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Apelação Maria Umbelina Gomes

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA 1ª CÍVEL DA COMARCA DE GUARAÍ/TO.
Protocolo nº. 0001746-02.2016.827.2721
MARIA UMBELINA GOMES DA SILVA BARROS, já qualificado nos autos da Ação de indenização por cobrança indevida c/c reparação por danos morais, processo em epígrafe, que move em face da Empresa OI S/A, também já qualificada nos autos, vem, por via de seu procurador que esta subscreve, não se conformando com a sentença proferida às fls. XXXXX, interpor o presente:
 
RECURSO DE APELAÇÃO
Com base nos arts. 1.009 a 1.014, ambos do CPC/15, requerendo, na oportunidade, que o recorrido seja intimado para, querendo, ofereça as contrarrazões e, ato contínuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins para os fins de mister.
Ademais, informa que fora concedida justiça gratuita ao apelante, razão pela qual deixa de anexar comprovante de pagamento de custas recursais.
Termos em que,
Pede e aguarda deferimento.
Guaraí – TO, 13 de outubro de 2017.
Dr. João dos Santos Gonçalves de Brito
OAB/TO 1498-B
RAZÕES DA APELAÇÃO
Apelante: Maria Umbelina Gomes da Silva Barros
Apelada: Empresa OI S/A
Origem: processo nº. 0001746-02.2016.827.2721, 1ª Vara Cível da Comarca de Guaraí/TO.
Egrégio Tribunal,
Colenda Turma,
Eméritos Desembargadores,
A sentença de fls. 113/128, não decidiu com o costumeiro acerto quando julgou improcedente o pedido de INDENIZAÇÃO POR COBRANÇA INDEVIDA C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS, além de não reconhecer o evidente dano moral, originário das consequências do descumprimento contratual pela Recorrida, motivo do presente reclame recursal, nos termos abaixo:
I – BREVE SÍNTESE DO PROCESSO
Trata-se de ação de INDENIZAÇÃO POR COBRANÇA INDEVIDA C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS.
A Apelante, no ano de 2015, contratou um serviço de telefonia fixa com internet banda larga. Por problemas financeiros não pôde efetuar os pagamentos das faturas dos dois meses que utilizou os serviços (junho e julho de 2015), sendo que a Empresa OI S/A SUSPENDEU O SERVIÇO terminado o segundo mês em atraso. 
Por esta razão recebia, DIARIAMENTE E EM QUALQUER HORÁRIO, LIGAÇÕES DE COBRANÇAS DA DÍVIDA, não apenas a requerente, mas seu filho também recebia ligações da APELADA DIARIAMENTE.
Passados alguns meses, a Apelante recebeu, em sua residência, uma correspondência, da requerida, propondo um acordo com o valor a ser pago REFERENTES AOS DOIS MESES (junho e julho de 2015) de serviços prestados em aberto, com desconto no valor de R$ 203,24 (duzentos e três reais e vinte e quatro centavos), em boleto bancário. 
De pronto a Apelante, ACREDITANDO que efetuando o pagamento estaria livre da dívida, uma vez que A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO FORA SUSPENSA DESDE A ÉPOCA DO INICIO DO TERCEIRO MÊS DOS BOLETOS EM ABERTO (agosto), procurou familiares, AFIM DE AJUDÁ-LA A PAGAR A DÍVIDA. Conseguiu levantar o valor da renegociação e realizou o pagamento do boleto bancário no dia 30/11/2015 (em anexo). 
Ocorre que a Apelante meses depois DE EFETUAR O PAGAMENTO DOS BOLETOS, volta a receber outros boletos bancários da Apelada (em anexo) fazendo mais cobranças, um no valor de R$ 613,05 (seiscentos e treze reais e cinco centavos), com vencimento para ABRIL e o outro no valor de R$ 514,23 (quinhentos e quatorze reais e vinte e três centavos), sob a alegação de valores REFERENTES AO CONTRATO DE FIDELIDADE/ADESÃO e, informando que o não pagamento impeliria na inserção de seu nome no SPC e SERASA, conforme o próprio boleto informa o nome da Apelante negativado desde ABRIL.
Ora, como é sabido os serviços de concessionárias (telefone, água energia, entre outros) são suspensos após o não pagamento da segunda fatura em atraso. Assim, não é razoável se cobrar por um serviço que foi suspenso, ou seja, não está sendo disponibilizado, além não ser proporcional aos dois meses de prestação do serviço. 
A alegação de que a Apelante celebrou um contrato de Adesão não dá o direito da Apelada a realizar este tipo de cobrança, uma vez que contratos de Adesão não dá ao CLIENTE outra opção que não seja a aceitação na íntegra, ferindo assim, diversos princípios e direitos garantidos pela nossa Constituição, assim como no Código de Defesa do Consumidor.
A Requerente, que sempre honrou com seus compromissos, que tem conduta totalmente ilibada, que é um exemplo para família e para a sociedade, que tem seu nome a zelar perante os mesmos, se chocou com esta INFORMAÇÃO que seu nome foi NEGATIVADO nos SERVIÇOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO, e diante deste caso em tela, não resta outra alternativa a não ser buscar seu direito na esfera judicial.
II – RAZÕES DA REFORMA
O Nobre Magistrado “a quo” não agiu com corriqueira assertiva ao julgar a demanda totalmente improcedente e, deve ser modificada in totum, uma vez que os fatos narrados e suas provas incontestáveis aluminam o direito pretendido.
Da respeitável r. Sentença, o Juiz “a quo” profere: 
“O réu desconstituiu a pretensão autoral nos termos do art. 373, inciso II do Código de Processo Civil, ao demonstrar que o boleto adimplido pelo autor como acordo, envolve somente as faturas dos meses de junho e julho de 2015, conforme consta na própria descrição.
Assim, caberia à parte autora impugnar as afirmações da requerida de que os serviços foram prestados até dezembro de 2015, legitimando as cobranças pela contraprestação aos serviços utilizados.
Não o fazendo, resta evidente sua inadimplência, de forma que o envio das faturas e a possibilidade de inscrição do seu nome nos órgãos de proteção ao crédito figuram como exercício regular do direito de cobrança da ré.
Ademais, os pedidos concernentes aos danos materiais devem ser afastados por ausência de provas do prejuízo e de ato ilícito praticado pela ré a ensejar a restituição pretendida.
 Não comprovado o fato constitutivo do direito da parte autora, a improcedência do pleito é o caminho que se impõe.
Ante o exposto, REJEITO os pedidos iniciais e em consequência, resolvo o mérito da demanda, nos termos do art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil.”
A Apelada não desconstitui a pretensão, uma vez que o boleto de renegociação pago (30/11/2015) referente a junho e julho de 2015, se refere ao tempo da prestação do serviço. Após estes meses, o serviço foi cancelado em função da falta de pagamento e, após o pagamento o serviço NÃO foi restabelecido, como alega a Apelada. E, inclusive, ao receber o boleto de renegociação (junho e julho) a Apelante acreditava, cegamente, que estava encerrando o contrato de telefonia com internet, uma vez que a Apelada não se manifestou em relação a nada, como também Apelante em momento algum solicitou a continuidade do serviço, além, é claro, que o lapso temporal entre os atrasos, junho e julho, até o pagamento da renegociação (pago dia 30/11/2015) (em anexo), se passaram 5 meses, período este sem fornecimento do serviço de internet. Prova disto é que, ao invés de a Apelante mandar os boletos de faturas mensais, como ocorre comumente neste tipo serviço, esta, enviou outros boletos de cobranças sugerindo novamente outro acordo (em anexo). Ora, Excelência, é no mínimo “bisonho” imaginar que um boleto de renegociação pago em 30/11/2015 não fosse está incluído além de junho e julho, os meses de setembro, outubro e novembro de 2015, ou seja, se cobrou apenas julho e julho porque os demais meses não houve a contraprestação do serviço. PORTANTO, é prova mais que cristalina da não prestação do serviço.
Outro sim, a Apelante NÃO solicitou continuidade do serviço, pelo contrário, a Apelante tinha convicção do encerramento do contrato. 
Aliás, que espécie de contrato é este que onera de forma bastante acentuada o consumidor?
A única conclusão que se pode aduzir é que, na verdade, a Apelada fez uma espécie de “malabarismo” contábil ao tentar provar o improvável e, se esta não suspendeu os serviços por falta de pagamento, então é possível chamar este de serviço “Madri Tereza”, que opera milagres, ou “Internet Gasparzinho”,pode até existir, mas ninguém é capaz enxergar. 
É fantasioso tentar mentalizar ou materializar o argumento da Apelada.
O que, DE FATO a Apelada cobra é o cumprimento do contrato de Adesão. Este, por sua vez, totalmente oneroso ao consumidor. 
A Apelada, não pode cobrar, a bel prazer, por um serviço que não prestou, mesmo que este, tenha celebrado um contrato de Adesão com a Apelante, pois, os contratos de adesão NÃO PERMITEM que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
DO CONTRATO DE ADESÃO:
A jurista e pesquisadora Cláudia Lima Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor, em sua obra Contratos no Código de Defesa do Consumidor, ed. Revista dos Tribunais, 1992, página 31, nos diz:
“Nos contratos de adesão "...limita-se o consumidor a aceitar em bloco (MUITAS VEZES SEM SEQUER LER COMPLETAMENTE) as cláusulas, que foram unilateral e uniformemente pré-elaboradas pela empresa, assumindo, assim, um papel de simples aderente à vontade manifestada pela empresa no instrumento contratual massificado”. 
Nas palavras de Fran Martins:
“O contrato de adesão "...cedo se desenvolveram em larga escala e hoje são grandemente usados nos negócios comerciais. SIGNIFICAM UMA RESTRIÇÃO AO PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE, consagrado pelo Código Civil Francês, já que a vontade de uma das partes não pode se manifestar-se livremente na estruturação do contrato..."
Portanto, NOS DIAS ATUAIS, graças ao Código de Defesa do Consumidor, a vontade continua essencial à formação dos negócios jurídicos, ENTRETANTO, SUA IMPORTÂNCIA E FORÇA DIMINUÍRAM, levando à RELATIVAÇÃO DA NOÇÃO DE FORÇA OBRIGATÓRIA E INTANGIBILIDADE DO CONTEÚDO DO CONTRATO. É o que dizem os artigos 6º, incisos IV e V e 51, ambos do CDC. 
Posto isto, é abusivo qualquer contrato oneroso ao consumidor, e, diante do caso em tela, resta apenas cumprir o que diz a Lei.
Assim, pede, de acordo com Código de Defesa do Consumidor no art. 42 parágrafo único, o pagamento em dobro no valor de R$1.226,10 (Um mil e duzentos e vinte e seis reais e dez centavos), MAIS JUROS E CORREÇÕES MONETÁRIAS, cobrado em quantia indevida à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável”.
Ademais, se isto não for provas consistes, de um direito cristalino pleiteado pela Apelante, não há que se falar mais em provas matérias no ramo do direito. 
DO DANO MORAL
O direito à indenização por danos materiais e morais encontra-se expressamente consagrado em nossa Carta Magna, como se vê pela leitura de seu artigo 5º, incisos V e X, os quais transcrevo: "É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem" (artigo 5º, inciso V, CF).
O comando constitucional do art. 5º, V e X, também é claro quanto ao direito da parte autora à indenização dos danos morais sofridos. É um direito constitucional.
E se não bastasse, o direito constitucional previsto no ART. 5º, é a própria Lex Mater que em seu preâmbulo alicerça solidamente como um dos princípios fundamentais de nossa nação e, via de consequência, da vida em sociedade, a defesa da DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. DIGNIDADE QUE FOI ULTRAJADA e DESPREZADA PELA RÉ, UMA VEZ QUE NÃO SATISFEITA EM ENVIAR CORRESPONDÊNCIAS DE COBRANÇA, VIA CORREIOS, AINDA EFETUAVA LIGAÇÕES DIÁRIAS EM INCONTÁVEIS MOMENTOS DO DIA, ALÉM DE FAZER LIGAÇÕES DIÁRIAS TAMBÉM PARA SEU FILHO. 
Os doutrinadores pátrios são unânimes quando nos ensinam, tais como Ada Pellegrini Grinover, Afrânio Silva Jardim, Alexandre Freitas Câmara, James Tubenchlak, João Mestiere, José Carlos Barbosa Moreira, Yussef Said Cahali, dentre outros tantos, in, pg 58, Doutrina, Editora Instituto do Direito, in verbis:
“Danos Morais são formas de lesão de um bem jurídico de reconhecido interesse da vítima, que fazem com que o detentor do direito moral tutelado na esfera jurídica – positiva - objetiva, se estranhe num estado psicológico conturbado, incapaz de ser mensurável, traduzido tão somente pela sensação dolorosa, vergonha, que cause dor íntima, espanto, emoção negativa ou constrangimento...”
	Veja ainda como vem sendo analisada a discussão acerca do dano moral pela Jurisprudência:
"CIVIL - CDC - DANOS MORAIS COMPROVADOS – RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA RESTADORA DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES - INDENIZAÇÃO DEVIDA - VALOR FIXADO DENTRO DOS PARAMÊNTROS DETERMINADOS PELA DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA, A SABER:
COMPENSAÇÃO E PREVENÇÃO I Restando patentes os danos morais sofridos e o nexo causal entre a lesão e a conduta negligente da instituição prestadora de serviços, esta tem responsabilidade civil objetiva na reparação dos mesmos, conforme determina a lei nº. 8.078/90 (CDC). II - Correta é a fixação de indenização por danos morais que leva em conta os parâmetros assentados pela doutrina e pela jurisprudência, mormente os que dizem respeito à compensação pela dor sofrida e à prevenção, este com caráter educativo a fim de evitar a repetição do evento danoso; III - Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida". (Ac. 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do DF, na Ap. Cív. 20020110581572, j. 12.08.03).
PROCESSO NÚMERO: 0000756-45.2015.827.2721 – 24/04/2015 11:14:10 – JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DE GUARAÍ - JUIZ: OCÉLIO NOBRE DA SILVA -  CIVEL - PROCEDIMENTO COMUM:
Posto isso, reconhecendo a responsabilidade civil da demandada apenas pelos danos morais provocados à demandante, na forma do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor c/c art. 5º, V e X da Constituição da República, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido autoral, para decidir o feito com resolução de mérito, nos termos do artigo 269, I do CPC, condenando a requerida, segundo os critérios de razoabilidade acima expendidos, a pagar à parte requerente a quantia de R$ 8.000,00 (oito mil reais), a título de danos morais, corrigida monetariamente (pelo INPC), e acrescida de juros moratórios de 1%(um por cento) ao mês, capitalizados anualmente, a partir da data da presente decisão (STJ, Súmula 362), até o efetivo pagamento.
Em face da sucumbência recíproca, condeno as partes ao pagamento "pro rata" das custas processuais e dos honorários advocatícios, que fixo moderadamente em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, com base no art. 20, §§ 3º e 4º c/c art. 21, caput, do Código de Processo Civil, devendo estes se compensar.
"DANO MORAL PURO. CARACTERIZAÇÃO. Sobrevindo, em razão de ato ilícito, perturbação nas relações psíquicas, na tranquilidade, nos sentimentos e nos afetos de uma pessoa, configura-se o dano moral, passível de indenização. Recurso especial conhecido e provido"(REsp. Nº 8.768, rel. Min. Barros Monteiro, em Rev. STJ, nº 34, p. 285).
"... Todo mal causado ao ideal das pessoas, resultando mal-estar, desgostos, aflições, interrompendo-lhes o equilíbrio psíquico, constitui causa eficiente para reparar o dano moral"(TJ-RS - Ap. Cív. N. 594.125.569, de Porto Alegre, rel. Des. Flávio Pâncaro da Silva).
"DANO MORAL - INDENIZAÇÃO - CRITÉRIO DE QUANTIFICAÇÃO - O critério de fixação do valor indenizatório levará em conta, tanto a qualidade do atingido, como a capacidade financeira do ofensor, de molde a inibi-lo a futuras reincidências, ensejando-lhe expressivo, mas suportável, gravame patrimonial. (TJRS - EI 595032442 - 3º GCC - Rel. Dês. Luiz Gonzaga Pilla Hofmeister).”
EFEITOS DO DANO MORAL CAUSADO PELO REQUERIDO
Em sentido amplo, há que salientar o significativo prejuízo causado pela Ré à liberdade social da Apelada. Seu sentimento de independência: "caiu por terra"; A tolerância das pessoas: tornaram-se limitada; Acessibilidade: refunda-se em dificuldades; Honradez (pública e particular): extremamente ferida e maculada; Confiança dos amigos e colegas: sempre com receio; Sentimento das pessoas em relação a Autora: de dúvida e preconceito; Repercussão: extremamente negativa e destrutiva.
Destaque-se que “A jurisprudência do STJ vem seorientando no sentido de ser:
Desnecessária a prova de abalo psíquico para a caracterização do dano moral, bastando a demonstração do ilícito para que, com base em regras de experiência, possa o julgador apurar se a indenização é cabível a esse título. ” (REsp nº 1.109.978-RS, Min. Rel. Nancy Andrighi, j. 01/09/2011).
“Portanto, dano moral é aquele que, direta ou indiretamente, a pessoa, física ou jurídica, bem assim a coletividade, sofre no aspecto não econômico dos seus bens jurídicos”.
Por fim, pede, como reparação por danos morais, o valor de 35.200,00 (trinta e cinco mil e duzentos reais), equivalente a 40 salários mínimos, MAIS JUROS E CORREÇÕES MONETÁRIAS.
A r. Sentença proferida pelo juiz a quo na Ação proposta pela apelante em face do apelado, julgando o seu pedido improcedente, deve ser modificada in totum, uma vez que os fatos narrados e suas provas incontestáveis aluminam o direito pretendido.
a importância reivindicada na inicial traduz-se em uma obrigação de única e inteira responsabilidade do comprador, conforme previsão contratual.
A afirmação acima evidenciada, nos termos dos documentos acostados aos autos, encontra respaldo no fato de que vigoram no direito brasileiro, como vigas mestras de sustentação das relações jurídicas, os princípios da liberdade de contratar e do efeito vinculante dos contratos, entendimento este corroborado pela jurisprudência pátria, in verbis:
“Em havendo estipulação contratual obrigando o comprador, não cabe declaração de indébito, uma vez que deve prevalecer o brocardo latino pacta sunt servanda”.
Ainda, no mesmo sentido, são lícitas, em geral, todas as condições que a lei não vedar expressamente, daí não havendo outro entendimento para o caso em questão, deve a sentença atacada ser REFORMADA (ou cassada, depende do que se alegar) nos termos do pedido contido na inicial.
III – REQUERIMENTO
Ante o exposto, requer:
Seja o apelante o recebimento e o processamento do presente Recurso de Apelação, esperando o acolhimento dando-lhe provimento, com a finalidade de reformar a sentença do juízo “a quo”, para ao final elevar o valor da indenização deferida como medida da mais cristalina JUSTIÇA, bem como majorar o valor arbitrado em Honorários Advocatícios. 
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Colméia, 28 de setembro de 2015.
Em virtude do exposto, o Apelante requer que o presente recurso de apelação seja CONHECIDO e, quando de seu julgamento, seja totalmente PROVIDO para reformar a sentença recorrida, no sentido de acolher o pedido inicial do Autor Apelante e…, por ser de inteira Justiça.
OU
(…) seja totalmente PROVIDO para anular a sentença recorrida, com o consequente retorno dos autos ao juízo a quo para…, por ser da mais lídima justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Loca e data
Nome e assinatura do advogado
Número de inscrição na OAB

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