Buscar

Resumão de Civil II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Obrigação de Dar Coisa Certa
A obrigação de dar coisa certa estabelece entre as partes um vínculo, pelo qual o devedor se compromete a entregar ou a restituir ao credor um objeto perfeitamente determinado, que se considera em sua individualidade, como, por exemplo, um cavalo de corridas, uma joia, uma peça de mobiliário, os itens deve ser especificados nos mínimos detalhes para haver a coisa certa, sendo assim não terá como confundir o item. (Art.233 à 242 código civil)
Obrigação de Dar Coisa Incerta
A obrigação de dar coisa incerta, tem por objeto a entrega de coisa não considerada em sua individualidade, mas no gênero a que pertence. Ela será́ mencionada pela referência a esse gênero e à quantidade, pois se pressupõe ser, de certo modo, indiferente ao credor receber uma ou outra partida, visto que todas, em tese, são iguais e, por conseguinte, intercambiáveis. Em vez de se considerar a coisa em si, ela é considerada genericamente. Assim, por exemplo, a obrigação do comerciante que vendeu duzentas sacas de açúcar de determinada marca. Ao credor é indiferente que o pagamento se faça com mercadoria tirada deste ou daquele armazém, pois se imagina a semelhança de qualidade. (Art. 243 à 246 código civil)
Obrigação de Fazer
A obrigação de fazer é aquela que tem por conteúdo um ato a ser praticado pelo devedor, donde resulte benefício patrimonial para o credor. As obrigações envolve uma atitude humana, a primeira ativa, a segunda passiva, sendo entretanto idêntica a natureza de cada qual, sendo que não pode ocorrer o caso de fungível.
A hipóteses para o caso de a prestação tornar-se impossível para a efetivação do devedor:
A lei estabelece nova distinção, conforme referida impossibilidade advenha ou não de culpa do devedor. Se inocente o devedor, a obrigação se resolve; se culpado, deve compor o prejuízo.
a) A primeira hipótese: quando o fato que tornou impossível a prestação é alheio a uma não vontade do devedor (ex: o musico tem um show para se realizado e fica doente).
b) A segunda se apresenta quando o fato que tornou impossível a prestação decorre de culpa do devedor (ex: o músico que se mantém no estrangeiro no dia em que devia exibir-se em seu país). (Art.: 247 a 249 código civil)
Obrigação de Não Fazer
A obrigação de não fazer é aquela em que o devedor assume o compromisso de se abster de um fato, que poderia praticar, não fosse o vínculo que o prende. Trata-se de obrigação negativa, paralela à obrigação de fazer, que é positiva.
Hipótese comum é a do comerciante que, alienando seu estabelecimento, compromete-se a não abrir outro congênere na mesma rua, ou no mesmo bairro. Trata-se de uma obrigação de não fazer, inspirada na defesa do interesse do credor, a quem assusta a concorrência. (Art. 250 e 251 código civil)
Obrigações Alternativas
A obrigação é alternativa quando, embora múltiplo seu objeto, o devedor se exonera satisfazendo uma das prestações. Enquanto na obrigação cumulativa o sujeito passivo só́ alcança quitação oferecendo todas, na alternativa ele se quita fornecendo uma, dentre as várias prestações. (ex: um vendedor de cavalo, tem três cavalos para ser vendido, o comprador escolhe um, mas no dia seguinte o vendedor dos cavalos perde o qual o cliente iria comprar, sendo obrigações alternativa o comprador poderá escolher outro cavalo em troca do qual havia sumido). (Art. 252 a 256 código civil)
Obrigações Divisíveis e Obrigações Indivisíveis
Nas obrigações divisíveis se são vários os credores, cada um deles tem direito a receber uma parte da prestação; se, pelo contrário, vários são os devedores, cada um deve pagar uma fração correspondente do débito; ou seja, procede-se a concurso, segmentando o montante da prestação. A obrigação é divisível quando tem por objeto uma coisa ou um fato suscetíveis de divisão.
A ideia de divisão da obrigação sofre exceção em duas hipóteses: no caso de indivisibilidade e no de solidariedade.
No caso de indivisibilidade a prestação é exigível por inteiro de um só́ dos devedores, em virtude da natureza de seu objeto, insuscetível de ser repartido; na hipótese de solidariedade, ao contrário, a possibilidade de a prestação ser prestada ou exigida por inteiro advém da lei, que assim o determina, ou da vontade das partes, que assim ajustaram.
O problema da indivisibilidade da prestação, a que se consagra o presente capítulo, só́ se propõe na hipótese de haver pluralidade de credores, ou de devedores, ou de ambos. Se um é o credor e um o devedor, é irrelevante indagar se a prestação é ou não divisível, pois, quer seja, quer não seja divisível, deve ser prestada por inteiro, se outra coisa não se convencionou.
“A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato que não é suscetível de divisão por sua natureza ou pelo modo por que foi considerado pelas partes contratantes”.
A noção de coisa indivisível, pondo ênfase no aspecto econômico do problema, e aqui, no terreno das obrigações, em que o caráter patrimonial sobreleva, maior a importância de tal critério. Em rigor, pode-se chamar indivisível a obrigação quando o fracionamento do objeto devido não só́ altera sua substancia, como também representa sensível diminuição de seu valor. (Art.257 a 263 código civil)
Obrigações solidárias: Solidariedade Ativa e Passiva
A solidariedade constitui em vez de a obrigação se dividir em tantos quantos forem os sujeitos, continua enfeixada num todo, podendo cada um dos vários credores exigir, do devedor comum, a totalidade da prestação; ou devendo cada um dos vários devedores pagar ao credor comum a dívida integral.
A) Solidariedade ativa: havendo vários credores, cada um tem direito de exigir do devedor comum o cumprimento da prestação por inteiro (CC, art. 267). Se não houvesse a solidariedade, a obrigação do devedor se dividiria em tantas obrigações autônomas quantos fossem os credores e, naturalmente, a relação jurídica só́ se extinguiria pagando o devedor a cada qual dos interessados a parte viril correspondente.

Outros materiais