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EXAME FÍSICO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Profª Ms Camila Marim Disciplina de Semiologia ENFERMAGEM Manifestações clínicas mais comuns As • manifestações clínicas mais comuns das doenças cardiovasculares são: Dispnéia• (falta de ar, dificuldade para respirar): investigar desencadeadores, esforços Fadiga• : sensação de desgaste, cansaço e falta de energia Precordialgia• : dor no peito Investigar: tipo, localização, intensidade, irradiação, duração, fatores • relacionados ao desencadeamento ou à piora, associação com náuseas, vômitos, sudorese, palpitação, tontura, pré-síncope ou síncope Palpitações• : percepções dos batimentos cardíacos Desmaio, edemas, • variações na pressão arterial e na frequência cardíaca, diurese, cianose e alterações periféricas Exame físico geral ou de outros sistemas Nível de consciência• Desconforto respiratório evidente• Sinais vitais• Volume de diurese• Medidas antropométricas• Edema• A • inspeção muitas vezes já evidencia um edema: aumento de volume e desaparecimento de proeminências ósseas Palpação• : sinal de Godet (comprime-se por alguns segundos a região com o dedo, observa-se e sente pelo deslizar do dedo uma depressão no local). Classifica-se o edema de + a 4+ Alterações de pulso Alterações de pulso Exame físico geral ou de outros sistemas Estase jugular• : inspeção da veia jugular Distens• ão indica alterações de pressão e volume dentro do átrio direito, refletindo a atividade do lado direito do coração e sua eficácia como bomba As veias jugulares externas • são mais superficiais e mais visíveis bilateralmente acima da clavícula, próximas à inserção dos músculos esternocleidomastóideos O ingurgitamento da jugular (estase • jugular) deve ser examinado com o paciente em decúbito de 45º. A avaliação da estase jugular é feita com base em uma escala em cruzes (de + a 4+) Inspeção Avalia• ção do precórdio - paciente em decúbito dorsal, com o tórax exposto, e examinador à direita do paciente Na • inspeção, podemos encontrar o ictus cordis, ou choque de ponta, que corresponde ao ponto mais externo do movimento do coração, localizado no quinto espaco̧ intercostal (5ºEIC) esquerdo, na linha hemiclavicular Na inspeção podemos encontrar ainda:• levantamento • sistólico do precórdio, que ocorre na hipertrofia do ventrículo direito (movimentação visível de uma grande área da região paraesternal esquerda) pulsa• ções epigástricas e supraesternais (ou fúrcula), frequentemente visualizadas em indivíduos normais ou, quando muito acentuadas, em hipertrofia ventricular direita (se epigástricas) ou possibilidade de hipertensão arterial ou aneurisma da aorta (se supraesternal) Imagem retirada de: TANNURE, MC. PINHEIRO, AMF. Semiologia: bases clínicas para o processo de enfermagem. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 282p. Palpação A • palpação do precórdio pode ser feita juntamente com a inspeção Quando o • ictus cordis não pode ser visualizado na inspeção, é possível localizá-lo por meio da palpação. Ele deve ser procurado no quinto espaco̧ intercostal (5ºEIC), na linha hemiclavicular esquerda e pode ser medido por meio das polpas digitais que localizam o choque de ponta Avaliar • extensão (em geral 2 polpas digitais), intensidade e deslocamento (muda para DLE e observa se há deslocamento superior a 1 ou 2 cm do local original) Palpação Na • palpação do precórdio, pode-se verificar a presenca̧ de frêmitos cardiovasculares percebidos como • vibrações finas, são a tradução palpável dos sopros cardíacos a pesquisa dos frêmitos deve ser feita • com a mão espalmada sobre o precórdio, usando, de preferência, a palma da mão para melhor sentir as vibrações Não• são encontrados na palpação de um indivíduo sem alterações cardiovasculares Ausculta cardíaca Paciente em decúbito dorsal• Realizada em pontos do tórax nos quais é capturado o • ruído das valvas (focos), apesar de não corresponderem à região onde se localizam anatomicamente as valvas FA (Aórtico): • 2º EIC linha paraesternal direita FP (Pulmonar): • 2º EIC linha paraesternal esquerda FT (Tricúspide)• : borda inferior do esterno a esquerda (à esquerda do processo xifoide) FM (Mitral): • 5º EIC linha hemiclavicular esquerda Foco aórtico acessório: entre o • 3º e 4º EIC linha paraesternal esquerda Ausculta cardíaca Imagem retirada de: http://nocaminhodaenfermagem.blogspot.com.br/2015/11/semiologia-focos-para-ausculta-cardiaca.html Ausculta cardíaca Bulhas cardíacas• A • primeira bulha (B1) é um som de curta duração originado do fechamento das valvas atrioventriculares, mitral e tricúspide, marcando o início da sístole e melhor auscultada no foco mitral e no tricúspide Coincide com o pulso carotídeo e o ictus cardíaco• • “TUM” do “TUM-TA” A • segunda bulha (B2) é um som de curta duração, que é gerado pelo fechamento das valvas semilunares, aórtica e pulmonar, marcando o início da diástole e com som mais agudo e mais curto • “TA” do “TUM-TA” Avaliar • ritmo (rítmicas, arrítmicas) e intensidade (normofonéticas, hiperfonéticas, hipofonéticas) Descreve• -se a ausculta normal como: BRNF 2t s/s (Bulhas rítmicas normofonéticas em 2 tempos e sem sopros) Ausculta cardíaca Bulhas cardíacas• Desdobramentos• de bulhas – fisiológico na B2, a valva pulmonar demora um pouco mais a se fechar durante a inspiração, melhor audível em foco pulmonar, quando existente. Fisiológico na B1 apenas em crianças e adolescentes, mais audível em foco tricúspice. Ambos podem, se amplos, serem sinal de bloqueio de impulso elétrico Bulhas acessórias • • B3 – choque do sangue na parede do ventrículo, melhor auscultada em foco mitral e com a campânula do estetoscópio (após a B2), fisiológica apenas em crianças e atletas (“TUM-TA-TU”) • B4 – choque do sangue com a massa sanguínea estagnada no ventrículo, som bastante discreto (“TU-TUM-TA”) Ausculta cardíaca Sopros• Turbilhonamento audível do sangue, geralmente causado por • disfunção na abertura valvar, tanto por estreitamento da passagem (estenose), como por fechamento insuficiente (permite retorno do sangue) Para definir a localização de um sopro, deve• -se atentar em qual foco ele é mais audível Para avaliar a intensidade de um sopro, se utiliza o sistema de • quatro cruzes (+ a 4+, sendo essa última quando há frêmito cardiovascular associado) Observações importantes A percussão não foi mencionada • porque é muito pouco utilizada na prática clínica Teria como função delimitar área cardíaca, • mas não é realizado pelas limitações que apresenta (indivíduos obesos, mulheres...) A delimitação de área cardíaca pode ser • realizada por RX de tórax em PA (plano anatômico) O • passo propedêutico mais importante é a ausculta A • observação de dados do exame físico geral e de outros sistemas orgânicos é fundamental para avaliação do sistema cardiovascular Imagem retirada de: TANNURE, MC. PINHEIRO, AMF. Semiologia: bases clínicas para o processo de enfermagem. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 282p. MATERIAL OBRIGATÓRIO Vídeo Semiologia de Enfermagem no exame físico do aparelho cardiovascular: https://www.youtube.com/watch?v=• 7X8awguzCPI Capítulo 9, correspondente ao Exame do aparelho circulatório, do livro “Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto”, disponível online em nossa biblioteca: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/• 9788582 712924/cfi/186!/4/4@0.00:61.9 Observação: material obrigatório é passível de cobrança em avaliações teóricas e práticas
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