Evolução histórica de Acidentes de Trabalho

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ACIDENTE DO TRABALHO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAL - SINOPSE
HIPÓCRÁTES (SÉCULO IV A.C.):
PRIMEIRO REGISTRO HISTÓRICO DE PESQUISA DA AÇÃO MALÉFICA DO ELEMENTO CHUMBO SOBRE A SAÚDE HUMANA (O METAL ERA MUITO UTILIZADO NA CONFECÇÃO DE ARMAS E UTENSÍLIOS).
PLÍNIO "O VELHO" ERA CRISTÃ:
REGISTRO DE PESQUISAS DA AÇÃO DO ENXOFRE E DO ZINCO SOBRE A SAÚDE HUMANA E ORIENTAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE MÁSCARAS RESPIRATÓRIAS RUDIMENTARES.
ESTUDO DA PERDA AUDITIVA EM COMUNIDADE QUE VIVIA PRÓXIMO A GRANDE QUEDA D'ÁGUA.
GALENO (SÉCULO II D.C.):
ESTUDO DETALHADO DA PATOLOGIA DO ENVENENAMENTO PELO CHUMBO (ATUALMENTE: SATURNISMO).
PLATÃO "A REPÚBLICA":
EM SUA CÉLEBRE OBRA "A REPÚBLICA", PLATÃO POSICIONA O TRABALHO PRODUTIVO COMO "NÃO NOBRE" EM RELAÇÃO AO INTELECTUAL E, COM ISSO, GERA O CONCEITO DE QUE NÃO SE JUSTIFICAVA O INVESTIMENTO NO AUMENTO DA SEGURANÇA EM RELAÇÃO A ESSES TIPOS DE TRABALHO.
SÉCULO XV AO XVI:
DESENVOLVIMENTO DA NAVEGAÇÃO COM ALTOS INVESTIMENTOS NA FORMAÇÃO DE MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA QUE ERA PERDIDA EM GRANDE QUANTIDADE EM ACIDENTES NO DESENVOLVIMENTO DE SEUS TRABALHOS.
SURGIMENTO DO CAPITALISMO MERCANTIL CUJO FOMENTO SE DEU ATRAVÉS DAS VIAGENS MARÍTIMAS
A SEGURANÇA NO TRABALHO COMEÇA A MERECER MAIOR ATENÇÃO.
INÍCIO DO SÉCULO DEZOITO:
BERNARDINO RAMAZZINI, MÉDICO ITALIANO CONSIDERADO O "PAI DA MEDICINA DO TRABALHO", DESENVOLVE ESTUDOS ENTRE OS ARTESÃOS QUE IDENTIFICAM 53 DOENÇAS PROFISSIONAIS CAUSADAS PRINCIPALMENTE PELOS SEGUINTES ELEMENTOS: MERCÚRIO, CHUMBO, SILÍCIO E TABACO).
FINAL DO SÉCULO DEZOITO:
WATT INVENTA A MÁQUINA A VAPOR INTRODUZINDO UMA NOVA TECNOLOGIA QUE TRAZIA UMA SÉRIE DE RISCOS DE ACIDENTES DO TRABALHO DESCONHECIDOS.
ADAM SMITH, EM SUA OBRA "A RIQUEZA DAS NAÇÕES", PROPÕE UMA SÉRIE DE ALTERAÇÕES NA METODOLOGIA DA EXECUÇÃO DOS TRABALHOS O QUE ACABOU POR RESULTAR NA GERAÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES AOS TRABALHADORES NÃO HABITUADOS E NÃO TREINADOS. 
INICIA-SE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL COM TECNOLOGIAS E METODOLOGIAS DE TRABALHO TOTALMENTE INOVADORAS MAS QUE UTILIZAVA-SE DE MÃO DE OBRA DESPREPARADA E SEM A ORIENTAÇÃO ADEQUADA. O BAIXO CUSTO QUE APRESENTAVA, NÃO MOTIVAVA INVESTIMENTOS NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES.
INÍCIO DO SÉCULO DEZENOVE (1802): 
O PARLAMENTO INGLÊS, A INGLATERRA FOI O BERÇO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, APROVA A "LEI DA SAÚDE MORAL DOS APRENDIZES" COM OS SEGUINTES PONTOS PRINCIPAIS:
LIMITAÇÃO DA JORNADA DIÁRIA DE TRABALHO EM 12 HORAS.
PROIBIÇÃO DO TRABALHO NOTURNO PARA MENORES.
ESTABELECIMENTO DE CONDIÇÕES MÍNIMAS DE CONFORTO EM TERMOS DE VENTILAÇÃO E HIGIENE NOS LOCAIS DE TRABALHO.
INÍCIO DO SÉCULO DEZENOVE (1812): 
O MOVIMENTO OPERÁRIO SE REVOLTA COM AS CONDIÇÕES DE TRABALHO EXPRESSANDO SUA INSATISFAÇÃO COM A DESTRUIÇÃO DAS MÁQUINAS O QUE RESULTA NA APROVAÇÃO DA PENA DE MORTE PARA OS CHAMADOS "LÚDITAS" (AQUELES QUE DESTRUÍAM AS MÁQUINAS).
MEADOS DO SÉCULO DEZENOVE (1833):
O PARLAMENTO INGLÊS APROVA A LEI DENOMINADA "FACTORY ACT" CUJOS PRINCIPAIS ITENS SÃO OS SEGUINTES:
LIMITAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO EM 69 HORAS SEMANAIS PARA MENORES.
MENORES DE 13 ANOS SOMENTE PODERIAM TRABALHAR SE CONCOMITANTEMENTE FREQÜENTASSEM A ESCOLA.
A IDADE MÍNIMA PARA O TRABALHO PASSAVA A SER DE 9 ANOS.
MEADOS DO SÉCULO DEZENOVE (1838):
O ÊXODO RURAL EM GRANDE CRESCIMENTO AGRAVA AS CONDIÇÕES DE VIDA NO TRABALHO EM FUNÇÃO DA ABUNDANTE OFERTA DE MÃO DE OBRA PARA AS INDÚSTRIAS; A INSATISFAÇÃO É GERAL O QUE COLOCAVA EM RISCO A ESTABILIDADE DO SISTEMA VIGENTE.
SURGE A "TEORIA JURÍDICA DA CULPA" QUE IMPUTAVA AO ACIDENTADO A RESPONSABILIDADE PELA OCORRÊNCIA DO ACIDENTE, SALVO PROVA EM CONTRÁRIO ESTABELECIDA POR ELE, OU SEJA, ERA DO ACIDENTADO O ÔNUS DA PROVA E CASO A MESMA SE ESTABELECESSE EM SEU FAVOR, O EMPRESÁRIO O INDENIZARIA O QUE ERA EXTREMAMENTE IMPROVÁVEL.
É DESSA CONCEPÇÃO, ONDE O ATO ILÍCITO DO TRABALHADOR ERA O CAUSADOR DO ACIDENTE DE TRABALHO, QUE SE ORIGINA A VISÃO MANIQUEÍSTA DO ATO INSEGURO x CONDIÇÃO INSEGURA.
MEADOS DO SÉCULO DEZENOVE (1867):
SURGEM NA INGLATERRA AS PRIMEIRAS LEIS OBRIGANDO OS DONOS DE EMPRESAS A PROVIDENCIAREM PROTEÇÕES NAS MÁQUINAS.
SURGE A PROIBIÇÃO DAS REFEIÇÕES DOS TRABALHADORES SEREM FEITAS NOS PRÓPRIOS LOCAIS DE TRABALHO, HAVENDO A NECESSIDADE DA CRIAÇÃO DE REFEITÓRIOS COM CONDIÇÕES DE HIGIENE ADEQUADAS.
FINAL DO SÉCULO DEZENOVE (1884):
ELABORA-SE A TEORIA DO RISCO PROFISSIONAL POR PRESSÃO DOS ÓRGÃOS DE REPRESENTAÇÃO OPERÁRIA QUE SE CONTRAPÕE À TEORIA DA CULPA, COM OS SEGUINTES PRINCÍPIOS BÁSICOS:
O ACIDENTE É CONSEQÜÊNCIA DO TRABALHO QUE ESTÁ DIRETAMENTE LIGADO AO LUCRO DO EMPRESÁRIO. PORTANTO, A RESPONSABILIDADE DO ACIDENTE SOB O PONTO DE VISTA DE RESSARCIMENTOS CABE AO EMPRESÁRIO QUE ATRAVÉS DE INDENIZAÇÕES FARÁ FRENTE À ELES. ESSA OBRIGATORIEDADE É OBJETIVA, OU SEJA, INDEPENDENTEMENTE DE PROVA JURÍDICA DE CULPA.
O EMPRESARIADO REPASSA O CUSTO DAS INDENIZAÇÕES À COMPANHIAS SEGURADORAS E OS PRÊMIOS PAGOS SÃO ABSORVIDOS PELOS PREÇOS FINAIS DE SEUS PRODUTOS.
FINAL DO SÉCULO DEZENOVE (1897):
SURGE NA INGLATERRA O EMBRIÃO DA VISÃO PREVENCIONISTA COM A RECOMENDAÇÃO DE ESTUDOS E INSPEÇÕES MÉDICAS NOS LOCAIS DE TRABALHO VISANDO À SUA MELHORIA.
SÉCULO XX:
A INSATISFAÇÃO OPERÁRIA MANIFESTADA ATRAVÉS DAS LUTAS EMERGENTES E DEVIDO À GRANDE PARTE DE EXCLUÍDOS DO SISTEMA DE SEGUROS VIGENTE E, PRINCIPALMENTE, A INSATISFAÇÃO PATRONAL DEVIDO AOS ALTOS CUSTOS DOS SEGUROS E A EXIGÊNCIA DAS COMPANHIAS SEGURADORAS DE QUE HOUVESSE INVESTIMENTOS, LEVOU AO SURGIMENTO DA TEORIA DO RISCO SOCIAL.
TEORIA DO RISCO SOCIAL (SÉCULO XX): 
OS BENS E SERVIÇOS ERAM PRODUZIDOS PARA A SOCIEDADE E, PORTANTO, A ELA BENEFICIAVAM. NADA MAIS JUSTO DO QUE A SOCIEDADE ARCAR COM O ÔNUS DAS INDENIZAÇÕES DECORRENTES DE ACIDENTES DO TRABALHO.
ESTADO NOVO (1930 a 1945):
PRESENÇA FORTE DO ESTADO TUTELANDO TODAS AS RELAÇÕES TRABALHISTAS.
COMO DECORRÊNCIA, HOUVE A CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EM NOVEMBRO DE 1930 PARA REGULAR ASSUNTOS COMO: JORNADA DE TRABALHO, DIREITOS E DEVERES DOS PROFISSIONAIS, RELAÇÕES SINDICAIS, LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, POLÍTICA OPERÁRIA, ETC.
1943 (1 DE MAIO):
SURGE A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO - CLT. EXTREMAMENTE PATERNALISTA E BASEADA NO MODELO DE RELAÇÕES TRABALHISTAS DA ITÁLIA, SIGNIFICOU UM DURO GOLPE NA ORGANIZAÇÃO E INDEPENDÊNCIA DOS SINDICATOS EMERGENTES E NÃO CONSIDERAVA EM SUA PRIMEIRA VERSÃO ASPECTOS RELATIVOS À SEGURANÇA NOS AMBIENTES DE TRABALHO.
COM EXTREMA HABILIDADE, O PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS CONSEGUIU APROVAR UMA LEI QUE, PATERNALISTA, AGRADAVA A UMA BOA PARCELA DOS TRABALHADORES E, AO MESMO TEMPO, SERVIA AOS INTERESSES DA CLASSE DOMINANTE NA MEDIDA EM QUE REGULAVA COMPLETAMENTE A RELAÇÃO CAPITAL x TRABALHO.
FASE DA INDUSTRIALIZAÇÃO (1945 a 1964):
CAI O ESTADO NOVO DE GETÚLIO VARGAS E COM ISSO INSTALA-SE UM PERÍODO DE MAIOR LIBERDADE SINDICAL ONDE OS TRABALHADORES PROCURAM SE REORGANIZAR PARA DEFENDER SEUS INTERESSES.
RETROCESSO (1947): HÁ UMA REVIRAVOLTA QUE CULMINA NA INTERFERÊNCIA NOS SINDICATOS E NA DECRETAÇÃO DA ILEGALIDADE DO PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO O QUE DESORGANIZA NOVAMENTE A CLASSE OPERÁRIA.
O SEGUNDO PERÍODO DE VARGAS DETERMINA REGRAS QUE LIMITAM OS SINDICATOS A SIMPLES ÓRGÃOS ASSISTENCIAIS E COM PREOCUPAÇÕES DE CONQUISTAS NESSA ÁREA, A SOCIAL, E NO MÁXIMO NA ECONÔMICA O QUE CULMINA COM A DUPLICAÇÃO DO VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO EM 1954.
SEGUE-SE UM PERÍODO DE IMPORTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS, TECNOLOGIAS E TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS MAIS AVANÇADOS PARA O QUAL A CLASSE TRABALHADORA NÃO HAVIA SIDO PREPARADA.
INICIA-SE O PERÍODO DO GOVERNO DE J.K. E, COM ISSO, HÁ UMA GRANDE ACELERAÇÃO DO RITMO DO PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO COM A IMPLANTAÇÃO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA E O SURGIMENTO DE SETORES ECONÔMICOS BEM DEFINIDOS NO PAÍS. DECORRENTE DESSE FATO, EMERGE UMA NOVA CLASSE DE TRABALHADORES MAIS QUALIFICADA E CRÍTICA QUE SE DISTINGUE DOS TRABALHADORES DE OUTROS SETORES. ORIGINA-SE AÍ UM OPERARIADO HETEROGÊNEO QUE AGREGA ACLASSE MÉDIA DA ÉPOCA.
DITADURA MILITAR (1964 a 1985):
ELIMINA-SE A LIVRE ORGANIZAÇÃO SINDICAL OPERÁRIA E INSTALA-SE NO PAÍS UM MODELO ECONÔMICO DE ARROCHO SALARIAL, LEVANDO OS SINDICATOS NOVAMENTE TUTELADOS A LUTAR E, DE FORMA BRANDA, APENAS POR CONQUISTAS ECONÔMICAS.
ATRAVÉS DA LEI DE SEGURANÇA NACIONAL HÁ A REPRESSÃO SINDICAL E CRIA-SE A LEI DE GREVE QUE, NA PRÁTICA, INVIABILIZA ESSA JUSTA ARMA DO OPERARIADO.
DECRETA-SE A QUEDA DA ESTABILIDADE E CRIA-SE O FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO -FGTS O QUE REFORÇA A PREOCUPAÇÃO EXCLUSIVA DOS SINDICATOS COM OS TEMAS ECONÔMICOS.
O PAÍS APRESENTA UM NÚMERO ASSUSTADOR DE ACIDENTES DO TRABALHO E DE MORTES DELES DECORRENTES E É CONSIDERADO O "CAMPEÃO MUNDIAL DE ACIDENTES DE TRABALHO".
A MEDICINA DO TRABALHO COMEÇA A EMERGIR NAS INDÚSTRIAS MAS VISANDO UNICAMENTE A PRODUTIVIDADE QUE ERA COMPROMETIDA COM O ABSENTEÍSMO.
A 1980: ECLODEM AS GREVES NO SETOR METALÚRGICO. CRIAM-SE O PARTIDO DOS TRABALHADORES - PT E O DIESAT - DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTUDOS E PESQUISAS DE SAÚDE E DOS AMBIENTES DE TRABALHO QUE CONFRONTAM A LEI DE SEGURANÇA NACIONAL.
REGISTRAM-SE AS PRIMEIRAS REIVINDICAÇÕES DOS TRABALHADORES RELACIONADAS COM AS CONDIÇÕES DE TRABALHO.
SURGEM AS NORMAS REGULAMENTADORAS EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO.
ACONTECE A PRIMEIRA GREVE POR MOTIVOS DE SAÚDE NO TRABALHO EM UMA INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE BATERIAS ONDE FORAM IDENTIFICADOS TRABALHADORES COM SATURNISMO.
A TRANSIÇÃO CONSERVADORA (1985 a 1988): 
INSTALA-SE NO BRASIL UMA MAIOR LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO E ATUAÇÃO SINDICAL NÃO SEM RETROCESSOS COMO A INTERVENÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS NA GREVE DOS FERROVIÁRIOS DO RIO DE JANEIRO (1986) E NA GREVE DOS METALÚRGICOS DE VOLTA REDONDA (1988) QUE TEVE O TRISTE SALDO DE 3 OPERÁRIOS MORTOS.
ACONTECE A PRIMEIRA CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE DOS TRABALHADORES COM A PARTICIPAÇÃO DE REPRESENTANTES DOS MESMOS, DO EMPRESARIADO E DO ESTADO.
PROMULGA-SE A NOVA CONSTITUIÇÃO COM AVANÇOS NAS QUESTÕES TRABALHISTAS, TAIS COMO: 44 HORAS DE JORNADA DE TRABALHO SEMANAL, LICENÇA PATERNIDADE DE 5 DIAS, LICENÇA MATERNIDADE DE 4 MESES, VÍNCULOS MENORES ENTRE OS SINDICATOS E O ESTADO, TRABALHO EM TURNOS COM JORNADAS DE 6 HORAS, ETC.
PORTARIA 3214 de 8 DE JUNHO DE 1978: 
A PORTARIA APROVA AS NORMAS REGULAMENTADORAS - NR - DO CAPÍTULO V, TÍTULO II, DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO, RELATIVAS À SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO COM AS SEGUINTES NRs:
NR-1: DISPOSIÇÕES GERAIS;
NR-2: INSPEÇÃO PRÉVIA;
NR-3: EMBARGO E INTERDIÇÃO;
NR-4: SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO - SESMT;
NR-5: COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO - CIPA;
NR-6: EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPIs;
NR-7: EXAMES MÉDICOS;
NR-8: EDIFICAÇÕES;
NR-9: RISCOS AMBIENTAIS;
NR-10: INSTALAÇÕES E SERVIÇOS DE ELETRICIDADE;
NR-11: TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS;
NR-12: MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS;
NR-13: VASOS SOB PRESSÃO;
NR-14: FORNOS;
NR-15: ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES;
NR-16: ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS;
NR-17: ERGONOMIA;
NR-18: OBRAS DE CONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO E REPAROS;
NR-19: EXPLOSIVOS;
NR-20: COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E INFLAMÁVEIS;
NR-21: TRABALHOS A CÉU ABERTO;
NR-22: TRABALHOS SUBTERRÂNEOS;
NR-23: PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS;
NR-24: CONDIÇÕES SANITÁRIAS DOS LOCAIS DE TRABALHO;
NR-25: RESÍDUOS INDUSTRIAIS;
NR-26: SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA;
NR-27: REGISTRO DE PROFISSIONAIS;
NR-28: FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES;
NR-29: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO;
NR-30: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO;
NR-31: SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS (EM CONSULTA PÚBICA);
NR-32: NORMA REGULAMENTADORA SOBRE SEGURANÇA HOSPITALAR (EM CONSULTA PÚBLICA).
ESQUEMA BRASILEIRO DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO: 
SINDICATOS TRABALHISTAS: POUCAS CONTRIBUIÇÕES, PRIORIZAÇÃO DOS ASPECTOS ECONÔMICOS, VALORIZAÇÃO EXCESSIVA DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE.
SINDICATOS PATRONAIS: CRIAÇÃO DA FUNDACENTRO - FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO E DA ABPA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA A PREVENÇÃO DE ACIDENTES.
ÓRGÃOS NORMATIVOS: OS PODERES LEGISLATIVO E EXECUTIVO ASSUMEM POSTURA POLÍTICA CONSERVADORA.
ÓRGÃOS FISCALIZADORES: AS DELEGACIAS REGIONAIS DO TRABALHO SOFREM PRESSÕES PATRONAIS; NÃO POSSUEM RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS SUFICIENTES E , PORTANTO, NÃO CONSEGUEM FISCALIZAR O CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO; ATUAM APENAS COMO ÓRGÃO CONSCIENTIZADOR.
ÓRGÃOS DO JUDICIÁRIO: JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO, TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO E TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ESTABELECEM O MONOPÓLIO DO ESTADO NA TRATATIVA DAS QUESTÕES TRABALHISTAS QUE ENFOCAM PRINCIPALMENTE OS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE.
ÓRGÃOS ASSISTENCIAIS: SINPAS - SISTEMA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL, INPS - INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (AUXÍLIO PECUNIÁRIO) , INAMPS (ATENDIMENTOS MÉDICOS) E DATAPREV (PROCESSAMENTO DE DADOS).
PRIVILEGIA-SE, COM ISSO, AS AÇÕES CORRETIVAS SOBRE AS PREVENTIVAS.
ÓRGÃOS EDUCACIONAIS: FUNDACENTRO, SESI - SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA, SENAI - SERVIÇO SOCIAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL.
NOVA VISÃO DA QUESTÃO ACIDENTÁRIA: 
GANHAM FORÇA AS QUESTÕES RELATIVAS AOS ASPECTOS DE SALUBRIDADE (LESÃO MEDIATA) E PERICULOSIDADE (LESÃO IMEDIATA) DOS AMBIENTES DE TRABALHO.
PERMANECE A VISÃO EMBASADA NA CULPABILIDADE QUE CONDUZ A ANÁLISES DE ACIDENTES SOB O PRISMA DA CONDIÇÃO INSEGURA x ATO INSEGURO (PROCURA DE CULPADOS).
LEVANTAM-SE TEORIAS DE PREDISPOSIÇÃO DO TRABALHADOR AO ACIDENTE: POLIACIDENTADOS x PAUCIACIDENTADOS (ASPECTOS PESSOAIS) E DA ACIDENTABILIDADE: INADAPTAÇÃO DO TRABALHADOR AO PONTO DE TRABALHO.
A QUESTÃO EVOLUI PARA A PLURICAUSALIDADE: OS ACIDENTES SÃO CAUSADOS POR EFEITOS CONJUGADOS DE FATORES TÉCNICOS E HUMANOS (FATORES AMBIENTAIS E FATORES HUMANOS).
A GERÊNCIA DE RISCOS: 
A PLURICAUSALIDADE DOS ACIDENTES EXIGE TÉCNICAS DE ANÁLISES PROPOSTAS PELA GERÊNCIA DE RISCOS:
ANÁLISE DO PROCESSO DE TRABALHO;
ANÁLISE DE INCIDENTES;
VERIFICAÇÃO DA COMBINAÇÃO DE EVENTOS;
ANÁLISE DAS QUESTÕES TÉCNICAS / AMBIENTAIS;
ANÁLISE DOS FATORES HUMANOS.
INICIA-SE A FASE DA PRIORIZAÇÃO DA PREVENÇÃO SOBRE A CORREÇÃO O QUE CONDUZ A ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO A PARTICIPAR DOS PROJETOS DESDE SUA CONCEPÇÃO.
ACIDENTES DO TRABALHO: CONCEITOS LEGAL E PREVENCIONISTA: 
CONCEITO LEGAL: ACIDENTE DO TRABALHO É AQUELE QUE OCORRE PELO EXERCÍCIO DO TRABALHO, A SERVIÇO DA EMPRESA OU NO TRAJETO DE IDA E VOLTA AO / DO LOCAL DE TRABALHO, PROVOCANDO LESÃO CORPORAL, PERTURBAÇÃO FUNCIONAL OU DOENÇA, QUE CAUSE A MORTE, PERDA, REDUÇÃO PERMANENTE OU TEMPORÁRIA DA CAPACIDADE FÍSICA PARA O TRABALHO.
CONCEITO PREVENCIONISTA: ACIDENTE DO TRABALHO (OU SIMPLESMENTE, ACIDENTE) É A OCORRÊNCIA IMPREVISTA E INDESEJÁVEL, INSTANTÂNEA OU NÃO, RELACIONADA COM O EXERCÍCIO DO TRABALHO, QUE PROVOCA LESÃO PESSOAL OU DE QUE DECORRE RISCO PRÓXIMO OU REMOTO DESSA LESÃO (NR-18 / ABNT).
PERDAS CONSIDERADAS: 
A OCORRÊNCIA DO ACIDENTE DE TRABALHO PASSOU A SER ENCARADA COMO UMA PERDA SOCIAL, EMPRESARIAL E FAMILIAR, ALÉM DO ÓBVIO TRANSTORNO PARA O PRÓPRIO ACIDENTADO.
PREVENÇÃO:
COMPATIBILIDADE DE SERVIÇOS EXECUTADOS COM A EXPERIÊNCIA EXIGIDA;
ORIENTAÇÃO, TREINAMENTO E ACOMPANHAMENTO EFICAZES;
PLANEJAMENTO DOS TRABALHOS A SEREM REALIZADOS;
ORDEM, LIMPEZA E ARRUMAÇÃO NOS AMBIENTES DE TRABALHO;
PRIORIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E ALTERAÇÃO DE METODOLOGIAS DE TRABALHO;
FERRAMENTAS E MÁQUINAS ADEQUADAS;
PROCEDIMENTOS DE TRABALHOS CONTEMPLANDO ASPECTOS DE SEGURANÇA;
ELIMINAÇÃO DA IMPROVISAÇÃO;
UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPIs;
ESTABELECIMENTO DE NORMAS DE SEGURANÇA CLARAS QUE SEJAM EFETIVAMENTE APLICADAS;
ESTABELECIMENTO DE UM PROGRAMA DE SEGURANÇA ADEQUADO ÀS NECESSIDADES DA ORGANIZAÇÃO;
VISÃO MULTIDISCIPLINAR DA QUESTÃO DO ACIDENTEDO TRABALHO.
DIFICULDADES: 
QUERER FAZER;
VISÃO IMEDIATISTA;
CULTURA DE "APAGAR INCÊNDIOS";
INVESTIMENTO x RETORNO (AGREGA VALOR?);
APOIO DO ALTO NÍVEL DE COMANDO;
COOPERAÇÃO x COMPROMETIMENTO;
DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADES;
DECISÕES DEMORADAS;
AUSÊNCIA DE TREINAMENTO;
AUSÊNCIA DE POLÍTICA / PROGRAMA DE SEGURANÇA;
VISÃO DA SEGURANÇA COMO UM DEPARTAMENTO E NÃO COMO UMA FUNÇÃO DE TODOS NA ORGANIZAÇÃO.
O FUTURO:
QUALIDADE DO PRODUTO (ISO 9000) + RESPEITO AO MEIO AMBIENTE (ISO 14000) + BOAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES (ISO 18000) = QUALIDADE TOTAL (VIDE ARTIGO A SEGUIR). 
NA SEQÜÊNCIA DO PRESENTE TRABALHO IREMOS ABORDAR AS ISOs 14000 E 18000 COM MAIS DETALHES.
REFLEXÕES: 
NÃO HÁ TRABALHO TÃO IMPORTANTE OU URGENTE QUE NÃO POSSA SER FEITO COM SEGURANÇA;
SEGURANÇA NÃO É MODISMO MAS NECESSIDADE;
SEGURANÇA DEVE MANIFESTAR-SE NO PLANEJAMENTO, AÇÃO E GERENCIAMENTO DOS TRABALHOS.
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NOVA ABORDAGEM DAS ORGANIZAÇÕES NAS QUESTÕES DE QUALIDADE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE - (ARTIGO DE AUTORIA DO ENG. MIRANDA PUBLICADO NO JORNAL DE LIMEIRA E NA REVISTA PROTEÇÃO)
INTRODUÇÃO
O CENÁRIO ECONÔMICO MUNDIAL VEM SE ALICERÇANDO SOBRE PREMISSAS QUE PRIVILEGIAM A FORMAÇÃO DE BLOCOS DE PAÍSES COM MERCADO COMUM, O QUE POR SI COLOCA SUAS INDÚSTRIAS E ORGANIZAÇÕES EM UM NOVO AMBIENTE DE COMPETIÇÃO.
PARTICULARMENTE AS EMPRESAS INSTALADAS EM PAÍSES EM PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO, COMO O BRASIL, ATÉ HÁ POUCO TEMPO NÃO SE INSERIAM NA ACIRRADA BUSCA DE MELHOR DESENVOLVER SEUS PRODUTOS DE FORMA A QUE FOSSEM ACEITOS PELO MERCADO CONSUMIDOR, COM SEUS NOVOS COMPORTAMENTOS E EXIGÊNCIAS E TÃO AMPLO QUANTO A PRÓPRIA DIMENSÃO DE TODOS OS PAÍSES DO PLANETA.
O PROTECIONISMO IMPOSTO PELOS GOVERNOS BRASILEIROS ATÉ RECENTEMENTE MANTINHA O MERCADO INTERNO COMPULSORIAMENTE CATIVO ÀS EMPRESAS NACIONAIS, O QUE EM MEIO A VÁRIAS DESVANTAGENS, TROUXE O ASPECTO POSITIVO DE POSSIBILITAR O ESTABELECIMENTO DE UM RESPEITÁVEL PARQUE INDUSTRIAL NO BRASIL. NÃO OBSTANTE, AO MESMO TEMPO NÃO FOMENTOU A PREOCUPAÇÃO COM A QUALIDADE DOS PRODUTOS MANUFATURADOS, ITEM FUNDAMENTAL DAQUELES QUE DESEJAM SE INSERIR COM SUCESSO NO MERCADO MUNDIAL.
EM CURTÍSSIMO PRAZO, TUDO MUDOU. AS EMPRESAS BRASILEIRAS BUSCAM AGORA RECUPERAR O TEMPO PERDIDO ATRAVÉS DO DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS QUE VISAM À OBTENÇÃO E MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS QUE FABRICAM A FIM DE ATENDER A REQUISITOS MERCADOLÓGICOS.
NO ENTANTO, NÃO SE TRATA APENAS DE BUSCAR A QUALIDADE DO PRODUTO. A ABRANGÊNCIA DAS TRANSFORMAÇÕES QUE ORA VIVENCIAMOS É MAIS PROFUNDA E ENGLOBA TAMBÉM A QUALIDADE DE VIDA DAS COMUNIDADES NAS QUAIS AS EMPRESAS SE INSEREM.
SOBRE ISSO, IREMOS TECER ALGUMAS CONSIDERAÇÕES QUE NÃO TÊM OUTRA PRETENSÃO SENÃO A DE REFORÇAR A NECESSIDADE DE ABORDARMOS A QUESTÃO DA QUALIDADE DE MANEIRA AMPLA E NÃO SEGMENTADA COMO AINDA VEMOS EM ALGUNS CASOS.
A QUALIDADE DO PRODUTO
AMBIENTES ONDE A CONCORRÊNCIA INEXISTE, OU EM QUE PROSPERA O "ACORDO DE CAVALHEIROS" QUE VISA À DIVISÃO PRÉ-DETERMINADA DO MERCADO, ONDE A BUSCA DA CONSTANTE MELHORIA TECNOLÓGICA E A EXCELÊNCIA NA QUALIDADE DOS PRODUTOS É DESNECESSÁRIA FORAM OS MODELOS VIGENTES NO BRASIL ATÉ O INÍCIO DA DÉCADA DE 90.
O CENÁRIO MUDOU A PARTIR DA GRADUAL ABERTURA DO MERCADO BRASILEIRO AOS PRODUTOS IMPORTADOS COM A DIMINUIÇÃO DE ALÍQUOTAS DE IMPORTAÇÃO E NO MOMENTO EM QUE O PAÍS ASSUMIU QUE SUA INSERÇÃO NO MERCADO MUNDIAL É O ÚNICO CAMINHO QUE PODERÁ GARANTIR SUA PROSPERIDADE.
A PARTIR DESSE MOMENTO SE CONFIGUROU O GRANDE DESAFIO: COMO COMPETIR COM PRODUTOS DE QUALIDADE SUPERIOR E GARANTIDA?
INICIOU-SE A BUSCA DO APERFEIÇOAMENTO CONTÍNUO ATRAVÉS DE METODOLOGIAS CONSAGRADAS EM OUTROS PAÍSES ADAPTADAS À REALIDADE DAS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS.
NESTE MOMENTO, EMPRESAS E TRABALHADORES BRASILEIROS MOSTRARAM E CONTINUAM A MOSTRAR SUA ENORME CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO AO PERCORREREM OS CAMINHOS ATÉ ENTÃO DESCONHECIDOS DOS MÉTODOS QUE AUXILIAM NA ADMINISTRAÇÃO DAS EMPRESAS E SEUS PROCESSOS DE FORMA A ASSEGURAR E MANTER BONS NÍVEIS DE QUALIDADE QUE VENHAM A SER CERTIFICADOS POR ORGANISMOS INTERNACIONAIS. MUITO RESUMIDAMENTE É NISSO QUE CONSISTE O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO PROPOSTO PELAS NORMAS SÉRIE ISO 9000.
ESSA VERDADEIRA REVOLUÇÃO ORGANIZACIONAL VEM SE MATERIALIZANDO EM PRAZOS QUE PODEM SER CONSIDERADOS RECORDES QUANDO COMPARADOS À EVOLUÇÃO DO PROCESSO EM PAÍSES MAIS DESENVOLVIDOS E EM OUTROS DE MESMO ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO EM QUE O BRASIL SE ENCONTRA. PROVA DISSO É QUE O NÚMERO DE EMPRESAS BRASILEIRAS JÁ CERTIFICADAS PELO PROCESSO DA SÉRIE ISO 9000 SUPERA EM MUITO A SOMATÓRIA DAS EMPRESAS DO RESTO DA AMÉRICA LATINA QUE JÁ OBTIVERAM A CERTIFICAÇÃO. ISSO DEMONSTRA A AGILIDADE E COMPETÊNCIA DE NOSSA GENTE.
GRANDES INVESTIMENTOS TÊM SIDO DIRECIONADOS À QUALIDADE POR ORGANIZAÇÕES DE GRANDE PORTE, TREINAMENTOS SÃO DESENVOLVIDOS TOTALIZANDO MILHÕES DE HORAS-HOMEM, EMPRESAS MENORES ESTÃO SE COTIZANDO A FIM DE BUSCAREM ATINGIR OS RESULTADOS DESEJADOS COM CUSTOS COMPATÍVEIS, ORGANIZAÇÕES DE APOIO COMO O SEBRAE - SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - E O QSP - CENTRO BRASILEIRO DA QUALIDADE, SEGURANÇA E PRODUTIVIDADE - VIABILIZAM A FORMAÇÃO DE GRUPOS NESSE SENTIDO. ENFIM É A REVOLUÇÃO DA QUALIDADE PERMEANDO A SOCIEDADE BRASILEIRA.
SEM DÚVIDA OS OBJETIVOS SERÃO ATINGIDOS E A MATERIALIZAÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES QUE O MERCADO VEM SOFRENDO JÁ PODEM SER SENTIDAS. HAJA VISTO O SALTO TECNOLÓGICO E DE QUALIDADE QUE, POR EXEMPLO, A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA APRESENTOU EM CURTO ESPAÇO DE TEMPO QUANDO EXPOSTA À SADIA COMPETIÇÃO DE MERCADO.
TUDO ISSO VEM EM MOMENTO EXTREMAMENTE OPORTUNO E PROMISSOR. EM SEU LIVRO MAIS RECENTE "O BRASIL QUE DÁ CERTO", O PROFESSOR DA USP E RESPONSÁVEL PELA EDIÇÃO ANUAL DE "MELHORES E MAIORES" DA REVISTA "EXAME", STEPHEN KANITZ ANUNCIA O FIM DA RECESSÃO E O INÍCIO DE UM PERÍODO ACELERADO DE CRESCIMENTO NA ECONOMIA QUE DEVERÁ SE ESTENDER ATÉ O ANO 2005. ARREGAÇAR AS MANGAS E NÃO PERDER A OPORTUNIDADE SÃO, PORTANTO, AS PALAVRAS DE ORDEM.
DENTRO DE TODO ESSE PROCESSO HÁ UM AGENTE DE MUDANÇA PRIMORDIAL SOBRE O QUAL ESTÃO EMBASADOS TODOS OS SUCESSOS JÁ ATINGIDOS E OS QUE ESTÃO POR VIR: O HOMEM. É ATRAVÉS DELE E A PARTIR DE SEU COMPROMETIMENTO COM AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS QUE AS ORGANIZAÇÕES CHEGARÃO ÀS CONQUISTAS QUE DESEJAM.
AQUELAS QUE ANTECIPADAMENTE ENXERGARAM ESSA IRREFUTÁVEL VERDADE PARTIRAM NA FRENTE BUSCANDO COLABORADORES CADA VEZ MAIS CAPAZES E SINCERAMENTE COMPROMISSADOS COM O NEGÓCIO DAS EMPRESAS EM QUE DESENVOLVEM SUAS ATIVIDADES.
NÃO EXISTE OUTRO CAMINHO. O SUCESSO EMPRESARIAL É DIRETAMENTE PROPORCIONAL À SOMATÓRIA DA CAPACIDADE DAS EQUIPES QUE COMPÕEM A ORGANIZAÇÃO.
A QUALIDADE E A SEGURANÇA NO TRABALHO
É O HOMEM QUE PRODUZ A QUALIDADE QUE NOSSOS PRODUTOS DEVEM POSSUIR PARA ALCANÇAREM O SUCESSO NO MERCADO ATUAL.
DE NADA ADIANTAM INVESTIMENTOS MACIÇOS, NOVAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS, TECNOLOGIAS DE PONTA, MÉTODOS ADMINISTRATIVOS REVOLUCIONÁRIOS, SE O FUNCIONÁRIO NÃO ESTIVER SINCERAMENTE COMPROMETIDO COM O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO PELO QUAL PASSAMOS.
NESSE SENTIDO, A QUESTÃO DA SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO GANHA DIMENSÃO MUITO MAIS ABRANGENTE DO QUE A HUMANITÁRIA, A ECONÔMICA E A DA IMAGEM DA ORGANIZAÇÃO PARA ASSOCIAR-SE TAMBÉM À POSSIBILIDADE DE SE ATINGIR A QUALIDADE DO PRODUTO E O SUCESSO DA EMPRESA.
É MUITO IMPROVÁVEL QUE UMA ORGANIZAÇÃO ALCANCE A EXCELÊNCIA DE SEUS PRODUTOS NEGLIGENCIANDO A QUALIDADE DE VIDA DAQUELES QUE OS PRODUZEM: SEUS COLABORADORES.
A PARTIR DAÍ, A SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO, QUE SE OCUPA DA BUSCA CONSTANTE DE CONDIÇÕES ADEQUADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONÁRIOS, ALCANÇA UM NOVO PATAMAR. A MANUTENÇÃO DE AMBIENTES DE TRABALHO HÍGIDOS, ONDE AS PESSOAS DESENVOLVAM SUAS TAREFAS PROTEGIDAS DE AGENTES CAUSADORES DAS CHAMADAS DOENÇAS DO TRABALHO OU OCUPACIONAIS, OU DAQUELES QUE PODEM LEVÁ-LAS A ENVOLVER-SE EM ACIDENTES DO TRABALHO, É PREMISSA BÁSICA E NECESSÁRIA PARA O SUCESSO DAS ORGANIZAÇÕES NO CENÁRIODOS DIAS DE HOJE.
DENTRO DESSE CONTEXTO, APRESENTAMOS ESQUEMATICAMENTE A EVOLUÇÃO DE ACIDENTES E ÓBITOS DO TRABALHO OCORRIDOS NO BRASIL DE 1970 ATÉ 1993: �
COMO PODE SER OBSERVADO E SEM ENTRARMOS NOS NÚMEROS DE CASOS PROPRIAMENTE, OS RESULTADOS APONTADOS APRESENTAM AO MESMO TEMPO UMA SITUAÇÃO FAVORÁVEL, A DA DIMINUIÇÃO REPRESENTATIVA NO NÚMERO DE ACIDENTES DO TRABALHO, E UMA OUTRA QUE COLOCA EM QUESTÃO OS PRÓPRIOS DADOS DIVULGADOS, A DA DIMINUIÇÃO NÃO TÃO ACENTUADA DO NÚMERO DE ÓBITOS DECORRENTES DE ACIDENTES DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS.
INVESTIMENTOS EM DIVERSAS FRENTES, RECURSOS HUMANOS E TÉCNICOS FORAM DISPONIBILIZADOS POR EMPRESAS E GOVERNO AO LONGO DE DUAS DÉCADAS, O QUE TIROU O PAÍS DA SITUAÇÃO CAÓTICA EM QUE SE ENCONTRAVA EM 1970, COMO A ACENTUADA DIMINUIÇÃO DOS ACIDENTES ATESTA. NÃO OBSTANTE, SE OBSERVARMOS A TENDÊNCIA DO NÚMERO DE ÓBITOS ASSOCIADOS AOS ACIDENTES E DOENÇAS INFELIZMENTE NÃO VERIFICAREMOS REDUÇÃO TÃO EXPRESSIVA, O QUE REPRESENTA UMA INCONGRUÊNCIA ESTATÍSTICA.
AS MORTES ADVINDAS DE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO GUARDAM RELAÇÃO DIRETA COM A OCORRÊNCIA DOS MESMOS E, PORTANTO, ESTATISTICAMENTE SERIA DE SE ESPERAR DIMINUIÇÃO DESSES ÓBITOS GUARDANDO CERTA PROPORCIONALIDADE COM A VERIFICADA NOS ACIDENTES, O QUE NÃO SE EVIDENCIA.
NÃO PRETENDEMOS AQUI DISCUTIR O ASSUNTO MAIS PROFUNDAMENTE, MAS SIM DEIXARMOS DUAS HIPÓTESES À APRECIAÇÃO DO LEITOR: OU OS ACIDENTES, EMBORA DIMINUINDO EM SUA OCORRÊNCIA VÊM APRESENTANDO MAIOR GRAVIDADE NO QUE TANGE ÀS LESÕES, OU ESTÁ HAVENDO SUBNOTIFICAÇÃO DOS ACIDENTES DO TRABALHO DEVIDO, DENTRE OUTRAS RAZÕES, À ESTABILIDADE POR UM ANO, À PARTIR DO SEU RETORNO, DO ACIDENTADO QUE FICA AFASTADO DO TRABALHO PARA TRATAMENTO EM DECORRÊNCIA DE ACIDENTE OU DOENÇA DO TRABALHO POR MAIS DE QUINZE DIAS.
ABORDAMOS O TEMA NÃO COM O OBJETIVO DE SIMPLES NEGAÇÃO DOS DADOS DIVULGADOS, EMBORA ACREDITEMOS QUE DEVAM SER MELHOR AVALIADOS, POIS A SOLUÇÃO DO PROBLEMA COMEÇA PELO CONHECIMENTO CORRETO DA QUESTÃO, MAS SOBRETUDO COM O PROPÓSITO DE REFORÇARMOS A INEQUÍVOCA RELAÇÃO QUE EXISTE ENTRE O SUCESSO EMPRESARIAL E AS BOAS CONDIÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO DE QUEM É O SUJEITO DO ALMEJADO SUCESSO: O TRABALHADOR.
AS EMPRESAS, PORTANTO, DEVEM VISAR DENTRO DO NOVO CENÁRIO A PROPORCIONAR AMBIENTES ADEQUADOS HIGIÊNICA E ERGONOMICAMENTE AOS SEUS COLABORADORES. NEGLIGENCIAR ESSE ASPECTO É DESCONSIDERAR SEU RECURSO MAIS CARO: SUA GENTE.
O AMBIENTE DE EXTREMAS, PROFUNDAS E RÁPIDAS MUDANÇAS QUE EXPERIMENTAMOS NÃO IRÁ PERMITIR A SOBREVIVÊNCIA DE ORGANIZAÇÕES QUE NÃO EQUACIONAREM A QUESTÃO DA SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO DE FORMA ADEQUADA E, COM ISSO, NOSSAS ATENÇÕES DEVEM SE VOLTAR TAMBÉM PARA ESSE PONTO.
A QUALIDADE E O MEIO AMBIENTE
FILMES FUTURISTAS MUITAS VEZES NOS ATERRORIZAM COM A VISÃO DE SOCIEDADES ALTAMENTE DESENVOLVIDAS TECNOLOGICAMENTE, INSERIDAS EM AMBIENTES TOTALMENTE DEVASTADOS PELA EXPLORAÇÃO IRRACIONAL DOS RECURSOS NATURAIS.
CERTAMENTE A FICÇÃO NESSE CASO SE MOSTROU TÃO PRÓXIMA DA POSSÍVEL REALIDADE QUE CONTRIBUIU COM A FORMAÇÃO DE UMA NOVA ABORDAGEM DA QUESTÃO AMBIENTAL POR PARTE DA SOCIEDADE.
A DISCUSSÃO SOBRE A PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS DO PLANETA NUNCA TEVE UM ALCANCE TÃO COMPLETO.
RIOS ESTÃO SENDO RECUPERADOS, EFLUENTES DE REJEITOS DOMÉSTICOS E INDUSTRIAIS ESTÃO SENDO TRATADOS E AS OBRAS DE SANEAMENTO BÁSICO POLITICAMENTE RELEGADAS A UM SEGUNDO PLANO ATÉ HÁ POUCO GANHAM PAPEL DE DESTAQUE. SE ISSO NÃO VÊM OCORRENDO TÃO RAPIDAMENTE COMO DESEJARÍAMOS, É INEGÁVEL A EVOLUÇÃO DOS ASPECTOS CITADOS NOS ANOS MAIS RECENTES.
TAMBÉM O MEIO AMBIENTE SE LIGA INEQUIVOCAMENTE À QUALIDADE.
ORGANISMOS INTERNACIONAIS, PARTICULARES E GOVERNAMENTAIS, CRIAM SEUS MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS E RESÍDUOS DE PRODUÇÃO DE FORMA A GARANTIR ÀS GERAÇÕES FUTURAS O ACESSO AOS BENS DA NATUREZA QUE SÃO FINITOS E TÃO CAROS.
A CONSCIÊNCIA DA PRESERVAÇÃO DA NATUREZA TRANSCENDE ORGANIZAÇÕES "VERDES" E ATINGEM TODOS OS SEGMENTOS DA SOCIEDADE. "SELOS VERDES" OU "ECOLÓGICOS" SÃO ASSOCIADOS A PRODUTOS FABRICADOS SEGUNDO PROCESSOS QUE NÃO POLUEM E DENTRO DA PROPOSTA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. ESSES PRODUTOS COMEÇAM A SER PRIORIZADOS PELOS CONSUMIDORES.
É MISTER ÀS ORGANIZAÇÕES EQUACIONAREM MAIS ESSE DESAFIO COM O FIM DE GARANTIREM O SEU NEGÓCIO.
MODELOS DE PROGRAMAS DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL DE CARÁTER VOLUNTÁRIO ESTÃO EM VIGÊNCIA EM DIVERSOS PAÍSES E UM COMITÊ DA ISO ESTÁ FINALIZANDO A NORMA ISO 14000 QUE DEVERÁ REGULAR O ASSUNTO JUNTO AOS PAÍSES QUE ADOTAM AS NORMAS ISO.
PORTANTO, É IMPOSSÍVEL DISSOCIAR A QUALIDADE DOS PRODUTOS À QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE NO QUAL ESTÁ INSERIDA A ORGANIZAÇÃO E OS RECURSOS QUE POR ELA SÃO TRANSFORMADOS.
ESSE É MAIS UM DESAFIO PARA AS ORGANIZAÇÕES DE HOJE QUE DEVERÁ SER ENFRENTADO DE MANEIRA PARTICIPATIVA PELA SOCIEDADE COMO UM TODO.
FINALIZANDO NOSSAS CONSIDERAÇÕES, EM QUE BUSCAMOS TRATAR DE FORMA DESPRETENSIOSA A QUESTÃO DA QUALIDADE E SUAS INTERFACES COM A SEGURANÇA E O MEIO AMBIENTE, DESTACAMOS O CARÁTER ABRANGENTE DA MISSÃO DAS ORGANIZAÇÕES QUE BUSCAM O SUCESSO NO CENÁRIO DESTE FINAL DE SÉCULO. ELA TRANSCENDE SEUS LIMITES POIS AS EMPRESAS HOJE DEVEM BUSCAR CONTRIBUIR COM O SENTIDO MAIS GLOBAL DA QUALIDADE QUE INTEGRA SEUS PRODUTOS, SEUS COLABORADORES, O MEIO AMBIENTE, ENFIM, TODOS AS PREOCUPAÇÕES E ANSEIOS DAS COMUNIDADES NAS QUAIS ESTÃO INSTALADAS.
ESSE É O GRANDE OBJETIVO DAS ORGANIZAÇÕES NO ROMPER DO NOVO MILÊNIO. CO-ATUAR, COMPARTILHAR E TOMAR SUAS DECISÕES EM CONJUNTO COM AS PESSOAS QUE COM ELAS INTERAGEM PASSA A SER ELEMENTO PRIMORDIAL PARA QUE ATINJAM O SUCESSO QUE ALMEJAM.
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ACIDENTE DO TRABALHO - RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL - SINOPSE
ATO JURÍDICO LÍCITO: MANIFESTAÇÃO DA VONTADE CONFORME A LEI.
ATO JURÍDICO ILÍCITO: MANIFESTAÇÃO OU OMISSÃO DA VONTADE QUE SE OPÕE A LEI.
AÇÃO OU OMISSÃO VOLUNTÁRIA OU INTENCIONAL = DOLO;
AÇÃO OU OMISSÃO INVOLUNTÁRIA = CULPA.
RESPONSABILIDADE: ILÍCITO CIVIL / ILÍCITO PENAL – INDEPENDENTES.
ATO CULPOSO
NEGLIGÊNCIA: OMISSÃO VOLUNTÁRIA OU DEMORA NO PREVENIR OU OBSTAR UM DANO;
IMPRUDÊNCIA: FALTA INVOLUNTÁRIA DE OBSERVÂNCIA DE MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E SEGURANÇA NECESSÁRIAS;
IMPERÍCIA: FALTA DE APTIDÃO ESPECIAL, HABILIDADE, EXPERIÊNCIA OU PREVISÃO NA PROFISSÃO.
CULPA EXCLUSIVA DO EMPREGADO OU AUSÊNCIA DO NEXO CAUSAL = DESOBRIGAÇÃO DE REPARAÇÃO DO DANO.
TEORIA DO RISCO SOCIAL / TEORIA DO RISCO PROFISSIONAL: RESPONSABILIDADE OBJETIVA OU SEM CULPA.
SOMENTE O DOLO EXCLUI A REPARAÇÃO POR ACIDENTE DO TRABALHO - ÔNUS DA PROVA = EMPREGADOR / INSS.
RESPONSABILIDADES:
AÇÃO: ACIDENTÁRIA DO TRABALHO (5 ANOS);
ESFERA: JUSTIÇA ESTADUAL;
CONTRA: INSS;
PROPONDO: REPARAÇÃO POR ACIDENTE;
ÔNUS DA PROVA: SEGURIDADE SOCIAL (RESPONSABILIDADE OBJETIVA).
AÇÃO: CIVIL (20 ANOS);
ESFERA: JUSTIÇA ESTADUAL;
CONTRA: EMPREGADOR;
PROPONDO: REPARAÇÃO DO DANO;
ÔNUS DA PROVA: VÍTIMA, SUCESSORES OU DEPENDENTES.
AÇÃO: PENAL PÚBLICA;
ESFERA: MINISTÉRIO PÚBLICO;
CONTRA: EMPREGADOR (PREPOSTOS);
PROPONDO: ESTABELECER PROVA DE CULPA;
ÔNUS DA PROVA: MINISTÉRIO PÚBLICO;
OBS:
CONDENAÇÃO – PENA - REPARAÇÃO DE DANO NA ESFERA CIVIL É AUTOMÁTICA;
ABSOLVIÇÃO - AÇÃO CIVIL.
AÇÃO: ADMINISTRATIVA
CONTRA: EMPREGADOR
PROPONDO: INTERDIÇÃO, MULTA, RECISÃO DE CONTRATO, ETC.
A PROBLEMÁTICA DO ACIDENTE DO TRABALHO NO BRASIL - OS PARADIGMAS QUE PRECISAM SER ALTERADOS
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QUESTÃO BÁSICA 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	POR QUE OS ACIDENTES MOTIVADOS POR IMPRUDÊNCIAS, NÃO OBSERVÂNCIA DE NORMAS, DESATENÇÃO E OUTROS MOTIVOS RELACIONADOS À ATITUDE DOS TRABALHADORES CONTINUAM OCORRENDO APESAR DO INVESTIMENTO CONSTANTE EM TREINAMENTO VISANDO À CONSCIENTIZAÇÃO DOS MESMOS SOBRE A PREVENÇÃO DE ACIDENTES?
HIPÓTESE
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	OS PARADIGMAS OU MAPAS INTERNOS DOS TRABALHADORES NÃO ESTÃO DE ACORDO COM AS COLOCAÇÕES QUE SÃO APRESENTADAS NOS ENCONTROS DE QUE TOMAM PARTE E, PORTANTO, NÃO SÃO ASSIMILADAS POR ELES.
JUSTIFICATIVASYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	SEGUNDO STEPHEN R. COVEY, AUTOR DO LIVRO "OS SETE HÁBITOS DAS PESSOAS MUITO EFICIENTES" TODOS OS SERES HUMANOS POSSUEM MAPAS INTERNOS OU PARADIGMAS QUE, EM OUTRAS PALAVRAS, SÃO MODELOS ATRAVÉS DOS QUAIS ENXERGAM A VIDA EM TODOS OS SEUS ASPECTOS.
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A PARTIR DESSE POSTULADO O AUTOR AFIRMA QUE NÃO CHEGAMOS A LUGAR ALGUM SE POSSUIRMOS O MAPA ERRADO DE UM DETERMINADO TERRITÓRIO. 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	ASSIM TAMBÉM ACONTECE AO TENTARMOS PROPOR CONCEITOS NOVOS EM CIMA DE PARADIGMAS PESSOAIS QUE SÃO TOTALMENTE CONTRÁRIOS A ELES. EVIDENTEMENTE NÃO TEREMOS SUCESSO.
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	PORTANTO, HÁ QUE SE INVESTIR NA MUDANÇA DE PARADIGMAS QUE PREJUDICAM O ENTENDIMENTO DOS MODELOS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES PRECONIZADOS PARA QUE POSSAMOS ATINGIR A EFICÁCIA EM NOSSA TAREFA DE CRIAR NOVA MENTALIDADE PREVENCIONISTA NAS PESSOAS.
ABRANGÊNCIA DO PROBLEMA 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	TANTO OS FUNCIONÁRIOS DE NÍVEIS HIERÁRQUICOS MAIS BAIXOS, QUANTO OS DE NÍVEL DE COMANDO APRESENTAM O COMPORTAMENTO MENCIONADO. 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	AMBOS POSSUEM O PARADIGMA DA PRODUÇÃO A QUALQUER CUSTO. CREMOS, NO ENTANTO, QUE QUALQUER PROGRAMA VISANDO A ALTERAÇÃO DO EXPOSTO DEVA COMEÇAR PELO NÍVEL DE COMANDO POIS, COMO CITA STEPHEN R. COVEY "O QUE SOMOS SE TRANSMITE COM MUITO MAIS ELOQUÊNCIA DO QUE AS COISAS QUE FAZEMOS OU DIZEMOS". OU SEJA, SEM QUE ESSE NÍVEL DE FUNCIONÁRIOS MUDE SEUS PARADIGMAS NÃO HÁ CONDIÇÃO DE TRANSMITIREM A SEUS COMANDADOS UMA PREOCUPAÇÃO VERDADEIRA COM A PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO E, PORTANTO, A EFICÁCIA DE QUALQUER PROGRAMA NÃO SERÁ ATINGIDA.
O GRANDE PARADIGMA RUMO AO ACIDENTE
PRODUÇÃO A QUALQUER CUSTO
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	ESTE É O MODELO QUE A GRANDE MAIORIA DOS NOSSOS TRABALHADORES POSSUI, OPERACIONAIS E DE COMANDO E COMO SEGUNDO STEPHEN R. COVEY "AS PESSOAS VÊEM AS COISAS, NÃO COMO ELAS SÃO, MAS COMO FORAM CONDICIONADAS A VER", NÃO PODEMOS ESPERAR OUTRO RESULTADO DE NOSSOS ESFORÇOS SENÃO O INSUCESSO OU O SUCESSO PARCIAL.
AUTOREFLEXÃO 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	NOSSAS AÇÕES NO SENTIDO DE PROCURAR CONSCIENTIZAR NOSSOS FUNCIONÁRIOS NESSE CAMPO TÊM SIDO SUPERFICIAIS. 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	ERRAMOS O ALVO AO IGNORARMOS SEUS PARADIGMAS CONTRÁRIOS AO QUE PROPOMOS E AO NÃO TENTARMOS AUXILIÁ-LOS NA MUDANÇA DELES (OS PARADIGMAS). 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	CREIO QUE SOMENTE AGINDO NESSE SENTIDO OBTEREMOS RESULTADOS MAIS EXPRESSIVOS.
PROPOSTA DE TRABALHO A SER DISCUTIDA
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	ALGUNS ACIDENTES SÃO MOTIVADOS POR HÁBITOS INADEQUADOS DAS PESSOAS AO REALIZAREM UMA DETERMINADA TAREFA. 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	STEPHEN DEFINE OS HÁBITOS COMO SENDO A INTERSEÇÃO ENTRE O CONHECIMENTO (PARADIGMA TEÓRICO DO QUE FAZER E POR QUE FAZER), CAPACIDADE (COMO FAZER) E VONTADE (MOTIVAÇÃO, DESEJO DE FAZER).
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	AS NORMAS E O CONHECIMENTO ADEQUADOS DOS TRABALHOS A SEREM REALIZADOS VÃO DE ENCONTRO AOS DOIS PRIMEIROS FATORES DO TRIO FORMADOR DOS HÁBITOS.
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A MOTIVAÇÃO PARA FAZER "O CERTO" E NÃO APENAS FAZER "CERTO" COMPLETA O CITADO TRIO.
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	COM ISSO, CREIO ESTAR DEFINIDO NOSSO CAMPO DE AÇÃO.
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	TRABALHAMOS EM ALGUMAS DIRETRIZES DE SEGURANÇA QUE DEVERÃO ESTAR SENDO APRESENTADAS EM BREVE AOS NÍVEIS DE COMANDO DAS UNIDADES DO GRUPO RIPASA E QUE VISA AO DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO E CAPACIDADE DE NOSSOS FUNCIONÁRIOS.
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	NÃO OBSTANTE, PELO EXPOSTO CREMOS QUE NÃO ATINGIREMOS NOSSOS OBJETIVOS SEM O TRABALHO CONCOMITANTE SOBRE A VONTADE DOS FUNCIONÁRIOS QUE DETERMINARÁ A OBSERVÂNCIA OU NÃO DAS CITADAS DIRETRIZES.
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	SOLICITAMOS, PORTANTO, O APOIO DO PESSOAL DE TREINAMENTO NO SENTIDO DE NOS AUXILIAR A PREPARAR UM PROGRAMA DE SENSIBILIZAÇÃO INTRODUTÓRIO ÀS DIRETRIZES DE SEGURANÇA QUE ATINJA O FATOR VONTADE.
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	CREMOS QUE O SUCESSO DE NOSSOS ESFORÇOS PASSA PELO PROCESSO AQUI DESCRITO.
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A LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
PROMULGADA EM 05/10/1988
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS / CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art.6( São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade, e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art.7( São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
..................................................................................................................................................................
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança:
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
..................................................................................................................................................................
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7(, I, da Constituição:
..................................................................................................................................................................
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato;
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO - CAPÍTULO V
LEI 6.514 - 22/12/1977
Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho.
Capítulo V
DA SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
SEÇÃO I: DISPOSIÇÕES GERAIS
 Determina a obrigatoriedade do cumprimento da presente legislação, bem como, de outras que também tratem do assunto.
 Determina a competência do órgão de âmbito nacional em matéria de segurança e medicina do trabalho.
 Determina a competência das Delegacias Regionais do Trabalho - DRTs em matéria de segurança e medicina do trabalho.
 Determina as obrigações das empresas em matéria de segurança e medicina do trabalho.
 Determina as obrigações dos empregados em matéria de segurança e medicina do trabalho.
SEÇÃO II: DA INSPEÇÃO PRÉVIA E DO EMBARGO OU INTERDIÇÃO
Determina que os estabelecimentos passem por inspeção prévia quanto as suas instalações antes do início de seu funcionamento e as condições de embargo e interdição dos mesmos.
SEÇÃO III: DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO NAS EMPRESAS
Determina a criação dos SESMTs e das CIPAs de acordo com condições de risco do estabelecimento e do seu número de funcionários.
SEÇÃO IV: DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Determina as condições de fabricação dos EPIs, bem como, a obrigatoriedade de fornecimento dos mesmos gratuitamente aos funcionários.
SEÇÃO V: DAS MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA DO TRABALHO
Determina a realização de exames médicos em determinadas situações e por conta do empregador.
SEÇÃO VI: DAS EDIFICAÇÕES
Determina as condições que as edificações devem apresentar para garantir condições adequadas de conforto e segurança.
SEÇÃO VII: DA ILUMINAÇÃO
Determina que em todos os locais de trabalho deverá haver condições adequadas de iluminação.
SEÇÃO VIII: DO CONFORTO TÉRMICO
Determina que hajam condições de conforto nos ambientes de trabalho e medidas mitigadoras em caso de valores definidos em legislação seremultrapassados.
SEÇÃO IX: DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Determina que somente profissionais qualificados instalem, operem, inspecionem ou reparem instalações elétricas.
Determina que o Ministério do Trabalho disporá sobre as condições de segurança pertinentes.
Determina que os trabalhadores em serviços de eletricidade estejam familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.
SEÇÃO X: DA MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS
Determina as precauções de segurança na movimentação, armazenagem e manuseio de materiais.
SEÇÃO XI: DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Determina que as máquinas possuam dispositivos que previnam acidentes e que somente sofram manutenções, limpezas ou ajustes quando estiverem paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do ajuste.
SEÇÃO XII: DAS CALDEIRAS, FORNOS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO
Determina as condições de projeto dos equipamentos e das edificações que irão abrigá-los para garantir a segurança dos operadores e demais funcionários.
Determina as condições de operação dos equipamentos e a qualificação de seus operadores.
SEÇÃO XIII: DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS
Determina em que condições determinadas operações podem ser consideradas insalubres ou perigosas.
Determina como a insalubridade ou a periculosidade podem ser eliminadas.
Determina o percentual dos adicionais e sua incidência e dá outros detalhes pertinentes.
SEÇÃO XIV: DA PREVENÇÃO DA FADIGA
 
Determina peso máximo a ser transportado por um empregado e as condições em que poderá ser ultrapassado.
Determina a colocação de assentos adequados para o desenvolvimento dos trabalhos ou para descansos.
SEÇÃO XV: DAS OUTRAS MEDIDAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO
Determina o estabelecimento de outras medidas em relação a proteção individual em obras civis, depósitos de inflamáveis e combustíveis, trabalhos subterrâneos, incêndio, insolação, frio, umidade, calor, substâncias químicas, vibrações, ruído, radiações ionizantes, higiene, emprego de cores, etc.
SEÇÃO XVI: DAS PENALIDADES
Determina as penalidades a serem aplicadas aos infratores.
PORTARIA N( 3.214 de 08/06/78
Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
NORMAS REGULAMENTADORAS
 NR-1: DISPOSIÇÕES GERAIS;
 NR-2: INSPEÇÃO PRÉVIA;
 NR-3: EMBARGO E INTERDIÇÃO;
 NR-4: SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO - SESMT;
 NR-5: COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO - CIPA;
 NR-6: EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPIs;
 NR-7: EXAMES MÉDICOS;
 NR-8: EDIFICAÇÕES;
 NR-9: RISCOS AMBIENTAIS;
 NR-10: INSTALAÇÕES E SERVIÇOS DE ELETRICIDADE;
 NR-11: TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS;
 NR-12: MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS;
 NR-13: VASOS SOB PRESSÃO;
 NR-14: FORNOS;
 NR-15: ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES;
 NR-16: ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS;
 NR-17: ERGONOMIA;
 NR-18: OBRAS DE CONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO E REPAROS;
 NR-19: EXPLOSIVOS;
 NR-20: COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E INFLAMÁVEIS;
 NR-21: TRABALHOS A CÉU ABERTO;
 NR-22: TRABALHOS SUBTERRÂNEOS;
 NR-23: PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS;
 NR-24: CONDIÇÕES SANITÁRIAS DOS LOCAIS DE TRABALHO;
 NR-25: RESÍDUOS INDUSTRIAIS;
 NR-26: SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA;
 NR-27: REGISTRO DE PROFISSIONAIS;
 NR-28: FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES;
NR-29: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO;
NR-30: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO;
NR-31: SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS (EM CONSULTA PÚBICA);
NR-32: NORMA REGULAMENTADORA SOBRE SEGURANÇA HOSPITALAR (EM CONSULTA PÚBLICA).
A SEGUIR, VAMOS CONHECER ALGUMAS DAS NRs COM MAIS DETALHE.
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NR-4: SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO - SESMT
O que é?
Norma Regulamentadora que a partir de um determinado grau de risco que varia entre 1 e 4 e do número de empregados da empresa, determina ou não a obrigatoriedade da formação de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.
O SESMT varia na sua composição e pode agregar os seguintes profissionais:
- Técnico de Segurança do Trabalho;
- Engenheiro de Segurança do Trabalho;
- Auxiliar de Enfermagem do Trabalho;
- Enfermeiro do Trabalho;
- Médico do Trabalho.         
Para quem se aplica?
Empresas privadas e públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
Como se aplica?
Com base na Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, estabelecemos o grau de risco e, a partir daí, entramos no quadro II da NR-4 com grau de risco e número de empregados o que permite o dimensionamento do SESMT.
Exemplo:
Uma empresa de produção e distribuição de energia elétrica, segundo o quadro I, está associada ao grau de risco 3. Considerando que tenha 130 empregados, segundo o quadro II, seu SESMT será composto de: 1 Técnico de Segurança do Trabalho.
      
 É importante mencionar que o fato da empresa não estar obrigada a constituir SESMT com profissionais da área de saúde (auxiliares de enfermagem do trabalho, enfermeiros do trabalho e médicos do trabalho) não significa que esteja desobrigada a zelar pela saúde de seus trabalhadores e de cumprir todas as exigências legais relativas à prevenção de doenças ocupacionais.
(*) Tempo parcial (mínimo de três horas).
(**) O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento da faixa de 3501 a 5000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4000 ou fração acima de 2000.
OBS.: Hospitais, ambulatórios, maternidades, casas de saúde e repouso, clínicas e estabelecimentos similares com mais de 500 (quinhentos) empregados, deverão contratar um enfermeiro do trabalho em tempo integral.
Funções básicas:
- reconhecimento, avaliação e eliminação de riscos ambientais;
- determinação de medidas de controle dos riscos que não puderem ser totalmente eliminados;
- participação em projetos de novas instalações ou mesmo reformas para discutir assuntos relativos à segurança e higiene do trabalho;
- zelar pelo cumprimento das Nrs;
- apoiar e treinar a CIPA : Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho;
- conscientizar o trabalhador sobre a prevenção de acidentes do trabalho e doenças do trabalho ou ocupacionais através da educação e orientação;
- esclarecer e conscientizar o empregador quanto a questões relativas à a prevenção de acidentes do trabalho e doenças do trabalho ou ocupacionais;
- registrar e analisar acidentes com ou sem vítimas e/ou a correlação doença-atividade propondo medidas de controle;
- prevenção e combate a incêndios;
- atividade primordial: PREVENÇÃO.
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NR-5: COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO - CIPA
O que é?
Norma Regulamentadora que a partir de classificação da empresa com base em sua atividade e do seu número de empregados determina ou não a obrigatoriedade da formação da CIPA.
A CIPA deverá ser composta por representantes indicados pelo empregados e por membros eleitos pelos empregados em votação secreta.
Quando se aplica?
Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.
Como se aplica?
No quadro II da NR-5 encontramos o agrupamentode setores econômicos pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE. As atividades econômicas estão divididas em grupos que é uma das informações necessárias para o dimensionamento das CIPAs.
Exemplo: GRUPO C-17 - Água e Energia, item 4010.0 - Produção e Distribuição de Energia Elétrica 
Definido o código do grupo ao qual a empresa pertence e com base em seu número de empregados, basta entrar no quadro I de dimensionamento da CIPA para obter a informação da necessidade ou não da constituição da comissão, assim como, em caso positivo, do número de membros representantes do empregador e dos empregados. 
Exemplo:
Uma empresa do grupo C-17 com 130 empregados, segundo o quadro I, terá sua CIPA composta com 8 trabalhadores: 4 representantes do empregador indicados por ele, 4 representantes dos empregados eleitos por seus pares. Ainda teremos 3 suplentes para cada representação, totalizando 6 suplentes.
 
Destacamos que quando legalmente não exigida a CIPA, cumpre à empresa a indicação de um representante para tratar dos assuntos relativos à prevenção de acidentes, segurança e higiene no trabalho.
(*) Acima de 10.000 para cada grupo de 2.500 acrescentar o número da tabela.
 
Funções básicas:
- identificar condições de risco e propor soluções;
- elaborar o mapeamento de riscos;
- solicitar eliminação e/ou redução dos riscos identificados;
- discutir os acidentes ocorridos propondo medidas corretivas;
- orientar os trabalhadores.
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NR-6: EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPIs
O que é?
Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
Quando se aplica?
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) para atender a situações de emergência.
Como se aplica?
O empregador, através de seu SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho ou de sua CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, deve avaliar os riscos aos quais os trabalhadores estarão expostos e definir os EPIs adequados à sua proteção.
Somente poderão ser utilizados EPIs que possuam Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, fabricados ou importados, respectivamente, por empresas com Certificado de Registro de Fabricante – CRF ou Certificado de Registro de Importador – CRI.
Ainda é imprescindível o registro e controle de entrega dos EPIs aos trabalhadores.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
Os EPIs devem ser adequados ao risco e utilizados de acordo com as instruções do fabricante;
Os EPIs devem ser adequados ao usuário;
UTILIZAÇÃO�:
Usar PROTETORES RESPIRATÓRIOS onde houver fumos, névoas e vapores tóxicos ou irritantes;
Usar ROUPAS E/OU LUVAS DE PVC, PROTETORES FACIAIS E BOTAS DE PVC OU BORRACHA onde houver o manuseio de produtos químicos cáusticos ou ácidos (corrosivos) ou inflamáveis;
Usar PROTETORES FACIAIS ALUMINIZADOS E LUVAS TÉRMICAS onde houver calor radiante excessivo;
Usar ÓCULOS DE SEGURANÇA e/ou PROTETORES FACIAIS onde houver risco de impacto de partículas sólidas;
Usar CALÇADO DE SEGURANÇA onde houver risco de queda de objetos sobre os pés;
Usar CAPACETE DE SEGURANÇA onde houver risco de queda de objetos ou batidas contra os mesmos;
Usar LUVAS DE COURO onde houver risco de arranhões e/ou cortes por rebarbas ou saliências;
Usar PROTETORES AUDITIVOS onde houver a presença de ruído excessivo;
Usar CINTO DE SEGURANÇA onde houver risco de queda em trabalhos acima de 2 metros de altura.
RESPONSABILIDADES
CHEFIAS / GERÊNCIAS:
Conscientizar os funcionários sobre a função fundamental dos EPIs na prevenção de lesões decorrentes dos acidentes, conduzindo-os à utilização espontânea dos mesmos;
Instruir os funcionários quanto à utilização correta dos EPIs e a obrigatoriedade de seu uso;
Cobrar a utilização dos EPIs;
Utilizar todos os EPIs recomendados nas áreas da fábrica por onde transitarem, constituindo-se assim em EXEMPLOS para seus funcionários;
Cumprir os critérios estabelecidos para o CONTROLE e TROCA dos EPIs e UNIFORMES;
Verificar as condições do(s) EPI(s) e UNIFORME(s) a serem substituídos para não proceder a troca de materiais que ainda apresentam condições adequadas de uso;
Verificar, em alguns casos, se é necessária a troca de todo o equipamento ou somente de parte dele�. Decidindo pela substituição de peças, solicitar ao funcionário que se encaminhe ao DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA levando seu EPI a ser reparado;
Registrar no "PRONTUÁRIO DE UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI" os EPIs e UNIFORMES entregues, solicitando a assinatura do funcionário, o que comprova o recebimento dos materiais�. Atenção especial deve ser dada ao PROTETOR AUDITIVO - TIPO INSERÇÃO, pois tendo uma vida útil pequena (aproximadamente 30 dias) deve ser substituído constantemente. Portanto, sempre deve ser verificada a freqüência de entrega desse EPI e, caso necessário, requisitá-lo para o funcionário independentemente de sua solicitação.
SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO:
Assessorar na identificação de riscos ambientais que possam vir a prejudicar a integridade física dos trabalhadores;
Assessorar na análise da intensidade do risco, da freqüência de exposição e do número de trabalhadores expostos;
Assessorar na escolha do EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI mais adequado (CA e CRF ou CRI são indispensáveis);
Realizar auditorias periódicas para verificar se os critérios de CONTROLE e TROCA dos EPIs e UNIFORMES estão sendo seguidos;
Substituir peças de reposição de EPIs, quando solicitado.
DEPARTAMENTO DE MATERIAIS:
Manter estoques de EPIs e UNIFORMES adequados à demanda;
Substituir os EPIs e UNIFORMES requisitados mediante o recebimento das peças antigas/usadas� ou quando justificada a perda pelo emitente da requisição.
FUNCIONÁRIO USUÁRIO:
Usar os EPIs e UNIFORMES necessários ao desenvolvimento de suas atividades, inspecionando-os periodicamente e substituindo-os quando apresentarem sinais de danos que comprometam a eficácia do equipamento e sua segurança.
GUIA DE UTILIZAÇÃO DE EPIs
	
	LUVA DE PVC: UTILIZADA PARA O MANUSEIO E TRABALHO COM PRODUTOS QUÍMICOS CORROSIVOS OU INFLAMÁVEIS: SODA CÁUSTICA, HIPOCLORITO DE SÓDIO, ÁCIDOS, ETC.
	
	LUVA DE RASPA: UTILIZADA NOS TRABALHOS ONDE SE MANUSEIAM MATERIAIS COM SUPERFÍCIES ABRASIVAS, CORTANTES, COM REBARBAS, MATERIAIS PESADOS QUE POSSAM PRENSAR OS DEDOS, CORTE E SOLDA COM MAÇARICO, SOLDA ELÉTRICA E OUTROS RISCOS DESSA NATUREZA.
	
	LUVA DE BORRACHA PARA ALTA TENSÃO: UTILIZADA NOS SERVIÇOS DE MANOBRA DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ENERGIZADOS SOB ALTA TENSÃO, TAIS COMO: MANOBRAS EM SUBESTAÇÕES, DISJUNTORES E SECCIONADORES DE ALTA TENSÃO, ETC.
	
	ÓCULOS DE SEGURANÇA: UTILIZADO EM TODOS OS SERVIÇOS E OPERAÇÕES QUE OFEREÇAM RISCOS DE ACIDENTES AOS OLHOS, TAIS COMO: LIXAMENTO, ESMERILHAMENTO, LOCAIS COM MATERIAL PARTICULADO EM SUSPENSÃO, TRABALHOS COM LÃ DE VIDRO, TRABALHOS EM SERRAS E TORNOS, ETC.
	
	ÓCULOS AMPLA VISÃO: UTILIZADO NO MANUSEIO E OPERAÇÕES COM PRODUTOS QUÍMICOS; CONTRA BORRIFOS DE PRODUTOS, PARTÍCULAS FINAS DE MATERIAIS EM GRANDE CONCENTRAÇÃO, POEIRAS QUÍMICAS, ETC.
	
	CAPACETE DE SEGURANÇA: UTILIZADO PELO FUNCIONÁRIO AO TRANSITAR POR TODA E QUALQUER ÁREA ABERTA DA FÁBRICA ONDE HAJA RISCO DE CHOQUE DE MATERIAIS / EQUIPAMENTOS COM A CABEÇA, LOCAIS DE TRABALHO SOB ESTRUTURAS, ETC.
	
	PROTETOR FACIAL ACOPLADOOU NÃO AO CAPACETE: UTILIZADO QUANDO É NECESSÁRIA A PROTEÇÃO DA FACE E DOS OLHOS CONTRA OS RISCOS DE MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS EM GRANDE QUANTIDADE, CONTRA A EMISSÃO DE VAPORES, NA DESOBSTRUÇÃO DE TUBULAÇÕES DE PRODUTOS QUÍMICOS SOB PRESSÃO, ETC.
	
	MÁSCARA PARA SOLDADOR: UTILIZADA ESPECIFICAMENTE PELOS SOLDADORES NA EXECUÇÃO DE SOLDA ELÉTRICA, PROTEGENDO A FACE E OLHOS CONTRA FAGULHAS DE METAL INCANDESCENTE E RAIOS ULTRA VIOLETA EMITIDOS PELO ARCO VOLTÁICO DO PROCESSO DE SOLDA.
	
	PERNEIRA DE RASPA: UTILIZADA PELOS SOLDADORES E MAÇARIQUEIROS, PROTEGENDO AS PERNAS E PÉS CONTRA O FLUXO DE FRAGMENTOS DE METAL INCANDESCENTE (BORRA DE SOLDA) PRODUZIDOS PELO PROCESSO DE CORTE E SOLDA EM METAIS.
	
	MANGOTE DE RASPA: UTILIZADO PELOS MAÇARIQUEIROS E SOLDADORES, PROTEGENDO OS BRAÇOS CONTRA QUEIMADURAS NO PROCESSO DE CORTE E SOLDA EM MATERIAIS METÁLICOS, COM MAÇARICO E SOLDA ELÉTRICA.
	
	PROTETORES RESPIRATÓRIOS CONTRA POEIRAS: UTILIZADOS PARA OS TRABALHOS EM LOCAIS E ÁREAS COM CONCENTRAÇÃO DE POEIRAS FINAS, EM LIMPEZAS DE LOCAIS COM AR COMPRIMIDO E DEMAIS SITUAÇÕES DE TRABALHOS PROVIDOS DE POEIRAS FINAS EM SUSPENSÃO NO AMBIENTE.
	
	PROTETORES RESPIRATÓRIOS CONTRA GASES: UTILIZADOS NO MANUSEIO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS QUE LIBERAM GASES TÓXICOS, EM AMBIENTES COM POEIRAS QUÍMICAS FINÍSSIMAS, GASES DE TINTAS, ETC.
	
	BLUSÃO DE RASPA: UTILIZADOS PELOS SOLDADORES E MAÇARIQUEIROS NO SERVIÇO DE SOLDA E CORTE DE METAIS, PROTEGENDO TÓRAX E MEMBROS SUPERIORES CONTRA QUEIMADURAS PELOS FRAGMENTOS DE MATERIAIS INCANDESCENTES PRODUZIDOS PELO PROCESSO DE CORTE OU SOLDA.
	
	AVENTAL DE RASPA: UTILIZADO PELOS MAÇARIQUEIROS E SOLDADORES EM SITUAÇÕES DE SERVIÇO QUE ENVOLVEM MATERIAIS ABRASIVOS E/OU CORTANTES JUNTO AO CORPO.
	
	CONJUNTO ANTI-ÁCIDO: UTILIZADO NO MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS, CORROSIVOS, ÁCIDOS, CÁUSTICOS, ETC.
	
	PROTERORES AUDITIVOS TIPO CONCHA: UTILIZADOS EM LOCAIS ONDE OS NÍVEIS DE RUÍDO SÃO ELEVADOS. PODEM SER UTILIZADOS ASSOCIADOS À PROTETORES AUDITIVOS TIPO PLUG
	
	PROTERORES AUDITIVOS TIPO PLUG (PVC OU ESPUMA): UTILIZADOS EM LOCAIS ONDE OS NÍVEIS DE RUÍDO SÃO ELEVADOS. PODEM SER UTILIZADOS ASSOCIADOS À PROTETORES AUDITIVOS TIPO CONCHA
	
	CINTO DE SEGURANÇA: UTILIZADO EM TRABALHOS REALIZADOS EM ALTURAS SUPERIORES A 2 METROS.
	
	CALÇADO DE SEGURANÇA COM BIQUEIRA DE AÇO: UTILIZADO NOS TRABALHOS QUE APRESENTEM RISCOS DE ACIDENTES PROVOCADOS POR QUEDAS DE OBJETOS SOBRE PÉS E DEDOS.
	
	BOTAS DE BORRACHA: UTILIZADAS EM LOCAIS ONDE O PISO APRESENTE ÁGUA (PISOS ALAGADOS) OU PRODUTOS QUÍMICOS
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NR-7: PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - PCMSO
O que é?
Programa que descreve as ações do empregador relativas à promoção e preservação da saúde dos trabalhadores, baseia-se nos riscos ambientais e de acidentes levantados no PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, previsto na NR 9 e estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na proteção da saúde dos trabalhadores.
Quando se aplica?
A obrigatoriedade de cumprimento da norma é relativa a todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados. 
 
Como se aplica?
A empresa indica médico do trabalho do SESMT como coordenador responsável pela execução do PCMSO. No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR-4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO.
Compete ao médico coordenador:
a) realizar os exames médicos previstos no PCMSO ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado;
b) encarregar dos exames complementares previstos no PCMSO profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados.
O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
a) admissional;
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho; 
d) de mudança de função; 
e) demissional.
Em cada uma dessas oportunidades, deverá ser gerado o ASO – Atestado de Saúde Ocupacional em duas vias, uma a ser arquivada no local de trabalho do trabalhador e outra entregue ao mesmo mediante quitação de recebimento na primeira via.
O ASO deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:
a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função;
b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado;
c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados;
d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM;
e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu;
f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;
g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina.
OBJETIVO:
Prevenir, rastrear e diagnosticar precocemente possíveis agravos à saúde dos trabalhadores, relacionados com o desenvolvimento de suas atividades.
ASSUNTO E ABRANGÊNCIA:
O programa deve compreender uma série de ações e atitudes norteadas pela NORMA REGULAMENTADORA N° 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL, aprovada pela Portaria n° 24 de 29 de dezembro de 1994, tendo como público alvo todos os funcionários da empresa. 
ELABORAÇÃO:
Os programas deverão ser elaborados ao final de cada ano pelos médicos - coordenadores e desenvolvidos ao longo do ano seguinte, sempre atualizados caso necessário, conforme a lei e/ou necessidades da empresa.
CONTEÚDO:
Eles consistem em ações específicas de acordo com detalhamento e subsídios que serão apresentados a seguir:
-classificação dos funcionários da empresa a partir de suas atividades;
-mapeamentos de risco realizados pelas COMISSÕES INTERNAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPAs;
-avaliações ambientais realizadas de acordo com o que preconiza a NORMA REGULAMENTADORA N° 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - aprovada pela Portaria n° 25 de 29 de dezembro de 1994;
-análises ergonômicas e demais análises de riscos físicos e químicos, conforme estudos realizados pelos Serviços de Engenharia de Segurança e Higiene do Trabalho de nossas unidades.
EXAMES MÉDICOS PRECONIZADOS:
Os marcadores biológicos e demais exames médicos citados nos quadros dos programas deverão ser solicitados de acordo com análise caso a caso e levando-se em conta os levantamentos ambientais realizados, suas sugestões e demais recomendações pertinentes emitidas pela Associação Médica Brasileira. 
TREINAMENTOS, MEDIDAS DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA A PROTEÇÃO DA SAÚDE, E CAMPANHAS DE SAÚDE EM GERAL:
Os treinamentos / programas de prevenção de doenças ocupacionais ou do trabalho, tais como, prevenção da disacusia, tenossinovites, proteção ocular, proteção respiratória, bem como, as campanhas de conscientização sobre doenças sexualmente transmissíveis / AIDS, combate ao tabagismo e ao álcoolismo, saúde prostática, diabetes e de prevenção da hipertensão arterial deverão ser de maneira contínua, tendo como público alvo todos os funcionários da empresa.
DOCUMENTOS E REGISTROS DO PROGRAMA:
Os formulários, requisições, prontuários, atestados médicos e demais documentos utilizados serão desenvolvidos e aplicados de acordo com o que determina a NR - 7 com as necessárias adaptações necessárias a cada empresa.
A documentação individual dos trabalhadores deve ser arquivada por prazo de 20 anos a contar da data do desligamento do mesmo da empresa.
MÉDICOS - COORDENADORES DOS PROGRAMAS
Caberá aos médicos do trabalho das empresasa coordenação geral dos PCMSOs (elaboração, adaptações e cumprimento anuais).
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NR-9: PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - PPRA
O que é?
Programa que descreve as ações do empregador relativas à antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais (físicos, químicos e biológicos) existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho e ações preventivas decorrentes. Visa à prevenção da exposição a riscos ambientais e estabelece os parâmetros a serem considerados na elaboração do PCMSO.
Quando se aplica?
A obrigatoriedade de cumprimento da norma é relativa a todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados.
Como se aplica?
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades.
O PPRA deverá estar descrito num documento-base que deve ser discutido com a CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR 5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão.
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:
a) antecipação e reconhecimento dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados.
O PPRA será desenvolvido pelo SESMT da empresa ou por profissional habilitado por ela contratado e o documento-base deverá estar disponível para fiscalização por parte do Ministério do Trabalho e Emprego.
Modificada pela PORTARIA N( 25 de 29/12/94, a NORMA REGULAMENTADORA 9 introduz a obrigatoriedade da avaliação, prevenção e controle dos riscos ambientais, detalhando as responsabilidades básicas dos envolvidos nas atividades a serem realizadas.
Também mantém o conceito e a obrigatoriedade de realização do MAPEAMENTO DE RISCOS pelos membros da CIPAs com a assessoria dos SESMTs, assunto sobre o qual iremos discorrer com algum detalhe.
MAPEAMENTO DE RISCO / NR-9 - HISTÓRICO
BASEADO NA ABORDAGEM PRECONIZADA NO MODELO OPERÁRIO ITALIANO, O MAPEAMENTO DE RISCO TEM POR OBJETIVO A ATUAÇÃO DOS PRÓPRIOS OPERÁRIOS EM SEUS AMBIENTES DE TRABALHO, IDENTIFICANDO RISCOS E PROPONDO SOLUÇÕES.
NO BRASIL, O MAPEAMENTO DE RISCO FOI INTRODUZIDO JÁ EM 1985 PELO SETOR DE TREINAMENTO DA FUNDACENTRO DE MINAS GERAIS E VISAVA À PREPARAÇÃO DOS MEMBROS DAS COMISSÕES INTERNAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPAs DE MODO QUE OS TRABALHOS DESENVOLVIDOS POR ELAS ATINGISSEM MAIOR EFICÁCIA.
A IDÉIA BÁSICA É FORMAR UM GRUPO DE TRABALHADORES COM CONHECIMENTOS HOMOGÊNEOS QUE UTILIZANDO-SE DE SUAS EXPERIÊNCIAS SUBJETIVAS DO DIA-A-DIA COM RELAÇÃO AOS RISCOS DE SEUS AMBIENTES DE TRABALHO, BUSQUEM UM CONSENSO COM RELAÇÃO À ABORDAGEM E TRATAMENTO DESTES RISCOS.
NO QUE TANGE À LEGISLAÇÃO BRASILEIRA, O MAPEAMENTO DE RISCO FOI INCLUÍDO NA NORMA REGULAMENTADORA N( 9 (NR-9) ATRAVÉS DA PORTARIA N( 5, DE 17 DE AGOSTO DE 1992, PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, PÁGINA 11327, EM 20 DE AGOSTO DE 1992 E MANTIDO PELA PORTARIA 25 DE 29/12/94 QUE ALTEROU A NORMA REGULAMENTADORA.
APARENTEMENTE UMA IDÉIA NOVA, DE CERTA FORMA O MAPEAMENTO DE RISCO OU, PELO MENOS, A FINALIDADE DO MESMO, JÁ ERA ABORDADA NA NORMA REGULAMENTADORA N( 1 (NR-1), ITEM 1.7, ALÍNEAS "b", "c" E "d", BEM COMO, NA NORMA REGULAMENTADORA N( 5 (NR-5), ITEM 5.2, COMO PODEMOS CONSTATAR EM SEUS CONTEÚDOS QUE SE SEGUEM:
NORMA REGULAMENTADORA N( 1
1.7 CABE AO EMPREGADOR:
a) ...... ;
b) ELABORAR ORDENS DE SERVIÇO SOBRE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, DANDO CIÊNCIA AOS EMPREGADOS, COM OS SEGUINTES OBJETIVOS:
I) PREVENIR ATOS INSEGUROS NO DESEMPENHO DO TRABALHO;
II) DIVULGAR AS OBRIGAÇÕES E PROIBIÇÕES QUE OS EMPREGADOS DEVAM CONHECER E CUMPRIR;
III) DAR CONHECIMENTO AOS EMPREGADOS DE QUE SERÃO PASSÍVEIS DE PUNIÇÃO, PELO DESCUMPRIMENTO DAS ORDENS DE SERVIÇO EXPEDIDAS;
IV) DETERMINAR PROCEDIMENTOS QUE DEVERÃO SER ADOTADOS EM CASO DE ACIDENTE DO TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO;
V) ADOTAR MEDIDAS DETERMINADAS PELO MTb;
VI) ADOTAR MEDIDAS PARA ELIMINAR OU NEUTRALIZAR A INSALUBRIDADE E AS CONDIÇÕES INSEGURAS DE TRABALHO.
c) INFORMAR AOS TRABALHADORES:
I) OS RISCOS PROFISSIONAIS QUE POSSAM ORIGINAR-SE NOS LOCAIS DE TRABALHO;
II) OS MEIOS PARA PREVENIR E LIMITAR TAIS RISCOS E AS MEDIDAS ADOTADAS PELA EMPRESA;
III) OS RESULTADOS DOS EXAMES MÉDICOS E DE EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO AOS QUAIS OS PRÓPRIOS TRABALHADORES FOREM SUBMETIDOS;
IV) OS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES AMBIENTAIS REALIZADAS NOS LOCAIS DE TRABALHO.
d) PERMITIR QUE REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES ACOMPANHEM A FISCALIZAÇÃO DOS PRECEITOS LEGAIS E REGULAMENTARES SOBRE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO.
NORMA REGULAMENTADORA N( 5
5.1) ...... ;
5.2) A CIPA TEM COMO OBJETIVO OBSERVAR E RELATAR CONDIÇÕES DE RISCO NOS AMBIENTES DE TRABALHO E SOLICITAR MEDIDAS PARA REDUZIR ATÉ ELIMINAR OS RISCOS EXISTENTES E/OU NEUTRALIZAR OS MESMOS, DISCUTIR OS ACIDENTES OCORRIDOS, ENCAMINHANDO AOS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO - SEESMTs E AO EMPREGADOR O RESULTADO DA DISCUSSÃO, SOLICITANDO MEDIDAS QUE PREVINAM ACIDENTES SEMELHANTES E, AINDA, ORIENTAR OS DEMAIS TRABALHADORES QUANTO À PREVENÇÃO DE ACIDENTES.
...... .
PORTANTO, A IDÉIA DO MAPEAMENTO DE RISCOS PREVISTO NA NR-9 PRATICAMENTE NÃO ACRESCENTA NADA DE NOVO AO TEXTO LEGAL QUE JÁ CONTINHA DETERMINAÇÕES COM O OBJETIVO DE TORNAR OS RISCOS DO AMBIENTE CONHECIDOS PARA QUE PUDESSEM SER CORRIGIDOS. LIMITA-SE A REGULAMENTAR O QUE JÁ ERA PREVISTO DETERMINANDO, ISTO SIM, UM PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DO TRABALHO QUE FOI DENOMINADO: "MAPEAMENTO DE RISCO".
A PRÓPRIA DETERMINAÇÃO DE QUE OS "MAPAS DE RISCOS" SEJAM AFIXADOS NOS AMBIENTES DE TRABALHO NÃO É ALGO NOVO.
SE CONSIDERARMOS QUE OS AVISOS E SINALIZAÇÕES JÁ EXISTENTES NOS AMBIENTES DE TRABALHO ACABAM POR TER O MESMO OBJETIVO DE INFORMAR AOS FUNCIONÁRIOS SOBRE OS RISCOS À QUE ESTÃO EXPOSTOS, OS "MAPAS DE RISCOS" SÃO SOMENTE UMA FORMA MAIS DETALHADA DE INFORMAÇÃO.
COMENTÁRIOS
ALGUNS COMENTÁRIOS IMPORTANTES IRÃO FACILITAR A EXECUÇÃO DO "MAPEAMENTO DE RISCO".
NECESSÁRIO SE FAZ MENCIONAR QUE AS OBSERVAÇÕES QUE SE SEGUEM FORAM OBJETO DE DISCUSSÕES ENTRE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO DE DIVERSAS EMPRESAS QUE, JUNTOS, ANALISARAM A LEGISLAÇÃO.
I) A ELABORAÇÃO DO "MAPEAMENTO DE RISCO" (COMPLETO OU SETORIAL) FICA A CARGO DAS COMISSÕES INTERNAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPAs, COM A ASSESSORIA DOS SEESMTs DAS EMPRESAS, QUANDO EXISTIREM.
ESSE FATO SE DEVE À ABRANGÊNCIA QUE OS LEGISLADORES PRETENDERAM DAR AO ASSUNTO POIS, NO BRASIL, APENAS 5% DAS EMPRESAS POSSUEM OS SEESMTs, 20% POSSUEM APENAS AS CIPAs E 75% SÃO PEQUENAS E MICROEMPRESAS QUE LEGALMENTE NÃO SÃO OBRIGADAS A CONSTITUIR ESSES ÓRGÃOS.
PORTANTO, A LEI QUE ATINGE APENAS 25% DO UNIVERSO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS, CASO TIVESSE SUA PRÁTICA DIRECIONADA PARA OS SEESMTs, ALCANÇARIA APENAS 5% DAS EMPRESAS;
II) EMBORA A EXECUÇÃO DOS "MAPAS DE RISCO" FIQUE A CARGO DAS CIPAs COM A ASSESSORIA DOS SEESMTs, A OBRIGATORIEDADE QUANTO À REALIZAÇÃO E CUMPRIMENTO DA LEI É DE RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR, DEVENDO O MESMO, APÓS A CONCLUSÃO DOS MAPAS (COMPLETOS OU SETORIAIS), AFIXÁ-LOS EM LOCAIS VISÍVEIS PARA DAR CONHECIMENTO DOS RISCOS DO AMBIENTE AOS TRABALHADORES;
III) PARA QUE SE EFETIVEO ENVOLVIMENTO DOS TRABALHADORES DE TODOS OS SETORES PRODUTIVOS� DA EMPRESA SUGERIMOS QUE O TRABALHO SEJA DESENVOLVIDO COM A PARTICIPAÇÃO DO VICE-PRESIDENTE DA CIPA E DO REPRESENTANTE DOS EMPREGADOS NA CIPA, PERTENCENTE AO SETOR CONSIDERADO.
CASO NÃO HAJA ESSE REPRESENTANTE, O VICE-PRESIDENTE DA CIPA INDICARÁ FUNCIONÁRIO DO SETOR EM QUESTÃO QUE IRÁ COLABORAR NO TRABALHO.
SEGUNDO O DR. JOÃO EMÍLIO DE BRUIN, SECRETÁRIO GERAL DO INSTITUTO BRASILEIRO DE SEGURANÇA / IBS, EM ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA "CIPA", ANO XIII - N( 153, A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NO SETOR ANALISADO PODE, ANALOGAMENTE, SER COMPARADA AO RELACIONAMENTO MÉDICO-PACIENTE.
O ILUSTRE ADVOGADO ASSIM SE POSICIONA: "INSPECIONAR UMA FÁBRICA SEM PREVIAMENTE CONVERSAR COM OS TRABALHADORES É COMO EXAMINAR UM DOENTE SEM ANTES TER OUVIDO A SUA HISTÓRIA. ASSIM COLOCADA A QUESTÃO, O MAPEAMENTO DE RISCOS DEVE PARTIR JUSTAMENTE DAQUELES QUE SE ENCONTRAM EXPOSTOS A ESSES RISCOS, QUAIS SEJAM, OS TRABALHADORES QUE SE LOCALIZAM NAQUELES SETORES DIRETAMENTE AFETADOS";
IV) DEVERÁ PASSAR A SER INCLUÍDO NOS CURSOS DE FORMAÇÃO DOS MEMBROS DA CIPA O ASSUNTO "MAPEAMENTO DE RISCOS", DE TAL FORMA A PERMITIR A ATUALIZAÇÃO ANUAL DO "MAPA DE RISCOS" A CADA NOVA GESTÃO DA CIPA QUE SE INICIE;
V) OS TAMANHOS DOS CÍRCULOS UTILIZADOS PARA REPRESENTAR GRAFICAMENTE OS RISCOS DO AMBIENTE NÃO PODEM SER DIFERENTES DOS MENCIONADOS NA NORMA, PARA QUE NÃO SEJAM CRIADAS DÚVIDAS QUANTO À GRAVIDADE DO RISCO (GRANDE, MÉDIA E PEQUENA).
NA PRÁTICA, TEMOS ADOTADO LEGENDA ONDE OS TAMANHOS DE 10; 5 E 2,5 CENTÍMETROS SE VERIFICAM E, NO MAPA, INSERIMOS CÍRCULOS MENORES PELA IMPOSSIBILIDADE DE ADOÇÃO DOS TAMANHOS PRECONIZADOS.
CASO EXISTAM DOIS OU MAIS RISCOS E NÃO HAJA ESPAÇO SUFICIENTE PARA A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS MESMOS, PODERÁ SER UTILIZADO APENAS UM CÍRCULO DIVIDIDO NAS CORES RELATIVAS AOS RISCOS CONSIDERADOS. ISSO SOMENTE SERÁ POSSÍVEL, CASO A GRAVIDADE DOS RISCOS SEJA A MESMA.
A ABORDAGEM DA GRAVIDADE DO RISCO DEVE LEVAR EM CONTA O PERIGO EXISTENTE E GERADO POR ELE, BEM COMO, AS MEDIDAS PREVENTIVAS ADOTADAS, COMO REPRESENTADO:
RISCO = PERIGO / PREVENÇÃO�
HÁ DETERMINADOS RISCOS QUE AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO NÃO SÃO CAPAZES DE ELIMINAR E, EMBORA CONTROLADOS, ESTÃO PERMANENTEMENTE PRESENTES NO AMBIENTE.
NESSES CASOS, O CÍRCULO QUE REPRESENTA O RISCO NUNCA SAIRÁ DO MAPA, APENAS SENDO VIÁVEL A DIMINUIÇÃO DA GRAVIDADE DO RISCO E, CONSEQÜENTEMENTE, DO CÍRCULO QUE O REPRESENTA;
VI) A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DEVERÁ SER ELABORADA EM PLANTAS SIMPLIFICADAS DE FORMA A NÃO PREJUDICAR A VISUALIZAÇÃO DOS CÍRCULOS;
VII) APÓS O RECEBIMENTO DO "MAPA DE RISCOS" E DO ANEXO-I, A DIREÇÃO DA EMPRESA TEM PRAZO DE 30 DIAS PARA SE MANIFESTAR SOBRE AS MEDIDAS QUE SERÃO ADOTADAS.
TAIS MEDIDAS, BEM COMO OS PRAZOS PARA SUA ADOÇÃO, DEVERÃO SER DISCUTIDAS E CONSENSADAS COM A CIPA E O SEESMT DA EMPRESA.
A AGENDA DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS DEVERÁ FAZER PARTE DO LIVRO DE ATAS DA CIPA.
ANÁLISE DA TABELA - I
I) HÁ QUE SE MENCIONAR QUE A TABELA-I QUE DETERMINA OS RISCOS AMBIENTAIS A SEREM VERIFICADOS, MUITAS VEZES, DEIXA MARGEM A QUESTIONAMENTOS COMO OS QUE SE SEGUEM:
a) COMO DEFINIR TRABALHO FÍSICO PESADO, MONOTONIA, RITMO EXCESSIVO COM A SUBJETIVIDADE QUE TAIS CONCEITOS APRESENTAM;
b) COMO ABORDAR AQUELES TRABALHOS DE CURTA DURAÇÃO, MUITO COMUNS EM PARADAS PARA MANUTENÇÕES E/OU MONTAGENS, NO QUE TANGE AO "MAPA DE RISCOS";
ESSES QUESTIONAMENTOS NÃO PERMITEM RESPOSTAS DEFINITIVAS MAS DEMONSTRAM DE FORMA INEQUÍVOCA A NECESSIDADE DE TREINAMENTO PRÉVIO DOS MEMBROS DA CIPA COM O FIM DE HOMOGENEIZAR, O QUANTO POSSÍVEL, OS CONCEITOS BÁSICOS SOBRE OS AGENTES PROPOSTOS NA TABELA-I.
ANÁLISE DO ANEXO - I
I) PARA FACILITAR O ENTENDIMENTO, À "FONTE GERADORA" DO RISCO SUGERIMOS ASSOCIAR UM NÚMERO COINCIDENTE COM O ADOTADO NO CÍRCULO QUE O REPRESENTA NO "MAPA DE RISCOS";
II) TAMBÉM DEVERÁ SEMPRE SER INFORMADO O NÚMERO DO MAPA NO QUAL O RISCO CONSIDERADO FOI REPRESENTADO.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
DEVE FICAR EVIDENCIADO QUE O MAPEAMENTO DE RISCOS PRECONIZA A IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS POR PARTE DAS CIPAs E NÃO SUA AVALIAÇÃO/MENSURAÇÃO.
ESSES PASSOS, QUE NECESSARIAMENTE DEVERÃO OCORRER NA SEQUÊNCIA DO TRABALHO, SÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA DE PROFISSIONAIS CAPACITADOS PARA TAL, DO SEESMT QUANDO HOUVER NA EMPRESA OU CONTRATADOS COMO CONSULTORES.
CONCLUSÃO
CONCLUINDO, DESTACAMOS OS DEZ PASSOS QUE CREMOS DEVAM SER SEGUIDOS PARA A EXECUÇÃO DO MAPEAMENTO DE RISCOS:
1- DIVISÃO DAS DIVERSAS ÁREAS DA EMPRESA EM SUB-ÁREAS;
2- FORMAÇÃO DE GRUPOS DE TRABALHO COMPOSTOS POR: VICE-PRESIDENTE DA CIPA, MEMBROS DA CIPA, FUNCIONÁRIOS DA ÁREA A SER MAPEADA, MEMBROS DO SESMT;
3- O GRUPO FORMADO DEVE OUVIR OS TRABALHADORES DAS ÁREAS ANALISADAS SOBRE AS CONDIÇÕES DE SEUS AMBIENTES DE TRABALHO NO QUE TANGE A:
# RISCOS QUÍMICOS,
# RISCOS FÍSICOS,
# RISCOS BIOLÓGICOS,
# RISCOS ERGONÔMICOS,
# RISCOS DE ACIDENTES;
4- A CADA AGENTE DE RISCO ANALISADO DEVERÁ ASSOCIAR-SE SUA GRAVIDADE (POSSIBILIDADE DE MATERIALIZAÇÃO);
5- ELABORAR OS MAPAS DE RISCO (GERAL E ESPECÍFICOS) DE ACORDO COM A SIMBOLOGIA DE "CÍRCULOS" PROPOSTA NA NR-9 E COM A GRAVIDADE CONSIDERADA;
6- AFIXAR OS MAPAS DE RISCO NOS AMBIENTES DE TRABALHO EM LOCAIS DE FÁCIL VISUALIZAÇÃO, INFORMANDO AOS TRABALHADORES SOBRE SEU OBJETIVO;
7- ESTABELECER AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO E/OU CORREÇÃO A SEREM ADOTADAS DE ACORDO COM A GRAVIDADE DO RISCO ANALISADO;
8- APRESENTAR O TRABALHO (ANEXO-I) À DIREÇÃO DA EMPRESA, NEGOCIANDO PRAZOS PARA A EXECUÇÃO DAS PROPOSTAS DE PREVENÇÃO E/OU CORREÇÃO APONTADAS;
9- ESTABELECER SISTEMA DE CONTROLE QUE PERMITA À CIPA ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DAS MEDIDAS PREVISTAS;
10- ATUALIZAR, QUANDO NECESSÁRIO, OS MAPAS DE RISCO E, SEMPRE, A CADA ANO NO INÍCIO DA GESTÃO DA NOVA CIPA.
No que tange ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais propriamente dito, apresentamos a seguir proposta para a elaboração do mesmo:
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
P.P.R.A. / NR-09
O que é o P.P.R.A. ?
O P.P.R.A. é na realidade um Programa de Higiene Ocupacional, abrangente e complexo, apesar de simples na sua concepção legal, apresentando uma série de medidas para preservação da saúde dos trabalhadores.
Visa a estabelecer sistemática de identificação antecipada, priorização e busca de soluções dos agentes que podem conduzir às doenças do trabalho (ocupacionais).
O programa introduz a proposta de gerenciamento da questão através de metodologia que pode ser comparada ao PDCA - Plan / Do / Check / Act de tal forma que se constitui em instrumento constante de atuação preventiva e/ou corretiva.
Além disso, o P.P.R.A. subsidia as ações do P.C.M.S.O. (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e, juntamente com esse último, fecha o círculo da correta e eficaz abordagem preventiva na busca da eliminação dos agravos à saúde dos trabalhadores. 
BENEFÍCIOS DO P.P.R.A. 
O P.P.R.A. estabelece os parâmetros mínimos e as diretrizes gerais a serem técnica e legalmente observados pelas empresas, de modo a promover o controle dos riscos que podem levar às doenças ocupacionais.
Além disso, tem ação preventiva e de defesa sobre possíveis processos trabalhistas e/ou cíveis que as empresas venham a sofrer.
A Engenharia de Segurança do Trabalho, a Higiene Ocupacional e a CIPA, através de levantamentos das condições ambientais, apresentam à Direção da Empresa, os riscos existentes e as suas possíveis medidas de controle, objetivando minimizar as perdas decorrentes de :
Afastamentos por doenças ocupacionais;
Instabilidade funcional;
Atuação de sindicatos e fiscalizações do Mtb;
Comprometimento da “IMAGEM” da empresa;
Processos trabalhistas e cíveis.
Para a obtenção dos fins almejados, a atuação primordial deverá ser através de:
Análise das etapas de trabalho e procedimentos dos funcionários;
Treinamentos específicos, inclusive cursos