Buscar

Filosofia do Direito e reflexão filosófica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Filosofia do Direito e reflexão filosófica.
Por atingir as diversas áreas do conhecimento, a Filosofia volta-se também para o Direito, quando discute as normas da ética, da moral e, por consequência, das práticas da própria justiça. Daí a importância sempre crescente de uma disciplina especificamente voltada, através de um olhar abrangente e crítico, para a as questões jurídicas presentes nas ações humanas desde a mais remota antiguidade.
Considerar o nexo entre Filosofia e Direito, enfocando os liames teóricos desta relação naturalmente interativa e importante para o desenvolvimento humanístico das sociedades.
Nivea Bruno Ribeiro Cajzeira
O conceito de justiça na Filosofia Medieval de Tomás de Aquino, tem sua base em diversos filósofos, destacando Aristóteles, que o influenciou na teoria da justiça de ser uma virtude, ou seja , uma maneira de dar a cada um aquilo que é seu na medida certa, sem falta, e sem excessos. Tomás classificou as leis para uma melhor compreender do que se entende por justiça, essa classificação separou as leis em quatro categorias , e são elas: Lex aeterna são as ordens de Deus para o universo, a lei que rege o universo. Lex naturalis: Lei do homem , o homem só sabe uma parte dessa lei, que é fazer o bem e detestar tudo aquilo que é mal. Podendo dizer que é uma lei com origem no direito natural, não é uma lei positivada , e sim uma lei que nasce na essência do homem, trazendo também a ideia de que o homem é bom por si só , só não pode se deixar corromper com a maldade. Lex humana: O homem deve fazer aquilo que é justo , e se revoltar contra os agentes do mal, os tiranos. Essa lei foi criada p elos homens para conduzir os seus próprios atos. 
Tomás de Aquino explica que o homem pode chegar mais próximo do direito natural através de seu estado independente, com base na perfeição de sua razão, apesar de mesmo assim não conseguir compreender completamente o direito eterno. Nesse sentido as leis humanas deveriam ser medidas com base no direito natural. Assim, o direito natural passou ser uma forma, além de avaliar a validade moral das leis, de determinar a intenção das leis. Tomás de Aquino se posiciona em face de conceitos éticos, para afirmar que a justiça é uma virtude, assim, em sua teologia aborda o conceito dos especialistas do direito que afirmam que “a justiça é uma constante e perpétua vontade de dar a cada um o seu direito”.
Suas objeções no conceito de vontade e retidão refere-se as seguintes observações: Se a retidão da vontade não é à vontade, e se a vontade fosse retidão, então, nenhuma vontade seria perversa, portanto, justiça não é vontade; Se a vontade é potência ou ato, é incorreto afirmar que justiça é vontade; Se a justiça é perpétua vontade. Então a justiça está somente em Deus. Se somente a vontade de Deus é perpétua. Todavia, todo o perpétuo é constante, porque é imutável. Portanto, pode-se afirmar que a justiça é perpétua e constante, o que é notório que a vontade do homem em buscar a justiça é que precisa ser perpétua.
Tomás de Aquino, foi teólogo e filósofo cristão, de grande no cristianismo. Nesse sentido, por ter sido um filósofo com bases racionalistas herdadas de Aristóteles, não fechou os olhos para a transcendência da racionalidade, no conhecimento metafísico ou seja no conhecimento e nas suas experiências com Deus.
A influência de Augusto Comte na Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen.
O Conceito do positivismo jurídico não nasceu com Augusto Comte, sendo muito anterior a ele, na medida em que "positivistas são todos: onde haja sociedade humana e organização política; se especializaram no estudo e aplicação de normas, cuja vigência e eficácia são limitadas a uma fração qualquer de tempo e de espaço" Neste sentido, incluem-se entre eles os sofistas da geração imediatamente anterior a Sócrates, os epicuristas, os glosadores, Hobbes, Thomasius, Savigny, Von Ihering e Austin, e ainda aos "exegetas" franceses.
Augusto Comte desenvolveu sua corrente positivista, a partir da ideia da "lei dos três estados", que atribui à humanidade três estágios históricos sucessivos fundamentais (teológico, metafísico e positivo). O positivo poderia ser caracterizado como um momento no qual o espírito humano, reconhecendo a impossibilidade de obter noções absolutas, renuncia a procurar a origem e a destinação do universo e a conhecer as causas íntimas dos fenômenos, para tratar unicamente de descobrir, pelo uso bem combinado do raciocínio e da observação, suas leis efetivas, isto é, suas relações constantes de sucessão e semelhança. 
No positivismo de Augusto Comte só é possível o conhecimento científico a partir de fatos ou de suas relações, sendo os fenômenos a essência do conhecimento. O saber, desta maneira, é constituído objetivamente, resultante da experiência. "O conhecimento dos fenômenos está na dependência dos recursos das ciências positivas, culminando em uma síntese que outra coisa não é senão a Filosofia". É, portanto, o chamado positivismo filosófico.
Para esta corrente filosófica, a diferença entre a Ciência e a Filosofia seria apenas uma questão de grau, sendo a primeira o saber particularmente unificado, referente a um aspecto abstraído de outros aspectos possíveis, enquanto a segunda corresponderia ao saber totalmente unificado, uma espécie de sistematização das concepções científicas. "A filosofia seria, de certa maneira, uma ancila das ciências, uma resultante das ciências na unidade do saber positivo, oferecendo diretrizes seguras para a reforma e o governo da sociedade". Portanto, estaria a serviço da Ciência, na medida em que, a partir de suas conclusões, deve completá-la e unificá-la.
São estas características marcantes do positivismo que influenciaram a doutrina de Hans Kelsen, especialmente a sua Teoria Pura do Direito.
A importância do culturalismo jurídico no pensamento de Miguel Reale. Para o culturalismo, a ciência jurídica é uma ciência cultural que tem o direito como objeto cultural, isto é, como uma realização do espírito humano, com um substrato e um sentido. É compreendido caraterísticas do culturalismo jurídico em duas principais teorias que são baseadas no substrato. Se o substrato do direito for um objeto físico, temos objeto cultural mundana ou objetivo, sendo que a corrente que o estuda, é a teoria cultural objetiva, que são representadas principalmente por Miguel Reale. Já, se o substrato for a conduta humana, será um objeto cultural egológico (de ego) ou subjetivo, estudado pela teoria egológica do direito, representada por Carlos Cossio, Aftalión. O culturalismo jurídico enfatiza os valores do direito, sendo que alguns desses assumem maior importância sob a influência de conteúdos ideológicos em diferentes épocas e conforme a problemática social de cada tempo e lugar.
Quatro são as direções principais das teorias culturistas do direito: a concepção raciovitalista, mencionada acima de Alhures, de Emil Lask, a concepção tridimensional de Miguel Reale e a egológica de Carlos Cossio.
Bibiografia
Material da Intenet
https://jus.com.br/artigos/18443/o-positivismo-juridico-de-hans-kelsen

Outros materiais