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Prática Simulada 1 Aula 7 caso Marcos

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVIL DA COMARCA DE ARAÇATUBA DO ESTADO DE SÃO PAULO.
MARIA, representante legítima do Sr. Marcos, brasileira, com endereço eletrônico em MariaMa@gmail.com, residente e domiciliada na Rua Bérgamo, nº 123, apto 205, na cidade de Araçatuba/SP, inscrita no registro geral sob o correspondente número: 1235897461, expedida pelo SSP, inscrita no CPF 12478502300; vem por sua advogada Jaqueline Barreto com endereço eletrônico Jaquelinebarreto@gmail.com com endereço comercial na Rua Floriano Peixoto, número 626, bairro centro/SP, devidamente qualificada em procuração acostada aos autos, Propor: 
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REAPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS, CUMULADO COM PENSÃO.
Pelo procedimento comum, em face de ROBERTO, comerciante, brasileiro, residente na rua dos diamantes, nº 123, Recife/PE e com endereço eletrônico Roberto@gmail.com, cujo cadastro de registro geral de pessoas físicas é ignorado, pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos que se passa a expor:
I – DA GRATUÍDADE DA JUSTIÇA 
 A Requerente é pobre na acepção jurídica do termo e bem por isto não possui condições de suportar os encargos decorrentes do processo sem prejuízo de seu sustento. Desta forma, requer os benefícios da Justiça Gratuita nos preceitos do artigo 5°, LXXIX da Carta Magna, combinados com o artigo 4° da Lei 1.060/50 e §2 conforme a lei 1060 parágrafo 2°. A autora não tem capacidade de arcar com custas processuais.
II - DOS FATOS
O presente caso tem como tem como início o fato de que o Sr. Marcos, esposo da Senhora Maria, ora Autora, enquanto caminhava por uma Rua na cidade de Recife/PE, fora atingido por um aparelho de ar condicionado que era manejado pelo Sr. Roberto, ora Réu, que é comerciante e proprietário de uma padaria localizada no local aludido. O Sr. Marcos, ainda vivo, mas gravemente ferido, fora encaminhado a um hospital particular. Contudo, em virtude da gravidade dos ferimentos, o mesmo veio a falecer após estar internado por um dia. 
A Senhora Maria, esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda repentina e trágica de seu esposo, tivera que se deslocar até a cidade de Recife/PE para poder efetivar o translado do corpo de volta para casa, na cidade de Araçatuba/SP, onde ocorrera o sepultamento. O falecido não deixou filhos, sendo que o mesmo já possuía 50 anos de idade, era o único responsável pelo seu sustento e de sua esposa, nunca superior a um salário mínimo, obtida através de muita valentia com serviços de pedreiro.
Todo o desenrolar do caso resultou em gastos hospitalares que somaram o total de R$ 3.000,00 (três mil reais), junto com os gastos com transporte do corpo e funeral cujo valor consolidou-se em mais R$ 3.000,00 (três mil reais). Cumpre relatar que no desfecho inquérito policial que fora instaurado por ocasião do fato, o laudo da perícia técnica, apontou como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar condicionado. O senhor Roberto fora indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. É a suma dos fatos, passa-se agora á exposição dos fundamentos do direito material.
III – FUNDAMENTOS
DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR
Excelência, no caso exposto, há uma inequívoca responsabilidade de Roberto sobre o ocorrido, quando deixou de manejar com prudência seu aparelho de ar-condicionado. Sendo um objeto sabidamente pesado, que a depender da altura em que caia, pode de todo certo machucar gravemente a quem atingir. E este fora o evento trágico que ocorrera. Por exclusiva culpa do Réu, o referido objeto veio a despencar de uma altura considerável, atingindo em cheio o Sr. Marcos, que por um triste e infeliz acaso do destino vinha passando naquele exato momento. Aqui se demonstra o ato ilícito em que incorreu o réu, nos termos do artigo 186 do código civil brasileiro, valendo ainda ressaltar o teor das disposições nos artigos 927 e 938 do mesmo.
Conforme o autor: Theodoro Júnior	
(...)”Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral comete ato ilícito" e "Aquele que, por ato ilícito (artigos. 186 e 187,CC), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo". (Gonçalves, Carlos Roberto, Direito Civil brasileiro, Editora Saraiva, 2007, p.13,14).
O fato é extremamente triste e toma contornos ainda mais lamentáveis quando a vítima, um senhor de 50 anos, era o único provedor financeiro de sua companheira, Sra. Maria. E naquele momento, depois de ter perdido tão repentinamente o seu marido, Maria vira-se devedora de R$ 6.000,00 (seis mil reais), já se incluindo os gastos com funeral e translado do corpo.
 Conforme a jurisprudência:
Agravo em recurso especial nº 618.224, SP (2014 0302092-2) Processo 618224 SP publicação: DJ 08/06/2015, relator: Ministro Raul Araújo, Autora atingida por tábuas que caíram do edifício em obra, sofrendo lesão em seus membros superiores. Recurso Provido.
Cabe lembrar que o episódio em questão foi objeto de ação penal, quando se deu por sentença o reconhecimento da responsabilidade culposo do réu no ocorrido, isto é, este fora condenado como autor de homicídio culposo. Neste caso, nota-se que o caso é passível de indenização afim de que mitigue as despesas que Maria sofrera, e que a mesma não é capaz de saldar. Não tão somente são devidos os valores dos gastos referentes ao funeral e translado do corpo, de ordem de seis mil reais, mas também se resta cabido uma reparação contínua, do luto e das graves dificuldades que a autora certamente virá a sofrer ao continuar, agora sozinha, sua vida. Dito isto, requer-se, por ocasião de todos os danos sofridos e vindouros, a concessão de pensão de caráter alimentício a viúva por período proporcional a duração de vida que a vítima teria em média de vida no Brasil, segundo dados do IBGE, em prestação equivalente ao salário mínimo ou, como vossa excelência julgar, mostre-se adequado a Sra. Maria para manter-se em uma vida digna.
V - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, a autora requeira a este juízo:
1. A citação do réu para responder a presente sob pena de revelia e confissão se não o fizer;
2. A gratuidade da Justiça;
3. A intimação da Réu;
4. Que seja julgado procedente o pedido para condenar o pagamento no valor de R$6.000,00 (seis mil reais), nos termos do artigo 948 do CC.
5. Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas Processuais e nos honorários advocatícios.
6. A concessão de pensão alimentícia em valor equivalente a um salário mínimo ou conforme o magistrado julgar adequado.
7. Deixar expresso a não possibilidade para a audiência de mediação e conciliação.
VI - DAS PROVAS	
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial (a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu).
VII – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Porto Alegre, 21 de outubro de 2017
Advogada
Jaqueline Barreto
OAB/3110 RS

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