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Aula 1 e 2 Introdução Ao Direito Tributário

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CONTABILIDADE 
TRIBUTÁRIA
Prof. Fabio Silva
Ago/ 2017
CONTATO
Prof. Fabio Silva
Email: fabio@weigandesilva.com.br
Página: https://www.facebook.com/direitoecontabilidade/
Currículo Lates: Aqui!
REGRAS DO CURSO
▪ FALTAS: É exigida a presença em ao menos 75% das aulas.
▪ AVALIAÇÕES:
a. Participação em sala de aula: a participação do aluno é fundamental para o
desenvolvimento dos debates em sala de aula e poderá acrescentar pontos na
média
b. Trabalhos: Serão 2 trabalhos individuais, entregues pelo Blackboard, valendo,
cada um, 15%.
c. Prova: Uma avaliação Intermediária valendo 30% e uma avaliação final valendo
40%. Ambas serão precedidas de aula de revisão
3
AGENDA
4
Aula Nº h/a Data Tema
01 4 09/08/17 Apresentação do Curso e Introdução ao Direito Tributário
02 4 16/08//17 Introdução ao Direito Tributário
03 4 23/08/17 ICMS
04 4 30/08/17 ICMS e IPI
05 4 06/09/17 ISS
06 4 13/09/17 Tributos Aduaneiros
07 4 20/09/17 Outros (ITBI, ITR, IPTU, IPVA, ITCMD)
08 4 27/09/17 Trabalho (15%)
10 4 04/10/17 Avaliação Intermediária (30%)
12 4 11/10/17 IRRF e IRPJ
13 4 18/10/17 IRPJ e CSLL
14 4 25/10/17 CPC 32 – Tributos sobre o Lucro
15 4 01/11/17 PIS/COFINS
16 4 08/11/17 Trabalho (15%)
17 4 22/11/17 Revisão Final
18 4 29/11/17 Avaliação Final (40%)
Toda a bibliografia do curso está disponível na Biblioteca Virtual da FIPECAFI,
trazendo comodidade ao aluno que, remotamente e sem restrições, poderá
consultar os livros indicados.
A leitura deverá ser realizada antecipadamente as aulas, proporcionando ao
aluno um conhecimento prévio, facilitando a absorção do conteúdo dado pelo
professor. Sempre serão indicados os links e as páginas de leitura, facilitando a
consulta por parte dos alunos.
BIBLIOGRAFIA
5
AULA 1 e 2
 CONCEITO: o sistema tributário nacional é um conjunto de normas
organizadas hierarquicamente e que define as diretrizes acerca da instituição
e cobranças de tributos. Prevalece, nesse sentido, a Constituição Federal que,
por meio do Sistema Constitucional Tributário, define as competências
tributárias dos entes Federativos e as limitações ao poder de tributar.
 O Sistema Constitucional Tributário está prescrito no capítulo I, do título VI, da
Constituição Federal.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
7
 O Sistema Constitucional Tributário estabelece precipuamente:
(A) repartição das competências tributárias entre os entes federativos:
União, Estados e Municípios
(B) os princípios tributários e das limitações ao poder de tributar
(C) A forma de partilha do produto da arrecadação dos impostos entre
os entes federativos
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
8
 COMPOSIÇÃO:
▪ Constituição Federal com 96 Emendas
• Do Sistema Tributário Nacional (artigos n. 145 a 162)
• Da Seguridade Social (artigos n. 194 a 204)
▪ Leis Complementares
• Código Tributário Nacional (Lei n. 5.172/66)
▪ Leis Ordinárias - Federais, Estaduais, DF e Municipais
▪ Medidas Provisórias e Tratados Internacionais
▪ Normas infralegais
• Decretos (chefe do poder executivo)
• Instruções normativas /Pareceres normativos
• Portarias / Circulares
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
9
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
 Hierarquia de Normas: Pirâmide de Kelsen
Constituição Federal e Emendas
Leis Complementares
Leis Ordinárias
Decretos
Instruções Normativas, 
Portarias, Resoluções, etc.
10
Há, efetivamente, uma hierarquia entre normas?
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
A competência tributária estabelecida pela Constituição Federal não pode ser delegada,
sendo exclusiva de cada ente nos constitucionais previstos. Assim, por exemplo, a União
não pode delegar ao Estado a competência para legislar sobre o imposto sobre a renda.
Competência, contudo, difere de capacidade tributária. Essa última pode ser objeto de
delegação. Vejasmos as diferenças entre ambas:
 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: prerrogativa oferecida pela Constituição Federal aos
entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Município) para instituir tributos.
Embora trata-se de uma faculdade (o ente político pode não exercer a competência) ela
não pode ser delegada à outro ente político.
 CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA: É a aptidão para cobrar os tributos instituídos por
quem possui competência para tanto. Pode ser delegada. Exemplo: INSS, SESI; SENAI;
SEBRAI; SESC; SENAC; Sindicatos; OAB.
11
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
 Divisão de competência tributária conforme Constituição Federal:
União
IR
IPI
II
IE
ITR
IOF
IEXT.
Estados
ICMS
IPVA
ITCMD
Municípios
ISS
IPTU
ITBI
12
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
 Divisão de competência tributária conforme Constituição Federal:
Renda
União
IR
Estados Municípios
Patrimônio
União
ITR
Estados
IPVA
Municípios
IPTU
Produção
União
IPI
Estados
ICMS
Municípios
ISS
13
INCIDÊNCIA x NÃO INCIDÊNCIA
14
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Incidência
Isenção
Competência Tributária Imunidade
Não Competência
LIMITAÇÕES AO
PODER DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
A Constituição Federal não apenas delega poderes aos entes federativos, mas,
igualmente, estabelece limitações com o intuito de proteger o contribuinte do
exercício excessivo desse poder. Dentre estas limitações se destacam o
princípios constitucionais tributários.
 CONCEITO: São normas basilares que orientam a aplicação das demais
normais tributárias, dando-lhes condição de validade. Visam, ainda, limitar o
Poder de Tributar dos entes federativos. Qualquer tributo criado à margem
destes princípios são inconstitucionais.
 São eles:
▪ Capacidade Contributiva (Artigo 145, § 1º da CF)
▪ Legalidade (Artigo 150, I da CF)
▪ Isonomia (Artigo 150, II da CF)
▪ Irretroatividade (Artigo 150, III, “a” da CF)
16
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 Continuação:
▪ Anterioridade (Artigo 150, III, “b” da CF)
▪ Anterioridade Nonagesimal ou Noventena (Artigo 150, III, “c” da CF)
▪ Não Confisco (Artigo 150, IV, da CF)
▪ Liberdade de Tráfego (Artigo 150, V, “c” da CF)
▪ Seletividade (Artigo 153, § 3º, inciso I da CF)
▪ Não-cumulatividade (Artigos 153, § 3º, inciso II e 155 § 2º, inciso I da
CF)
▪ Uniformidade Geográfica (Artigo 151, inciso I da CF)
Vamos analisar cada um deles, de forma a melhor compreender o alcance
dessas limitações:
17
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
▪ Encontra-se previsto no artigo 145, § 1º da Constituição Federal. Estabelece que os impostos
dever ser calibrados de forma a considerar a capacidade econômica do contribuinte, inclusive
para que não tenham um efeito de confisco.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
...
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos
da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
18
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 LEGALIDADE
▪ Previsto no artigo 150, inciso I da Constituição Federal, reforçando o princípio genérico contido no
inciso II do Artigo 5º, de que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude
de lei.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
▪ Exceção: Atentem-se para a exceção quemitiga o princípio da legalidade. O Artigo 153, §1º da CF
exceciona os seguintes impostos: Imposto sobre importação (II), imposto sobre exportação (IE),
imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre operações financeiras (IOF). Tratam-se
de impostos que possuem, além do seu caráter fiscal, uma função extrafiscal, como, por exemplo,
regular a economia. Por conta disso, há mitigação do princípio da legalidade, de forma que o
aumento da alíquota pode ser realizada pelo Poder Executivo, de forma a não depender do longo
processo legislativo.
19
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 LEGALIDADE
▪ Exceção:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
...
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
...
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV
e V.
20
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 ISONOMIA
▪ O princípio da isonomia está previsto no artigo 150, inciso II
da Constituição Federal. Notem a figura ao lado. Esse
princípio NÃO determina que todas as pessoas sejam
tratadas igualmente, mas sim que elas sejam tratadas de
forma igual, porém na medida de sua desigualdade. Um
milionário, por exemplo, não pode ser tratado igual a uma
pessoa desprovida de posses, pagando o mesmo montante
de tributos, pois a lei estaria estabelecendo tratamento
idêntico para pessoas em condições diferentes.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
▪ Os contribuintes devem ser tratados de maneira igual, na medida de seus desigualdades.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 IRRETROATIVIDADE
▪ Previsto no artigo 150, inciso III, “a” da Constituição Federal, trata-se de
uma importante garantia aos contribuintes, haja vista garantir
segurança jurídicas a fatos passados. Para ilustrar, vamos imaginar
que após alguns anos o Governo Federal modificasse a alíquota do IR,
exigindo que o contribuinte recolhesse a diferença de fatos pretéritos.
Isso traria uma insegurança jurídica enorme aos negócios dos
contribuintes, tendo em vista que desconheceriam o custo tributário
sobre eles incidentes, dada a possibilidade de mudança posterior da
carga fiscal. Em razão disso, a lei tributária somente tem vigência para
fatos futuros.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 IRRETROATIVIDADE
▪ O princípio, contudo, comporta uma exceção: Artigo 106 do Código Tributário 
Nacional, que assim dispõe:
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação
de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão,
desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de
tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo
da sua prática.
Atenção para a retroatividade da lei para os casos em que a lei deixe de definir um ato
como infração ou a penalidade seja reduzida, hipótese em que, tratando-se de ato ainda
não definitivamente julgado, os novos dispositivos são aplicados preteritamente em
benefícios ao contribuinte. 23
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 ANTERIORIDADE
▪ O princípio da anterioridade está previsto no artigo 150, inciso III,
“b” da Constituição Federal. Novamente, trata-se de uma
garantia de segurança jurídica ao contribuinte, de forma a
impedir que o tributo seja cobrado no mesmo ano que tenha sido
instituído..
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 ANTERIORIDADE
O princípio, contudo, comporta exceções. Notem que, novamente, a CF faz
exceção àqueles tributos que possuem caráter extrafiscal. Confiram:
Art. 150. ...
§ 1º: A vedação do inciso III, b(i), não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I(ii),
153, I(iii), II(iv), IV(v) e V(vi); e 154, II(vii);
i. Mesmo exercício financeiro
ii. Empréstimo Compulsório (EC)
iii. Imposto de Importação (II)
iv. Imposto de Exportação (IE)
v. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
vi. Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
vii. Imposto Extraordinário (IExt)
OBS: contribuição de seguridade social (art. 190, §6º, CF) tem apenas prazo de 90 dias
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 ANTERIORIDADE NONAGESIMAL OU NOVENTENA
O objetivo do princípio da anterioridades, que acabamos dever, é
de que o contribuinte não seja surpreendido com alterações
repentinas na carga tributária. Ocorre que, como o princípio da
anterioridade permite a cobrança “no ano seguinte”, uma lei que
preveja o aumento de alíquota de tributo publicada em 31 de
dezembro já teria vigência no dia seguinte, haja vista, tratar-se de
um novo ano. Por conta disso, a CF foi emendada para prever o
princípio da anterioridade nonagesimal para alguns tributos, de
forma que, além da alteração ter vigência apenas no ano
seguinte, faz-se necessário aguardar 90 dias da publicação da lei
para sua vigência. O princípio está previsto no artigo 150, inciso
III, “c” da Constituição Federal:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b;
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 ANTERIORIDADE NONAGESIMAL OU NOVENTENA
Tal qual ocorre com o princípio da anterioridade anual, há exceções para a
aplicação do nonagesimal. Vejamos o que diz a CF:
Art. 150. ...
§ 1º: ... e a vedação do inciso III, c(i), não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148,
I(ii), 153, I(iii), II(iv), III(v) e V(vi); e 154, II(vii), nem à fixação da base de cálculo dos
impostos previstos nos arts. 155, III(viii), e 156, I(ix).
i. Antes de decorridos noventa dias
ii. Empréstimo Compulsório (EC)
iii. Imposto de Importação (II)
iv. Imposto de Exportação (IE)
v. Imposto sobre a Renda (IR)
vi. Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
vii. Imposto Extraordinário (IExt)
viii. Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotores (IPVA)
ix. Imposto Predial e Territorial Urbana (IPTU)
27
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 NÃO-CONFISCO
▪ O princípio do não confisco esta previsto no artigo
150, inciso IV, da Constituição Federal. Os tributos
não devem ser cobrados de forma que signifiquem o
confisco do patrimônio docontribuinte. Em outras
palavras, o peso da carga tributária não deve
acarretar a pobreza do contribuinte, servindo de
verdadeiro confisco de seu patrimônio.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 LIBERDADE DE TRÁFEGO
Esse princípio, previsto no artigo 150, inciso V, da Constituição Federal, gera
algumas controvérsias, especialmente no que é pertinente a cobrança de
pedágios. A CF determina que é vedado aos entes federativos limitar o tráfego de
pessoas ou bens por meio de tributos. Isso faz com que algumas pessoas, não
atentas ao quanto disposto no inciso, entenderem que a cobrança do pedágio é
inconstitucional. Ocorre que, conforme expressamente consignado no texto
constitucional, há ressalva acerca da cobrança de pedágios.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de
vias conservadas pelo Poder Público;
29
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 NÃO CUMULATIVIDADE E SELETIVIDADE
Os princípios da não cumulatividade e da seletividade serão debatidos mais
detidamente nas próximas aulas. No momento, é oportuno apenas mencioná-los,
estando previstos no artigo 153, § 3º , incisos I e II, da Constituição Federal:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
...
IV - produtos industrializados;
...
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com
o montante cobrado nas anteriores;
30
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
 UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
O princípio da uniformidade geográfica está previsto no
artigo 151, inciso I, da Constituição Federal. Ele dispõe
sobre a instituição uniforme de tributos em todos o Brasil,
evitando-se tratamento distinto entre as regiões brasileiras,
excetos nas hipóteses previstas no próprio inciso.
Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que
implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais
destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as
diferentes regiões do País;
IMUNIDADES
 CONCEITO: Trata-se de uma limitação do Poder
de Tributar dos entes federativos, representando
uma hipótese de não incidência tributária
constitucionalmente prevista. Portanto, a CF
impede a imposição de impostos nos casos que
expressamente prevê.
IMUNIDADES
 IMUNIDADES GENÉRICAS
▪ Referem-se a todos os tributos de forma geral:
• Imunidade recíproca às pessoas políticas (artigo 150, VI, “a” da CF).
• Imunidade do patrimônio, da renda e dos serviços dos templos de qualquer culto
(artigo 150, VI, “b” da CF).
• Imunidade dos Partidos Políticos, Sindicatos dos empregados, Instituições
assistências e educacionais sem fins lucrativos (artigo 150, VI, “c” da CF).
• Imunidade dos jornais, livros, periódicos e o papel destinado a sua impressão
(artigo 150, VI, “d” da CF).
• Imunidade do patrimônio, renda e serviços das Autarquias e Fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público (artigo 150, §2º da CF).
33
IMUNIDADES
 IMUNIDADES ESPECÍFICAS:
▪ Referem-se a um determinado tributo especificamente. Vejamos cada uma
delas:
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI):
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
...
IV - produtos industrializados;
...
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:
...
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
34
IMUNIDADES
 IMUNIDADES ESPECÍFICAS
▪ Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR):
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
...
VI - propriedade territorial rural;
...
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
...
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei,
quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;
35
IMUNIDADES
 IMUNIDADES ESPECÍFICAS
▪ Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS):
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – (ICMS)
...
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
X - não incidirá:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no
exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e
prestações anteriores;
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e
gasosos dele derivados, e energia elétrica;
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º*;
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de
recepção livre e gratuita;
* utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial
36
IMUNIDADES
 Imunidades Específicas:
▪ Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI):
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
...
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
...
§ 2º - O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de
fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil*;
* Exceção: atividade preponderante da empresa ser compra e venda destes direitos
37
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
38
INDICAÇÃO LEITURA
Páginas 22 a 37:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522480173
Páginas 6 a 9:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597002003
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
39
INDICAÇÃO LEITURA
Páginas 6 a 11:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522499977
Páginas 13 a 25:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502220607
TRIBUTOS E
SUAS ESPÉCIES
CONCEITO DE TRIBUTO
O conceito de tributo é definido pelo artigo 3º do Código Tributário Nacional, que
assim dispõe:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada.”
Vamos analisar cada uma das características da definição legal de tributo, para
melhor entendimento do conceito:
a.Prestação pecuniária compulsória: é imposta ao contribuinte independente
de sua vontade. Ocorrido o fato gerador na forma da lei está ele obrigado a pagar
41
b. em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: o pagamento não pode
ser feito através de outros bens que não moeda ou equivalente.
c. que não constitua sanção de ato ilícito: não é imposta na condição de
multa ou punição
d.instituída em lei: só é devido se houver lei anterior prevendo (Princípio da
Legalidade)
e.cobrada mediante atividade administrativaplenamente vinculada: a
cobrança se dá através de atividade administrativa que observará os ditames
legais.
CONCEITO DE TRIBUTO
42
Alguns conceitos são fundamentais para o entendimento da matéria de legislação tributária.
Dentre eles destacamos os quatro abaixo, aprofundados na bibliografia indicada:
 Hipótese de incidência: é a situação hipotética, definida em lei, que descreve uma
situação que, caso ocorra, faz nascer a obrigação tributária
 Fato gerador: é a efetiva concretização, no mundo real, da hipótese de incidência
definida pela lei
 Base de cálculo: valor sobre o qual deverá incidir o tributo
 Alíquota: Pode ser um percentual que, aplicado à base de cálculo, define o valor do
tributo (alíquota ad valorem) ou um valor fixo por unidade (alíquota específica).
 Sujeito passivo: Da obrigação tributária é a pessoa física ou jurídica obrigada ao
pagamento do tributo (artigo 121 do CTN)
CONCEITOS IMPORTANTES
43
É preciso ficar claro que tributos e impostos não são sinônimos. Tributo é gênero 
do qual imposto, por exemplo, é espécie. Há uma série de espécie de tributos, 
conforme veremos a seguir:
 IMPOSTOS 
 TAXAS 
 CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
 EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 
 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
 CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 
 CIDE
 CIP 
ESPÉCIES DE TRIBUTOS
BRASIL O PAÍS DOS IMPOSTOS?
 Os impostos estão revistos no artigo 16 do Código Tributário Nacional
 É o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte
 Distingue-se entre si pelos respectivos fatos geradores
 Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade contributiva do contribuinte (artigo 145, § 1º da CF)
IMPOSTOS
 As taxas estão previstas no artigo 77 do Código Tributário Nacional
 É o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia
ou a utilização efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível prestado ao contribuinte.
 É de competência comum. É um tributo vinculado que somente será devido
pelo contribuinte se houver contraprestação por parte do ente federativo que a
constituiu.
 A taxa não poderá ter a mesma base de cálculo ou fato gerador idênticos aos
impostos, nem ser calculada em função do capital das empresas.
TAXAS
46
 A contribuição de melhoria está previstoa no artigo 81 do Código Tributário
Nacional
 É o tributo cuja obrigação tem como fato gerador a valorização de imóveis
decorrente de obra pública.
 O valor cobrado referente a contribuição de melhoria encontra o seu valor
máximo no valor gasto para a realização da obra pública e/ou na valorização
do imóvel.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
47
 O empréstimo compulsória esta previsto no artigo 148 da Constituição Federal:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
 O que caracteriza o empréstimo compulsório de outros tributos é ser ele
restituível, o que deve ser feito após o término das causas que originaram sua
cobrança
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
48
 Contribuições sociais, assim como os impostos, independem de ação direta do
Poder Público em favor do contribuinte, tendo a receita de sua arrecadação,
todavia, destinação específica. São de 4 tipos:
a. Contribuição de intervenção no domínio econômico (art.149 CF)
b. Contribuições profissionais (categorias profissionais e econômicas)
c. Contribuições sociais para custeio de seguridade social (art. 195 CF)
d. Contribuição de Iluminação Pública (art. 149 a CF)
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
49
RESUMO
50
Disponível em: Página 49: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522480173
Precipuamente os tributos têm função de arrecadação para fazer frente as despesas
dos entes federativos. Contudo, alguns deles se destacam, igualmente, por terem,
além do caráter arrecadatório, função extra, como, por exemplo, regulação da
economia. São três as funções dos tributos:
 Parafiscal: Há um terceiro arrecadando e administrando o produto do tributo, ex
(OAB, CRM, CRC, CREA, etc.)
 Fiscal: possui caráter eminentemente arrecadatório (IRPF; IRPJ; ICMS, etc.)
 Extrafiscal: O tributo possui outras funções que não apenas arrecadar. É o caso
de regulação da balança comercial, modificando alíquotas do Imposto de
Importação e Exportação (IOF; CIDE, etc.)
FUNÇÕES DO TRIBUTO
51
A obrigação tributária se divide em duas, principal e acessória. Assim, vejamos:
 Principal: A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem
por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
juntamente com o crédito dela decorrente.
 Acessória: A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por
objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
Obs: A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância,
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade
pecuniária.
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
52
O lançamento é o procedimento administrativo praticado pela autoridade fiscal, que
visa constatar a ocorrência do fato gerador e a matéria tributária, definindo o montante
devido e o sujeito ativo, conforme definição do artigo 142 do CTN. Possua três
modalidades:
 Lançamento Direto ou de Ofício: compete a autoridade realizar o lançamento,
sem participação do sujeito passivo
Ex: IPTU; IPVA
 Lançamento por Declaração (Misto): é efetuado com base na declaração do
sujeito passivo ou de terceiro, não sendo obrigatório o pagamento antecipado.
Ex: ITBI; ITCMD
 Lançamento por Homologação (Autolançamento): atribui ao sujeito passivo o
dever de calcular e antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa.
Ex: IRPF e ICMS
LANÇAMENTO
53
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
54
INDICAÇÃO LEITURA
Páginas 45 a 57
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522480173
Páginas 1 a 06:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522499977
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
55
INDICAÇÃO LEITURA
Páginas 134 a 143 e 178 a 183
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009446
Páginas 16 a 22:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502220607
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
 CONCEITO: corresponde à possibilidade de um determinado crédito em favor
da Fazenda Pública, existir legalmente, mas por uma concessão do ente
Público competente para legislar sobre o tributo, terá a sua incidência excluída
do alcance de determinados sujeitos passivos.
 Sempre é interpretada literalmente a norma que versar sobre a exclusão do
crédito tributário e a outorga da isenção
 A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações
acessórias, dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído ou
dela consequente
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
57
 ISENÇÃO: Enquanto a imunidade é uma vedação Constitucional à
competência tributária, a ISENÇÃO é um favor legal para dispensar o
contribuinte do pagamento do imposto, realizada por lei ordinária.
 A lei que institui a isenção, obrigatoriamente tem que ser emanada pelo Poder
Legislativo da Pessoa de DireitoPúblico competente.
 A isenção quanto a seus aspectos será:
▪ Espacial: afasta a possibilidade da lei tributária incidir em uma determinada região ou
território.
▪ Temporal: exclui a possibilidade da lei tributária incidir durante certo período de tempo
sobre uma região ou grupos de contribuintes, que anteriormente alcançava.
▪ Pessoal: afasta do alcance das lei de um grupo de pessoas físicas ou jurídicas.
▪ Material: diminui o alcance do fato gerador ou reduz a base de cálculo ou a alíquota
aplicável ao cálculo do montante do tributo devido. Essa redução pode variar. A isenção
total da alíquota é o que se denomina alíquota zero.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
58
 A isenção quanto a suas formas será:
▪Condicionada: para aquisição deste tipo benefício, o contribuinte, se sujeita a
condições determinadas na Lei. Não tem caráter geral, está condicionada ao
preenchimento de requisitos exigidos por Lei. Exemplo: o Município pode conceder
isenção do ISS às empresas prestadoras de serviço de auditoria que possuam em seu
quadro de funcionários mais de cinco auditores
▪ Incondicionada: não há qualquer exigência para usufruir o benefício. Exemplo: faixa
de rendimento do contribuinte estar abaixo de R$ 900,00.
▪ Por prazo certo: A lei determina um prazo em que os contribuintes terão direito ao
benefício. A concessão da isenção pode ser retirada, porém , a sua revogação não
produz efeitos para aqueles que obtiveram o benefício na vigência da lei.
▪Por prazo indeterminado: a lei não fixa prazo de concessão, a isenção poderá ser
revogada a qualquer tempo. Entretanto se relativas aos impostos e contribuições sociais
sujeitos ao princípio da anterioridade, a sua revogação importará na instituição do
tributo, devendo, portanto, observar-se o princípio em questão.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
59
 ANISTIA: benefício estipulado por lei que exclui a possibilidade do contribuinte
ter que pagar as penalidades pecuniárias devidas por irregularidades no
pagamento de sua obrigação tributária.
 Perdão da penalidade imposta ao contribuinte por um descumprimento de
mandamento legal.
 A anistia poderá ser :
▪ Expressa: quando a lei expressamente indica os ilícitos tributários a serem
anistiados.
▪ Tácita: quando ocorrendo modificação na ordem jurídica por força de lei, em que
as novas normas deixem de definir certos atos como infração, seguindo os
ditames do art.106 CTN.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
60
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
 FORMAS DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO:
O Artigo 156 do Código Tributário Nacional define as formas de extinção do crédito tributário.
Vejamos cada uma delas:
▪ Pagamento: é a prestação pecuniária que o devedor ou alguém faz por ele ao sujeito
ativo
▪ Compensação: a compensação de débitos ocorre com a hipótese de duas pessoa
serem ao mesmo tempo devedora e credora uma da outra ao mesmo tempo, e a
possibilidade de suas obrigações serem extintas até onde se contrabalançarem
▪ Transação: é um “acordo” que ocorre quando as partes fazem concessões recíprocas
para evitar ou terminar um litígio, extinguindo com a obrigação. Depende de lei expressa.
▪ Remissão: é o perdão da dívida, total ou parcial e só poderá ser veiculada por lei e a
autoridade administrativa que a conceder deverá fazer por decisão fundamentada.
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
62
▪ Prescrição e a Decadência: veremos com mais detalhes a seguir
▪ Conversão de depósito em renda: vencido o contribuinte na esfera administrativa ou
judicial o depósito garantidor do feito é convertido em renda, o que não deixa de ser
uma forma de pagamento.
▪ pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto
no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º: esse lançamento é feito na sua totalidade pelo sujeito
passivo e possui como característica o pagamento do tributo antes de qualquer
procedimento por parte da autoridade administrativa.
▪ Consignação em pagamento: depósito em juízo por parte do contribuinte. Exemplo:
ISS
▪ Decisão administrativa definitiva
▪ Decisão judicial passada em julgado
▪ Dação em pagamento em bens imóveis
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
63
 DECADÊNCIA
Decadência é uma das formas de extinção do crédito tributário. Ocorre em razão da inércia da autoridade
administrativa em proceder o lançamento tributário. Está definido no artigo 150, § 4º do Código Tributário
Nacional e Artigo 173, I do Código Tributário Nacional.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da
atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
...
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
64
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após
5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal,
o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com
o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer
medida preparatória indispensável ao lançamento.
Vamos avaliar graficamente a decadência, para esclarecer esse conceito tão abstrato:
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
65
HOUVE PAGAMENTO?
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
66
NÃO SIM
ART. 173, I SIM
HOUVE FRAUDE, DOLO 
OU SIMULAÇÃO
NÃO
ART. 150, 
§ 4º
Obs: Schoueri, Luís Eduardo. Direito Tributário – 5. ed. – São Paulo: 
Saraiva, 2015. Páginas 678/679
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
67
Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
ART. 150, § 4º
Fato Jurídico
Tributário
Ano 1
Homologação do 
Lançamento
Extinção do
Crédito Tributário
31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3 31/12/X4 31/12/X5 31/12/X6
Obs: Schoueri, Luís Eduardo. Direito Tributário – 5. ed. – São Paulo: 
Saraiva, 2015. Páginas 678/679
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
68
Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
ART. 173, I
Fato Jurídico
Tributário
Ano 1
Decadência
Exercício em que
O lançamento 
poderia ter
sido efetuado
31/12/X1 01/01/X3 01/01/X4 01/01/X5 01/01/X6 01/01/X7 01/01/X8
Extinção do
Crédito Tributário
1º Dia do Exercício
Seguinte
Obs: Schoueri, Luís Eduardo. Direito Tributário – 5. ed. – São Paulo: 
Saraiva, 2015. Páginas 678/679
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
69
Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
ART. 173, I
Fato Jurídico
Tributário
Ano 1
Decadência
Exercício em que
O lançamento 
poderia ter
sido efetuado
01/03/X1 01/01/X2 01/01/X3 01/01/X4 01/01/X5 01/01/X6 01/01/X7
Extinção do
Crédito Tributário
1º Dia do Exercício
Seguinte
Obs: Schoueri, Luís Eduardo. Direito Tributário – 5. ed. – São Paulo: 
Saraiva, 2015. Páginas 678/679
 PRESCRIÇÃO:
Outra forma de extinção do crédito tributário é a prescrição. É muito comum a confusão entre decadência e
prescrição. Contudo, a decadência ocorre pela inércia da autoridade fiscal em efetuar o lançamento do tributo,
ao passo que a prescrição refere-se a perda do direito de cobrar o tributo devido, sendo que a inércia da
autoridade causa aextinção do crédito tributário.
Compete ao artigo 174 do Código Tributário Nacional definir a prescrição. Vejamos:
▪ A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data de sua
constituição definitiva. A prescrição se interrompe:
• pela citação pessoal feita ao devedor
• pelo protesto judicial
• por qualquer ato inequívoco, ainda que extra judicial que constitua em mora o devedor
• por ato inequívoco ainda que extra judicial, que importe no reconhecimento do débito pelo
devedor
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
70
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
A suspensão do crédito do crédito tributário não causa a extinção da dívida
tributária do contribuinte, mas, como o próprio nome revela, suspensa sua
exigibilidade.
As FORMAS DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO estão
estabelecidas no artigo 151 do Código Tributário Nacional:
▪ Moratória
▪ Depósito do seu montante integral
▪ Reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo
▪ Concessão de medida liminar em mandado de segurança
▪ Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras
espécies de ação judicial
▪ Parcelamento
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
72
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
 CONCEITO: É o devedor (indireto) que não se reveste da condição de
contribuinte, mas, por disposição legal responde pela obrigação tributária
 Responsabilidade por substituição: a lei coloca como devedor do tributo o
sujeito passivo diverso daquele que deveria pagar o tributo. (contribuinte)
 Responsabilidade por transferência: existe legalmente o contribuinte e
mesmo assim a Lei, sem ignorá-lo, atribui a outro o dever de pagar o tributo
 Exemplos de responsabilidade: causa mortis e atos inter vivos (artigos 130 e
131 do CTN), como a compra de imóvel com dívidas tributárias; adquirente de
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional que
mantiver a exploração no mesmo ramo de atividade (artigo 133 do CTN)
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
74
 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS: Nos casos de impossibilidade de
exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem
solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de
que forem responsáveis (Art. 134, CTN). São eles:
▪ pais
▪ tutores
▪ curadores
▪ administradores de bens de terceiro
▪ inventariantes
▪ síndico
▪ comissários
▪ tabeliões/ escrivães
▪ os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
75
 RESPONSABILIDADE PESSOAL DE TERCEIRO: São pessoalmente
responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos (Art. 135, CTN):
▪ pais
▪ tutores
▪ curadores
▪ administradores de bens de terceiro
▪ inventariantes
▪ síndico
▪ comissários
▪ tabeliões/ escrivães
▪ Sócios
▪ os mandatários, prepostos e empregados
▪ os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito
privado
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
76
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
77
LEITURA INDICADA
Páginas 57 a 60:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522480173
Página 06:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522499977
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
78
INDICAÇÃO LEITURA
Páginas 156 a 162 e 185 a 189
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009446
Páginas 84 a 96:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502204621
OBRIGADO!
Prof. Fabio Silva
fabio@weigandesilva.com.br
Skype: fabiosilva_tributario
79

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