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Disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso - EAD 403
A relação professor aluno em diferentes séries e idades 
PROJETO DE PESQUISA
– Qual importância da relação professor-aluno no processo educativo.
Objetivos
Refletir sobre a importância do relacionamento professor/aluno para o ensino aprendizagem.
 Identificar e refletir as possíveis relações entre professor e o aluno a fim de contribuir para o processo ensino-aprendizagem;
 Buscar subsídios para relatar o quanto a interação entre professor e aluno é importante para o processo ensino aprendizagem;
Identificar os fatores que dificultam o relacionamento entre professor/aluno;
Refletir sobre a importância e o papel do professor e do seu relacionamento com os educandos.
A RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
O relacionamento humano é peça fundamental na realização comportamental e profissional. Desta forma, a análise dos relacionamentos entre professor/aluno envolve interesses e intenções, sendo esta interação o expoente das consequências, pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros da espécie humana.
Neste sentido, a interação estabelecida caracteriza-se pela seleção de conteúdos, organização, sistematização didática para facilitar o aprendizado dos alunos e exposição onde o professor demonstrará seus conteúdos.
Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigação. Para que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolver das atividades.
Para que isto ocorra, é necessária a conscientização do professor de que seu papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à auto-realização.
O papel do professor consiste em agir com intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação, em sala de aula, seu relacionamento com os alunos é expresso pela relação que ele tem com a sociedade e com cultura.
 A relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.
A relação professor/aluno em sala de aula é um processo bastante complicado, pois existem nesse contexto diversos aspectos a serem analisados, tendo em vista que, para um bom relacionamento entre ambos há necessidade de ir além de um simples relacionamento afetivo.
Em sala de aula, tanto professor, quanto o aluno devem estar aberto à interação, pois em todo relacionamento, a empatia é uma questão necessária e eficaz para que haja uma aproximação entre ambos. Assim, a relação professor/aluno pode apresentar diversos estilos, que proporcionam diversos tipos de interação. Vamos tentar analisar as duas principais relações usadas entre professores e alunos na sala de aula: relação de comunicação mais pessoal e relação de orientação própria ao estudo.
A relação de comunicação mais pessoal é reconhecer os êxitos, reforçar autoconfiança dos alunos, manter constantemente uma atitude de cordialidade e de respeito; isso sem esquecer que embora tenhamos que ter uma relação afetiva com nossos alunos, isso não significa dizer que tenhamos que ir à sala de aula para sermos humoristas e nem sermos carinhosos para que os alunos se sintam bem. Na verdade, se não houver uma relação didática eficaz não poderá haver relação professor/aluno.
Nessa perspectiva, a relação de orientação própria para o estudo entra no mérito do papel exercido pelo professor em sala de aula, cujo principal será criar e comunicar uma estrutura que facilite o aprendizado. Entende-se que numa relação professor/aluno em sala de aula, a afetividade não poderá ser eficaz se não houver de fato a competência da tarefa didática, por que então, a qualidade de ensino será prejudicada.
Entretanto, dois aspectos referentes à educação devem ser abordados, são eles: necessidades psicológicas e educativas.
Por necessidades psicológicas entende-se por aquelas que os alunos interiorizam e que por muitas vezes são de uma certa forma imposta pelos padrões sociais, como o desejo de ascensão social, por exemplo, o qual exige para que isso seja possível, a apropriação dos moldes pré-estabelecidos como: passar de ano, tirar boas notas, ser o primeiro colocado nos processos seletivos, etc, os quais estão automaticamente nas necessidades educativas. Sendo que, o aluno ao ver suas necessidades psicológicas e educativas atendidas se automotiva.
O professor por sua vez tende a descobrir qual a melhor forma de abarcar essas necessidades sem prejuízo ao aprendizado. Assim, as três áreas de atuação do professor são: relações interpessoais, estrutura de aprendizado e apoio da autonomia e do desenvolvimento integral do aluno.
As relações interpessoais são manifestadas de diversas formas, das quais: a dedicação de tempo à comunicação com os alunos, a manifestação de afeto e interesse pelos alunos, o elogio sincero, o interagir com os alunos com prazer, entre outros; o oposto se trata de rejeição. Ou seja, os alunos devem sentir que o professor se interessa por eles, assim os alunos devem sentir-se livres para errar e aprender com seus erros. O sentir-se livre se traduz aqui por ausência de medo, de angústia… Aprender com os próprios erros é importante para o crescimento pessoal, seja emocional, social ou cognitivo.
A estrutura de aprendizado se refere à qualidade e quantidade de informações que são repassadas aos alunos, para que se tenha eficácia neste aprendizado: as expectativas devem ser demonstradas, ajudar quando houver necessidade, sentir-se ao mesmo nível dos alunos, o oposto é o caos. Nesse sentido, o professor deve entender que a informação é uma fonte de poder, por isso, nunca deve utilizar, por exemplo, a avaliação como arma de castigo, controle e autodefesa.
A autonomia do aluno está relacionada com a liberdade concedida no momento da aprendizagem, por isso não se deve utilizar pressões ou a garantia de prêmios àqueles que realizarem com afinco as atividades. Cabe nesse ponto, ao professor a dura tarefa de transformar sua aula em um campo motivado pelo prazer e pela paz. E isso ainda pode trazer mais lucros ao bom relacionamento não só do professor-aluno, como do próprio aluno com outro, no sentido de que estes consequentemente possam aprender a colaborar, a respeitar-se entre si quando trabalham em grupo ou em projetos cooperativos; podem aprender a apreciar outras culturas, a desenvolver-se bem na sociedade.
Como toda relação pessoal, a relação professor/aluno tem seus pontos fortes e fracos. Cabe agora analisarmos quais seriam estes pontos, para podermos chegar a um consenso.
As expectativas do professor quanto ao rendimento do aluno em sala de aula. Essas expectativas nascem dos dados que o professor recebe dos alunos antes de iniciar seu relacionamento com estes. A partir de então, cria-se uma expectativa ou desejos, de que alguns alunos, aqueles considerados bons, tenham um ótimo desempenho. Essa expectativa termina muitas vezes prejudicando o trabalho do professor, que em vez de ajudar todos, termina beneficiando uns poucos.
Assim, as expectativas desenvolvidas pelos professores sobre algunsalunos, fazem com que estes tratem de forma diferente os alunos em sala de aula. O tratamento diferenciado pode se manifestar de diversas formas:
Os professores um “clima socioemocional” mais agradável com esses alunos;
Os professores dão uma informação mais colorida e diferenciada aos alunos que estão na simpatia deste, ajudando-os mais no aprendizado dos mesmos;
A impressão é que os professores nessa situação dão mais atenção no aprendizado dos alunos que gostam, em detrimento do restante da classe;
Assim, para os alunos escolhidos afetivamente pelo professor, há melhores oportunidades para participar na aula; o professor faz mais perguntas e dá mais tempo para respostas a destes alunos.
Esses procedimentos, entretanto, parecem não acontecer na realidade de tão perspicazes que são, porém, apesar de ser um procedimento discriminatório e, não aparentar seu verdadeiro intuito, na verdade é tão evidente que todos percebem, principalmente os alunos que não foram agraciados pela atenção dispensada.
A forma de tratamento especial que o professor dispensa ao aluno escolhido, cujas expectativas são bastantes altas chama-se teoria do afeto/esforço. Essa teoria é traduzida através de uma mudança de valor, pela qual, o afeto que o professor dispensa ao aluno é demonstrado pelo aumento do agrado dispensado a este. Aí vem o item esforço, pois para o professor esse esforço vale a pena. Agora, se o esforço do professor é compensado pelo esforço do aluno, então a atitude do professor é reforçada; isso significa relações recíprocas, o que é muito bom. Mas como todo processo desigual tem seu lado ruim, ou seja, contempla uns poucos em detrimento de muitos, esse inter-relacionamento termina muitas vezes discriminando aqueles que não conseguem acompanhar o ritmo dos bons, e terminam sentindo na pele a hostilidade por parte do professor.
Na realidade, o que vemos no dia-a-dia da escola, em particular na pública, é um retrato do resultado das pesquisas que envolvem o comportamento docente com respeito ao afeto em sala de aula. O professor não pode negar, até mesmo por causa de uma questão de consciência, que nós docentes desenvolvemos expectativas sim, principalmente quando se trata de alguém que gostamos, admiramos, entre outros. Por esse motivo, geralmente dispensamos tratamento diferenciado aos nossos alunos.
Contudo, a questão da expectativa é uma coisa a ser analisada, pois da mesma forma que contribuímos com expectativas para o sucesso do aluno, estamos automaticamente contribuindo também para o fracasso. Embora o resultado da pesquisa tenha apontado que os professores, em sua maioria parece preconizar mais o fracasso dos maus alunos, que o sucesso dos bons. Isso se dá devido ao fato de que nós os professores, desenvolvemos a tal expectativa, que unidas às nossas condutas terminam contribuindo para o sucesso de uns e o fracasso de outros.
Resumindo o professor precisa na verdade de uma auto-avaliação, pois as nossas atitudes em sala de aula podem e trazem sérias consequências para o alunado, porque enquanto é dispensado expectativas positivas para uns, e com isso dispensados mais atenção, afeto e cuidado; para outros, em geral, desenvolve expectativas negativistas, as quais terminam prejudicando aqueles que deixam de ser atendidos de forma afetuosa. Dentre os alunos excluídos podem estar àqueles ignorados, que na maioria das vezes nem são desinteressados, e sim, tímidos. É comum nessa situação ficar preocupados quando um aluno bom tira uma nota ruim, e incomodados com aqueles que são considerados maus tiram uma nota boa.
Essa situação analisada deixa claro que, o relacionamento afetivo em sala de aula é muito bom; porém, temos que ter muito cuidado em não utilizar desse subsídio para praticar a discriminação com nossos alunos. Deve sim, usar de expectativa com todos, saber que se estão ali é porque estão em busca de algo, e esse algo, cabe a nós professores proporcionarmos a eles. Para isso, deve dar-lhes condições para a inclusão social, através não só da própria afetividade (que ajuda muito do processo ensino-aprendizado), mas na condição de educadores, pela prática educativa, com criatividade, para que assim possamos desenvolver nosso papel de mediadores entre os conhecimentos e os nossos alunos.
 O desenvolvimento humano não está pautado somente em aspectos cognitivos, mas também e, principalmente, em aspectos afetivos.
Assim, a sala de aula é um grande laboratório para que se observe e questione os motivos que levam o convívio escolar do professor e aluno, muitas vezes, a ficar desgastado e sem estímulo.
Sabe-se que o ser humano tem grande necessidade de ser ouvido, acolhido e valorizado contribuindo dessa forma para uma boa imagem de si mesmo. Neste sentido, a afetividade está intimamente ligada à construção da autoestima. Sendo assim, sua importância em toda relação é fundamental para os sujeitos envolvidos.
Logo, a relação entre professor e aluno, deve ser mais próxima possível, pautada em partilha de sentimentos e respeito mútuo das diferentes ideias.
Vale ressaltar que a tarefa de educar deveria ser, para a maioria das famílias e professores, uma função tão natural quanto respirar ou andar. No entanto, educar apresenta em suas ações familiares e educacionais, e dentro de teorias consideradas ideais, uma complexa tarefa a ser desempenhada.
O contato com diferentes grupos sociais possibilita a construção do autoconceito da pessoa. A família e outras pessoas que convivem com a criança, fazem parte do seu primeiro grupo social representando neste momento, seu contato afetivo, que pode ser positivo ou negativo, influenciando no futuro desta criança. O autoconceito que essa criança terá de si refletirá em suas ações e na forma como será tratada ou mesmo percebida pelos outros.
Quando a criança ingressa na escola e tem uma visão negativa de si, demonstra um comportamento diferente dos demais colegas como, agressividade ou apatia e, na maioria das vezes é considerado preguiçoso, desatento, irresponsável, ou seja, aluno-problema e, automaticamente, encaminhada pela professora ao Serviço de Orientação Educacional, pois seu desempenho escolar apresenta-se comprometido. Porém, a questão está relacionada a inúmeros fatores, inclusive, no autoconceito que este aluno faz de si, quando não acredita no seu potencial de resolver situações desafiadoras e desanima no primeiro obstáculo que encontra.
Por isso, a escola deve propiciar melhores condições de aprendizagem, selecionando atividades e posturas necessárias, que promovam o resgate da autoestima do aluno. O aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento, e determinar sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará e, na teoria de Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: um cognitivo e outro afetivo que, desenvolvem-se paralelamente. Afeto inclui sentimentos, interesses, desejos, tendências, valores e emoções em geral.
Como atividade essencialmente criadora, a educação apresenta o escopo de guiar o homem no desenvolvimento dinâmico, no curso do qual se constituiria como pessoa humana, dotada de armas do conhecimento, do poder de julgar e das virtudes morais.
No contexto das dinâmicas sociais, a educação e a instituição de ensino, no papel de seus professores, devem apresentar um caráter crítico de elevação cultural do indivíduo e da sociedade.
É de suma importância que o professor, por maior que seja sua capacidade, seu conhecimento, sua formação, tenha consciência de que ele e seus alunos estão em locais, ângulos opostos: por outro lado, ele não deve se vangloriar desta hierarquia e muito menos de seu conhecimento. Para que haja uma boa convivência entre professor e aluno um bom diálogo é fator de essencialmente.
Entretanto, não é esta realidade que observamos no contexto educacional brasileiro, pois o professor geralmente é arrogante, inseguro, ansioso e acaba criando um clima de terror em salade aula. Na maioria das vezes a causa desta problemática está na má remuneração, na falta de preparo, na instabilidade familiar, fatores que influenciam no desempenho do docente.
A aula deve ser encarada como uma relação entre professor e aluno, numa aprendizagem mútua, onde a escola seja encarada como um lugar de reflexões na construção e reconstrução do saber.
Nesse contexto, a reflexão sobre a importância e o papel do professor e do seu relacionamento com os educandos, vai bem mais além, pois estamos diante de constantes mudanças, onde o novo sempre traz expectativas que muitas vezes são obscuras, preocupam e deixam os profissionais perdidos. O objetivo de enfrentar esse grande desafio, também inclui em vencermos os nossos medos, que não são poucos, a fim de contribuirmos para um futuro melhor, onde devemos romper com antigos conceitos, através de critica, criatividade, afetividade e diálogo, para a construção de novas formas no presente, com vistas ao futuro.
No instante em que se fala sobre construção do conhecimento e da aprendizagem e sua relação com a afetividade, tem-se esta envolvendo o uso e o desenvolvimento de todos os poderes e capacidades do homem, tanto físicas, quanto mentais e afetivas. Logo, aprendizagem/construção do conhecimento, não se rotula na simples memorização mecânica de conteúdos, fatos e experiências, mas sim abrangendo o todo humano, haja vista que, no universo físico-psicoemocional, a construção do conhecimento não pode ser vista e/ou analisada for forma fragmentada.
A psicanálise considera a afetividade como o domínio e que se desenvolve uma energia psíquica, biológica – a libido; estruturais em sentimentos acordes com leis que, violadas, levam à neurose individual ou coletiva. 0 prazer e a dor guiam o instinto sexual para a formação dos amores e malquerenças do lactente e da criança mais crescida. Daí ser a vida afetiva essencialmente a do conflito entre o eu e o meio. 0 eu, egoísta e hedonista por excelência; o meio, impessoal e exigente, cujos finais se tornam transcendentes ou somente ocultos durante quase toda a vida do indivíduo.
Tanto o aspecto cognitivo quanto o afetivo desempenham papéis chaves no desenvolvimento intelectual. Considerando os postulados teóricos dos diversos autores que estudam o assunto, a construção do conhecimento-aprendizagem, pode ser caracterizado:
de forma gradual, o conhecimento é construído aos poucos, onde cada indivíduo tem seu ritmo próprio e aprender;
de forma cumulativa, onde cada nova aquisição-experiência se adiciona ao repertório já adquirido;
de forma integrativa, supondo uma dinâmica interna, mental de aprender e apreender onde o conteúdo teórico apreendido na prática interage com a teoria;
de forma contínua, onde o indivíduo aprende ao longo de sua vida/desenvolvimento.
A afetividade passa então a constituir um outro fator que influencia diretamente na aprendizagem, ou seja, a relação afetiva entre quem ensina e quem aprende, isto é, a afetividade entre o professor e o aluno. O caráter afetivo influencia nas construções cognitivas, possibilitando liberdade, confiança, honestidade, etc., na (re) elaboração de saberes/conhecimentos.
Vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas, já que o ato de inteligência pressupõe uma regulação energética interna (interesse, esforço, facilidade, etc), o interesse e a relação afetiva entre a necessidade e o objeto susceptível de satisfazê-la.
Certamente, a afetividade interfere na aquisição de conhecimentos, pois pode acelerar ou retardar o desenvolvimento cognitivo de uma criança, um fato que pode ser percebido quando se observa a importância/diferença que faz a criança quando a professora espera na porta da sala de aula e diz a cada um bom-dia, dando-lhe um abraço, um beijo, antes do início das atividades diárias de sala de aula.
Certamente, é muito importante para a criança perceber no professor(a) um amigo(a), já que é o laço afetivo que irá influenciar diretamente na aquisição do conhecimento. Vale ressaltar que, na dinâmica do processo ensino-aprendizagem, encontra-se também a moralidade, pois esta estabelece regras do jogo que se chama aprendizagem. Na verdade, a moralidade humana é o palco, por excelência, onde a afetividade e a razão se encontram, via de regra, sob a forma de confronto. Em outras palavras, a afetividade interfere no uso da razão.
Para que a criança aprenda o juízo de moral, este poderá ser feito, através de regras de um jogo, trabalhando o contrato/acordo entre partes, o respeito às regras do mesmo, construindo a moralidade do futuro homem individual e social. O ingresso da criança na sociedade certamente se dá pela aprendizagem de diversos deveres a ela impostos pelos pais e adultos em geral: não mentir, não pegar as coisas dos outros, não falar palavrão, etc.
O adulto deve perceber que a criança irá evoluir em seu juízo de moral e que aquele ditado “faça o que eu falo e não faça o que eu fizer” estará ultrapassado com o tempo, pois gradativamente a criança chegará a etapa da autonomia mais crítica diante do que o adulto fala e transmite, e também do mundo que o rodeia.
A psicanálise muito tem a contribuir para a formação de educadores, já que estes, preocupados com a construção do conhecimento do aluno, devem atentar-se para os aspectos  motivadores do despertar da curiosidade do aluno, processo no  qual a representação que o professor causa constitui peso considerável.
Quem não se recorda de alguém já ter dito o quanto determinado professor foi capaz de influenciar consideravelmente na opinião, motivação e relação do aluno em relação a uma disciplina específica? Este fato recorrente encontra na psicanálise fundamentações teóricas para sua sustentação: as transferências, que seriam reedições dos impulsos e fantasias despertadas que trazem como característica a substituição de uma pessoa anterior pela pessoa do professor.
Para a criança pequena a autoridade única e a fonte de todos os conhecimentos. Eles são os primeiros símbolos para a criança, os quais serão contestados somente mais tarde. A escola possui papel fundamental na descontinuidade deste pensamento, quando distingue  o conhecimento que o aluno trás de casa com a  forma pela qual ele é tratado pelo professor. É de praxe encontrar alunos fazendo suas tarefas de casa e, frente às intervenções sugeridas pelos pais, tenham se retraído veementemente, alegando que a forma proposta por eles não é do jeito da professora, está errado!
Tal fato é um exemplo de transferência: os pais, em primeira instância tidos como mantenedores de todo o conhecimento, têm suas posições deslocadas para os professores, que devem por isto estar ciente deste processo psicanalítico, para que possam lidar da melhor forma possível a favorecer a construção do conhecimento. Isto porque: somente alguém que possa sondar as mentes das crianças será capaz de educá-las.
A psicanálise explica que as pessoas com que a criança passa a conviver fora do círculo abrangendo pai, mãe, babá, irmão ou irmã passarão a exercer um papel de figuras substitutas desses primeiros objetos de seus sentimentos, tornando-se imagens destes.
A transferência é uma manifestação inconsciente e como tal, pode nos deixar em armadilhas tais como nos atos falhos, pois através da transferência podemos nos inclinar ou rejeitar pessoas que estão à nossa volta sem aparentemente sabermos o por quê.
Dessa forma, sentimentos de simpatia ou rejeição gratuitos que tanto o professor pode sentir em relação a algum aluno, assim como algum aluno em relação ao professor; podem ter origem nesta premissa, já que os relacionamentos posteriores são obrigados a arcar com uma espécie de herança emocional. Todas as escolhas posteriores de amizade e de amor seguem a base das lembranças deixadas por esses primeiros protótipos.
O professor entra em cena geralmente na segunda metade da infância, momento no qual a criança está começando a relativizar a alta opinião original que tinha pelo seu pai, o que torna-os ocupadores da posição como pais substitutos.Tanto é verdade que, transferem-se para estes o respeito e as expectativas ligadas ao ideário do pai da infância.
Não é ao acaso que as classes que atendem ao público infantil chamam-se comumente de maternal, ou seja, que se relaciona ao amor materno, no intuito de criar uma identificação nas crianças com o ideário, com as imagos de sua família.
Porém, após o primeiro segmento do ensino fundamental, percebe-se uma divergência na relação professor-aluno que pode ser prejudicial para o desenvolvimento afeto-cognitivo dos alunos, por sofrerem uma mudança tão brusca no aspecto relacional com esses objetos transferências de suas expectativas, que são os professores.
As turmas, antes sob regência de apenas uma professora, passa a possuir tantos professores quanto o número de disciplinas oferecidas e uma maior distância e frieza nos aspectos afetivos são valorizadas, em detrimento do conhecimento a ser transmitido por si. O professor não pode perder de vista que: A transferência, construída na relação professor-aluno, pode incentivar o processo de aprendizagem dos alunos.
O professor deve assim, atentar-se para estimular situações de envolvimento com os alunos, de aproximação, de contato, além de dedicar todo um cuidado à sua apresentação. Ele não deve considerar-se como sujeito petrificado com a simples tarefa de transmitir conhecimentos para alunos-objetos, podendo desprover-se de quaisquer responsabilidades além do conteúdo. Os alunos que ali estão em suas aulas trazem mundos dentro de si, trazem seus históricos inconscientes, impulsos e forças reguladoras, além de forças identificatórias desejosas por encontrar referenciais a construir. São sujeitos e assim devem ser considerados, respeitados e ouvidos, além de alimentados por imagens positivas.
Um professor pode ser ouvido quando está revestido por seu aluno de uma importância especial. Este será ainda mais  especial quanto mais acreditar ser o seu aluno também especial. Graças a essa importância bilateral de identificações, o professor passa a ter em mãos um poder de influência sobre o aluno e vice-versa.
O educador não pode perder de vista este embasamento que a psicanálise oferece, para que possa estar cada vez mais capacitado e apto a agir da melhor maneira em nome do alcance de seus objetivos: favorecer a construção do conhecimento, da cidadania, da ética e a da arte em seus alunos.
Na sociedade pós-moderna, esta nova visão social, as transformações estão acontecendo de forma ultrarrápida em todos os setores sociais. A presença das redes eletrônicas no processo de ensino e aprendizagem, este novo ambiente, nos faz pensar que a escola, forçosamente, está exigindo novos profissionais para a educação. O perfil vem se alterando porque a visão de mundo está mudando e os nossos professores estão, hoje, insatisfeitos, descontentes, ansiosos, pela não compreensão das novas necessidades sociais e do processo educacional. Ou seja, a sociedade mudou e a escola precisa mudar e os professores precisam saber que ser professor, hoje em dia, exige qualidades diferentes daquelas de vinte ou trinta anos atrás.
Não podemos pensar, nos dias atuais, que nossos alunos são menos inteligentes, responsáveis, mais imaturos ou menos preparados do que em outras épocas. O que temos de lembrar é que o paradigma de mundo está se alterando rapidamente e que as tecnologias têm contribuído para isto.
  Os professores deverão valorizar mais os alunos, ou seja, ênfase no aluno e não na matéria como estamos fazendo. É importante citar que isto não significa dizer que o professor abandonará seus conteúdos, pois somente aqueles professores que alcançaram um alto grau de conhecimento sobre seus conteúdos é que são capazes de se libertarem dos mesmos, para efetivamente, dar atenção devida para as reais necessidades de seus alunos.
  O professor deverá valorizar seu aluno permitindo que o mesmo avance em sua jornada do aprender, onde ele construa e reconstrua, elabore e reelabore seu conhecimento de acordo com sua habilidade e seu ritmo e, neste contexto, o uso das redes poderá ampliar e implementar o processo de ensino e aprendizagem.
Outro ponto a se considerar é a questão do professor como um transmissor de conhecimentos. A escola, na maioria das vezes, não oferece condições para o professor produzir seu conhecimento e, desta forma, ou o professor está na escola dando aula ou não está presente na instituição. Como consequência, do fato do professor não ter tempo para elaborar seu material, acaba surgindo uma verdadeira cultura de livros didáticos e manuais com perguntas e respostas prontas que dispensam os mestres do ato de refletir e da produção do saber.
O professor através do uso das redes eletrônicas deve equilibrar os currículos e os procedimentos metodológicos com os estilos de aprendizagem dos alunos, encontrando um elo entre o processo cognitivo e emocional, bem como observar os modos de vida dos estudantes, buscando, principalmente nos conceitos de flexibilidade e diversidade, um canal direto com o mundo. Isso nos levará a uma ênfase maior na produção do conhecimento e não apenas na transmissão. O professor, usando as redes, poderá gerar e gerenciar uma grande quantidade de informação e conhecimento, trabalhando na pesquisa e na produção de novos conhecimentos.
O eixo será deslocado da atividade oral para as atividades de interação do aluno com o meio. Não é o discurso do professor que garante autenticidade ao conhecimento. O professor privilegiará as atividades de interação em laboratórios, visitas a museus, trabalho em grupo, projetos educativos, teatros, vídeos etc.
É através da prática colaborativa-interativa que o professor poderá tomar gosto pelo pesquisar e estudar e as redes eletrônicas proporcionam essas atividades colaborativas com pares distantes, em culturas diferentes e com diferenças étnicas. Isso é importante para que aluno e professor possam criar um bom entendimento dos fenômenos e, assim, a ênfase estará sobre a interação e não sobre a fala do professor.
Por fim o enfoque do professor estará centrado em ser aberto para aprender a cada momento, e não em ser correto. Ao professor caberá a tarefa de ensinar seus alunos tomar decisões neste mundo marcado pela pluralidade de informações. O certo ou errado numa época de tantas transformações, profundas mudanças, acaba sendo uma questão de visão de mundo, porém, estar, ser aberto para aprender a cada momento da vida, saber ver, analisar, fazer perguntas, poder perceber que o conhecimento, cada vez mais, estará sujeito a transformações, será muito mais significativo neste novo contexto. O professor auxiliará o aluno na coleta da informação (das redes), na análise e na elaboração do conhecimento a partir dela e a ênfase não estará mais no certo ou errado, mas, em estar aberto para aprender.
Os professores, no uso das redes, têm à sua disposição um ambiente interativo, moderno, desafiador e inovador e podem transformar o processo ensino-aprendizagem numa aventura dinâmica.
9. CONCLUSÃO
Nesta perspectiva averiguei que afetividade e educação estão Intrinsecamente ligadas à aprendizagem. A afetividade influencia de maneira significativa a forma pela qual os seres humanos resolvem os conflitos de natureza moral. A organização do pensamento prepondera o sentimento, e o sentir também configura a forma de pensar. Nesse sentido, a afetividade perpassa o funcionamento psíquico, assumindo papel organizativo nas ações e reações.
É fundamental que os professores saibam que toda a criança tem o potencial de gostar de si mesma, e que aprende a ver a si mesma tal qual as pessoas importantes que a cercam a veem, pois, ela constrói sua autoimagem a partir das palavras, da linguagem corporal, das atitudes e dos julgamentos dos outros.
É fundamental valorizar a atividade docente como um ato de amor e competência. A formação pela vida e para a vida perpassa caminhos complexos.

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