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CCA0806 - HISTÓRIA DA MÍDIA 
AULA 6: MÍDIA, MODERNIDADE E MUDANÇAS – PARTE 2 
História da Mídia 
Apresentação da aula 
AULA 6: MÍDIA, MODERNIDADE E MUDANÇAS – PARTE 2 
O NASCIMENTO DA 
IMPRENSA BRASILEIRA 
1 
A BUSCA DA LIBERDADE 
DE EXPRESSÃO 
3 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
ICONOGRAFIA NOS JORNAIS 
E NA PROPAGANDA 
2 
O PASQUIM E AS INICIATIVAS 
DE MUDANÇA DO STATUS QUO 
4 
INDICAÇÃO DE LEITURA 
E VÍDEO 
5 
O público e o privado 
• A imprensa no Brasil começou a se 
desenvolver apenas no ano de 1808, com a 
chegada da Família Real aqui. 
• Temendo a invasão de Napoleão Bonaparte a 
Portugal, o rei D. João VI transferiu a sede do 
reino de Portugal para o Rio de Janeiro e, 
com a família, embarcou em caravelas rumo 
ao Brasil. 
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O público e o privado 
• Dentre os equipamentos pertencentes à Coroa estavam os primeiros maquinários da Impressão 
Régia, nossa primeira tipografia oficialmente instalada no país. 
• Até aquela época, o país ainda não contava com publicações impressas. 
• A palavra “impressa” era proibida na Colônia brasileira. 
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O público e o privado 
• Some-se a isso o poder das palavras em transmitir e difundir ideias, o que poderia resultar em uma 
revolução ou luta pela independência, ou seja, motivos não faltaram à Coroa para manter, por 
séculos, a proibição da palavra escrita. 
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O público e o privado 
• A Impressão Régia foi montada com o intuito de dar publicidade aos decretos e às decisões reais. 
• Dessa forma, tivemos o primeiro jornal impresso no território brasileiro, que entrou em circulação no 
dia 10 de setembro de 1808, três meses depois que a nau Meduza, responsável por trazer a tipografia 
ao Brasil, desembarcara no porto. 
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O público e o privado 
• A Gazeta do Rio de Janeiro foi considerado o primeiro jornal do 
Brasil. 
• O editor da Gazeta do Rio de Janeiro era o Frei Tibúrcio José da 
Rocha e, com ele, atuava como redator o primeiro jornalista 
profissional do país, Manuel Ferreira de Araújo Guimarães. 
• Em pouco tempo, a Impressão Régia passaria também a publicar 
outros tipos de publicações no país, de livros a “toda sorte de 
escritos, inclusive, obras poéticas e ficcionais” 
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O público e o privado 
• A partir da liberação das tipografias, em pouco tempo outras publicações não oficiais surgiram 
pelo país, como a revista Idade D’Ouro do Brasil, em 1812, impressa na Bahia. 
• Vários outros jornais começaram a circular e, com eles, as ideias de independência do país se 
fortaleceram, até que, em 7 de setembro de 1822, D. Pedro I proclamou a Independência do 
Brasil. 
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O público e o privado 
• Da Independência à Proclamação da República, centenas de jornais circularam no país defendendo 
assuntos de grande relevância social. 
• É interessante notar que, mesmo ainda sob o domínio dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II, o 
governo não agiu de forma tão despótica ou absolutista com a imprensa brasileira. 
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A iconografia nos jornais e na publicidade 
• A chegada da mídia no Brasil promoveu mudanças na formação do povo e na política nacional. 
• A inserção de uma nova tecnologia no cotidiano de escravos e de pessoas da Corte fez com que, aos 
poucos, escravos e senhores passassem a se interessar por essa nova modalidade de se comunicar, 
que trocava a fala por palavras. 
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A iconografia nos jornais e na publicidade 
• Com a chegada do jornal impresso, alguns escravos aprenderam a ler. 
• Todos os dias, enquanto buscavam água, os não letrados ouviam as notícias publicadas que eram lidas 
em voz alta por aqueles que já dominavam a leitura. 
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A iconografia nos jornais e na publicidade 
• Soma-se a esse quadro a chegada de mais europeus ao país, atraídos pela mudança da Família Real 
para o Brasil. 
• Povos de nações como França, Espanha e Inglaterra passaram a desembarcar nos portos e, com eles, 
mais leitores para os jornais. 
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A iconografia nos jornais e na publicidade 
• Essa nova configuração social foi reforçada com o fim da 
censura prévia, decretada em 1821 por D. João VI, permitindo 
o surgimento de publicações de norte a sul do país. 
• A capital Rio de Janeiro passou também a receber o material 
impresso em outras partes da província, formando uma rede 
de comunicação, propagando informações e ideias para todos 
os cantos do Brasil. 
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A iconografia nos jornais e na publicidade 
• As imagens das palavras, ilustrações e, futuramente, a inserção da fotografia permitiram ampliar o 
imaginário cultural e visual da população, bem como ampliar o conhecimento de todos. 
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A iconografia nos jornais e na publicidade 
• Revistas ilustradas com imagens feitas a bico de pena também ofereciam a esse público outra forma 
de acesso aos conteúdos que não só a da palavra escrita. 
• Acrescenta-se a esse fato a chegada do daguerreótipo – primeira “câmera fotográfica” de que se tem 
notícia – ao Brasil, possibilitando um aumento do regime de visibilidade na nação. 
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A iconografia nos jornais e na publicidade 
• Com a possibilidade de reproduzir imagens, os impressos passaram a trazer também os conflitos 
armados em forma de imagens, que, com os textos, traçavam narrativas cada vez mais interessantes 
para os leitores. 
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A iconografia nos jornais e na publicidade 
• A imagem, reproduzida em larga escala, passa a ser industrializada, permitindo edição de publicações 
a pessoas que, até então, não se pensavam como consumidores dessas informações ou notícias. 
• As imagens começaram a fazer parte do repertório cultural das pessoas. 
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A iconografia nos jornais e na publicidade 
• A fotografia influenciou não só o fazer jornalístico, mas 
também a apresentação de produtos em propagandas, 
promovendo um salto no que diz respeito à publicidade nos 
jornais impressos. 
• Os classificados deixaram de ser apenas textuais e passaram 
também a representar os produtos ofertados. 
• O planejamento gráfico das edições também passou a fixar 
espaços para os anúncios, e a crescente importância da 
publicidade levou os jornais também a avançarem na 
tecnologia. 
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A iconografia nos jornais e na publicidade 
• Em 1914, devido à venda de um 
anúncio publicitário, o Jornal do 
Brasil começou a circular com 
uma página impressa em cores, 
mesmo que ainda de forma 
rudimentar. 
• Em 1915, foi a vez de O Estado de 
S. Paulo. 
• Com a inserção de imagens e 
cores, a mídia impressa se 
reinventou. 
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A busca da liberdade de expressão 
• Desde aliberação da palavra impressa no Brasil e a consequente abertura de novos jornais por toda a 
província, surgiram os primeiros impressos alternativos, panfletários e de resistência. 
• Valendo-se principalmente do humor, da mordacidade, e com muita militância política, dezenas de 
jornais se destacaram ao longo da história, como publicações contrárias ao oficialismo, tocando 
diretamente nas “feridas” dos poderes. 
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A busca da liberdade de expressão 
• O autor Bahia (2004) atribui à imprensa o papel de testemunha das mudanças políticas, sociais e 
econômicas do país. 
• Para ele, “em tão pouco tempo de existência, [a imprensa] é o intérprete do sentimento da 
emancipação que se projeta desde a tradição revolucionária dos séculos XVII e XVIII” (BAHIA, 2004, 
p.52). 
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A busca da liberdade de expressão 
• Nasceram da imprensa alguns estadistas e construtores do sentimento de nacionalismo, reforçado pelo 
“Dia do Fico”, e que começou a levar o país à independência. 
• Surgiram nomes importantes da imprensa, como Cipriano Barata, Evaristo da Veiga, Borges da Fonseca, 
Hipólito da Costa, José Clemente Pereira, Gonçalves Ledo, José da Silva Lisboa, Januário Barbosa e José 
Bonifácio. 
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O Pasquim e as iniciativas contrárias ao status quo 
• Diante do contexto de profundas mudanças políticas 
atravessadas pelo país, podemos destacar alguns jornais, 
classificados como “pasquins”, que se destacaram 
sobremaneira pelo uso do humor e da crítica ácida. 
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• Outros mais nessa linha vão surgindo, como o Doutor Tirateimas, 
O Repúblico, O Narciso (que dizia que “É mania do tempo dizer 
asneiras”) e, ainda, Compilador Mineiro (Ouro Preto, 1823); 
Patriota Mineiro (Ouro Preto, 1825); Diário Constitucional 
(Salvador, 1822); Diário da Bahia (1834), entre tantos outros. 
• Todos traziam críticas e ideais revolucionários de 
independência, abolição dos escravos, proclamação da 
República, além de atacar à Corte. 
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O Pasquim e as iniciativas contrárias ao status quo 
O Pasquim e as iniciativas contrárias ao status quo 
• No século XX, um dos principais expoentes no Brasil foi o jornal O 
Pasquim, sendo que o próprio nome já se tratava de uma piada em 
relação ao conteúdo, já que esse termo tornou-se pejorativo 
quando se fala em mídia impressa. 
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O Pasquim e as iniciativas contrárias ao status quo 
• O Pasquim lançou a primeira edição em 22 de junho de 1969 e 
durou por 22 anos. 
• Sua última edição saiu em 11 de novembro de 1991. 
• Atravessou o período da ditadura militar e sua a liberdade de 
imprensa foi duramente perseguida pelo governo brasileiro. 
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O Pasquim e as iniciativas contrárias ao status quo 
• Uma das principais marcas foi o uso extensivo de imagens, 
caricaturas e charges de conteúdo crítico-informativo. 
• Teve à frente figuras como os cartunistas Jaguar e Ziraldo, além 
dos jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral. 
• O jornal ainda contava com a colaboração de Henfil, Paulo Francis, 
Ivan Lessa, Carlos Leonam, Sérgio Augusto, Ruy Castro e Fausto 
Wolff. 
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O Pasquim e as iniciativas contrárias ao status quo 
• Para driblar a censura prévia instituída pelo AI-5, os jornalistas 
encaminhavam um volume de material muito superior ao que 
seria publicado. 
• Isso demonstra a dificuldade de se manter um jornal como O 
Pasquim, mas, mesmo assim, ele sobreviveu durante mais de duas 
décadas, apesar da rígida censura que aplacava principalmente a 
imprensa alternativa. 
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Indicação de vídeo 
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Documentário “Chumbo Quente” do 
Observatório da Imprensa: 
https://www.youtube.com/watch?v=yecg
5y-kCxM 
 
Assuntos da próxima aula: CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA 
 
 
A formação acadêmico-profissional 
do comunicador; 
 
A democratização da comunicação 
de massa; 
 
Mídia Impressa no século XXI.

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