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Contratos: Elementos e Princípios

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Contratos 
 
Acordo - Vontades - Outrem - Objeto – criar, modificar, extinguir - Direitos 
 Conceito: É sempre um acordo de vontades entre 2 ou mais pessoas que visa criar, modificar ou extinguir direitos. 
Ato Jurídico Bilateral: Produz efeitos na esfera jurídica e sempre entre mais de uma pessoa, portanto é um negócio jurídico. 
 Art. 117: Contrato consigo mesmo mediante representação.
Contrato bilateral: possui prestação e contraprestação; 
Contrato Unilateral: possui apenas prestação. 
 Elementos dos contratos: 
Subjetivo: 
Sujeitos 
Capaz 
Pessoa Física 
Pessoa Jurídica 
Ente despersonalizado 
Incapaz 
Representado 
Assistido 
Representante implícito 
Objetivo 
Objeto/Prestação: 
Lícito: É aquele que não viola a lei e se o fizer não é passível de sanção. 
Possível: Possibilidade 
Física: Não se pode vender a lua 
Criar 
Modificar 
Extinguir 
Jurídico: 
Art. 426, não pode ser objeto de contrato a expectativa de herança. 
Determinado: 
Determinável: Ainda não se pode determinar. Ex: obrigação de dar coisa incerta. EX: art.483. 
Formal: 
Consentimento: Manifestação de vontade livre. 
Consentimento Informado: As partes antes da celebração do contrato tiveram todas as informações sobre as vantagens e eventuais riscos da atividade a ser desenvolvida. 
Princípios dos contratos: 
Princípio da dignidade da pessoa Humana: 
Princípio da autonomia privada: Antes da constitucionalização do direito civil denominava esse princípio como sendo Princípio da autonomia da vontade. Após a constitucionalização do direito civil, passou a ser denominado princípio da autonomia privada que consiste em: as partes possuem livre vontade para contratar, mas não possui liberdade contratual. 
Liberdade contratual: conteúdo da relação contratual que pode ter cláusulas eleitas pelas partes, mas os conteúdos não podem violar normas de interesse público, visando manter sempre a dignidade da pessoa humana. Caso haja violação, pode ocasionar intervenção estatal.
Princípio da função social dos contratos (Art. 421): Esse princípio faz com que o contrato seja interpretado e visualizado de acordo com o contexto da sociedade para que não fique isolado do mundo externo e observe os princípios da solidariedade, da dignidade da pessoa humana, vetores interpretativos do direito civil constitucional.
Obrigatoriedade dos contratos ( Pacta Sunt Servana): O pacto é obrigatório, “o pacto faz lei entre as partes”. Havendo desequilíbrio entre as prestações, posteriormente a celebração do contrato, época está em que era equilibrada, na forma do art. 479, poderá ser revisto de modo a modificar equitativamente as condições do contrato. O princípio Pacta Sunt Servanda tornou-se relativo, pois somente será totalmente realizado diante da equidade das condições, não sendo válido quando uma das prestações tornar-se excessivamente onerosa a uma das partes. 
Princípio da relatividade: Considerando-se que o contrato é uma relação de direito pessoal, os seus efeitos devem ser suportados tão somente pelas partes contratantes, não atingindo direitos a terceiros.
Princípio da Boa Fé Objetiva (Art. 422): É diferente da boa-fé subjetiva, que se pode dizer que é uma “boa intenção”. O princípio da boa fé objetiva e o princípio segundo o qual as partes contratantes necessitam atuar tanto antes como durante e depois doa relação contratual com os denominados deveres anexos ou secundários.
Formação dos Contratos
 1º Fase – Fase das Negociações Preliminares ou Fase de Pontuação ou Pré -Negocial. 
Fase das conversas iniciais. A pontuação é a fase inicial, é o momento que se estabelece negociações preliminares, sendo que é no momento das preliminares que ocorrem as discussões, estudos, cálculos, estado de conservação, manutenção, ano do objeto, revisão se tiver, ou seja, estou conhecendo o objeto do negócio. Neste momento as partes ainda não estão vinculadas a uma obrigação jurídica contratual, podem até estar vinculada a uma obrigação extracontratual, dependerá da boa -fé objetiva do agente.
2º Fase – Proposta 
É uma declaração de vontade reptícia (só produzirá efeitos se o destinatário aceitar) de dirigida a pessoa determinada. ‘’Art.427 Quem faz a proposta é chamado policitante ou proponente e o destinatário é chamado de oblato ou aceitante. Em regra, a proposta vincula o proponente, ou seja, quando o proponente faz uma proposta e dá um prazo de 2 dias para a aceitação, este está vinculado até o término do prazo e não pode desistir da oferta. Outras hipóteses estão descritas no art. 428 (exceções). Inciso IV: O arrependimento da proponente em fazer em fazer a proposta só ser á eficaz se chegar ao conhecimento do oblato antes da proposta ou junto com ela. Requisitos: a proposta deve ser séria, real, factível (possível no mundo dos fatos). 
A proposta pode se dar entre presentes ou entre ausentes: 
Entre presentes: O requisito é a imediatidade, quando é feita por telefone, contato mediato (WhatsApp). Se não houver prazo (art.428, II) para a resposta do oblato ou se a resposta não for feita na hora, a proposta não vincula o proponente. 
Entre ausentes: quando o policiante não consegue falar imediatamente com o oblato. Ex: um e-mail enviado que não foi visto.
3 Aceitação: É a aquiescência pelo oblato dos termos da proposta encaminhada. 
Entre presentes: Comunicação imediata 
Entre ausentes: Teorias: 
Teoria da Cognição: Por essa teoria o contrato estará formado no momento em que o proponente tiver ciência do teor da a ceitação
Teoria da Agnição: o contrato estará formado no momento em que o oblato declara que aceita a sua proposta. 
Expedição (em regra: Ex. Art. 434): significa que o contrato estará formado a partir do momento em que o oblato expede a sua aceitação independentemente do momento em que este chegue ao conhecimento do proponente.
Recepção: O contrato estará formado no momento em que o proponente recebe a aceitação, mesmo não tomando conhecimento dela. Art. 434, I, II, III
Classificação dos Contratos 
Contratos Considerados Em Si Mesmo Quanto à Natureza da Obrigação 
Unilateral: aquele contrato em que apenas uma das partes possui prestação. 
Bilateral: aquele que há prestação e contraprestação. Ex: contrato de aluguel. As duas partes possuem prestação. 
Gratuito: aquele em que somente uma das partes será onerada. Ex: doação pura. 
Oneroso: aquele em que há sacrifício patrimonial para ambas as partes. Ex: compra e venda.
Comutativo: significa que as partes já têm certeza das prestações e das contraprestações desde a celebração do contrato. 
Aleatório: aquele em há um risco relativamente às prestações, no momento da celebração do contrato não se tem total certeza a pelo menos uma das prestações. Ex: art.483, comprar coisa futura. Corre-se o risco da coisa não existir ou não existir a certa quantidade. Ex: vou comprar a próxima colheita de tomates, se a chuva detonar o tomate, eu perco o dinheiro. Exceto se comprovada a culpa do produtor. 
Paritário: as partes contratantes discutem os termos do contrato em pé de igualdade. Ex: prazo para entregar da coisa. 
De adesão: uma das partes elege todas as cláusulas e a outra adere ou não. A interpretação do contrato de adesão se dá a favor do aderente (interpretação contra proferetem). 
Quanto à Forma 
Consensuais (regra): são aqueles que se formam no momento da aceitação. Se forma a partir do consenso. 
Reais (exceção): o consenso não é suficiente para a sua formação, havendo necessidade da entrega do objeto contratado. Ex: contrato de mútuo, empréstimo de dinheiro. Não basta aceitar pegar emprestado, é necessário que se entregue a quantia pactuada.
Solenes: deve-se obedecer a determinada forma para a sua validade. 
Não solenes (regra): são aqueles contratados de forma livre. Art. 107.
Típicos: a regulamentação está prevista em lei ou regulamento. Ex: todos previstos no CC. 
Atípicos: contratos de forma livre em que as partes têm a chamada liberdade contratual. Quantoao Fim (finalidade) 
Preliminar: é aquele cujo objeto não consiste num bem da vida, mas sim na celebração de outro contrato dito principal. Ex: promessa de compra e venda. Não se confunde com a fase de negociações preliminares. O contrato preliminar é um contrato perfeito, formado e concluído. O contrato preliminar vincula. 
Definitivo: é aquele cujo objeto constituí o bem da vida que se quer. Não há outro contrato a ser celebrado. 
Quanto ao Momento de Execução 
De execução instantânea: quando o cumprimento se dá logo após a formação num único ato. Ex: compra e venda à vista. 
De execução diferida: o cumprimento se dá por ato único, porém posterior à formação. Ex: pagamos hoje, mas só recebemos o produto daqui cinco dias. 
De execução continuada ou trato sucessivo: são contratos cuja prestação de pelo menos uma das partes se da a partir da realização de atos consecutivos, reiterado s. Ex: venda parcelada.
Quanto às Pessoas 
Pessoal ou “intuito personae” ou personalíssimo: É aquele que leva em consideração no momento da celebração do contrato as qualidades pessoais de pelo menos uma das partes envolvidas. 
Impessoal: a prestação pode ser cumprida por terceiros. 
Contratos Reciprocamente Considerados 
Principais: a existência não depende da de qualquer outro, existe por si só. 
Acessório: e aquele cuja existência está subordinada à de outro contrato. Ex: contrato de promessa, fiança, sublocação. 
Garantias Legais dos Contratos: 
Vícios redibitórios são os defeitos existentes na coisa objeto de contrato oneroso, ao tempo da tradição e ocultos por imperceptíveis à diligência ordinária do adquirente, tomando-a imprópria a seus fins e uso ou que lhe diminuam a utilidade ou o valor, a ensejar a ação redibitória para a rejeição da coisa e a devolução do preço pago (rescisão ou redibição) ou a ação estimatória (actio quanti mninoris) para a restituição de parte do preço, a título de abatimento
Adquirente: 
Ações Edilícias: Ação estimatória ou “quanti minoris”: ação na qual o adquirente percebe a existência de um defeito no objeto do contrato e reivindica a diminuição ou abatimento no valor do objeto. 
Ação Redibitória: Extinção do contrato. 
Alienante
Art. 443:
Má Fé (Sabia do defeito): Devolve + Perdas e danos. 
Boa Fé (não Sabia): Devolve o valor recebido + despesas do contrato. 
Art. 444 – Prazos: decadência 
a) bem móvel: 30 dias 
b) bem imóvel: 1 ano
Evicção ( Art. 447) 
É a perda do direito adquirido em contrato oneroso a partir de sentença judicial ou decisão administrativa que reconhece a titularidade do direito transmitido a um terceiro. Esse terceiro chamado evictor demonstra anterioridade desse direito em relação ao momento do contrato oneroso. O alienante quer passar a outrem algo que não é de sua propriedade, esta é do evictor. O evictor é aquele que possui o direito que o alienante vende. Se for reconhecida a evicção, o adquirente perde o direito através de uma sentença judicial para o evictor que prova cronologicamente que o objeto da relação entre alienante e adquirente é dele. O adquirente será ressarcido pelo alienante.
Hasta pública é leilão 
O leilão não é contrato, mas se o devedor tem um bem penhorado e leiloado que não é dele e sim do evictor.
Verbas indenizatórias
Quando o alienante assumir contratualmente a responsabilidade pela evicção devera indenizar o evictor restituindo o valor recebido acrescido de perdas e danos.
Quando o contrato for omisso silente com relação a evicção o legislador presume que a responsabilidade é do alienante razão pela qual devera restituir o valor recebido acrescido mais perdas e danos.
Exclusão parcial, quando o adquirente assumir a responsabilidade pela evicção fara jus somente a restituição do valor.
Exclusão total é quando o alienante expressamente se exonera da responsabilidade de evicção e simultaneamente o adquirente assumi tal responsabilidade existindo as duas condutas o adquirente não fara jus a nenhuma indenização.
Indenização 
Art.450 Par. único: o evictor deve ser indenizado com o valor atual da coisa e não pelo o que valia anteriormente. 
Art 453 - Perdas e danos: o adquirente enganado pelo alienante tem que ser ressarcido pelas benfeitorias necessárias e úteis. O evictor pode ou não indenizar o adquirente e o alienante deve indenizar. 
Art.456 – denunciação da lide: o adquirente vai se defender e vai fazer uma denunciação da lide para que na mesma sentença o juiz decidir a ação contra evictor e evicto (adquirente) e também vai julgar a denunciação do adquirente contra o alienante. Para que o adquirente receba a indenização segundo o CC ele é obrigado a fazer a denunciação da lide, mas os tribunais entendem que a denunciação da lide é facultativa. Ele poderá abrir processo autônomo contra o alienante. O evicto pode notificar qualquer um dos adquirentes / alienantes do bem do evictor, isso se chama denunciação da lide “per saltum” ou sucessiva. Porém com o novo CPC isto não será possível, somente poderá ser notificada a pessoa que passou o bem.
Contrato Preliminar
Art. 462. É aquele cujo objeto é a celebração de outro contrato, dito principal. Exemplo: promessa de compra e venda de algo; O objeto no contrato preliminar não é o bem da vida que se quer, é sim na celebração de outro contrato. No exemplo mais comum, que é o da promessa de compra e venda, se tem a figura do promitente vendedor, do outro lado o promitente comprador, sendo o objeto a celebração do contrato de compra e venda, de sua escritura definitiva, e não o imóvel. 
Requisitos para o contrato preliminar: Partes; Objeto; Forma. 
O contrato preliminar é necessário os três requisitos, quais sejam, partes, objeto e forma, sendo certo que não precisa obedecer a forma do contrato definitivo, como previsto no art. 462 caput. Ou seja, por exemplo, a compra e venda de um imóvel de um milhão de reais, em regra seria por instrumento público, conforme art. 108, porém, pelo art. 462, poderá feito por instrumento particular, eis que não se precisa observar a forma exigida pelo contrato principal. No entanto, se quiser fazer por instrumento público pode fazer da mesma forma. 
Art. 463. Como previsto no supracitado art., o contrato preliminar é irretratável, constitui um dos motivos pelos quais as partes contratantes podem ficar despreocupadas, pois o promitente vendedor não pode deixar de vender, bem como o promitente comprador não pode deixar de comprar. Acontece que, apesar de ficarem comprometidos entre si como assim visto a cima, as partes podem eleger a cláusula de arrependimento, se assim concordarem. Entretanto, segundo a Lei 6.766|79, se o bem, objeto do contrato definitivo for fracionado, ou seja, loteado, não caberá cláusula de arrependimento; tendo, portanto, um compromisso de compra e venda; 
Art. 464. Acontece quando ambas as obrigações / prestações do contrato preliminar foram cumpridas, mas o promitente vendedor, por exemplo, fica resistente em dar a escritura definitiva do imóvel adquirido. Portanto, neste exemplo, o promitente comprador poderá ingressar ao TJ para exigir o cumprimento do contrato. Desta forma, poderá qualquer uma das partes poderá ir ao Poder Judiciário e exigir o cumprimento do contrato definitivo, promovendo uma ação de execução de fazer | obrigação de fazer, conforme art. 466 – “b” - do CPC. Ou, poderá ainda ingressar com uma ação cominatória, esta não mais prevista no novo CPC, art. 287 do antigo CPC, cominando astreintes, ora multa, para o cumprimento da obrigação. 
Art 465. Sujeito que cumpriu com todas as suas obrigações no contrato preliminar, pode optar também pela extinção do contrato, através da resolução, concedida através do inadimplemento da outra parte que não cumpriu com suas obrigações. Sendo, portanto, uma faculdade ao credor, ao invés de exigir o cumprimento do contrato, poderá exigir a rescisão do contrato e mais perdas e danos judicialmente. 
Art. 466. Caso de promessa de doação, se há um descumprimento do promitente doador, pode a outra parte exigiro cumprimento da obrigação segundo a segunda corrente doutrinária, porém conforme entende a primeira corrente majoritária, não é possível exigir-se o cum primento. Uma primeira corrente, majoritária, entende -se não ser possível uma promessa de doação, exatamente por ser um contrato gratuito, por consistir em mera liberalidade, sendo assim, o promitente doador, não pode ser obrigado a doar, doa se quiser. A segunda corrente diz que ninguém é obrigado a dor, mas a partir do momento em que se faz o contrato preliminar, já é manifestada a vontade de doar, logo, este ato de liberalidade, tem que cumprir.
Contrato aleatório (arts. 458 a 461) 
Aquele que envolve algum risco, risco esse da existência da prestação¹ ou o risco da prestação existir em qualquer quantidade²; O risco incide sob a existência do objeto do contrato 
Art 458 – Um dos contratantes assume o risco da coisa futura (objeto) não existir, dando -se o nome de “emptio spei”, ou seja, venda da esperança. 
Art 459 - Se assume o risco e a coisa não existe (existência da prestação), sem culpa ou dolo da outra parte, há o dever de cumprimento, há o dever de pagar pelo adquirente, não ocorrendo a extinção da obrigação. Por outro lado, é possível que o risco assumido seja relativo a quantidade, não se tem a venda da esperança, dando-se o nome “emptio rei speratae”, ou seja, a venda da coisa em relação a quantidade.
Art – 460 – A coisa existe, no entanto, está numa situação de risco; O adquirente assume o risco; Se a coisa já não mais existia no momento do contrato, ou existia em quantidade inferior, o valor é devido, desde que houver risco para ambos, ou seja, nenhum dos dois sabendo que não mais existia ou que existia em quantidade inferior; 
Art – 461 – Se o vendedor, por exemplo, tivesse ciência que a coisa não mais existia ou existia em quantidade inferior, o contrato poderá ser anulado , em razão de dolo, de má-fe subjetiva. 
Contrato com pessoa a declarar 
Conceito: Consiste no contrato em que uma das partes adquire o direito de indicar em determinado espaço de tempo um terceiro que assumirá a posição contratual de quem o indicou. Exemplo:
Vendedor – imóvel - Comprador 
Claúsula amico eligendo, que num determinado prazo irá indicar um amigo, um terceiro, que irá assumir a posição do comprador nessa relação contratual. A partir da indicação do terceiro a eficácia é ex tunc. 
Art 470 - O terceiro não vai mais figurar, não vai produzir efeito essa indicação, não vai ser preenchido 
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS 
EXTINÇÃO NORMAL DO CONTRATO
O contrato é extinto de maneira normal, quando foram cumpridas as obrigações expressas nele ou quando foi estipulado um prazo para o contrato chega ao fim. Entretanto, no caso de haver prazos, ele só estará extinto, desde que, estejam cumpridas suas obrigações.
EXTINÇÃO POR FATORES ANTERIORES À CELEBRAÇÃO DO CONTRATO
Esta forma de ocorrer à extinção ou de levar o contrato ao seu fim. Representa alguns problemas na formação do contrato que está relacionada com o seu plano de validade ou com a autonomia privada das partes no contrato.
Existem três problemas específicos que fazem com que o contrato chegue a este fim. São eles: invalidade do contrato; cláusula de arrependimento expressa; cláusula resolutiva expressa.
Ao se referir à invalidade do negocio jurídico, trata-se do caso ao qual há um desvio no contrato, em que ele esta totalmente fora da lei ou parte dele. Já, nos casos de clausula de arrependimento expressa no contrato, ocorre que, por força desta no contrato, as partes de maneira unilateral. Clausula resolutiva expressa no contrato, pois esta representa uma condição, ou seja, um evento futuro e incerto, que pode chegar ou fazer com que o contrato chegue ao seu fim, devido a sua origem constar tal previsão. É obrigatório, haver uma previsão expressa no contrato, por que esta clausula ocorre tanto de maneira expressa como também de maneira tácita, mas a diferença reside no fato de que, estando esta clausula expressa no contrato, ela pode ser acatada ou executada simplesmente por uma das partes, enquanto o modo de ocorrer tacitamente envolve uma decisão judicial, que põem fim ao então contrato. Artigo 474, CC. Em outras palavras, uma depende de manifestação judicial e outra não, a tácita depende, enquanto a expressa não.
EXTINÇÃO DO CONTRATO POR FATOS POSTERIORES À CELEBRAÇÃO DO CONTRATO
Estamos falando da chamada de rescisão contratual. A rescisão contratual dá possibilidade ao surgimento de dois fatos que a podem gerar. Ou seja, são subdivisões da rescisão contratual: a resolução contratual (o contrato chega ao fim, por descumprimento das obrigações nele estipuladas); resilição contratual (quando as duas ou uma das partes, quer que o contrato chegue ao fim, e encontra fundamentação em lei, expressamente ou implicitamente, por revelar um direito potestativo.) Enfim, é provocada a extinção do contrato, por motivo de uma das partes está em desvantagem ou em desequilíbrio, há um prejuízo para uma delas (as partes). Por isto, ocorre a rescisão contratual.
RESOLUÇÃO CONTRATUAL
A extinção do contrato é provocada em decorrência do descumprimento ou inadimplemento das obrigações estipuladas no contrato. Ela pode ocorrer de 4 (quatro) maneiras diferentes, são elas: inexecução voluntário; inexecução involuntária; onerosidade excessiva; clausula resolutiva tácita.
Inexecução voluntária; neste caso, a resolução contratual ocorre por fato de uma das partes, o devedor, tornar a obrigação impossível de ser cumprida por fato seu, ou seja, o devedor age com culpa ou dolo no inadimplemento da obrigação. Dando liberdade para a outra parte, o credor, pedir a resolução do contrato ou optar pela continuação do contrato. 
Inexecução involuntária; ocorre por meio da impossibilidade das obrigações contratuais serem cumpridas por que surgiu um acontecimento imprevisível (caso fortuito) ou um fato inevitável (caso de força maior). Quando ocorre este tipo de resolução contratual, não é possível uma das partes em proveito ou de má-fé, exigir da outra indenização por perdas e danos. O deve acontecer é que o dinheiro é devolvido e eles voltam ao inicio do contrato. 
Onerosidade excessiva; na continuação de um contrato ou no decorrer do contrato, é possível ocorrer eventos que são imprevisíveis e extraordinários, que afetam direta ou indiretamente as obrigações no contrato, tornando-as onerosas. Nestes casos, tem que ocorrer a resolução contratual por onerosidade excessiva. Entretanto, existem outro caminho ou possibilidade de a parte que se encontra em desequilíbrio pode procurar, estamos falando da revisão contratual, ou seja, a parte leva ao juiz para que ele extingue o contrato em decorrência dos fatos que o tornaram extremamente onerosos. 
Clausula resolutiva tácita; o contrato chega ao fim através da presença de uma das condições estipulada no contrato, em outras palavras, um evento futuro e incerto gera o inadimplemento contratual, em decorrência de lei.
RESILIÇÃO CONTRATUAL
Quando as partes contratuais querem extinguir o contrato ao qual firmaram e dar início a um novo contrato, estando eles permitidos por meio de lei, por que tem se a presença de um direito potestivo. Ela pode ocorrer de 2 (duas) maneiras: resilição bilateral; resilição unilateral.
Resilição bilateral
A resilição bilateral ou distrato é a manifestação de ambas as partes envolvidas no contrato, querendo pôr fim a ele, de comum acordo, voluntariamente, entretanto, querem dar início a um novo contrato, ou seja, pretende-se pôr fim ao que estão envolvidos e iniciar um novo contrato. 
Resilição unilateral
A lei explicita ou implicitamente quando dá a uma das partes o direito potestativo. Este pode por declaração sua, ou seja, uma única vontade, extinguir a relação contratual.
EXTINÇÃO POR MORTE DE UM DOS CONTRATANTE
O contrato pode chegar ao fim, antes de sua conclusão normal, através da morte de uma das partes, que tinha obrigações intuito personae ou personalíssimas para serem cumpridas, denominado de cessão contratual.A extinção é concretizada de pleno direito.
Compra e Venda
Denomina - se compra e venda o contrato bilateral pelo qual uma das partes (vendedor) se obriga a transferir o domínio de uma coisa a outra pessoa (comprador), mediante remuneração de certo preço em dinheiro”. 
Características
Bilateral (sinalagmático) - Cria obrigações para ambos os contratantes, que são ao mesmo tempo credores e devedores.
Oneroso - Ambas as partes auferem vantagens, que correspondem a sacrifícios patrimoniais.
Comutativo - Objeto certo e seguro, com equivalência aproximada das prestações e contraprestações. Aleatório - Admitido em algumas hipóteses, na dúvida da existência ou do valor de uma das prestações (ex.: venda de colheita futura).
Consensual - Aperfeiçoa-se com o simples consenso dos contraentes.
Solene - Quando a lei o exigir (ex.: escritura pública para compra de imóveis).
Legitimidade; E a autorização da capacidade por sua vez correspondente a aptidão do sujeito, sendo exclusiva do proprietário ou daquele que represente o verdadeiro dono.
Venda ad mensuram e ad corpus: estas duas espécies de CeV se aplicam a imóveis. A venda é ad mensuram quando se determina a área do imóvel vendido (ex: fazenda de cem hectares, terreno com mil metros quadrados) ou o preço de cada metro ou hectare (ex: mil reais cada metro quadrado, dez mil reais por hectare); o erro no tamanho do imóvel traz consequências conforme art 500.
Já na venda ad corpus adquire-se coisa certa e que se presume conhecida pelo comprador (ex: Fazenda São João, Engenho Limoeiro), de modo que não se pode falar de abatimento do preço (§ 3º do art. 500). Na venda ad corpus existe uma presunção absoluta de que o comprador conhecia o imóvel, sua extensão e suas divisas. Falando de presunção, em direito a presunção pode ser absoluta (jure et de jure) ou relativa (juris tantum): a presunção absoluta não admite prova em contrário (exs: 158, 1.238), a relativa sim (ex: 322).
Cláusulas especiais à compra e venda: estas cláusulas modificam o contrato e são opcionais, podem ou não estar presentes nos contratos de CeV, a critério das partes:
Retrovenda (artigos 505 a 508) ; Direito do vendedor de readquirir imóvel, dentro do prazo decadencial máximo de três anos ( não se suspende nem se interrompe), restituindo o preço recebido, mas despesas feitas pelo comprador.
Venda a contento e venda sujeita a prova (arts. 509 a 512)
Venda a contento - O negócio não se aperfeiçoa enquanto o comprador não se declara satisfeito, mesmo que a coisa já tenha sido entregue.
Venda sujeita a prova - O vendedor apresenta ao comprador amostras que asseguram a qualidade do produto. Não apresentando a qualidade, a coisa pode ser enjeitada. 
Preempção, preferência ou prelação (artigos 513 a 520)
O comprador, caso for vender a coisa (móvel ou imóvel) a terceiro, se obriga a oferecê-la ao vendedor, para exercer o direito de preferência em igualdade de condições. É direito personalíssimo e intransmissível.
Prazo: sendo móvel, não pode exceder 180 dias; sendo imóvel, dois anos. 
Em algumas situações o direito de preferência decorre da lei:
Coisa não teve o destino para o qual foi desapropriada: o expropriado tem direito de preferência pelo preço atual (retrocessão).
Condômino de bem indivisível: só pode vender sua parte a estranhos se oferecer antes aos outros condôminos, nas mesmas condições. O condômino preterido poderá, depositando o preço, requerer para si a coisa vendida a estranhos, no prazo de 180 dias.
Locatário: tem preferência para adquirir o imóvel locado, em igualdade de condições com terceiros.
Reserva de domínio (artigos 521 a 528)
O vendedor transfere ao comprador a posse da coisa, reservando para si a propriedade até que se realize o pagamento integral do preço, quando então o negócio terá eficácia plena. Se o comprador não pagar as prestações no vencimento, pode o vendedor:
a) pleitar a rescisão do contrato, a reintegração de posse da coisa, devolvendo as prestações pagas (deduzidas as despesas);
b) mover ação pleiteando a cobrança das prestações vencidas e vincendas, pois o atraso de uma prestação acarreta o vencimento antecipado dos demais.
Observação: o comprador somente poderá dispor ou alienar esse bem se houver expressa autorização do vendedor.
Troca ou permuta
Portanto, pode ser considerado troca, quando as partes de comprometem a entregar uma coisa pela outra, desde que não seja dinheiro.
O objetivo é a existência de dois ou mais bens em bom estado, ou seja, que pudessem ser vendidos, sem a necessidade de que eles tenham o mesmo valor financeiro igual ou equivalente ou sejam da mesma espécie.
Características; São considerados bilaterais, pois existe a necessidade da existência de mais de uma parte, assim como a existência de mais de um bem para formar essa relação jurídica.
São onerosos, porque ambos os contratantes obtêm proveito da relação, por mais que não exista pagamento em dinheiro.
A permuta é considerada também um contrato comutativo, pois ambas as partes têm conhecimento sobre as suas obrigações, criando assim um equilíbrio entre o objeto da troca ou sobre o seu valor.

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