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DRIS 2016

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Profª. Luciene Rabelo
Nutrição Humana
Diretrizes para um planejamento dietético
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 Conceitos
Necessidades nutricionais: quantidade de energia e de nutrientes disponíveis nos alimentos que um indivíduo sadio deve ingerir para satisfazer todas as suas necessidades fisiológicas normais e prevenir sintomas de deficiências.
Recomendações nutricionais: quantidade de energia e de 
nutrientes que devem conter os alimentos consumidos para satisfazer as necessidades de quase todos os indivíduos de uma população sadia.
Representam valores fisiológicos individuais que se expressam em médias para grupos semelhantes da população
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As DRIs são valores de referência de ingestão de nutrientes que devem ser utilizados para planejar e avaliar dietas para pessoas saudáveis.
São divididas em 4 níveis de referência:
Necessidade média estimada (EAR – estimated average requirement)
Ingestão dietética recomendada (RDA – recommended dietary allowance)
Ingestão adequada (AI – adequate intake)
Limite superior tolerável de ingestão (UL – tolerable upper intake)
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Definições das DRIs
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EAR – Estimated average requirement: 
Representa o valor de ingestão de um nutriente, estimado para cobrir as necessidades de 50% dos indivíduos saudáveis de determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo. 
É utilizado como base para estabelecer as RDAs e também para avaliar a adequação e o planejamento de ingestão dietética de grupos populacionais.
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Definições das DRIs
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EAR – Estimated Average Requeriment
Necessidade Média Estimada
 Valor médio da ingestão de 1 nutriente estimado para cobrir as necessidades de 50% dos indivíduos saudáveis de determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo
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RDA - Recommended dietary intake: 
É o nível de ingestão dietética diária que é suficiente para atender as necessidades de um nutriente de praticamente todos (97 a 98%) os indivíduos saudáveis em determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo.
Quando se conhece o DP da EAR e esta apresenta distribuição normal, temos que:
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Definições das DRIs
RDA = EAR + 2 DP EAR (desvio padrão) 
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Se os dados sobre a variabilidade das necessidades são insuficientes para o cálculo do DP, utiliza-se o coeficiente de variação da EAR (CV EAR) de 10 a 15% no cálculo da RDA, ou seja:
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Definições das DRIs
Se o CV EAR = 10%
RDA = 1,2 x EAR
Se o CV EAR = 15%
RDA = 1,3 x EAR
RDA
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A RDA é um valor a ser usado como meta de ingestão na prescrição da dieta para indivíduos saudáveis, não devendo ser utilizada para avaliação da adequação de dieta e nem para o planejamento de cardápios de grupos populacionais.
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Definições das DRIs
RDA
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 AI – adequate intake: 
É utilizada quando não há dados suficientes para a determinação da RDA. Baseia-se em níveis de ingestão ajustados experimentalmente ou em aproximações da ingestão observada de nutrientes de um grupo de indivíduos aparentemente saudável.
 UL – Tolerable upper intake level: 
É o valor mais alto de ingestão diária continuada de um nutriente que aparentemente não oferece nenhum efeito adverso à saúde em quase todos os indivíduos de um estágio de vida ou gênero. À medida que a ingestão aumenta para além do UL o risco potencial de efeitos adversos também aumenta.
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Definições das DRIs
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UL – Tolerable Upper Intakes Levels
Nível de Ingestão Máxima Tolerada
	NOAEL (No observed adverse effect level) – Maior nível de ingestão de um nutriente que não resultou em nenhum efeito adverso observado nos indivíduos estudados. 
	LOAEL (Lowest observed adverse effect level) – Menor dose oral experimental da ingestão de um nutriente na qual o efeito adverso não tenha sido identificado.
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As DRIs incluem 4 conceitos de referência para consumo de nutrientes, com definições e aplicações diferenciadas.
As DRIs podem ser usadas para planejar dietas, definir rotulagem e planejar programas de orientação nutricional. 
Elas diferem das antigas RDAs porque:
Para a construção de seus limites, foram considerados também a redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis
Foram estabelecidos níveis superiores de ingestão de nutrientes quando havia dados de risco de efeitos adversos à saúde
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 Ingestão Dietética de Referência (DRI)
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Assim como as antigas RDAs, cada DRI refere-se a uma ingestão de nutriente ao longo do tempo por indivíduos aparentemente saudáveis. 
Para sua determinação se considerou:
Informação disponível sobre o metabolismo de nutrientes em diversas faixas etárias
A diminuição do risco de doenças, levando em consideração variações individuais nas necessidades de cada nutriente
sua biodisponibilidade
os erros associados aos métodos de avaliação do consumo dietético.
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Ingestão Dietética de Referência (DRI)
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Essas recomendações foram estabelecidas para as populações dos Estados Unidos e do Canadá, e para sua aplicação para a população brasileira deve-se considerar os dados de ingestão dietética com seu erro associado 
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 Ingestão Dietética de Referência (DRI)
Importante:
- As interações possíveis nas dietas considerando os hábitos alimentares das diferentes regiões
 O grau de morbidade da população
 As diferenças étnicas
 Os perfis antropométricos
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Aplicação da DRIs
 Avaliação e planejamento de dietas para grupos e indivíduos
 Rotulagem de alimentos
 Programas de avaliação alimentar 
 Desenvolvimento de novos produtos
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Avaliação dietética
 Quando um valor de EAR para um nutriente estiver disponível, este é o valor que deve ser utilizado para fazer uma estimativa quantitativa da adequação da ingestão habitual do nutriente.
A RDA deve ser a meta de ingestão individual, não é recomendado seu uso para averiguar esta adequação. 
É possível, também, determinar se a ingestão do nutriente excede a UL.
 Se na avaliação da ingestão habitual do nutriente houver indicações de inadequação, recomenda-se que sejam feitas avaliações clínicas ou bioquímicas complementares do estado nutricional do indivíduo.
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Adequação da ingestão alimentar
 Para avaliar a ingestão alimentar é necessário estabelecer a ingestão individual.
 Sendo que a ingestão habitual é a quantidade de nutrientes ingerida durante um grande período de tempo.
 A necessidade é definida como o menor valor de ingestão continuada do nutriente que irá manter um nível definido de nutrição em um indivíduo, para um dado critério de adequação nutricional.
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Estimativa da ingestão alimentar
 Recordatório
 
Registro
 Freqüência
 A EAR é a melhor forma de avaliação da ingestão alimentar
 Deve-se observar o coeficiente de variação (CV) para ingestão de cada nutriente que pode ser de 10% (niacina 15%).
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Recomendação de ácido fólico
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UL para ácido fólico
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Avaliação da ingestão
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Recomendação de macronutrientes
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Recomendação de macronutrientes
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ESPECIFICIDADES DOS MACRONUTRIENTES
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Segundo a FAO/OMS (1985), a necessidade de proteína é “o menor nível de ingestão de proteína da dieta que irá equilibrar as perdas de nitrogênio pelo organismo em pessoas que mantêm o balanço energético com níveis moderados de atividade física”.
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 Recomendação de Nutrientes
Proteínas
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Segundo a FAO/OMS (1985), considera-se nível seguro de ingestão ou dose inócua de proteína a quantidade que irá atingir ou exceder as necessidades de praticamente todos os indivíduos do grupo, levando-se em conta as variações individuais.
O nível seguro foi definido como a necessidade média dos indivíduos mais 2DP, aceitando-se uma estimativa de 15% para o CV como variabilidade das necessidades individuais.
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 Recomendação de Nutrientes
Proteínas
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Nível Seguro de Ingestão de Proteína
Fonte: OMS, 1995.
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Fatores que determinam a qualidade
da proteína da dieta:
Perfil de aminoácidos
Digestibilidade
A relação protéico-energética
A energia total da alimentação
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 Recomendação de Nutrientes
Proteínas
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Para determinação das doses inócuas de proteínas, o Comitê da FAO/OMS (1985) analisou vários estudos de balanço nitrogenado (a curto e longo prazo), em homens adultos e jovens.
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Recomendação de Nutrientes
Proteínas
Resultado: 0,6g/kg/dia representava a necessidade média de proteína de boa qualidade, com CV verdadeiro de 12,5%
Consequentemente: 25% (2 DP) acima da necessidade média fisiológica cobriria a necessidade de 97,5% dos indivíduos de uma população similar.
0,75g/kg/dia
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Recomendação de Nutrientes
A FNB/NRC (1989) baseado na FAO/OMS (1985): 0,8g/kg/dia
A SBAN (1990) adaptou as recomendações nutricionais para a população brasileira, considerando a digestibilidade (80 e 85%) e o cômputo aminoacídico (90%) em relação ao padrão.
1,0 g/kg/dia para homens e mulheres com idade superior a 18 anos
Proteínas
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O Institute of Medicine (IOM) publicou, em 2002, as ingestões dietéticas de referência (DRIs) para proteínas, com base em análises cuidadosas de estudos de balanço nitrogenado em humanos (ver recomendações na tabela seguinte).
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Recomendação de Nutrientes
Proteínas
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Recomendação de Nutrientes
Quantidades de Energia provenientes da Proteína da Dieta
FNB/NRC (1989) recomenda que a ingestão protéica máxima não seja superior ao dobro das recomendações
SBAN (1990) oferta de proteínas de origem animal limitada em 30 a 35% do conteúdo protéico total
IOM (2002) faixa de distribuição aceitável de macronutrientes (AMDR): 10 a 35% da ingestão energética.
DRI: 10 a 35%
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Proporção de energia proveniente das proteínas da dieta
Recomendação de Nutrientes
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Carboidratos: 45 a 65%
Proteínas: 10 a 35%
Lipídios: 20 a 35%
Faixa de distribuição aceitável de macronutrientes (AMDR), de acordo com IOM (2002)
Recomendação de Nutrientes
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Fibras
DRIs:
Homens: 19 a 50 anos 38g/dia 
			 51 ou mais 30g/dia
Mulheres: 19 a 50 anos 25g/dia
 51 ou mais 21g/dia
Recomendação de Nutrientes
Fonte: IOM/Food and Nutrition Board, 2002

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