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Invalidade do Negócio Jurídico - Direito Civil

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Invalidade do Negócio Jurídico
NEGÓCIO JURÍDICO
“Quando existe por parte do homem a intenção específica de gerar efeitos jurídicos ao adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos, estamos diante do negócio jurídico.” (Sílvio de Salvo Venosa).
Dentro do Plano de Validade:
Nulidades (arts. 166 e167, CC);
Anulabilidades (art. 171).
Espécies do gênero INVALIDADE do Negócio Jurídico – dependem de expressa previsão legal.
Conceitos Importantes:
NULIDADE: viola norma de interesse público, cuja proteção interessa a todos, à própria pacificação social.
Nulidade é a sanção imposta pela lei aos negócios jurídicos realizados sem observância dos requisitos essenciais, impedindo-os de produzir os efeitos que lhes são próprios.
ANULABILIDADE: compromete interesses particulares – vício menos grave.
Anulabilidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados por pessoa relativamente incapaz ou eivados de algum vício do consentimento ou vício social.
Nomenclatura Importante
Nulidade – Absoluta ou Relativa.
Nulidade Relativa = Anulabilidade.
Invalidade do Negócio Jurídico
Negócios Jurídicos Nulos – em geral viola requisito do art. 104, CC.
Art. 166, CC. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
Ex.: Compra e venda de veículo para transportar drogas.
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
Ex.: Doação bens a concubina por homem casado
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Ex.: Doação de todos os bens a um único filho (art. 548 e 1.475, CC). 
Art. 167, CC. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
Ex.: Testa de ferro e contrato vaca-papel.
Quem pode alegar nulidade (absoluta):
Art. 168, CC. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes. ‏
Imprescritibilidade do negócio nulo
Art. 169, CC. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
A nulidade de qualquer negócio jurídico será reconhecida através de decisão judicial declaratória – Ação Declaratória de Nulidade de Negócio Jurídico. 
Resumo:
Opera-se de pleno direito.
Pode ser invocada por qualquer pessoa, inclusive o MP.
Não admite confirmação, pois é irratificável.
É imprescritível.
Pode ser conhecida de ofício
Invalidade do Negócio Jurídico
Negócio Jurídico Anulável (Nulidade Relativa):
Art. 171, CC. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
Art. 4º, CC.
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Defeitos do Negócio Jurídico (Vícios do Consentimento e os Vícios Sociais – exceto a Simulação).
Quem pode alegar a anulabilidade:
Art. 177, CC. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.	
Decadência do Negócio Jurídico Anulável
Art. 178, CC. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Art. 179, CC. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
Ação Anulatória de Negócio Jurídico
Invalidade do Negócio Jurídico
Ratificação do ato anulável:
Art. 172, CC. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.‏
Os efeitos da anulabilidade:
Art. 182, CC. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.‏
Resumo:
O negócio jurídico existe e gera efeitos concretos até a anulação.
Somente pessoa interessada poderá promover a anulação.
Admite ratificação.
Submete-se a prazo decadencial.
Não pode ser conhecido de ofício pelo juiz ou suscitado pelo MP.
Invalidade do Negócio Jurídico
Da inexistência do negócio jurídico:
Em referência a nosso Direito Positivo, no plano dos atos inexistentes, estes não estão regulados em norma alguma. A doutrina é que trata do assunto e tem como ato inexistente aquele que não chegou a configurar-se como ato jurídico, em virtude da falta de um dos seus elementos constitutivos.

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