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Ceras Odontológicas
- As ceras odontológicas são polímeros orgânicos constituídos de hidrocarbonetos e seus derivados, ou seja, são constituídas de hidrogênio, carbono, oxigênio e cloro;
- As ceras odontológicas podem ser divididas em dois grandes grupos:
Usada nas clínicas – servem como registro de mordida; são as ceras evidenciadoras, cera utilidade (n° 7 ou 9) e cera padrão de baixa fusão – Tipo I.
Laboratórios dentários – são as ceras para moldeiras, cara para placa-base, cera pegajosa, cera utilidade e cera padrão de fundição - Tipo II; podem ser classificadas em dura, media e macia. 
Cera Tipo I – é classificada como cera média; é utilizada para técnicas diretas – esculpida no próprio dente dentro da cavidade oral do paciente.
Cera Tipo II – é classificada como cera macia; é utilizada para técnicas indiretas - confeccionado no troquel;
Observação: as ceras do tipo regular ou macias são tipicamente utilizadas para trabalhos indiretos a temperatura ambiente ou em climas frios; já os tipos duro e médio apresentam uma baixa propriedade de escoamento e são indicados para climas mais quentes.
- Após a cera ser removida da cavidade preparada – seja pela técnica direta ou indireta ela é envolvida por um material contendo gesso, fosfato ou qualquer outro material refratário – revestimento. Processo este denominado de inclusão padrão. 
Composição geral: goma ou resina dammar, gorduras, ácidos graxos, resinas naturais ou sintéticas, e pigmentos.
Composição: os principais componentes das ceras odontológicas são os derivados de ceras sintéticas e naturais. Estas podem ter sua origem animal, mineral ou vegetal. As ceras do tipo animal são representadas pelas ceras de abelha, já as ceras minerais são representadas pela parafina – apresentam excelente propriedade termoplástica; já as ceras do grupo dos vegetais encontramos a carnaúba ou candelila – são duras, quebradiças, insípidas e inodoras. São incorporadas para aumentar a dureza, rigidez e resistência. 
- Ceras sintéticas são quimicamente produzidas a partir das moléculas da cera natural; possui estrutura orgânica mais uniforme do que as ceras naturais e apresenta composição mais homogênea;
- Algumas formulações possuem agentes de carga para controlar a expansão e a contração da cera;
- Agentes corantes são adicionados para contraste dos padrões de cera em relação ao dente, troquel e superfícies do modelo ou para oferecer uma cor de marfim ou outras cores de dentes de dentes naturais para modelos de demonstração usados na orientação de pacientes sobre as opções de tratamento.
Origem das ceras:
Cera Mineral: derivada do petróleo (parafina ou ceresina) – intervalo de fusão (50°C a 70°C); sem odor; descama quando trabalhada a frio; não apresenta brilho ou lisura superficial; apresentam excelentes propriedades termoplásticas; geralmente acrescentadas a cera de abelha para diminuir sua plasticidade; 
Observação: ceras microcristalinas são produtos provenientes de cristais muito pequenos, são utilizadas para elevar a temperatura de fusão. 
Cera Vegetal (carnaúba) – intervalo de fusão (20°C a 46°C); odor agradável; apresenta elevada dureza; superfície brilhante; diminui o escoamento da cera à temperatura oral; aumenta a lisura superficial da cera; é uma das ceras mais duras e duráveis, é um dos principais componentes da cera para padrão de fundição; são incorporadas para aumentar a dureza, rigidez e resistência;
Cera Animal (abelha) – intervalo de fusão (de 63°C a 70°C); cera macia; frágil; retirada das glândulas laterais do abdômen da abelha; é utilizada para aumentar a fluidez e a maleabilidade à temperatura ambiente;
Goma ou Resina Dammar – resina natural dura (árvore: coníferas); superfície mais lisa e brilhante; é adicionada a cera animal para proporcionar maior dureza e adicionada a cera parafina para aumentar a lisura e diminuir a escamação.
- A maior parte das ceras odontológicas contém 40% a 60% de parafina em peso, que é derivada de frações do petróleo com alto ponto de fusão - a parafina utilizada nas ceras do tipo I tem um ponto de fusão mais alto do que a parafina utilizada nas ceras do tipo II; 
A cera de parafina pode descamar quando cortada e não produz uma superfície lisa e brilhante, o que é um requisito desejável em uma cera padrão. Assim, outras ceras e resinas naturais precisam ser adicionadas como agentes modificadores. 
A goma ou resina dammar é uma resina natural, é adicionada a cera de parafina para melhorar a lisura durante o modelamento e para torná-la mais resistente as rachaduras e a descamação. Ela também aumenta a tenacidade da cera e melhora a lisura e o brilho da superfície. 
A cera de carnaúba é encontrada como pó fino nas folhas de algumas palmeiras tropicais. Esta cera é muito dura, apresenta ponto de fusão relativamente alto e tem odor agradável. Ela é combinada com a parafina para reduzir o escoamento à temperatura bucal. A cera de carnaúba confere um brilho maior à superfície da cera do que a resina dammar. A cera de candelila pode ser adicionada para substituir parcial ou totalmente a cera de carnaúba, possui as mesmas qualidades gerais, mas o seu ponto de fusão é mais baixo e não é muito durável. 
Propriedades:
- Ponto de fusão – o intervalo de fusão da cera corresponde à média das temperaturas de fusão de todos os seus componentes. É a passagem do estado sólido ao líquido. Ele pode variar em função da diversidade dos seus componentes, geralmente entre 48°C e 90°C. 
- Expansão térmica – expandem quando a temperatura é aumentada e contraem quando a temperatura é diminuída.
- Propriedades mecânicas – elasticidade e resistência à compressão são baixos.
Propriedades desejáveis das ceras: 
- Deve apresentar padrão uniforme quando amolecida;
- Tem que apresentar uma cor contrastante com o material; 
- Apresentar resistência quando esculpida;
- Não apresentar descamação ou rugosidade superficial quando dobrada ou moldada após o amolecimento;
Propriedades térmicas:
- As ceras são macias e frágeis;
- Apresentam certa termoplasticidade – capacidade de amolecer na presença de calor;
- Na fase de endurecimento, as ceras não se solidificam imediatamente com a diminuição da temperatura, inicialmente passam por um estado de maleabilidade – é neste estado que os profissionais trabalham com a cera;
- As ceras apresentam alto coeficiente de expansão térmica – quando mais dura a cera, maior seu coeficiente de expansão; durante a passagem do estado solido ao liquido e, inversamente, ocorrem variações de volume, criando dilatações e contrações na cera; resfriamento uniforme da cera reduz as tensões;
- São péssimos condutores térmicos – devido a composição e sua estrutura, portanto é preciso o aquecimento de toda a sua massa uniformemente. Este aquecimento pode ser realizado por meio de um banho-maria, forno programado, ar quente ou chama. 
Escoamento: é a capacidade de fluir, de deformar-se. Ela é determinada por dois fatores, temperatura da cera durante a deformação e quantidade de força exercida sobre ela. A cera não apresenta rigidez e pode escoar quando submetida a forças ou tensões, mesmo à temperatura ambiente. Quanto maior a plasticidade de uma cera, maior seu escoamento. 
Tipos de cera: 
Cera utilidade:
- Grande deformação e escoamento a 37°C; Maleável de 21°C a 24 °C; Adesividade e pegajosidade; 
- Usos: adaptar moldeira, ortodontia (fixar grampos e fios, proteção do paciente), adaptar moldeira em palatos ogivais, etc.
 2. Cera pegajsa:
- Viscosa e pegajosa quando fundida; rápida e friável quando resfriada;
- Usos: unir e estabilizar materiais temporariamente; 
 3. Cera 7 :
- Parafina 75% e cera de abelha
- Usos: registro de mordida; placa base de uma dentadura, onde fixam os dentes em posição; 
4. Cera periférica:
- Usada para o selamento da borda da moldeira; 1) evita o deslocamento do alginato devido a excelente retenção que se cria; 2) alginato se forma mais compato;
5. Cera para padrão:
- Leve grau de pegajosidade, dureza e resistência; 
- Padrões para a estrutura metálicade prótese parcial removível e outras estruturas similares são fabricadas através dos padrões de cera;
6. Cera com padrão coronário:
- Reprodução precisa da estrutura perdida do dente; técnica direta ou indireta, sendo a indireta mais utilizada; não lascar ou esmar durante o corte;
Distorção: é o problema mais sério que pode ocorrer durante a construção e remoção do padrão de um dente ou troquel. A distorção pode ser resultante da inclusão de ar no padrão, deformação física, liberações de tensões aprisionadas durante o resfriamento, tempo de armazenamento excessivo ou alterações extremas da temperatura durante o armazenamento. 
Um padrão de cera recém construído tem a tendência de mudar sua forma e tamanho ao longo do tempo. Durante o resfriamento ele se contrai e, após atingir o equilíbrio térmico, alcança um estado de estabilidade dimensional. É importante que o padrão de cera seja mantido no troquel por algumas horas, para evitar distorções e garantir que as condições de equilíbrio tenham sido atingidas.
Redução da distorção: aquecimento uniforme e resfriamento correto. 
Indicações: próteses fixas, próteses removíveis, trabalhos em acrílico (próteses totais) e moldagens.

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