Buscar

FUNDAMENTOS E PRÁTICAS DO ENSINO DE GEOGRAFIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Ao decorrer do tempo, muitas transformações ocorreram no ensino de Geografia, partindo-se de críticas ao ensino tradicional, que utilizada um ensino sem relação com a realidade. Assim, houve a necessidade de se estabelecer a dimensão de tempo na investigação do espaço geográfico, de forma a desvendar as origens e os processos de evolução dos diferentes fenômenos geográficos.
O objetivo da geografia é o estudo do espaço construído e reconstruído pelo ser humano, sua organização social, as condições naturais do mesmo, bem como, a compreensão deste espaço que devem ser trabalhados desde o ensino na pré-escola, com representações concretas da realidade do aluno, sua localização, ou seja, do meio mais próximo, pois desta forma permite-se que eles compreendam sua realidade e saibam transformá-la.
Com informações levadas pelos alunos para a aula, como ambiente rural e urbano, baixa renda, classe média, dentre outras coisas, os professores devem construir uma visão mais vasta, incluindo distintas formas de se aprender ao significado do mundo a sua volta. 
Portanto, a prática docente é de extrema importância para a construção do conhecimento por parte dos alunos e deve-se ser feita além do uso do livro didático, com atividades pedagógicas, visitas, pesquisas, entrevistas, entre outros. Desta forma, os professores aproveitam as situações e o espaço que podem ser explorados para a aquisição do conhecimento.
Este trabalho tem como objetivo uma reflexão sobre os conteúdos de geografia, os instrumentos que são utilizados e o modo como se ensina esta disciplina na educação infantil e no ensino fundamental. 
1. FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA
1.1 Espaço Geográfico
	O mundo está se torna cada vez mais dinâmico e passível de transformações, assim, pode-se considerar a geografia uma área do conhecimento que tem como principal objetivo estudar o espaço geográfico.
	Define-se como espaço geográfico, o espaço que pode ser habitado, transformado e utilizado pelo ser humano, ou seja, é um conjunto de paisagens resultado de fenômenos naturais e da ação humana, formado por elementos naturais (montanhas, rochas, etc.), culturais (rodovias, plantações, etc.) e invisíveis (sons, odores, etc.). 
Compõem-se do espaço geográfico todas as obras humanas e meios naturais que inferem em suas atividades, como o trabalho, as cidades, os objetos, o clima, etc. Ele é determinado por sua formação, motivo de sua aparência, intervenção da sociedade, modo de vida das pessoas, entre outros fatores. Cada espaço pode ter diferentes formas e funções conforme a atividade principal que nele se desenvolve: lazer, comércio, moradia, indústria, preservação, etc.
	O conhecimento geográfico permite que os educandos conheçam, interpretem, analisem o espaço geográfico em suas diferentes escalas, compreendendo o lugar onde habita, bem como sua conexão com o mundo, percebe-se como um sujeito pertencente à sociedade, capaz de transformar e modificar o espaço.
	Portanto, a geografia é uma disciplina enriquecedora para o processo de alfabetização, pois através do espaço geográfico, os alunos tem múltiplas possibilidades de percepção da realidade, buscam e encontram símbolos e significados, exploram o espaço, etc.
1.2 Conceitos de análise do espaço geográfico
	Segundo o Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998), em geografia o [...] espaço deve ser o objeto central de estudo, e as categorias território, região, paisagem e lugar devem ser abordadas como seu desdobramento.
1.2.1 Lugar
O conceito de lugar refere-se aos espaços familiares que fazem parte do cotidiano, ou seja, espaços de vivência, como a casa, a escola, o bairro, a rua, local de trabalho, entre outros. O lugar encontra-se no mundo, ou seja, estão ligados por diversos aspectos: culturais, políticos ou econômicos. As análises geográficas concebem o espaço analisado por meio da compreensão humana, geralmente com base em valores afetivos ou de identidade.
Segundo o Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998, p. 29), o lugar é onde estão as referências pessoais e o sistema de valores que direcionam as diferentes formas de perceber e constituir a paisagem e o espaço geográfico. É por intermédio dos lugares que se dá a comunicação entre homem e mundo.
Apesar dos lugares possuírem características próprias estão interligados entre si em diversos níveis, como local, regional, nacional e global. Não é uma realidade isolada, pois faz parte de um conjunto de lugares, marcados por distintos aspectos sociais e naturais, que passaram por vários processos históricos.
	Portanto, o conceito de lugar pode ser visto como o espaço familiar vivido pelo educando, considerando sua afetividade sobre determinado lugar representado e é de extrema importância para os ensinos iniciais, pois através dele o aluno entende sua própria realidade, bem como, os fatores que influenciam diariamente sua vida. 
1.2.2 Paisagem
	A paisagem pode ser definida com as formas com que a produção do espaço geográfico revelam-se diante dos olhos, ou seja, um conjunto de elementos naturais e culturais que pode-se ver em um local. Os elementos naturais são aqueles construídos pela natureza, como: montanhas, oceanos, clima, relevo, etc. Os elementos culturais são aqueles construídos pelo ser humano, como: casas, prédios, plantações, cidades, entre outras realizações da sociedade.
Segundo o Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998, p. 28), [...] a paisagem é definida como sendo uma unidade visível do território, que possui identidade visual, caracterizada por fatores de ordem social, cultural e natural, contendo espaços e tempos distintos; o passado e o presente.
	Na geografia, a paisagem tem como objetivo saber interpretar os processos naturais, sociais e econômicos que moldam suas feições, deve-se focar nas dinâmicas de suas transformações e não simplesmente na descrição e no estudo de um mundo aparentemente estático. Compreendê-la significa captar todos os processos que ocorreram, processos históricos, evolutivos, naturais e humanos. 
1.2.3 Região
	O conceito de região associa-se a uma parte específica do espaço geográfico que foi separada através de um critério por possuir semelhanças em comum. Os critérios podem ser naturais (clima, relevo, etc.) ou socioculturais (atividades econômicas, religião, etc.). Um exemplo de região são as regiões do Brasil que foram criadas a partir de suas características naturais e econômicas predominantes em cada grande área.
	Portanto, a região é uma grande extensão de terreno, uma área delimitada, demarcada e estabelecida que pelo clima, solo e outras características próprias se diferenciam dos territórios próximos. Na geografia é um conceito muito utilizado, pois se refere a um determinado tipo de unidade espacial ou de parte dela.
1.2.4 Território
	Define-se como um território um espaço definido e delimitado por e a partir relação de poder, resultado de um processo de divisão histórica e geográfica, ou seja, a relação entre os agentes sociais, políticos e econômicos interferindo na gestão do espaço geográfico.
	Em geografia, o conceito de território é importante, pois está relacionado aos processos de construção e transformação do espaço geográfico, utilizado para estudar as relações entre o espaço e o poder desenvolvidos pelos Estados. Assim, território relaciona-se com limites e fronteiras, sejam elas definidas pelo homem ou pela natureza, pois a conformação de um território obedece à relação de poder, podendo ocorrer tanto em elevada abrangência, como o território de um país ou até mesmo em espaços menores, como um quarteirão de domínio dos traficantes em uma favela.
2. ENSINO DE GEOGRAFIA: DISCUTINDO SUA PRÁTICA
2.1 Ensino de geografia para crianças
	A geografia na escola teve muitas mudanças ao passar do tempo, gerando diferentes reflexões acerca dos objetos e métodos do modo de ensino. De certa forma, este fato influenciou e ainda influencia em muitas práticas do ensino.
	As primeiras tendências forama Geografia Tradicional que valorizava os aspectos físicos, veiculando sempre a ideia de expansão territorial como forma de poder, sem se preocupar com o lado social. Em seguida, surgiu a Nova Geografia ou Geografia Crítica, que busca romper a estaticidade, a fragmentação e a neutralidade da educação tradicional.
Tem-se buscado práticas pedagógicas que permitam aos alunos distintas situações de vivência com os lugares, envolvendo procedimento de registro, observação, problematização e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais e naturais que compõem o espaço geográfico e a natureza. Assim, espera-se que o aluno possa desenvolver a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade e a relação sociedade/natureza, sempre valorizando a sua experiência. 
O ensino de geografia deve proporcionar a possibilidade do aluno compreender o seu presente em constante movimento e a pensar em seu futuro com responsabilidade. Ao buscar desenvolver a autonomia, deve-se prepará-los para uma reflexão, a serem criativos e pesquisarem informações sobre o mundo, exigir a tomada de decisões, desenvolver a capacidade de observar, analisar, interpretar, pensar criticamente a realidade tendo em vista a sua transformação. Desta forma, é possível um futuro com menos desigualdades socioespaciais.
O estudo de Geografia possibilita, aos alunos, a compreensão de sua posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e por que suas ações, individuais ou coletivas, em relação aos valores humanos ou à natureza, têm consequências — tanto para si como para a sociedade. Permite também que adquiram conhecimentos para compreender as diferentes relações que são estabelecidas na construção do espaço geográfico no qual se encontram inseridos, tanto em nível local como mundial, e perceber a importância de uma atitude de solidariedade e de comprometimento com o destino das futuras gerações. (PCN, 1998. p. 76).
A capacidade de observação existe na criança muito antes de sua vida escolar, através de vivências do cotidiano, um rico material a ser explorado pelo professor. Através de sua localização, representação, bem como, a observação do meio mais próximo, são construídos conceitos que permitem ao aluno a compreensão de sua realidade e a possibilidade de transformá-la.
O aluno tem que se tornar capaz de recriar o que foi aprendido tornando-se capaz de construir um discurso que conduza a ações de intervenção na sociedade, no campo das relações humanas, sociais políticas, econômicas, culturais, do direito ao trabalho, à terra, à educação etc. Tem que se tornar um ser ético, um ser que está no mundo com os outros, um ser de opção, um ser de decisão. (MAZZONETTO; MOREIRA, 2006. p. 3).
	Os professores devem estar aptos a desenvolver os conteúdos de geografia, pois uma grande quantidade de conteúdo não o caracteriza. Deve-se ajudar o aluno a compreender o que se está trabalhando, a relação do espaço com a natureza, com a sociedade do mundo em que vivem. Nesta disciplina, ler e escrever significa saber ler o mundo, situar-se e não apenas localizar-se e descrever-se, mas sim posicionar-se de forma crítica com relação às desigualdades socioespaciais (classes ou grupos sociais e ao espaço que eles ocupam na sociedade).
O objetivo no ensino da Geografia é compreender a ampla dimensão que possui o espaço fora da sala de aula, bem como a inserção do estudante nesse espaço, e o que ocorre no dia-a-dia dos alunos está vinculado com o contexto. Conhecer a realidade é um processo de reconhecimento daquilo que existe no lugar, com as devidas explicações para o que acontece. A análise e compreensão da realidade busca despertar no aluno o desenvolvimento do raciocínio crítico sobre o objetivo de estudo da Geografia, “o espaço geográfico”, que é construído e reconstruído através das relações sociais e entre a sociedade com a natureza, no decorrer do tempo. (MAZZONETTO; MOREIRA, 2006. p. 7).
Portanto, a geografia é essencial para o desenvolvimento do aluno, pois é fundamental que sua vivência seja valorizada, fazendo com que possam perceber que ela faz parte do seu cotidiano, trazendo para a sala com a ajuda do professor a sua experiência.
2.2 Recursos tecnológicos aplicados ao ensino de geografia
	O uso recursos tecnológicos nas escolas estão sendo utilizados a cada dia mais. Esses recursos são utilizados para facilitar a prática dos professores, tornando a aula mais dinâmica e motivadora, porém as instituições devem estar preparadas para que não sejam utilizados de forma negativa no ensino.
É importante que os alunos tenham os recursos tecnológicos como alternativa possível para a realização de determinadas atividades. Por isso, a escola deve possibilitar e incentivar que os alunos usem seus conhecimentos sobre as tecnologias para comunicar-se e expressar-se, como utilizar imagens produzidas eletronicamente na ilustração de textos e trabalhos; pesquisar assuntos; confeccionar folhetos, mapas, gráficos etc. sem que a realização dessas atividades esteja necessariamente atrelada a uma situação didática planejada pelo professor. (PCN, 1998, p. 144).
	Podem ser usados TVs ou um Datashow para exibição de filmes, vídeos, imagens, textos; softwares para visualização de dados geográficos, gráficos, etc.; computadores e internet para pesquisas em tempo real, visualização de mapas, etc; jogos, simuladores, softwares educativos e muitos outros recursos.
O Google Earth é um software que por meio de imagens de satélite, mapa, terrenos e edificação permitem a navegação sobre o globo terrestre, podendo visualizar qualquer lugar do planeta com detalhes do local. Através dele pode-se destacar lugares, traçar percursos, dentre outras funções.
Muitos outros programas e softwares também podem ser utilizados, como: 
Excel: permite interpretar, criar e comparar dados a partir de gráficos.
Word e similares: permitem a leitura e produção escrita de diferentes tipos de textos; inserir desenhos e figuras prontas em textos; e diagramar em vários formatos. Pode ser utilizado para construir textos sobre explicações, teorias e hipóteses.
Movie Maker: permite a montagem de vídeos;
Power Point: permite a criação de apresentações de trabalho;
Jogos educativos como o SimCity, um simulador de cidades que permite construir cada rua, quarteirão e bairro da cidade, desenvolvendo e/ou aplicando conceitos de planejamento, administração e cidadania. Podem ser criadas cidades alimentadas por fontes hidrelétricas ou por energia nuclear, com áreas residenciais, industriais e comerciais, quanto à poluição, segurança, tipos de transporte etc., para posterior análise e comparação.
O aprendizado ocorre pelo fato de o aluno estar executando uma tarefa por intermédio do uso dos recursos tecnológicos, seja uma pesquisa, resolução de problemas, controle de processos em tempo real como objetos que se movem no espaço, comunicação, uso de redes de computadores, entre outros. 
O professor deve estar preparado ao incorporar as tecnologias em sala de aula, dominar o conteúdo e possuir uma prática para viabilizar a construção do conhecimento. 
Assim, esses recursos permitem que os alunos interajam com diferentes lugares do mundo, fazendo que se envolva mais no processo de ensino-aprendizagem, tornando o ensino mais promissor e gerando grandes resultados. A partir desta constatação, professor e aluno poderão criar situações de aprendizagens significativas mediadas pelas novas tecnologias.
2.3 Conceitos e encaminhamentos metodológicos 
O ensino de geografia deve proporcionar ao aluno uma visão local, regional e global das transformações do espaço geográfico. As aulas devem incentivar não apenas a observação do espaço, mas também a interpretação de fatos e a relação entre eles. Desta forma, o aluno possui a capacidade de notar semelhanças e diferenças dos lugares permitindo compreender o significado da cidadania, podendo exercitar seu direito de intervir na organização espacial.
Analisar com os alunos e descobrir as transformações quevem ocorrendo no mundo, que faz com que a geografia passe a auxiliá-las a desvendar o seu espaço, a conhecer os agentes modificadores responsáveis por sua construção e compreender a sua responsabilidade, enquanto cidadão pela conquista de uma sociedade justa e um meio ambiente que propicie mais qualidade devida às futuras gerações.
Há diversas formas de se trabalhar proporcionando meios para que o aluno compreenda como o espaço geográfico é dinâmico, com propostas que os desafiem a se posicionar em situações no mundo atual, fazendo-o compreender as transformações ocorridas na sociedade e no ambiente durante a ocupação do espaço. Os conteúdos devem ser trabalhados de forma dinâmica e crítica, permitindo ao aluno compreender o processo de produção e transformação do espaço geográfico.
	Geralmente, usam-se instrumentos como, por exemplo, seminários, aulas de campo, pesquisas, construção de mapas e relatórios, entre outros.
Elaborar, ler e interpretar a linguagem dos símbolos gráficos (fotografias comuns, aéreas, mapas, tabelas, gráficos e desenhos) permite que o aluno compreenda o espaço, apure a noção de localização, desenvolva o raciocínio espacial e compreenda informações contidas em mapas e gráficos, além de aplicar conceitos geográficos. Os mapas podem conter informações diversas como, por exemplo, pontos de referências, escalas que indicam distância, legendas e as fotografias apresentam planos e registram memórias coletivas de uma sociedade. 
Segundo o Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998, p. 33), a cartografia permite sintetizar informações, expressar conhecimentos, estudar situações, entre outras coisas, sempre envolvendo a ideia da produção do espaço: sua organização e distribuição. Ela permite ao aluno a visualização dos fenômenos e processos naturais e culturais, identificando suas dimensões aproximadas e sua localização.
As aulas de campos também são um encaminhamento metodológico muito importante, pois através delas o aluno entra em contato com o objeto de estudo, desenvolve a percepção, registra, compreende e contrói um olhar aguçado para os fenômenos geográficos. Podem ser realizadas atividades entorno da escola ou em outras áreas do município e também zonas rurais e urbanas, o importante é observar, entender os lugares, conversar com pessoas, coletar informações e registrá-las. Trabalhos como elaboração de maques, murais, podem ser elaborados com os trabalhos em campo.
Por meio da leitura e da produção escrita, os alunos leem para buscar informações, pesquisam, estudam, fazem anotações, formulam perguntar e comunicam ideias, levando em conta seus objetivos e o interlocutor.
Baseando-se no Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998, p. 35), espera-se que ao aprender geografia os alunos estejam aptos  a conhecer o mundo atual em sua diversidade, compreendendo como as paisagens, lugares e territórios se constróem; identifiquem e avaliem as ações humanas em sociedade, bem como suas consequências em diferentes espaços e tempos; compreendam o papel das sociedades na contrução da paisagem, lugar e do território; compreendam o espaço e tempo dos fenômenos geográficos; compreendam que melhores condições de vida, avanços tecnológicos, direitos políticos e também transformações socioculturais não são usufruídas por todos e deve-se empenhar-se para sua democratização; compreendam a importância dos diferentes tipos de linguagens, de modo que saibam interpretar, analisar e relacionar informações sobre o espaço; conheçam e saibam utilizar métodos de pesquisa; saibam utilizar a linguagem gráfica; valorizem o patrimônio sociocultural e respeitem a sociodiversidade.
Portanto, são amplos os recursos para o encaminhamentos metodológicos e são indispensáveis para ampliar os conhecimentos dos alunos, seu desenvolvimento deve envolver momentos de reflexão, resgate ao conhecimento, levantamento de hipóteses e a valorização do saber e da realidade. 
3. PROPOSTAS CURRICULARES NO ENSINO DE GEOGRAFIA
3.1 Propostas curriculares
A educação precisa desenvolver capacidades de agir, pensar, atuar sobre o mundo e também a lidar com a influência do mundo sobre cada um, ligados a construção da identidade, a autonomia e da liberdade, que são as bases para a construção de valores de pertencimento e responsabilidade, indispensáveis para a inserção de todos os cidadãos nas dimensões sociais e produtivas.
Um currículo deve articular atividades escolares baseadas em que se espera que os alunos aprendam ao longo dos anos. Assim, os conteúdos, metodologias disciplinares e a atuação do professor, bem como a aprendizagem requerida dos alunos são aspectos essenciais. Compromete-se a formar alunos preparados para exercer suas responsabilidades e atuar em uma sociedade que necessita de adultos com essas competências, de forma a defender suas ideias, enfrentar problemas, agir de modo coerente, saber fazer uma leitura crítica do mundo.
3.2 Propostas curriculares no ensino de geografia
O ensino de geografia visa superar a visão do senso comum, aquela em que o estudante ouve, copiar, decora informações sobre os conteúdos ensinados em sala de aula. É importante no currículo escolar, pois relaciona-se ao estímulo do raciocínio espacial, fazendo com que se amplie a capacidade intelectual para compreensão do mundo em que se vive.
Deve-se esperar uma prática de ensino mais dinâmica de maneira a que o aluno dê sentido ao que aprende, atribua significados e relacione os acontecimentos e fenômenos com o conteúdo passado em sala de aula.
O ensino de Geografia, de forma geral, é realizado mediante aulas expositivas ou leitura dos textos do livro didático. Entretanto, é possível trabalhar com esse campo do conhecimento de forma mais dinâmica e instigante para os alunos, por meio de situações que problematizem os diferentes espaços geográficos materializados em paisagens, lugares, regiões e territórios; que disparem relações entre o presente e o passado, o específico e o geral, as ações individuais e as coletivas; e que promovam o domínio de procedimentos que permitam aos alunos ler e explicar as paisagens e os lugares. (PCN, 1998, p. 135).
Discutir com os alunos em sala de aula como os aspectos da vida cotidiana das populações urbanas ou rurais se relacionam com as transformações do mundo. A relação professor/aluno deverá ser baseada no diálogo, na troca de experiências, contribuindo para formar cidadãos para desenvolver senso crítico, a criatividade e o raciocínio.
Os conceitos de localização e de lugar tem contribuição no raciocínio espacial, mediante a noções de orientação, direção, entre outros. O raciocínio espacial e a conceitualização do fenômeno estimulam a capacidade de generalização no processo de construção do conceito, tem grande importância para que o aluno altere o seu entendimento das palavras. Já a generalização capacita o aluno a desenvolver a capacidade intelectual, estimulando-o a relacionar, comparar, classificar, analisar e argumentar, entre outras.
Situações que já foram vivenciadas ou conhecidas pelos alunos, facilita o desenvolvimento do raciocínio mais abstrato, realizado por meio do domínio da linguagem, do pensamento simbólico e do raciocínio espacial para o pensamento mais complexo, pois assim, entende-se que para compreender os conceitos é importante a articulação com a realidade, dando um significado mais relevante ao que se ensina.
Na sala de aula, o professor pode planejar essas situações considerando a própria leitura da paisagem, a observação e a descrição, a explicação e a interação, a territorialidade e a extensão, a análise e o trabalho com a pesquisa e a representação cartográfica. Nessas orientações didáticas, procurou-se explicitar como e por que tais aspectos podem ser utilizados pelo professor no planejamento de seu trabalho. (PCN, 1998, p. 135).
Portanto, é fundamental que a vivência do aluno seja valorizada e que ele possa perceber que a geografia faz parte do seu cotidiano, trazendo para o interior da sala de aula, com a ajuda do professor, a sua experiência.O conhecimento geográfico é, pois, indispensável à formação de indivíduos participantes da vida social à medida que propicia o entendimento do espaço geográfico e do papel desse espaço nas práticas sociais.
3.2.1 Estudo do espaço geográfico
	É através dele que se entende as intervenções humanas que transformam a natureza para produzir e organizar essa relação de produção estabelecida a partir da apropriação dos recursos naturais que caracteriza a dimensão social, cultural e econômica das sociedades.
O espaço é, simultaneamente, noção e categoria. É noção pela estrutura mental que se constrói desde o nascimento até a formalização do pensamento e é categoria por ser objeto de estudo de Geografia. Sem dúvida, trata-se de dois aspectos de uma mesma questão, cada um guardando suas especificidades, mas, ao mesmo tempo, com suas contribuições para que os alunos ampliem seus conhecimentos a respeito do espaço enquanto noção e do espaço enquanto categoria da Geografia, o espaço geográfico. (PCN, 1998, p. 139).
	O espaço geográfico precisa ser lido e compreendido pelos alunos, a fim de se entender como os diferentes elementos desses espaços se relacionam. Não existe sociedade que não esteja inserida nem um espaço geográfico, ele é historicamente produzido pelo homem, não é apenas onde se encontram os objetos técnicos há também relações simbólicas e afetivas, que revelam tradições e costumes indo além da relação sociedade e natureza.
	Assim, alguns dos assuntos que podem ser abordados:
Compreender o conceito de espaço geográfico;
Perceber as transformações do espaço geográfico;
Compreender a organização do espaço e a sua construção;
3.2.2 Estudo das paisagens
	A partir do estudo da paisagem, percebe-se diferenças temporais por meios das construções, por exemplo, nota-se as mudanças de um lugar, sua relação entre o social e os fenômenos naturais, rompendo com a divisão da geografia física com a humana. 
A leitura da paisagem pode ocorrer de forma direta (pela observação da paisagem de um lugar que os alunos visitaram) ou de forma indireta (por meio de fotografias, da literatura, de vídeos, de relatos).
	A paisagem não pode ser lida apenas descrevendo objetos que a compõem, mais analisando-a, compreendendo-a a partir de uma ordem espacial e desta forma, entendê-la como resultado da combinação dinâmica, portanto instável, de elementos físicos, biológicos e antrópicos (resultante da ação do homem), reagindo uns sobre os outros e fazendo da paisagem um conjunto único, indissociável, e em evolução.
Uma maneira interessante de iniciar a leitura da paisagem é mediante uma pesquisa prévia dos elementos que a constituem. Essa pesquisa pode ocorrer apoiada em material fotográfico, textos ou pela sistematização das observações que os alunos já fizeram em seu cotidiano. Por esse levantamento inicial, o professor e os alunos podem problematizar, formular questões e levantar hipóteses que impliquem investigações mais aprofundadas, que demandem novos conhecimentos. (PCN, 1998, p. 136).
	O conceito de paisagem pode ser o ponto inicial para o estudo do espaço geográfico, de modo que a partir da sua observação, pode-se representá-la e compreendê-la no contexto sociocultural em que o aluno vive.
	Assim, alguns dos assuntos que podem ser abordados:
Compreender o conceito de paisagem;
Identificar os elementos naturais e sociais presentes nas diferentes paisagens;
Entender como uma paisagem pode revelar um pouco sobre a dinâmica da natureza e dos seres humanos que nela vivem;
Os elementos da paisagem;
Diferenciar paisagem de espaço geográfico;
Comparar paisagens do campo (natural) e da cidade (modificada).
Distinguir componentes naturais e humanizados na paisagem.
Citar interferências na paisagem provocada pela ação humana.
Estabelecer relações entre paisagens e lugares percebendo semelhanças e diferenças, permanências e transformações.
3.2.3 Estudo do lugar
Compreender o lugar onde se vive, implica saber as mudanças e permanência das paisagens artificiais e naturais ao longo do tempo, compreender os ritmos dos fluxos de pessoas e das mercadorias, localizar as áreas de lazer, as industriais, os comércios, reconhecer as características do meio físico nos quais estão inseridos, bem como, identificar por meio das construções os diferentes momentos históricos de uma mesma rua ou do centro histórico de uma cidade.
Ao se estudar os lugares por meio das paisagens, tem-se não apenas a possibilidade de apreender a realidade, mas também ter a noção da complexidade da geografia do lugar.
O lugar onde vivemos;
O modo como cada um entende o seu lugar;
Como os lugares compõem a paisagem;
Observar, comparar, reconhecer e compreender as manifestações da natureza, a apropriação e modificação feita pelo homem e sua coletividade no lugar e na paisagem;
Compreender o conceito de bairro;
Conhecer a estrutura e organização dos bairros da cidade em que mora;
Identificar e descrever características do bairro onde mora.
3.2.4 Cartografia 
	A linguagem cartográfica é indispensável em geografia, pois contribui para o desenvolvimento do raciocínio espacial e da leitura do mundo na medida em que o aluno ao fazer generalizações, amplia seu repertorio da leitura e escrita, articulando a linguagem e o pensamento. 
A cartografia é um conhecimento que vem se desenvolvendo desde a pré-história até os dias de hoje. Esta linguagem possibilita sintetizar informações, expressar conhecimentos, estudar situações, entre outras coisas, sempre envolvendo a ideia da produção do espaço: sua organização e distribuição. (PCN, 1998, p. 13).
Ler mapas é aprimorar-se de uma linguagem que estimula o aluno a escrever e também a conhecer o conceito de cartografia de legenda partindo das variáveis visuais: signos e símbolos, pois por meios delas pode-se dar significado aos símbolos que representam os objetos e fenômenos, representados nos mapas, além disso, desenvolve-se o raciocínio na medida em que trata-se de habilidade como classificação, hierarquização, agrupamento, utilizados para organizar e elaborar uma legenda, bem como, noção de área associada à distância, escala e tamanho.
	Assim, o uso da cartográfica é o ponto inicial para estimular o raciocínio espacial do aluno, articulando a sua realidade com os objetos e fenômenos que representam, pois contribui para a elaboração de atividades que permitam tornar a leitura e a escrita mais significativas.
Podem ser abordados os assuntos:
Estabelecer relações espaciais a partir de diferentes fenômenos representados;
Produzir mapas simples a partir do uso de convenções e referências, como escala, orientação, legenda e fonte, entre outras;
Leitura e interpretação de mapas (o que é, atributos, mapas temáticos, mapas de base, etc.); 
Comparar os tipos de mapas e escalas existentes. 
Representações cartográficas.
A cartografia como instrumento na aproximação dos lugares e do mundo.
3.2.5 Dimensão econômica da produção do/no espaço 
Enfatiza a apropriação do meio natural pelo ser humano, a fim de se criar uma rede de mudanças e circulação de bens, pessoas, informações, capitais e mercadorias. Isso tem causado uma mudança intensa na produção do espaço, e assim, considera-se que os alunos são agentes da construção do espaço, a disciplina de geografia deve subsidiá-los para interferir de maneira consciente na realidade.
Podem ser abordados os assuntos:
Urbanização;
Industrialização;
Revolução técnico-científica;
Espaço rural/tecnologia;
Modos de produção;
Sistemas financeiros;
3.2.6 Geopolítica 
Tem uma proposta pedagógica de reflexão diante dos fatos históricos que relacionam acontecimentos passados e presentes que concretizam a inter-relação entre território e espaço.
Podem ser abordados os assuntos:
Redefinições de fronteiras;
Formação de blocos regionais econômicos;
Movimentos sociais;
Demarcações de territórios indígenas;
Conflitos rurais e urbanos;
Conflitos étnico-culturais.
3.2.7 Dinâmica cultural e demográfica
Permite a análisedo espaço geográfico, sob a ótica das relações sociais e culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica. 
Podem ser abordados os assuntos:
A composição demográfica dos lugares;
Os diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem e no espaço;
Migração;
A cultura e a produção espacial;
Demografia e acesso aos equipamentos urbanos.
3.2.8 Dimensão socioambiental 
Não se limita a estudar apenas a flora e a fauna, mas também a interdependência das relações entre aspectos econômicos, sociais e culturais, componentes físicos e químicos, bem como a sociedade.
Podem ser abordados os assuntos:
Crescimento urbano desordenado;
Favelamento e bolsões de pobreza;
Produção espacial e poluição;
Extrativismo;
Biotecnologia e mudanças ambientais.
4. AVALIAÇÃO NO ENSINO DE GEOGRAFIA
4.1 O ato de avaliar
O ato de avaliar e ser avaliado faz parte do cotidiano de todas as pessoas, porém para alunos e professores, este é um trabalho difícil na educação.
A avaliação de aprendizagem geralmente é vista como um modo de punição para aqueles que não aprenderem o conteúdo ensinado, porém, está não é a forma correta de se utilizar a avaliação, mas sim como um momento de reflexão, de forma contínua, participativa, diagnóstica e investigativa, proporcionando o redimensionamento da prática pedagógica e educativa, relacionado ao avanço do entendimento do processo de ensino-aprendizagem. 
A avaliação é primordial para a consecução do processo de ensino aprendizagem, pois serve para muitos fins, dentre eles, verificar se os resultados foram alcançados; trocar experiências com o intuito de evitar que outros cometam os mesmos erros; propiciar um replanejamento de acordo com a realidade; analisar se houve progresso, considerando os objetivos. (SANTOS, 2015, p. 2).
Os critérios de uma avaliação devem estar ligados aos conteúdos, com o objetivo de acompanhar o processo de aprendizagem de todos os alunos e não devem ser confundidos com instrumentos de avaliação, mas sim como auxílio para o trabalho diferenciado, com clareza nos objetivos e expectativas de aprendizagem sobre os conteúdos estudados. Portanto, não basta apenas escolher conteúdos que serão trabalhadores, mas também pensar em uma metodologia apropriada, selecionando instrumentos que atinjam os critérios estabelecidos.
O professor deve estar atento aos interesses do aluno, instigando o seu desejo de aprender, propondo atividade em grupos, buscando novos assuntos e tarefas, repensando metodologias, diversificando situações de modo que envolva a aprendizagem dos alunos.
Assim, a avaliação exerce sua verdadeira função, quando se transforma em um meio auxiliar do ensino, ou seja, avaliar conhecimentos, conteúdos ensinados, objetivos propostos e alcançados, tudo aquilo que o aluno aprendeu, acompanhando o processo como um todo. Desta forma, ela não representa mais um sacrifício para os alunos, pois os agentes do processo pensam e participam dela de maneira direta e efetiva.
4.2 O processo de avaliação no ensino de Geografia
	Em geografia, avaliar pressupõe a utilização de meios que ampliem a capacidade de compreensão e leitura de distintos fenômenos sociais ocorridos no espaço geográfico. A avaliação é um suporte para o processo de ensino-aprendizagem
O aluno deve estar apto a refletir sobre a diversidade do espaço, no qual, passou por diversas construções e mudanças, desencadeando diversas transformações feitas pelo homem. Assim, essas questões devem ser incluídas ao processo avaliativo, considerando no aluno: “quem sou eu”, suas experiências e contexto sociocultural, compreender que é um ser humano dotado de capacidade e emoções.
Deve ser voltado para o ser humano na disciplina de geografia, instigando sua capacidade de reflexão e sensibilidade. Segundo Copatti (2014, p. 171):
A sensibilização emana das experiências individuais e coletivas e de práticas cotidianas que estimulem atitudes coerentes e a conscientização do ser humano. O desafio no processo avaliativo em Geografia é considerar as experiências dos educandos com o intuito de promover a sensibilização
como parte da formação. 
O processo de ensino-aprendizagem envolve o planejamento, execução e a avaliação, exige uma reflexão, conhecimento específico, desenvolvimento de habilidades e também um constante movimento de pensar e repensar a prática. Leva-se em conta a quem se está ensinando, suas necessidades, o papel do educador na construção de uma aprendizagem que tenha sentido, permitindo assim uma avaliação feita de maneira adequada.
	Existem diversas formas e instrumentos de se avaliar, que varia de acordo com as concepções e os posicionamentos teórico-metodológicos de cada um, que podem ser:
Trabalhos em grupos: possibilita um espaço para confrontar, compartilhar, construir novos conhecimentos, estimulando assim os alunos à cooperação. É necessária uma dinâmica mediada pelo conhecimento, onde o grupo possa coletar informações, expressar argumentos. É necessário considerar o nível de envolvimento e de compromisso de todos do grupo e o tempo de realização do trabalho;
Seminários: beneficia a aprendizagem a quem apresenta o trabalho e a quem o assiste, pois exigem etapas de pesquisa, planejamento e organização de todas as informações.
Pesquisa de campo: este instrumento é muito importante, pois se relaciona ao espaço e com suas múltiplas variáveis. Exige um planejamento, com início em um levantamento de dados e informações, referências bibliográficas baseadas no estudo em questão; roteiros do plano com os objetivos, métodos, desenvolvimento do trabalho, materiais que serão utilizados e conhecimentos prévios sobre a compreensão do tema.
Observação: permite que os professores conheçam melhor os seus alunos, analisem o seu desempenho nas atividades em classe e compreendam os seus avanços e dificuldades. Exige dos professores: selecionar o objeto de investigação; elaborar objetivos claros; identificar contextos e momentos específicos, além de estabelecer formas de registros apropriados, como fotos.
Debates: permite troca de ideias, diálogo coletivo, interação, proporcionando ao aluno expor sua opinião e concepção sobre o tema ou assunto em discussão. Exige o posicionamento do aluno ao expressar sua opinião, mudança de valores, estabelecer relações diferentes que beneficiam na construção de novos conceitos.
Provas: podem ser provas individuais, com consulta, oral, dissertativa, em grupo, com diferentes procedimentos para sua aplicação. Com as provas é possível analisar através dos erros as possibilidades de intervenções que necessitam ser construídas pelo professor no processo que reorientam suas ações e com os acertos, apontador o grau de alcance dos conhecimentos obtidos.
Entrevistas: através deste instrumento os alunos têm um contato direto com a pessoa que será entrevistada. Exige um planejamento, desenvolvimento e aplicação, coleta de dados, roteiro de entrevista, entre outros. Deve-se levar em consideração à natureza da pesquisa, abordagem do problema, os objetivos, e os procedimentos técnicos.
Ao escolher qual o tipo de instrumento será utilizado, o professor deve levar em consideração quais dados serão coletados, para que será avaliado, qual será o resultado de determinada avaliação, pois os professores devem ser coerentes com o que se está sendo trabalhado, tanto no conteúdo quanto na metodologia que está sendo utilizada.
Discussões, debates, leituras, aulas expositivas-dialogadas, seminários, prova escritas, trabalhos individuais e em grupo, trabalho de pesquisa, elaboração de sínteses, todos são importantes técnicas e instrumentos de avaliação que devem ser usados nas mais diversas disciplinas, estando a juízo crítico do professor encontrar os instrumentos mais adequados aos conteúdos e critérios de avaliação de sua disciplina. (SANTOS, 2015, p. 10).
Atividades cartográficas, maquetes, desenhos, croquis, a elaboração de mapas, análise de imagens, permitem acompanhar o conhecimento espaciale também servem como instrumentos de avaliação. São capazes de garantir que o aluno aprenda conceitos espaciais como a localização dos objetos no espaço, orientação, distância, representação no espaço, tomada de consciência do espaço ocupada, deslocamento, a representação do espaço, entre outros.
A avaliação em geografia deve ser elaborada de acordo com os objetivos do planejamento, seguindo um método claro e objetivo, com questões que explorem o senso crítico, permitindo que os alunos possam resolver situações-problemas, comparar, compreender e interpretar os fenômenos. Também é importante considerar o meio sociocultural e as habilidades que os educandos possuem, pois desta forma a avaliação se torna significativa e enriquecedora para o seu conhecimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O principal objetivo do estudo na disciplina de geografia, é o espaço geográfico, conjunto de objetos e a ações que revelam as práticas sociais dos diferentes grupos que vivem num determinado lugar, que interagem, sonham, produzem, lutam e o reconstroem constantemente.
	É essencial para a vida seja no estudo, na observação, compreensão, representação do espaço onde ocorre a vida e a ação humana, visto que o espaço é construído pelo homem, cuja ação o transforma.
	Seu estudo é uma oportunidade para se entender o mundo, visto que esta disciplina se refere as ações humanas construídas em distintas sociedades, lugares e tempos, permite a compreensão do ponto de vista das relações sociais, ocupações e construção dos espaços geográficos.
	Deve-se pensar concretamente o espaço e trabalha-lo partindo de representações que sejam concretas, com observações, compreensão das diferentes instancias do fazer geográfico e da análise.
	Cabe ao ensino de geografia desenvolver linguagens e princípios que permitam ao aluno ler e compreender o espaço geográfico contemporâneo como uma totalidade articulada e não apenas estudar por meio da memorização de fatos e conceitos desarticulados.
Também deve priorizar a compreensão do espaço geográfico como manifestação territorial da atividade social, em todas as suas dimensões e contradições, sejam elas econômicas, políticas ou culturais.
É essencial que o professor considere o conhecimento e as ideias dos alunos sobre a representação de espaço, pois este sabe descrever trajetos conhecidos, organizar, desenhar, criar legendas, evidenciar direção, proporção, distância e representação do espaço. Ele deve agir como mediador, intermediando e estimulando problematizações e discussão do assunto.
Portanto, a Geografia nos anos iniciais da escolarização pode, e muito, contribuir com o aprendizado da alfabetização, na medida em que se encaminham as crianças a aprender a ler o mundo.
	Conteúdos
	Objetivos
	Encaminhamento Metodológico
	Recursos
	Avaliação
	Cronograma das atividades
	Paisagem, lugar e espaço geográfico.
	- Exercitar a visualização e a apreensão da paisagem;
- Trabalhar a competência relativa à localização por meio de referenciais definidos na paisagem.
	1. A aula se iniciará com uma introdução sobre paisagem, lugar e espaço geográfico.
2. Através do Datashow, será apresentado diversos tipos de paisagens.
3. Será feita uma atividade oral com questionamentos sobre as paisagens observadas, suas referências espaciais, comparando-as. Os alunos deverão fazer anotações no caderno.
4. Em seguida, será entregue duas paisagens para cada aluno e eles deverão fazer um resumo sobre elas, destacando suas características, diferenças, o que poderia ser melhorado, sua localização, etc.
	- Datashow
- Imagens de paisagens
- Caderno
- Lousa
- Caneta
- Lápis
	Participação oral, resumo e atividades orais.
	Introdução sobre paisagem, lugar e espaço geográfico.
Análise de paisagens.
Atividade oral
Resumo em dupla.
ATIVIDADE PRÁTICA 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: história, geografia / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 
1997.
Colégio Zardo. Encaminhamento metodológico de Geografia. Disponível em: <http://pedagogiazardo.blogspot.com.br/2015/04/encaminhamento-metodologico-de-geografia.html>. Acesso em 23 abr. 2017.
ESCOLA, Brasil. Avaliação de geografia. Disponível em: <http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/avaliacao-geografia.htm>. Acesso em 17 jun. 2017.
ESCOLA, Brasil. A importância do trabalho em campo no estudo da geografia. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/trabalho-de-campo-no-estudo-da-geografia.htm>. Acesso em 17 jun. 2017.
ESCOLA, Brasil. Entrevista. Disponível em: <http://monografias.brasilescola.uol.com.br/regras-abnt/entrevista.htm>. Acesso em 17 jun. 2017.
ESCOLA, Brasil. Geografia do passado e do presente. Disponível em: <http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/geografia-passado-presente.htm>. Aceso em: 24 abr 2017.
FONTANELLA, Viviane V. S. O ensino da geografia nas séries iniciais do Ensino Fundamental Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia) – Especialização em Geografia, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma-SC, 2007.
MAZZONETTO, M.; MOREIRA, A. Alfabetização geográfica nas series iniciais do Ensino Fundamental. Disponível em: <http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadech/article/view/294/545>. Acesso em 23 abr. 2017.
NASCIMENTO, Getúlio. Espaço Geográfico: Lugar e Paisagem. Disponível em: <http://www.getulionascimento.com/news/espaco-geografico-lugar-e-paisagem/>. Acesso em 22 abr. 2017.
	
Orientações curriculares do Estado de São Paulo – Ensino Fundamental – Ano Iniciais. Disponível em: <http://www.cdcc.usp.br/cda/PARAMETROS-CURRICULARES/Sao-Paulo-Faz-Escola/Ciclo-I/orientacoes_estado_cie_his_geo.pdf>. Acesso em 15 jun. de 2017.
SANTOS, A. P. O processo de avaliação nas aulas de geografia
SILVA, A.; PIMENTEL, C. O conhecimento geográfico nas séries iniciais da educação básica – o caso do município de Reserva/PR. 1 ed. vol. 1. Ponta Grossa: Anais Semana de Geografia, 2012.

Outros materiais