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Walzer – Esferas da Justiça – cap 1. Igualdade Complexa

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS 
E SOCIAIS 
DISCENTES: Laryssa de Azevedo (vespertino) 
DOCENTE: Profa. Dra. Regina Laisner 
DISCIPLINA: Teoria Política 
CURSO: Relações Internacionais – 2º ano (Vespertino) 
RESENHA CRÍTICA: Walzer – Esferas da Justiça – cap 1. Igualdade Complexa 
 
Micheal Walzer (03 de março de 1935, Nova Iorque), é um importante filosofo político da 
atualidade, considerado comunitarista, com sua teoria da justiça distributiva, discorre a respeito 
pluralismo das identidades sociais e das igualdades. Ao qual será tratado o primeiro capítulo 
"Igualdade complexa", do seu livro "Esferas da Justiça". 
O autor começa por afirmar a justiça distributiva como um fator abrangente, onde a sociedade 
humana convive em um comunitarismo distributivo, dessa maneira, a justiça social não se 
relaciona apenas com a produção e o consumo, mas com distribuição dos bens sociais, 
baseando-se na cultura de cada sociedade como critério. 
A ideia de igualdade complexa, opõe a igualdade simples. A igualdade simples busca a 
repartição dos bens sem levar em conta o que envolve os bens ou as pessoas, dessa maneira 
simplifica algo complexo. A distribuição apenas com elementos superficiais não leva em conta 
suas concepções e criações, ponderado como parte dos processos sociais. 
Assim, todos os bens são sociais, e seus valores variam de uma comunidade social para outra. 
A relação com tais bens funde-se com a própria identidade dos indivíduos, sendo necessário 
compreender os processos e camadas sociais existentes, pois tal, influi na própria compreensão 
do individuo. Também não existindo uma definição de bens sociais, seja moralmente ou 
materialmente, já que a variabilidade das sociedades não dispõe fundamentações. A 
distribuição, está atrelada com o significado dos bens sociais, conceito central do autor á 
igualdade simples, que não possuí a valoração da igualdade complexa em ocupar-se com as 
relações sociais. 
Evidenciando um caráter pluralista, que diz respeito a historicidade por trás dos significados 
sociais, sendo assim modificáveis com o tempo. Devendo, além disso, existir uma 
individualização relativa entre bens de diferentes esferas sociais, dessa maneira, as distribuições 
 
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de bens terão distintos critérios em relação a outras esferas. No texto, fazendo analogia a 
devoção religiosa e ao mercado. 
Como elementos de sua teoria, o predomínio e controle de monopólio, são atribuídos a 
complexidade da organização capitalista e sua concepção de distribuição. Nas sociedades a 
organização ocorre através de um determinado padrão dominante, que influencia a distribuição 
de outras esferas, sendo assim dominante, devido a sua influência. E o monopólio garantido 
através da força. 
O monopólio do bem dominante é convertido em coisas como prestígio, reputação, 
oportunidade, poderio, originando um conflito social devido á distribuição dos bens. 
Envolvendo possíveis alegações de que tanto o predomínio quanto o monopólio são injustos. 
Para Walzer, a saída seria evitar o predomínio de bem e não monopólio. Não havendo a 
possibilidade de impedir a existência de diferentes classes sociais, ricos e pobres, mas podendo 
evitar que exista o predomínio de uma sob a outra. Dessa maneira, os critérios de bens de 
distribuição não podem influenciar os critérios de outros bens, cada método de distribuição 
corresponderá a uma esfera, tendo cada esfera seus próprios critérios, sendo elas esferas da 
justiça. Então, na sociedade democrática, a justiça vincula-se com a possibilidade de 
distribuição desses bens sociais em suas esferas. 
A igualdade complexa desenvolvida pelo filosofo político, engloba as complexas relações entre 
diferentes esferas, cada uma com seu valor especifico. Creditando tal igualdade como oposto a 
tirania, já que impediria o monopolista de controlar a distribuição de bens a partir da sua 
predominância. No sistema capitalista, o dinheiro costuma ultrapassar para outras esferas, tendo 
assim, uma influência de capital fora do mercado, tornando o processo injusto. Dessa forma, 
através do controle do conhecimento dos significados sociais dos bens se possa aprender sobre 
os processos distributivos, para além do capital e do mercado. 
A análise de Walzer, possibilita a compreensão de uma justiça social, a partir do comunitarismo. 
Compondo uma concepção que se baseia nos valores culturais presentes nas comunidades. 
Entretanto as perspectivas do autor, sob a ótica da globalização e do domínio do capital como 
valor mundial, tornam o modelo idealizado distante de viabilidade. Preservar determinada 
esfera pode até parecer eficaz, porém, em uma lógica pratica embasada no modelo do 
capitalismo, é improvável que o predomínio deixe de existir, já que o próprio sistema 
internacional se organiza dessa maneira, um sob o outro. Para além disso, a visão 
comunistarista, contribui ao exercício de uma visão que ultrapassa o individualismo instituído, 
 
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evidenciando a ação do Estado atrelada á cultura, e a distribuição. Trazendo um debate que 
abarca questões de justiça social, na construção da cidadania, resgatando o espaço público e a 
importância de participações diretas dos indivíduos em suas comunidades políticas. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
Walzer, Michael. As Esferas da Justiça: Uma Defesa do Pluralismo e da Igualdade. Capítulo 1. 
TRADUÇÃO DE JUSSARA SIMÕES. SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 2003.

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