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ANÁLISE TEXTUAL SOBRE CAP. 7 O modo de navegação social: a malandragem e o “jeitinho”, DO LIVRO: O que faz o brasil, Brasil? por Roberto DaMatta

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACVEST – UNIFACVEST – CURSO SUPERIOR DE ARQUITETURA E URBANISMO
MÁIRA FERNANDA CONFORTIN VOLPATO
ANÁLISE TEXTUAL SOBRE CAP. 7 O modo de navegação social: a malandragem e o “jeitinho”, DO LIVRO: O que faz o brasil, Brasil? por Roberto DaMatta
LAGES
2015
ANÁLISE TEXTUAL SOBRE CAP. 7 O modo de navegação social: a malandragem e o “jeitinho”, DO LIVRO: O que faz o brasil, Brasil? por Roberto DaMatta
Máira Fernanda Confortin Volpato (1) 
(1) Estudantes do primeiro período de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Facvest -UNIFACVEST, campus Lages. E-mail:maayvolpato@hotmail.com
Resumo: A proposta deste trabalho é apresentar uma análise sobre o capitulo 7 do livro O que faz o brasil, Brasil por Roberto DaMatta no qual o assunto: O modo de navegação social: a malandragem e o “jeitinho” é abordado, com o objetivo de melhor entender esse tema de forma a beneficiar os envolvidos com conhecimento para o exercício da profissão de Arquitetura e Urbanismo.
Palavras-Chave: Antropologia, navegação social, jeitinho brasileiro, ética.
1. ANÁLISE TEXTUAL: O QUE FAZ O BRASIL, BRASIL? Cap 7.
“Como procedemos diante da norma geral, se fomos criados numa casa onde, desde a mais tenra idade, aprendemos que há sempre um modo de satisfazer nossas vontades e desejos, mesmo que isso vá de encontro às normas do bom senso e da coletividade em geral?”
O brasileiro vive em constante oscilação social feito de leis universais cujo sujeito é o indivíduo e situações onde cada qual se salva e se despacha como pode, utilizando para isso o seu sistema de relações pessoais.
Então que surge o “jeitinho” a forma típica brasileira que todos conhecem e provavelmente já utilizaram para contornar a situação, que ao final do dia, retorna a um estado normal. Porque é isso que aprendemos desde crianças, a encontrar a opção mais fácil mesmo que não a mais correta para justificar nossas ações e resolver nossos problemas.
“Nos Estados Unidos, na França e na Inglaterra, somente para citar três bons exemplos, as regras ou são obedecidas ou não existem.”
Não há motivos de escrever normas que contrariam ou evitam o bom senso e as regras da própria sociedade, abrindo caminho para a corrupção burocrática e ampliando a desconfiança no poder público. 
E isso faz todo sentido, porque de que adianta criar uma norma se ela não será cumprida, ou se for, acontecerá de forma a beneficiar alguém baseando-se em suas características sociais. Ou é pra todo mundo, ou não é pra ninguém.
“...Nessas sociedades, a lei não é feita para explorar ou submeter o cidadão, ou como instrumento para corrigir e reinventar a sociedade. Lá, a lei é um instrumento que faz a sociedade funcionar bem...”
O brasileiro fica confuso e fascinado pela disciplina existente em países como citei anteriormente, por que já estamos acostumamos com essa cultura de desobedecer a regras, que julgamos não serem necessárias ou importantes no momento. A diferença que é nos países citados, as normas e leis não são vistas como punição e sim como algo à fazer a sociedade funcionar melhor.
Por exemplo, no Brasil a lei universal para um crime, quando avaliada por quem o cometeu, a lei estabelece virtualmente um peso e uma escala. Assim os crimes admitem graus de execução de acordo com o princípio hierárquico que rege a sociedade. 
“O “jeito” é um modo e um estilo de realizar.”
 “Jeitinho” e “você sabe com quem está falando?” são as duas faces de uma mesma situação. Há sempre outra autoridade, ainda mais alta, a quem se poderá recorrer. E o “jeitinho” é uma forma de resolver um problema, poderia se optar pela opção burocrática, que exige mais empenho e preocupação com a situação, mas o “jeito” é mais fácil, e portanto mais utilizado, tanto que se tornou comum, transformando-se em estilo e opção.
“A malandragem, como outro nome para a forma de navegação social nacional, faz precisamente o mesmo.”
O malandro, seria um profissional do “jeitinho” e da arte de sobreviver nas situações mais difíceis, e mais do que isso trata-se mesmo de um modo “jeito ou estilo” profundamente original e brasileiro de viver, e às vezes sobreviver, num sistema em que a casa nem sempre fala com a rua e as leis formais da vida pública nada têm a ver com as boas regras da moralidade costumeira que governam a nossa honra, o respeito e a lealdade.
2. ANÁLISE PESSOAL: O QUE FAZ O BRASIL, BRASIL? Cap 7.
Cada um cria sua concepção de certo e errado, sua própria ética, mesmo tendo conhecimento básico sobre a lei e as normas que a compõem, então, é normal do indivíduo como ser participante da sociedade, ver e buscar aquilo que o beneficia, mesmo as vezes não beneficiando o todo, ou indivíduos vizinhos a situação.
O Brasil é um país tão grande e diversificado culturalmente que chegou a um ponto onde o “jeitinho” se tornou algo que une a sociedade, e por isso existe como um valor social típico brasileiro. Por isso o jeitinho brasileiro é algo que todo cidadão desse território conhece, e usa a seu favor, o que tornou a expressão tão conhecida.
O que antes era visto como uma atitude errada passa a ser entendida até como uma maneira criativa ou inovadora de resolver problemas com flexibilidade que se desprende de funções burocráticas, onde abrange sua própria complexidade, possuindo suas próprias regras e estilos diferentes que merecem mais atenção quando contextualizados eticamente, criativamente e ainda como forma de vida.
Referências
DAMATTA, Roberto; O que faz o brasil, Brasil?; Rio de Janeiro; ROCCO LTDA: 1986.

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