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Aulas 13 e 14 teoria geral dos recursos e recursos em especie

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RECURSOS 
 
1.1) Meios de impugnação 
Ações autônomas de impugnação: buscam impugnar a decisão judicial criando uma nova relação processual (MS, HC, ação rescisória, ação anulatória); 
Sucedâneos recursais: meios de impugnação que não se incluem no conceito de recurso ou de ação autônoma de impugnação. Meios residuais, cujos exemplos são a possibilidade de correção de erro materiais (CLT, artigos 833 e 897-A) e a correição parcial; c) Os recursos propriamente ditos. 
 
1.2) Conceito 
Remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração judicial que se impugna (José Carlos Barbosa Moreira). 
 
1.3) Natureza jurídica do recurso 
O recurso possui natureza jurídica de prolongamento do exercício do direito de ação, ou seja, é a continuação do processo (a que prevalece). 
 
1.4) Classificação dos recursos 
a) Quanto à autoridade a que se destina o recurso: 
Próprio: Julgado por órgão de jurisdição superior: Ex: recurso ordinário, recurso de revista, agravo de petição, etc. 
Impróprio: Dirigido e julgado o apelo mesmo órgão prolator da decisão impugnada. Ex: embargos de declaração. b) Quanto à matéria (ou assunto): 
Ordinário: Visa obter a revisão do julgamento, devolvendo ao Tribunal ad quem o exame completo de toda a matéria impugnada (fatos e direito). Ex: recurso ordinário, agravo de petição, etc. 
Extraordinário: São recursos estritos que devolvem ao Tribunal apenas matéria de direito no tocante à violação da Constituição, lei e jurisprudência, sendo vedado ao órgão julgador o exame de matéria probatória. Ex. recurso de revista, embargos no TST e recurso extraordinário no STF. c) Quanto à extensão da matéria: 
Total: Quando ataca todo o conteúdo impugnável da decisão. 
Parcial: Quando se recorre apenas de parte da decisão. d) Quanto à forma de recorrer: 
Recurso principal: É o recurso interposto no prazo comum por uma ou ambas as partes na hipótese de sucumbência recíproca. 
Recurso adesivo: É o recurso apresentado no prazo das contrarrazões, nos termos do artigo 997, parágrafo 2°, do NCPC. 
José Janguiê Bezerra Diniz acrescenta outra classificação: 
Recurso acerca do error in procedendo: objetiva anular o erro que o magistrado cometeu no curso do processo, durante a tramitação deste. Ex: quando o juiz indefere a oitiva de testemunha da parte, ensejando o cerceio a seu direito de defesa. O recurso utilizado para anular esse erro é chamado de recurso acerca do error in procedendo. 
Recurso acerca do error in judicando: visa reformar a sentença do juiz que errou ao julgar a lide, deixando de aplicar corretamente a lei ao caso concreto; o vício não se refere à forma, mas ao próprio mérito da causa. 
Para Humberto Theodoro Junior, os recursos de classificam quanto: Ao fim colimado pelo recorrente: reforma, invalidação, esclarecimento ou integração; 
Ao juiz que os decide: ao próprio órgão prolator ou outro hierarquicamente superior; 
À marcha do processo a caminho da execução. 
 
 Art. 899 da CLT (Regra geral): “Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora”. 
 
1.5) Fundamentos 
Jurídicos: O recurso existe (I) em vista da possibilidade de erro, má-fé ou ignorância do magistrado ao julgar. Outrossim, (II) tem-se a vantagem das instâncias superiores, onde os juízes, que apreciarão os recursos, gozam de maior conhecimento e experiência (ao menos, é o que se espera). Finalmente, (III) o terceiro fundamento é a uniformização da interpretação das normas (v.g., Súmulas) que é propiciada pelos recursos. 
Psicológicos: Primeiramente, (I) é inerente ao ser humano não conformar-se com uma decisão que lhe é desfavorável. Em segundo lugar, (II) há a possibilidade de reverter um julgamento injusto (ao menos, sob o prisma de quem foi sucumbente). 
 
1.6) Princípios recursais e suas peculiaridades no processo trabalhista 
Duplo grau de jurisdição: não é previsto expressamente na CF, mas parte da doutrina diz que decorre do ordenamento jurídico brasileiro; 
Princípio da singularidade, unirrecorribilidade ou unicidade recursal 
Não pode haver a interposição simultânea ou cumulativa de mais de um recurso quanto ao mesmo ato; 
Os recursos não podem ser usados simultaneamente, mas sim sucessivamente, obedecendo à hierarquia dos órgãos jurisdicionais. 
Este princípio comporta duas exceções: I) sucumbência recíproca: quando a parte apresenta recurso ordinário no terceiro dia do prazo do recurso, porém, a sentença foi alterada posteriormente por embargos de declaração; se houver prejuízo ao recurso ordinário apresentado será possível interpor um novo recurso ou aditar o primeiro; II) aditamento do recurso no dissídio coletivo: O artigo 7°, parágrafo 2°, da Lei n° 7.701/88 autoriza o aditamento do recurso no dissídio coletivo. 
Princípio da conversibilidade ou fungibilidade recursal Segundo tal princípio, um recurso pode ser aceito em lugar de outro, desde que: 
 
Inexista erro grosseiro; 
Há erro grosseiro quando a lei expressamente disciplina o recurso e a parte interpõe outro recurso. Há má-fé quando a parte ingressa com um recurso incabível para a decisão, objetivando procrastinar o feito ou atentar contra a boa ordem processual. 
Haja dúvida quanto qual o recurso a ser apresentado e qual seja válido; 
Por esta característica, a dúvida deve ser de ordem objetiva, não bastando a dúvida subjetiva do advogado sobre qual o recurso cabível. A dúvida objetiva advém de fundada discussão tanto na doutrina como na jurisprudência sobre qual o recurso cabível para a decisão. 
O recurso erroneamente apresentado obedeça ao prazo legal do recurso correto. 
Tal princípio decorre do caráter instrumental do processo e do princípio de aproveitamento dos atos processuais praticados. 
Exemplos de aplicação do princípio pelo TST: 
SÚMULA 421 DO TST: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CABIMENTO. 
DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR CALCADA NO ART. 932 DO CPC DE 2015. ART. 557 DO CPC DE 1973 (atualizada em decorrência do CPC de 2015). 
I - Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator prevista no art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte pretende tão somente juízo integrativo retificador da decisão e, não, modificação do julgado. II - Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, §1°, do CPC de 2015. 
OJ n° 412 SDI-1 TST: AGRAVO INTERNO OU AGRAVO REGIMENTAL. 
INTERPOSIÇÃO EM FACE DE DECISÃO COLEGIADA. NÃO CABIMENTO. ERRO GROSSEIRO. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA 
FUNGIBILIDADE RECURSAL (nova redação em decorrência do CPC de 2015). 
É incabível agravo interno (art. 1.021 do CPC de 2015, art. 557, §1º, do CPC de 1973) ou agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida por Órgão colegiado. Tais recursos destinam-se, exclusivamente, a impugnar decisão monocrática nas hipóteses previstas. Inaplicável, no caso, o princípio da fungibilidade ante a configuração de erro grosseiro. 
OJ n° 69 SDI-2 TST: FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRT. 
Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático que indefere petição inicial de ação rescisória ou mandado de segurança pode, pelo princípio da fungibilidade recursal, ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo regimental. 
OJ n° 152 SDI-2 TST: AÇÃO RESCISÓRIA E MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO DE REVISTA DE ACÓRDÃO REGIONAL QUE JULGA AÇÃORESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. INAPLICABILIDADE. ERRO GROSSEIRO NA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. 
A interposição de recurso de revista contra decisão definitiva do TRT em ação rescisória ou mandado de segurança de sua competência originária, com fundamento em violação legal e divergência jurisprudencial e remissão expressa ao art. 896 da CLT, configura erro grosseiro, insuscetível de autorizar o recebimento como recurso ordinário pelo princípio da fungibilidade, em face do disposto no art. 895, “b”, da CLT. 
Princípio da voluntariedade: a) tal princípio é uma manifestação do princípio dispositivo; b) a interposição do recurso encerra uma manifestação do princípio dispositivo na fase recursal; c) há necessidade da manifestação voluntária da parte sucumbente em recorrer; d) logo, os tribunais somente poderão conhecer da matéria decidida no órgão a quo quando houver provocação do interessado, salvo as matérias de ordem pública – que podem ser conhecidas pelo juiz a qualquer tempo (art. 485, §3°, do NCPC); e) na remessa necessária (remessa ex officio) não há voluntariedade. 
Princípio da proibição da “reformatio in pejus” ou princípio da não-reforma para pior: tal princípio veda que no julgamento de um recurso o órgão “ad quem” profira decisão que piore a condição do recorrente, exceto quando se tratar de matéria de ordem pública, a qual pode ser apreciada de ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição. Decorrência dos princípios do duplo grau de jurisdição e do dispositivo. 
Súmula 45 do STJ: Reexame necessário. Agravar condenação. Fazenda Pública. No reexame necessário, é defeso, ao Tribunal, agravar a condenação imposta à Fazenda Pública. e.1) Teoria da causa madura 
O artigo 1013, parágrafo 3°, do NCPC vai de encontro do direito fundamental supramencionado, uma vez que faculta ao órgão ad quem, ao apreciar o recurso, que julgue desde logo a lide nos seguintes casos: I) de extinção sem resolução do mérito pelo órgão a quo; II) decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III) constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV) decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. 
§4°. Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. 
O princípio da non reformatio in pejus não é absoluto, uma vez que pode sofrer restrição como na hipótese de matéria de ordem pública, a qual o órgão ad quem pode de oficio apreciar e proferir decisão desfavorável ao recorrente. 
A teoria da causa madura é aplicável ao processo do trabalho, uma vez que a CLT é omissa e há compatibilidade com os preceitos trabalhistas, vai ao encontro da celeridade e efetividade processual, princípios basilares da seara laboral. 
f) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias (artigo 893, §1°, da CLT, e Súmula nº 214 do TST): A regra é que as decisões interlocutórias que decidem incidentes do processo não admitem recurso, salvo nas hipóteses previstas na Súmula n° 214 do TST. [1: Que, lato sensu, é toda matéria passível de deferimento ou indeferimento pelo juiz. ]
Súmula 214 TST: DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE. 
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, §1°, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação 
Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
g) Princípio da dialeticidade ou discursividade e interposição de recurso por simples petição 
O recurso deve ser discursivo, dialético, cabendo ao recorrente indicar as razões que impugna a decisão para que ela possa ser reexaminada pelo mesmo órgão ou outro órgão jurisdicional, ou seja, cabe à parte recorrente fundamentar o seu recurso. 
A interposição “por simples petição” prevista na CLT significa que não há necessidade de outras formalidades na peça recursal, entretanto, a fundamentação é necessária para garantir a ampla defesa da parte contrária e a possibilidade da execução definitiva da parte não recorrida. Logo, segundo tal princípio, resta vedado o recurso genérico. 
O jus postulandi e o princípio da simplicidade que são infraconstitucionais não podem violar os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Recurso sem fundamentação ou sem razões recursais é o mesmo que recurso genérico, petição inicial sem causa de pedir ou contestação por negativa geral. 
Outrossim, necessário para que a outra parte possa exercer o direito de ampla defesa e contraditório, e para ter-se conhecimento da parte que transitou em julgado ou não. 
SÚMULA 422 DO TST. RECURSO. FUNDAMENTO AUSENTE OU DEFICIENTE. NÃO CONHECIMENTO. 
- Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida. 
- O entendimento referido no item anterior não se aplica em relação à motivação secundária e impertinente, consubstanciada em despacho de admissibilidade de recurso ou em decisão monocrática. 
- Inaplicável a exigência do item I relativamente ao recurso ordinário da competência de Tribunal Regional do Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é inteiramente dissociada dos fundamentos da sentença. 
 
Uniformidade dos prazos para recurso (artigo 6° Lei n° 5.584/1970): a) o prazo geral para interpor e contra-arrazoar os recursos trabalhistas é de 8 (oito) dias; b) o prazo para oposição de embargos de declaração, no entanto, é de 05 dias; c) nada obstante, no caso do recurso extraordinário dirigido ao STF, o prazo é de 15 dias; isso porque o recurso extraordinário é de natureza constitucional (e não trabalhista); d) não se aplica o artigo 229 do NCPC - prazo em dobro para manifestação de partes que tenham procuradores diferentes (de escritórios de advocacia distintos) - no processo trabalhista (OJ n° 310 da SDI-1 do TST); e) o artigo 180 do NCPC determina o prazo em dobro para o MP se manifestar nos autos, a partir da intimação pessoal. O CPC antigo previa prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte fosse a Fazenda Pública ou o Ministério Público (artigo 188). Por sua vez, o par. 2° do art. 180 do NCPC estabelece que se apliquem os prazos próprios estabelecidos em leis especiais para o MP, no que a disposição contida no artigo 1°, inciso II (prazo quádruplo para defesa) e inciso III (prazo em dobro para recurso), do Decreto-Lei n° 779/69, aplica-se ao processo do trabalho nas causas que envolverem entes federados e suas respectivas autarquias e fundações. 
Instância única (artigo 2°, §4°, Lei n° 5.584/1970): As causas que não excederem 02 salários mínimos – procedimento sumário - não admitirão recurso, salvo se versarem sobre matéria constitucional, em que caberá recurso extraordinário para o STF - grau de jurisdição único. 
Primazia da decisão de mérito 
O novo CPC remove obstáculos processuais de ordem formal, a fim de que se resolva o mérito da causa. No âmbito recursal, cabe oportunizar o saneamento de vícios processuais que implicariam a inadmissibilidade do recurso (artigo 932); realização ou renovação de ato processual (artigo 938, par. 1º); insuficiência do valor do preparo não causará deserção se a parte suprir em 5 dias (artigo 1007, par. 2º); recurso tempestivo com defeito formal que não se repute grave, o TST poderá desconsiderá-lo ou mandar saná-lo, julgando o mérito (artigo 896, par. 11, da CLT). 
 
1.6) Efeitos dos recursos 
Efeito devolutivo (artigo 899 da CLT): No antigo CPC e no NCPC foi mantida, como regra, o recebimentodos recursos nos efeitos devolutivo e suspensivo. No processo trabalhista, no entanto, a interposição do recurso não suspende os efeitos da decisão proferida pelo juízo a quo, ex vi do art. 899 - portanto, têm apenas efeito devolutivo. Assim, ainda que haja recurso, a sentença produz efeitos em favor da parte beneficiada, que pode valer-se de sua execução provisória. A execução provisória dar-seá através do pedido de extração de carta de sentença antes da remessa dos autos, que conterá os documentos necessários à liquidação da sentença (que é a fase de homologação do quantum debeatur, imprescindível à execução), para posterior execução. A execução provisória vai até a penhora, não podendo haver atos expropriatórios até que haja o trânsito em julgado da decisão. 
Súmula 	n° 	393 	TST: RECURSO 	ORDINÁRIO. 	EFEITO 
DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. ART. 1013, § 1º, DO NCPC. I - O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do §1° do art. 1013 do NCPC, transfere automaticamente ao Tribunal a apreciação de fundamento da defesa não examinado pela sentença, ainda que não renovado em contrarrazões. Não se aplica, todavia, ao caso de pedido não apreciado na sentença. II - Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o recurso ordinário, deverá decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3º do art. 1.013 do CPC de 2015, inclusive quando constatar a omissão da sentença no exame de um dos pedidos. 
Efeito suspensivo: é aquele que suspende a eficácia da decisão, impedindo a execução da sentença enquanto não decidido o recurso da parte vencida. O principal atributo do efeito suspensivo concedido ao recurso é o de adiar os efeitos da decisão impugnada, não admitindo, portanto, a execução provisória da sentença. 
Exceção: artigo 9° da Lei n° 7.701/88 c/c o artigo 14 da Lei n° 10.192/01 que permite ao Presidente do TST conceder efeito suspensivo pelo prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias em recurso ordinário interposto em face de sentença normativa proferida pelo TRT. 
Obtenção de efeito suspensivo na Justiça do Trabalho 
Súmula nº 414 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (OU LIMINAR) CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA 
I - A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso. II - No caso da tutela antecipada (ou liminar) ser concedida antes da sentença, cabe a impetração do mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III - A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão da tutela antecipada (ou liminar). 
 
Efeito translativo: o recurso é um ato de vontade do vencido e somente devolve a matéria objeto do apelo para reexame pela instância ad quem. Há situações em que a instância revisora extravasa tais limites. São as matérias de ordem pública, conhecidas ex officio pelo juiz e em relação às quais não se opera a preclusão. A translação dessas questões ao juízo ad quem está autorizada no art. 1013, §1° a §4°, do NCPC. 
Observações importantes: a) conforme o §3° do art. 1013 do NCPC, fica autorizada a ampliação do efeito translativo, facultando-se ao Tribunal, desde logo, julgar o mérito nas hipóteses listadas nos incisos I a IV do §3° e na hipótese do §4°; b) o efeito translativo trata-se de exceção ao efeito devolutivo, uma vez que o Tribunal poderá apreciar matéria de ordem pública, ainda que não alegada pelas partes nas razões do recurso, tendo em vista que tais matérias podem ser apreciadas de ofício em qualquer instância. 
Efeito substitutivo: o julgamento proferido pelo órgão ad quem substituirá a sentença ou decisão recorrida no que foi objeto do recurso, conforme artigo 1008 do NCPC. Mesmo que o acórdão confirme a sentença pelos próprios fundamentos, haverá substituição integral da sentença. 
Efeito extensivo: no caso de litisconsórcio unitário opera-se o efeito extensivo no recurso, pois, conforme artigo 1005 do NCPC, o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se houver interesses distintos ou opostos. 
Efeito regressivo: consiste na possibilidade de retratação ou reconsideração pelo mesmo julgador da decisão recorrida. Exemplos da aplicação de tal efeito: a) o artigo 331 NCPC autoriza o juiz que indeferiu a petição inicial, após interposta apelação pelo autor, a possibilidade de se retratar no prazo de 5 (cinco) dias; b) o artigo 332 do NCPC trata das hipóteses de improcedência liminar do pedido que contrariar precedentes dos 
Tribunais superiores - STF e TST para o processo trabalhista – e nos casos de ocorrência de decadência e de prescrição, independentemente da citação do réu. O parágrafo 3º de tal dispositivo autoriza o juiz se retratar no prazo de 5 dias se houver recurso do autor. Caso seja mantida a decisão será determinada a citação do réu para apresentar contrarrazões ao recurso (prazo de 15 dias) ou, caso haja retratação, citação do réu para apresentar defesa. 
 
1.7) Juízo de admissibilidade recursal 
Duplo juízo de admissibilidade: Para todo recurso na esfera trabalhista existem 2 juízos de admissibilidade: (I) juízo a quo, que prolatou a decisão contra a qual se interpôs recurso e (II) juízo ad quem, que analisará o recurso interposto. 
Nessa toada, a decisão de um juízo não vincula a decisão do outro, de sorte que o juízo ad quem é livre para rejeitar o recurso por ausência de requisito de admissibilidade, não o conhecendo (nesse caso, ele sequer apreciará o mérito), ainda que o juízo a quo tenha recebido o recurso e determinado o seu processamento. Doutro modo, sobre a ausência de vinculação, pode-se aventar a possibilidade de que o juízo a quo não conheça o recurso, por ausência de requisito de admissibilidade - nesse caso, a solução é a interposição de agravo de instrumento, que é o instrumento que objetiva “destrancar” o recurso ao qual foi negado seguimento, combatendo-se a decisão que não o conheceu. 
Cabe destacar que o agravo de instrumento também existe no juízo cível, mas tem finalidade diversa, qual seja, a reforma de decisão interlocutória - que são irrecorríveis na Justiça do Trabalho. 
No processo do trabalho, foi mantido o duplo juízo de admissibilidade, no juízo a quo e no juízo ad quem (artigo 2º, inciso XI, da IN 39/2016) diferentemente do NCPC (artigo 1010, par. 3º), que o manteve para os recursos extraordinário e especial. 
O NCPC admite a coisa julgada de capítulos não impugnados (artigo 966, par. 3º). A sentença do processo do trabalho é fragmentada em capítulos, haja vista a cumulação objetiva de pedidos. No juízo de admissibilidade parcial do recurso de revista exercido pelo presidente do TRT, cabe à parte impugnar por meio de agravo de instrumento o capítulo denegatório da decisão, sob pena de preclusão (art. 1º da IN nº 40/2016 do TST). Antigamente, o juízo ad quem poderia analisar a integralidade do recurso (Súmula 285 do TST - cancelada). 
Se a decisão denegatória parcial da admissibilidade recursal for omissa, necessário que o recorrente oponha embargos de declaração para sanar a omissão. Se o presidente do TRT não supri-la, a decisão será nula por negativa de prestação jurisdicional. Também aqui, caberá interposição de agravo de instrumento, que provido pelo TST, resultará na devolução ao presidente do TRT para complementar o juízo de admissibilidade. 
 
Poderes do relator 
Súmula 435 do TST. Decisão monocrática. Relator. Artigo 932 do CPC de 2015. Aplicação subsidiária ao processo do trabalho. Aplica-se subsidiariamente ao processo do trabalho o artigo 932 do CPC de 2015. 
Decisões monocráticas proferidas pelo relator são recorríveis por meio da oposição do agravo interno ou agravo regimental (artigo 894, par. 4º, da CLT, e artigo 1021 do NCPC). 
 
Pressupostos recursais I – Subjetivos ou intrísecos 
Cabimento = recorribilidade do ato e adequação. 
Não basta que orecurso esteja previsto em lei, é necessário que seja adequado (exemplo: a sentença dá azo à interposição do recurso ordinário). Destaca-se, nessa toada, o princípio da fungibilidade recursal. 
Legitimidade: é a habilitação outorgada por lei à pessoa natural ou jurídica que tenha participado, como parte, do processo em primeiro grau de jurisdição, ainda que revel. 
São legítimos para recorrer a parte sucumbente na relação jurídica processual, o terceiro prejudicado ou interessado e o Ministério Público, nos termos do artigo 996 do NCPC. 
Cabe a este terceiro demonstrar o nexo entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial. O interesse do terceiro há de ser jurídico e não meramente econômico, político ou moral. Exemplos: o sucessor ou herdeiro; a empresa solidária; o subempreiteiro, o empreiteiro principal ou o dono da obra; os sócios de fato nas sociedades não juridicamente constituídas; os litisconsortes e assistentes; o substituto processual. 
Legitimidade recursal do Ministério Público do Trabalho: pode recorrer tanto nos processos em que figura como parte, como naqueles em que oficia como custos legis ou fiscal da lei (OJs 237 e 338 da SDI-1 do TST, e artigo 83, inciso VI, da LC n° 75/1993, e artigo 996, caput, do NCPC). 
Conforme OJ n° 237, o MPT não tem legitimidade para recorrer na defesa de interesse patrimonial privado, inclusive de empresa pública e sociedade de economia mista, contudo, tem legitimidade para recorrer contra decisão que declara a existência de vínculo empregatício com sociedade de economia mista ou empresa pública após a CF/88, sem a prévia aprovação em concurso público. 
Interesse: verifica-se o interesse no binômio utilidade/necessidade. Utilidade da providência judicial pleiteada e necessidade da via que se escolhe para obter essa providência. Somente terá interesse para recorrer a parte que, de alguma forma, foi sucumbente ou prejudicada com a decisão. 
A questão do interesse recursal do réu vencedor e o parágrafo 1º do artigo 1009 do NCPC, que estabelece: As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
Inexistência de fato impeditivo (desistência) ou extintivo (aceitação e renúncia) do poder de recorrer 
Aceitação da decisão (expressa; tácita, art. 1000, parágrafo único do NCPC); 
Renúncia (artigo 999 do NCPC). Independe de anuência da parte contrária e de homologação judicial. Não cabe desistência da renúncia. Pode ser expressa ou tácita; total ou parcial. 
Com o artigo 190 do NCPC, há os que defendem a possibilidade de renúncia prévia do direito de recorrer. 
Desistência. Após a interposição do recurso e até a prolação do voto. O artigo 998, parágrafo único, do NCPC permite a desistência e não obsta a apreciação da questão objeto de recurso de revista repetitivo ou de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida. 
 
II - Objetivos ou extrínsecos: 
Regularidade formal (artigo 899 da CLT) Vide princípio da dialeticidade e a Súmula 422 do TST. 
OJ n° 120 SDI1 TST- RECURSO. ASSINATURA DA PETIÇÃO OU DAS RAZÕES RECURSAIS. VALIDADE: O recurso sem assinatura será tido por inexistente. Será considerado válido o apelo assinado, ao menos, na petição de apresentação ou nas razões recursais. 
Tempestividade: O prazo para interposição do recurso deve ser rigorosamente observado pela parte, conforme a previsão legal, sob pena de não ser conhecido. 
A Súmula 387 do TST e a questão do fac-símile. Contagem do prazo, particularidade do termo inicial e do termo final; 
A Súmula 385 do TST e a questão da comprovação do feriado local e da ausência de expediente forense. 
Não será considerado intempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. 
Preparo: Deve ser observado apenas pela reclamada (art. 790A). O preparo se consubstancia em 2 recolhimentos: 
d.1) Custas: Conforme visto, na Justiça do Trabalho, as custas processuais são recolhidas apenas no final do processo. Assim, as custas somente são devidas em caso de sucumbência total ou parcial do reclamado (o reclamante só deverá recolher as custas em caso de sucumbência total - pleito totalmente improcedente - e, ainda, se não for beneficiário da justiça gratuita, conforme art. 790-A). Dá-se por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU). No caso de interposição do recurso, cabe recolher antecipadamente as custas dentro do prazo recursal (artigo 789, par. 1º, da CLT). [2: Antes, dava-se por DARF. ]
Se ocorrer a inversão do ônus da sucumbência na instância recursal, o TST estabelece que: 
a parte inicialmente vencida pague as custas fixadas na sentença, da qual a parte que recorreu anteriormente era isenta; 
a parte inicialmente vencida seja ressarcida das custas desembolsadas para interpor o recurso ordinário caso reformada a sentença e a parte contrária (que havia vencido originalmente) interponha recurso de revista que venha a ser improvido (sem acréscimo ou atualização do valor das custas); 
o reembolso cabe mesmo no caso da parte vencida ter sido a Administração Pública direta. 
Não há deserção se houver insuficiência do valor do preparo, porque se aplica ao processo do trabalho o par. 2º do artigo 1007 do NCPC. Ressalte-se que o TST aplica o dispositivo às custas e não ao depósito recursal. 
d.2) Depósito recursal: Garantia do Juízo Trabalhista. Recolhe-se através de guia do FGTS. Lastreia-se no artigo 899, parágrafos 1°, 2° e 4°. 
Pressuposto recursal e garantia da futura execução. 
Somente para as condenações pecuniárias (Súmula 161 do TST). 
Devido tão-somente pelo empregador. 
SÚMULA 128 TST - DEPÓSITO RECURSAL: I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso; II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5° da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo; III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. 
d) Regularidade de representação: se a parte estiver assistida por advogado, este deverá estar devidamente constituído nos autos, através de procuração, não se exigindo mais o reconhecimento de firma do constituinte - Lei 8906/94. Os tribunais vêm admitindo o mandato tácito (Súmula 164 do TST e item II da OJ 286 SDI-1 do TST), com o que será considerado advogado da parte aquele que tiver praticado, em seu nome, vários atos no curso do processo em primeiro grau de jurisdição, bem como a chamada procuração apud acta, que decorre da circunstância fática de o advogado figurar como mandatário da parte na ata de audiência, independentemente de juntada do instrumento formal de mandato. 
Observação: O jus postulandi das partes, estabelecido no artigo 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho, nos termos da Súmula 425 do TST. 
Súmula 383 do TST. RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015). 
- É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-seineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso. 
- Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015). 
OJ 286 SDI-1 do TST. AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRASLADO. MANDATO TÁCITO. ATA DE AUDIÊNCIA. CONFIGURAÇÃO. 
I - A juntada da ata de audiência, em que consignada a presença do advogado, desde que não estivesse atuando com mandato expresso, torna dispensável a procuração deste, porque demonstrada a existência de mandato tácito. II - Configurada a existência de mandato tácito fica suprida a irregularidade detectada no mandato expresso. 
 
Espécies de recursos no processo trabalhista: I) Recurso Ordinário – art. 893, inciso II, c/c o art. 895 da CLT; II) Embargos de Declaração e Embargos – art. 897-A CLT e art. 894 da CLT (art. 893, I, da CLT); Recurso Adesivo – art. 997, parágrafos 1° e 2°, do NCPC, e Súmula 283 TST; Recurso de Revista – art. 896 CLT (artigo 893, III, da CLT); Agravo de petição e agravo de instrumento – art. 897 da CLT (artigo 893, IV, da CLT). 
 
2.1) Embargos de declaração 
Natureza jurídica: para corrente majoritária, os embargos de declaração têm natureza jurídica de recurso, uma vez que o NCPC diz expressamente da natureza recursal, conforme artigo 994, inciso IV, do NCPC, o que resta ratificado pelo artigo 897-A da CLT, inserido no capítulo que trata dos recursos. 
Cabimento: artigo 897-A da CLT c/c o artigo 1022 do NCPC; III) Hipóteses de cabimento: para corrigir decisão equivocada (erro material), contraditória, obscura (CLT não menciona esta hipótese) ou omissa (pré-questionamento). No processo trabalhista, também se admite para corrigir e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. 
Prazo para interposição: os embargos de declaração deverão ser opostos no prazo de 5 (cinco) dias, contados da notificação da decisão, sendo que pessoas jurídicas de direito público e o Ministério Público tem o prazo em dobro (10 dias); 
Pré-questionamento: há exigência de pré-questionamento da matéria, sob pena de não conhecimento (e preclusão) do recurso. Assim dispõem a Súmula 356 do STF, a Súmula 297 do TST e a Súmula 98 do STJ. 
Preparo: para interposição não há necessidade do recolhimento de custas ou depósito recursal. 
Observações: a) a rigor, não existe contraditório nos embargos de declaração, não se manifestando exigência de vista da parte adversa, salvo se se vislumbrar a possibilidade de modificação do julgado, o que exigirá vista da parte contrária, no prazo de 5 (cinco dias (artigo 897-A, par. 2°, da CLT). 
 
2.2) Recurso Ordinário 
Cabimento (artigo 895 da CLT): a) das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; b) das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. 
Observações: 1) A parte inconformada com o teor da sentença definitiva ou terminativa poderá interpor recurso ordinário à instância superior. Assim, adentrando ou não a sentença no mérito (sentença definitiva – com julgamento do mérito - ou terminativa – sem julgamento do mérito), o recurso cabível é o recurso ordinário; 2) Nada obstante, também cabe recurso ordinário ao TST para as decisões proferidas pelos TRTs no âmbito de sua competência originária, seja em dissídios individuais ou coletivos. 
Nesse jaez, cabe estabelecer que o TRT pode atuar em grau recursal de duas formas: a) quando aprecia recurso interposto contra decisões proferidas pelos juízos trabalhistas singulares de 1ª instância ou b) originária, quando julga dissídio coletivo ou dissídio individual - no último caso, quando, v.g., aprecia ação rescisória. In casu, a parte inconformada com a decisão prolatada pelo respectivo TRT em autos de dissídio coletivo ou dissídio individual (em ação rescisória, por exemplo), poderá recorrer ao TST mediante recurso ordinário; uma vez que, nesta hipótese, o TRT detém competência originária – não por menos, o legislador adotou a expressão genérica instância superior e não diz de um Tribunal específico (TRT ou TST). [3: Salientando-se que também o TST terá competência originária em sede de dissídio coletivo que ultrapasse o âmbito de competência de um dado TRT. ]
Prazo para interposição de recurso ordinário é de 08 dias; 
Recurso ordinário no procedimento sumaríssimo - Art. 895, §§1° e 2°, da CLT: regulamentam o recurso ordinário em procedimento sumaríssimo nos tribunais. Assim, cabe recurso ordinário contra decisão proferida em sede de procedimento sumário e sumaríssimo. 
Sentença homologatória de acordo: Apesar de ser sentença definitiva (que extingue o processo com resolução do mérito), não admite recurso, uma vez que, nos termos do art. 831, parágrafo único, “no caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas”. Assim, apesar de não ser parte, a Previdência tem legitimidade para interpor recurso, quando, v.g., dadas verbas constantes de um acordo, que deveriam ter natureza salarial (o que implica em recolhimento à previdência), são homologadas como tendo natureza indenizatória (o que afasta a necessidade de recolhimento) – in casu, o INSS terá legitimidade e interesse recursal para recorrer da decisão prolatada. 
 
2.3) Recurso adesivo 
O Novo Código de Processo Civil, no artigo 997, caput, diz que cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte” (par. 1° do art. 997 do NCPC). 
A essa possibilidade de adesão de uma das partes ao recurso da outra, deu-se o nome de Recurso Adesivo. Tal recurso, entretanto, ficará subordinado ao recurso principal, e possui como pressupostos de admissibilidade: a) sucumbência recíproca (isto é, ambas as partes “perdem”/sucumbem – ex.: reclamante pleiteia verbas rescisórias e dano moral: o juiz julga parcialmente procedente – há sucumbência recíproca, pois ambos têm parte da sua pretensão rejeitada) e b) a parte deveria ter condições para recorrer autonomamente; 
Na CLT não há qualquer previsão quanto a aplicação do recurso adesivo no processo do trabalho. Mesmo assim, tal possibilidade existe diante de uma construção jurisprudencial consubstanciada na Súmula 283 do TST, que alega ser compatível com o processo do trabalho, devendo ser interposto no prazo de 8 (oito) dias nas hipóteses de interposição de Recurso Ordinário (RO), Recurso de Revista (RR), Agravo de Petição (AP) e Embargos (no TST); 
Prazo: o prazo para interposição do adesivo começa a fluir a partir do momento que a parte é intimada a contra-arrazoar o recurso principal interposto pela outra parte; 
Requisitos: por óbvio, deverá a parte observar todos os requisitos de admissibilidade do recurso principal, inclusive quanto ao recolhimento de custas e depósito recursal, se for o caso. Em suma: o recurso adesivo deverá observar os mesmos pressupostos de admissibilidade do recurso principal; 
Subordinação: ressalte-se que, como dispõe o artigo 997, parágrafo 2°, do NCPC, o recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal interposto pela parte contrária, de tal forma que se este não for conhecido (tido como inadmissível) ou houver desistência, também deixará de existir o recuso adesivo. Esse é o risco daquele que deixa de interpor o recurso principal, que é independente, e interpõe o recurso adesivo. Em suma: se a parte desistir do recurso principal, fica prejudicado o adesivo; 
Cabimento: somentecaberá Recurso Adesivo em caso de 
Recurso Ordinário, Recurso de Revista, Embargos (no TST) e Agravo de Petição; 
SÚMULA 283 DO TST. 	RECURSO 	ADESIVO. PERTINÊNCIA 	NO 
PROCESSO DO TRABALHO. O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária. 
 
2.4) Recurso de Revista 
I) Introdução: Preliminarmente, além dos requisitos objetivos e subjetivos, existem outros que condicionam a interposição de recurso para um tribunal superior, que são eminentemente técnicos (e não fáticos). Assim, o recurso de revista somente atingirá o TST se houver uma decisão de 1° grau que foi objeto de recurso ordinário para o respectivo TRT, e que foi improvido, observando certos pressupostos de ordem técnica. Não por menos, o TST editou a Súmula n° 425, que dispõe que o jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho” (grifouse). 
Em suma: O TST somente aprecia matérias de ordem técnica - de direito - e não fática. II) Cabimento (artigo 896 da CLT) 
Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: 
derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; 
derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea “a”; 
proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. 
III) Requisitos especiais estabelecidos nos parágrafos 1° a 6° do artigo 897 da CLT (após a edição da Lei n° 13.015/2014): 
§1° - O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo ou denegá-lo; 
§1°-A - Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte; 
§2° - Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal; 
§3° - Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência e aplicarão, nas causas da competência da Justiça do Trabalho, no que couber, o incidente de uniformização de jurisprudência previsto nos termos do Capítulo I do Título IX do Livro I da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). 
§4° - Ao constatar, de ofício ou mediante provocação de qualquer das partes ou do Ministério Público do Trabalho, a existência de decisões atuais e conflitantes no âmbito do mesmo Tribunal Regional do Trabalho sobre o tema objeto de recurso de revista, o Tribunal Superior do Trabalho determinará o retorno dos autos à Corte de origem, a fim de que proceda à uniformização da jurisprudência. 
§5° - A providência a que se refere o §4° deverá ser determinada pelo Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, ao emitir juízo de admissibilidade sobre o recurso de revista, ou pelo Ministro Relator, mediante decisões irrecorríveis. 
§6° - Após o julgamento do incidente a que se refere o §3°, unicamente a súmula regional ou a tese jurídica prevalecente no Tribunal Regional do Trabalho e não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho servirá como paradigma para viabilizar o conhecimento do recurso de revista, por divergência. 
Art. 896-A – Transcendência econômica, política e social (repercussão geral sui generis): a mera observância de todos os requisitos não garante que o recurso será conhecido. Com efeito, conforme o art. 896-A, “o Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica”. Ora, nota-se que o legislador trabalhista transpôs para sua realidade processual os requisitos para caracterização da repercussão geral, que é pressuposto para interposição de recurso extraordinário ao STF, nos termos do art. 1035 do NCPC. 
No entanto, a despeito da previsão legal, na realidade forense o requisito de transcendência ainda não é exigido pelo TST, uma vez que, segundo defendem os Ministros da Corte, carece de regulamentação legal (interpositio legislatoris) - com efeito, cabe questionar-se o que é transcendência, e quais suas facetas políticas, econômicas e políticas na concretude prática. A Medida Provisória que incluiu o artigo à CLT está sendo discutida no STF. 
Pré-questionamento (Súmula 297 do TST): “Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito”. Significa dizer que se deve demonstrar que a decisão combatida (acórdão do TRT) apresenta tese diversa da adotada por outro TRT que favorece os interesses do recorrente. Tal se dá, ao que se vê, para evitar supressão de instância, permitindo que a instância inferior (TRT – juízo a quo) se manifeste expressamente a respeito da matéria combatida; se não se manifesta, não se demonstra a divergência e o pré-questionamento e, portanto, o TST não conhecerá da revista. 
A mesma súmula estatui que “incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão”. Significa dizer que, visando-se recurso ao TST, a parte interessada deve requerer que o respectivo TRT se manifeste expressamente sobre determinada matéria. Se o TRT não se manifesta, a parte poderá opor embargos de declaração pela omissão, obscuridade ou controvérsia do acórdão da corte a esse respeito, requerendo que esclareça o seu entendimento. Em síntese, para caracterização do pré-questionamento, é necessário que a parte recorrente tenha requerido manifestação expressa do TRT sobre a matéria ou tenha, ante a omissão, oposto embargos de declaração. 
Ainda, a súmula prescreve que “considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração”. Assim, se a parte adotou tese e o TRT não se manifestou, e tendo sido opostos embargos de declaração que não foram conhecidos, a matéria será reputada prequestionada. 
Em suma: para interposição de recurso de revista, além dos requisitos das alíneas “a”, “b” e “c” do art. 896 e dos requisitos objetivos e subjetivos, deve-se observar, a rigor,a transcendência jurídica, econômica ou política prevista no art. 896-A e o préquestionamento, conforme dispõe a Súmula n° 297 do TST. 
VI) Interpretação divergente 
a) Art. 896, §7°, da CLT: “A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho”. 
- Súmula nº 296 do TST: “A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica, revelando a existência de teses diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal, embora idênticos os fatos que as ensejaram”. Assim, além de demonstrar a divergência, a atualidade da interpretação, deve-se também demonstrar que a divergência corresponde a um fato idêntico. 
b) Art. 896, §8°, da CLT: “Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.” 
- Súmula n° 337 do TST: “Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário que o recorrente: a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores”. 
VII) Recurso de revista no procedimento sumaríssimo (regra especial) 
- Art. 896, §9°, da CLT: “Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal”. 
Assim, no procedimento sumaríssimo não cabe RR por interpretação divergente de lei federal, mas somente por contrariedade à súmula do TST, súmula vinculante do STF e violação direta da CF. 
VII) Recurso de revista no processo de execução, execuções fiscais e CNDT (regra especial) 
- Art. 896, §10, da CLT: “Cabe recurso de revista por violação à lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei n° 12.440, de 7 de julho de 2011”. 
 
2.5) Agravo de instrumento (artigo 897, “b”, CLT) 
Art. 897, “b”, CLT: cabe agravo de instrumento dos despachos que denegarem a interposição de recursos, no prazo de 8 dias. O agravo de instrumento também está previsto no NCPC, mas presta-se a finalidade diversa. Isso porque, enquanto na esfera cível o agravo visa o reexame de decisões interlocutórias (que resolvem incidentes no processo) ou contra despacho que denega seguimento à recurso especial ou extraordinário; na esfera trabalhista, por outro lado, presta-se tão-somente ao 
“destrancamento” de um recurso ao juízo ad quem, cujo seguimento foi negado pelo juízo a quo; 
Competência (art. 897, §4°, da CLT): o agravo de instrumento será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada; 
Peças do agravante (artigo 897, §5°, da CLT): sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: a) obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o §7° do art. 899 desta Consolidação; b) facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida. 
Em suma: Se provido, o agravo deve possibilitar que o juízo ad quem julgue, desde já, o recurso principal. 
Peças do agravado (artigo 897, §6°, da CLT): “O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos”. Assim, intimado, o agravado oferecerá: contraminuta do agravo de instrumento e contrarrazões do recurso principal – tal se dá para, sendo deferido o agravo, o juízo ad quem possa, desde já, julgar o recurso. [4: Contraminuta. ]
Artigo 897, §7°, da CLT: “Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a este recurso”. 
Preparo do agravo de instrumento – Art. 899, §7°, da CLT: até julho/2010 não havia custas a serem recolhidas para interposição do agravo. Em julho/2010 acrescentou-se o §7° ao art. [5: Recolhimento de custas. ]
899, que dispõe que “no ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar” – não há, portanto, valor fixo, condicionando-se ao valor do recurso que se pretende destrancar com o agravo.

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