Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Civil II 22/03/2016 Web 6 Obrigações solidárias Quando um devedor paga a dívida, a mesma é sanada, mas a relação entre os codevedores permanece porque ele tem que ser ressarcido pelos demais, se um devedor paga parte da dívida continua devendo por todo remanescente. (PASSIVA) Se houver mais de um credor na relação aquele que recebe repassa aos demais credores o equivalente de cada um ficando a relação credor x devedor extinta. (ATIVA) Natureza jurídica 1) Teoria unitária: Uma relação e vários sujeitos, aceitaram essa situação. Crítica: Quando um dos devedores age com culpa , todos respondem por perdas e danos. 2) Teoria pluralista: 29/03/2016 d) O julgamento contrário a um dos credores não atinge os demais, o julgamento favorável todos aproveita. e) O pagamento feito a um dos credores solidários, extingue a dívida até o montante que foi pago, mas não extingue a solidariedade com relação ao restante. f) O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes cabia. G) Se a obrigação for nula quanto a um dos cocredores, sua parte será deduzida do todo. EFEITOS DA OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA PASSIVA a) A morte de um devedores solidários transmite aos herdeiros apenas o débito referente o seu quinhão hereditário. b) O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão (perdão) por ele obtida não aproveita os demais devedores. c) O credor pode renunciar a solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá quanto aos demais. d) É ineficaz estipulação adicional mais gravosa aos codevedores que não participaram da avença (negociação), ninguém pode ser obrigado a mais do que consentiu ou desejou. e)Impossibilitada a prestação por culpa de um dos devedores, subsiste para todos o dever de pagar o equivalente, mas pelas perdas e danos só responde o culpado. f) Todos os codevedores respondem pelos juros da mora ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um, mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida. g) O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e comuns a todos, não lhe aproveitando as exceções pessoais de outros codevedores. POSTAR WEB DE 01 A 07 PARA AV1 31/03/2016 WEB 08 TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES Cessão de crédito: O credor transfere os seus direitos para terceira pessoa que o substituirá na relação obrigacional. 05/04/16 – SEM AULA 07/04/16 – SEM AULA 12/04/16 - REVISÃO 14/04/16 - PROVA 19/04/16 – SEM AULA 21/04/16 - FERIADO 26/04/16 Requisitos: Art. 104 CC (capacidade das partes, objeto lícito, possível e determinado ou determinável, forma não prescrita ou defesa em lei); Obs.: A anuência do devedor não é requisito de validade da cessão, porém a notificação dele é necessária para que a cessão produza seus efeitos. Art. 290 CC. Características: A cessão do crédito também abrange todos os seus acessórios salvo estipulação em contrato (princípio da acessoriedade Art. 287) Havendo devedores solidários bastará a notificação de apenas um deles A cessão admite termo e condição Nas cessões onerosas: A) em regra são pro soluto – o cedente se responsabiliza apenas pela existência do crédito no momento da cessão; B) PRO-SOLVENDO (exceção) – o cedente garante a existência do crédito no momento da cessão e a solvência do devedor. Assim se o devedor não tiver patrimônio para solver a dívida o cedente terá que responder pelo crédito que o cessionário lhe pagou. ESPÉCIES: Voluntária ou convencional Necessária ou legal Judicial Gratuita Onerosa Total Parcial ASSUNÇÃO DE DÍVIDA O devedor (cedente) transfere a um terceiro o débito que tem com um credor. Assunção de dívida # fiança Principal / subsidiário Dívida própria / dívida de terceiro 10/05/16 Espécie da assunção de dívida a – Por expromissão: Decorre quando a cessão ocorre de negócio realizado entre e terceiro e credor sem a participação ou a anuência do devedor (A deve para B) a.1- Privativa ou liberatória: o cedente é completamente substituído (A cede para C) a.2 –Cumulativa: insere mais um devedor no polo passivo b – Por delegação: ocorre quando a cessão decorre de negócio realizado entre o terceiro e o devedor com a concordância do credor b.1 - Privativa ou liberatória b.2 – Cumulativa Requisitos de todos os negócios jurídicos Elementos de validade do negócio jurídico art. 104 CC. Anuência expressa do credor Exceção: créditos hipotecários – se em 30 dias o credor não manifestar, ele aceitou tacitamente. Solvência do devedor ao tempo da assunção Características: a - o novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo, pode apenas opor as exceções pessoais que lhe dizem respeito diretamente. b – a cessão extingue as garantias especiais originalmente dadas pelo devedor primitivo, salvo consentimento expresso do cedente ou dos garantidores. c – sendo a cessão anulada, restaura o débito com todas as suas garantias, salvo as prestadas por terceiros. WEB 09 Pagamento (lato sensu): realização pelo devedor da prestação prevista em lei ou em contrato Requisitos: - existência do vinculo obrigacional Intenção de solvê-lo Cumprimento da prestação Pessoa que efetiva o pagamento (devedor) Pessoa que recebe o pagamento (credor) 12/05/2016 QUEM DEVE PAGAR? Regra geral devedor Art. 304 CC Qualquer interessado – terceiro interessado / terceiro não interessado Terceiro interessado: o terceiro interessado que paga o débito sub-roga-se no lugar do credor originário. Caso o credor não queira receber do terceiro interessado, esse pode consignar em juízo o valor do débito. Terceiro não interessado: o terceiro não interessado não tem direito de sub-rogar-se como credor, tendo direito apenas ao reembolso. O terceiro não interessado só pode consignar em juízo em nome do devedor e não em nome próprio. O pagamento feito por terceiro não interessado sem o conhecimento do devedor não obriga ao reembolso se este comprovar que tinha meios para quitar o débito. O pagamento antes do vencimento terá direito ao reembolso apenas no vencimento. *Pagamento com transmissão de propriedade: Art. 307 CC Em se tratando de menor ( ) poder familiar, é necessário autorização judicial para o pagamento. Se a pessoa for casada, tem que ter a outorga conjugal. Se for pessoa jurídica, tem que ter aprovação do órgão deliberativo, salvo previsão em contrário do estatuto. Se for pessoa jurídica de Direito Público, tem que ter autorização legal. A QUEM SE DEVE PAGAR? Regra principal: credor MAS: Pode ser a um terceiro quando ratificado pelo credor; Feita a um terceiro e comprovado que foi revertido em benefício do credor; Credor putativo (parece ser credor) (teoria da aparência). O PAGAMENTO FEITO A INCAPAZ É VÁLIDO? Não art. 104 CC Salvo: Se o devedor demonstrar que o pagamento reverteu-se em benefício do incapaz; Se o devedor desconhecia a incapacidade; Se o relativamente incapaz em razão da idade dolosamente ocultou sua idade ou se declarou maior. As despesas da entrega ou decorrente do pagamento são do devedor. PROVA DO PAGAMENTO Recibo (quitação) Declaração unilateral escrita e revogável emitida pelo credor, de que a prestação foi efetuada e o devedor está liberado. 17/05/2016 Quitação parcial: Quando o credor admite receber parceladamente a divida ou quando o pagamento é feito em cotas periódicas. Quitação total: Quando o pagamento é feito integralmente. Requisitos da validade da quitação: Valor e espécie da divida quitada Nome do devedor Tempo do pagamento (data) Lugar do pagamento Assinatura do credor OBS.: Faltando um dos requisitos, mas estando o credor de boa fé não se invalida a quitação. PRESUNÇÃO DE PAGAMENTO Quando a divida é representada por título de crédito que se apresenta na posse do devedor. Quando o pagamento é feito em cotas sucessivas, existindo a quitação da última.Quando há quitação do capital sem reserva dos juros, estes se presumem pagos. LUGAR DO PAGAMENTO Salvo estipulação em contrário o pagamento será feito no local do domicilio do devedor. Havendo mudança do domicilio do devedor o credor pode manter o originalmente fixado. Designados dois ou mais lugares para o cumprimento da obrigação pode o credor escolher o local do pagamento desde que avise o devedor em tempo hábil, caso não ocorra este aviso qualquer lugar que se realizar o pagamento será considerado válido. O artigo 329 autoriza em local diverso desde que exista motivo grave e não haja prejuízo para o credor. O pagamento feito reiteradamente em outro local se presume que o credor renuncia tacitamente o local previsto no contrato. TEMPO DO PAGAMENTO Quando não há um prazo estipulado o pagamento é exigível imediatamente As obrigações com termo (as obrigações condicionadas a um evento futuro e certo) devem ser cumpridas nesta ocasião independentemente de notificação. As obrigações com condição (futuro e incerto) torna-se necessária a notificação do devedor para que o pagamento se torne exigível. POSSIBILIDADES DE ANTECIPAÇÃO DO PAGAMENTO O artigo 333 do código civil No caso de falência do devedor. Se os bens hipotecados forem penhorados em execução por outro credor. Se cessarem ou tornarem insuficientes as garantias do débito e o devedor intimado se negar a reforça-las. 19/05/16 – falta 24/05/16 – falta 31/05/2016 PRESSUPOSTOS DA REMISSÃO Art. 386 do CC 1º Intenção de perdoar 2º Capacidade para o ato e livre disposição dos bens 3º Aceitação do devedor – expressa ou tácita 4º Não cause prejuízo à terceiro 5º Forma livre 6º A remissão pode estar sujeita a termo ou condição 7º Pode abranger dívidas futuras uma vez que é irrelevante o vencimento da dívida 8º Pode ter origem em ato INTERVIVOS ou causa mortis ESPÉCIES DE REMISSÃO 1º Total 2º Parcial 3º Expressa decorre de declaração de vontade expressa do credor e aceitação do devedor 4º Tácita ocorre quando a dívida é representada por instrumento particular e o credor o entrega voluntariamente ao devedor, criando uma presunção de pagamento e provando a desoneração do devedor. EFEITOS DA REMISSÃO 1º Os efeitos da remissão se operam a partir do momento em que o devedor aceita a liberalidade 2º Estando à dívida garantida por bem penhorada a entrega deste bem ao seu dono, representa apenas a remissão quando a há garantia e não quanto à dívida; 3º Se o credor libera da obrigação um dos codevedores os demais continuam coobrigados descontados a cota remitida PACTA SUN SERVANDA O ACORDO (CONTRATO) FAZ A LEI ENTRE AS PARTES c) a imputação de dívidas líquidas e vincendas só é possível com a concordância do credor MODALIDADES DE IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO 1ª Imputação feita pelo devedor É A REGRA – Art. 352 O devedor não pode imputar o pagamento em dívida, cujo montante seja superior ao valor ofertado, salvo acordo entre as partes; O devedor não pode imputar (escolher) no capital quando há juros vencidos, salvo anuência do credor; O credor não pode recusar a imputação quando presente os requisitos legais; 2ª Imputação feita pelo credor: Art. 353 Só será realizada quando o devedor não declarar em que débito está realizando a imputação, o credor pode indicar a imputação no mesmo ato da quitação. Se forem duas as dívidas e uma delas estiver prescrita não pode o credor imputar o pagamento nesta. 3ª Imputação legal: Art. 355 trata-se de uma norma supletiva e ocorre quando o devedor não faz indicação e o credor não exerce esse direito na quitação. Regras: Havendo capital e juros o pagamento imputar-se a nos juros; Entre dívidas vencidas e não vencidas a imputação será feita nas primeiras;
Compartilhar