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Prática Simulada I Aula 6 caso Bernardo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVIL DA COMARCA DE DOURADOS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL.
BERNARDO, brasileiro, solteiro, contador, portador da carteira de identidade nº 5241200036, expedida pelo SSP, inscrita no CPF/MF sob o nº 77230125890 com endereço eletrônico bernardobe@gmail.com, residente e domiciliado na Rua campo verde nº 304, Dourados/MS; vem por seu advogado Jaqueline Barreto, com endereço eletrônico jaquelinebarreto@gmail.com, com endereço profissional na Rua Floriano Camargo n° 2036, bairro Centro Histórico, nesta cidade, endereço que indica para os fins do artigo 319, II, vem a este juízo propor:
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE PERDAS E DANOS
Pelo procedimento COMUM em face do réu SAMUEL, brasileiro, solteiro, garçom, portador da carteira de identidade nº 2520136974 expedida pelo SSP, inscrita no CPF/MF sob o nº 25914610278 com endereço eletrônico samuelsam@gmail.com residente e domiciliado Rua Diamantes 123, bairro Cascata, Campo Grande/MS, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 A Requerente é pobre na acepção jurídica do termo e bem por isto não possui condições de suportar os encargos decorrentes do processo sem prejuízo de seu sustento. Desta forma, requer os benefícios da Justiça Gratuita nos preceitos do artigo 5°, LXXIX da Carta Magna, combinados com o artigo 4° da Lei 1.060/50 e §2 conforme a lei 1060 parágrafo 2°. o autor não tem capacidade de arcar com custas processuais.
II- DA OPÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
A parte autora opta pela designação de audiência de conciliatória, nos termos do artigo 319, VII, razão pela qual requer a citação da demandada, nos termos do art. 247, NCPC, para que compareça em audiência designada por este Juízo.
III - DOS FATOS
O presente caso concreto versa sobre estabelecimento do contrato de comodato escrito pelo Bernardo, ora Autor, em favor de Samuel, pertencente ao polo passivo desta ação, sendo o objeto da avença o cavalo de espécie manga-larga, o qual tinha por nome “Tufão”, avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais). O bem deveria ser restituído, conforme contrato, no dia 02 do mês de outubro de 2016. No entanto, até o mês de janeiro de 2017 não houvera a devolução por Samuel, ressaltando que fora constatado a desídia do mesmo para restituir o equino. A mora perdurou até a chegada de um forte temporal no local onde permanecia o animal, causando sua morte em decorrência da altura atingida pela água, bem como à sua força. Assim, se finda o relato dos fatos, passa-se agora à exposição dos fundamentos do direito material.
Desta forma BERNARDO está amparado nos artigos 
IV - DOS FUNDAMENTOS
Conforme se apura, há no contrato celebrado um vício que enseja indenização com perdas e danos, conforme prevê os artigos 186, 187, 399, 402 e 927 do CC, onde diz que o devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa possibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada, mas Samuel foi culpado pois agiu com desídia.
Conforme o autor: Theodoro Júnior
(...)”Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral comete ato ilícito" e "Aquele que, por ato ilícito (artigos. 186 e 187,CC), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo". (Gonçalves, Carlos Roberto, Direito Civil brasileiro, Editora Saraiva, 2007, p.13,14).
Felizmente, o nosso código civil nos traz, de modo esclarecedor, a responsabilidade do devedor que se encontra em demora em sua obrigação. Nos termos dos artigos 394, 395, 397 e 399 do aludido regramento, aquele que estiver em atraso com a obrigação em que se estabeleceu, responde pelos prejuízos a que sua mora der causa, acrescidos de juros, correção monetários e honorários advocatícios.
Conforme a jurisprudência:
ACIDENTE DE TRABALHO. QUEDA DE CAVALO. MORTE. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Caso em que o trabalho com animais expunha o trabalhador à situação de risco acima da média. Aplicação da teoria da responsabilidade objetiva. Incidência do parágrafo único do artigo 927 do Código Civil. Indenização devida à genitora do empregado falecido. Apelo provido.
Reconhecemos, sem sombra de dúvidas, que inequívoca a culpa do Réu no fato ocorrido. Se estivesse cumprida em tempo a devolução do animal, o evento fatal não se efetivaria. Tanto é que a chuva torrencial que se deu no lugar e que estava o cavalo, não ocorrera onde o autor residia, afastando, assim, qualquer isenção na de culpabilidade, ou que o dano sobreviveria ainda que se fosse efetuada a devolução em tempo hábil. Fica evidente que Bernardo tem que receber indenização com perdas e danos.
V - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o autor requeira a este juízo:
1. A citação do réu para responder a presente sob pena de revelia e confissão se não o fizer;
2. A gratuidade da Justiça;
3. A intimação da Réu;
4. Que seja julgado procedente o pedido para condenar o pagamento no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), bem como o valor de R$ 15.000,00 por perdas e danos;
5. Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas Processuais e nos honorários advocatícios.
VI - DAS PROVAS	
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial (a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu).
VII – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Porto Alegre, 25 de setembro de 2017
Advogada
Jaqueline Barreto
OAB/3110 RS

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