estão-se entrando em um mundo cada vez mais digital, nada mais justo que proporcionar inclusão digital para a base da pirâmide (sei que já temos o CDI e CDI Lan e algumas outras, mas o cenário ainda é muito incipiente). Isso porque nem comentei da falta de oportunidades culturais e artísticas, bem como negócios voltados para a saúde;
 03. Cada vez mais é importante à adoção de indicadores e, para quem está na dúvida, eu indico os indicadores IRIS. Para quem tem visão, existe uma oportunidade legal na área de mensuração de resultados de iniciativas que geram impacto social (afinal de contas, o que não falta são investidores interessados em colocar grana em oportunidades maneiras e que estejam dando resultado comprovadamente);
 04. É muito maneiro ver essa explosão de negócios e empreendedores com um propósito e querendo fazer a diferença no mundo. Sou apaixonado pelo movimento e fico muito feliz de ver que essa mudança de paradigma está acontecendo;
 05. Não podemos esquecer que na falta de um governo que consiga atender nossas necessidades, presenciamos a expansão massiva de ONGs e, pelo menos na minha humilde opinião, é importantíssimo criar empreendimentos que não sejam dependentes de uma grande empresa ou de editais do governo (estamos cansados de ver o apoio acabando no minuto em que a grande empresa ou o governo enfrentam problemas);

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