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ANOTAÇÕES DPP

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ANOTAÇÕES – DPP III
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
- se não houver previsão legal para recurso na decisão, esta é irrecorrível, mas pode questionar a matéria em preliminar de futura apelação por meio de HC ou MS.
- natureza jurídica: 3 correntes
-> desdobramento de direito de ação
-> instrumento de reforma da decisão
-> nova ação dentro do mesmo processo
- não há mais que indagar-se da prisão do reu condenado, dos antecedentes ou da primariedade para interposição de recurso. Tem direito de recorrer ainda que tenha fugido da prisão
- os acusados com foro por prerrogativa de função não tem direito ao duplo grau, ou seja ao reexame integral da sentença de 1 grau. Entende-se que os RE que possam vir a interpor não representam o duplo grau, no qual há análise da situação fática e se busca a concretização dos direitos subjetivos. 
- Súmula 704 do Supremo, não viola as garantias do juiz natural o julgamento do corréu sem foro com prerrogativa de função a atração por conexão ou continência com um dos acusados em foro por prerrogativa de função. O corréu também não poderia recorrer o que viola a garantia do duplo grau obrigatório. Prevaleceu o entendimento de que o duplo grau seria garantido pela possibilidade de interpor EI.
- taxatividade: os instrumentos de impugnação devem estar previstos em LEI FEDERAL
- unirrecorribilidade das decisões: a cada decisão recorrível só cabe um recurso. É possível a interposição concomitante de mais de um recurso desde que sejam estes da mesma natureza jurídica, situação comum quando há sucumbência recíproca. Exceções: 
-> protesto por novo júri à condenação a reclusão de 20 anos ou mais e apelação quanto a crime conexo.
-> RE e Resp 
-> EI e EM em julgamentos de apelações, RESE e agravo em execução e RE e Resp
Princípio da fungibilidade: se o juiz desde logo perceber a impropriedade do recurso interposto pela parte pode preceder de acordo com o rito cabível. A fungibilidade, portanto, não pode suprimir uma etapa do procedimento
Princípio da Convolação: a impugnação pode ser recebido e conhecida como se fosse outra. Visa a evitar prejuízo ao recorrente quando a despeito da adequação da via impugnativa, faltarem pressupostos recursais, tais como tempestividade, forma, legitimidade, preparo e interesse. Tem o objetivo de beneficiar o acusado, permitindo-le uma via impugnativa mais vantajosa.
Voluntariedade: a impugnação é verdadeiro ônus processual das partes. 
Reexame necessário: ou recurso de ofício ou recurso anômalo: a decisão não produz efeitos enquanto não confirmada pelo tribunal. Não está sujeito a prazo, não há necessidade de fundamentação nem de arrazoar. É necessário mesmo tendo as partes interposto recurso voluntário. Apenas sobre decisões proferidas por juiz singular, sendo inadmissível quanto a decisões colegiadas, inclusive nas decisões de competência originária dos Tribunais. Cabimento:
Decisão que cncede reabilitação, 
sentença que conceder habeas corpus, 
absolvição de acusados por crimes contra a economia popular ou contra a saúde pública
Sentença que conceder MS
Disponibilidade: o MP não pode desistir de recurso que haja interposto
Non reformatio in pejus: recurso exclusivo da defesa não pode trazer mau ao réu. No mesmo sentido, recurso da acusação não pode piorar a situação do réu no que não tenha sido expressamente alegado e possibilidade do reformatio in mellius. 
Súmula 160 STF - O tribunal não pode piorar a situação do réu em recurso exclusivo da defesa, sendo afastada inclusive a possibilidade de conhecimento e matéria cognoscível de ofício, a não ser em recursos de ofício.
Nos reformatio in pejus indireta: 
Sentença impugnada for anulada por recurso exclusivo da defesa. A fixação de pena limitar-se-á aquela disposta na sentença anulada. 
Incompetência absoluta: há quem entenda que a sentença gerada pelo juízo incompetente não pode restringir a fixação de pena na nova decisão, apesar disso, tem prevalecido o entendimento que a sentença anterior servirá como teto-limite para a fixação da pena
Pela soberania dos vereditos, não se aplica a restrição aos limites da decisão de júri anulada. No entanto, se os resultado das deliberações do júri for indentico ao do anterior, não pode o juiz impor ao acusado pena mais grave daquela que foi anulada
Diferentemente, no recurso exclusivo da acusação é possível que o juízo ad quem melhore a situação da defesa. Outros entretanto, divergem compreendendo que no recuso da acusação não pode ser melhorada a situação da outra parte, mas que poderia levantar a questão em favor do réu em sede de HC de ofício. Prevalece, porém, o princípio do favor rei e a reformatio in mellius para a defesa no processo penal.
A reformatio in mellius pode ocorrer ainda no recurso da defesa, melhorando a situação do reú ainda que este não tenha expressamente levantado a questão. Súmula 713 so Supremo, no tribunal do Júri não pode-se conhecer de matéria não expressamente ventilada nas razões de apelação criminal
Dialeticidade: a petição tem que conter as razões de fato e de direito do recurso. É inadmissível que um recurso deja apreciado pelo órgão ad quem sem a apresentação de razões. Permitir o contraditório e limitar a apreciação do recurso pelo tribunal
Se o defensor constituído pelo réu foi devidamente intimado, a ausência de razões e de contrarrazões a apelação do Ministerio Público não causa nulidade. No entanto, em embargos de declaração com efeitos infringentes é necessário intimar a parte contrária para apresentar contrarrazões.
Procedimento na não apresentação de razões:
- juiz ou tribunal baixa os autos em diligencia, a fim de que o defensor apresente a respectiva peça de defesa. Sendo este inerte, intima o juiz o acusado para que constitua novo defensor. Já quando o MP não apresenta razões, os autos são remetidos ao Procurador de Justiça para que nomeie outro órgão ministerial ou apresente razões.
Complementariedade: após apresentadas as razões recursais, seja na interposição, seja posteriormente, é vedado ao recorrente complementar seu recurso com novas razões por conta da preclusão consumativa. Porém pode a parte complementar quando houverem efeitos infringentes no julgamento de embargo de declaração, esta complementação deve estar limitada à sucumbência ocasionada pelos embargos infringentes. 
Variabilidade: o recorrente poderia substituir o recurso interposto por outro ainda que dentro do prazo recursal. Não admitido no processo penal brasileiro, pos conta da preclusão consumativa.
Colegialidade: aquele que recorre de decisão de 1 grau teria direito a que seu recurso seja julgado por órgão colegiado. Tem se entendido que o julgamento de RESE, agravos em execução e apelação deve ser julgados em colegiado, e não de maneira monocrática pelo Relator. Esse posicionamento, entretanto, limitaria a ampltitude de atuação das partes. É plenamente possível o julgamento monocrático de HC e recursos extraordinários no STF e STJ quando a decisão impugnada estiver em manifesto confronto com Súmula ou jurisprudência de tribunal superior. 
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL
O juízo de admissibilidade é feito primeiramente pelo juízo a quo, mas neste não tem caráter de definidividade, não vincula o ad quem. Interposto recurso posteriormente denegado pelo a quo, deve ser recorrida essa decisão sob pena de preclusão da via recursal. A inadmissibilidade da apelação é recorrida por RESE, denegados os demais recursos caberá carta testemunhável. 
Nem sempre ambos os juízos a quo e ad quem analisam a admissibilidade do recurso como é o caso da carta testemunhável, só analisada pelo ad quem
Pressupostos Objetivos de admissibilidade Recursal
- cabimento: previsão legal do recurso
- adequação: pertinência entre o recurso previsto para a decisão impugnada e o efetivamente interposto
- tempestividade: no prazo legal, sob pena de preclusão temporal. O próprio órgão jurisdicional a quem caberia recebe-la pode negar seguimento, impedindo a remessa ao ad quem. Deve ser verificada a data em que a petição foiprotocolada ou em que é entregue ao escrivão ou diretor de secretaria, independente do momento de despacho do juízo a quo. Sumula 428 STF não fica prejudicada petição recebid a tempo no cartório, mas despachada tardiamente. Se for apresentar razões depois da interposição, a data a ser verificada é o momento da interposição.
Prazo recursal começa a fluir da: intimação da decisão, da audiência, se nela estava presente a parte; do dia em que a parte manifesta ciência inequívoca de ciência ou despacho. 
O prazo começa a fluir para o MP a partir da data de entrada dos autos naquele órgão, e não da aposição do ‘ciente’ 
Os membros da DPU, da Defensoria Pública do DF e dos Territórios e da DPE tem prazo em dobro para recorrer. Prevalece o entendimento de que o beneficio do prazo em dobro não se estende aos Juizados Especiais Federais. Não se estende ao defensor dativo.
- a legitimidade autônoma do acusado para recorrer está restrita às decisões pronunciadas no 1 grau, não tendo capacidade postulatória autônoma quanto a decisões de tribunais, ainda que a causa seja de competência originária do tribunal
- Inexistencia de fato impeditivo:
-> renúncia ao direito de recorrer: há controvérsia acerca da possibilidade do MP renunciar ao direito de recorrer. Como o acusado e o defendor têm legitimidade autônoma renúncia do acusado quando sem assistência do defensor, não obsta o conhecimento de apelação interposta por seu defensor. Por outro lado, renunciando o defensor, faz necessária a intimação do acusado para que constitua novo advogado
- > preclusão temporal, lógica ou consumativa
- > inexistência de fato extintivo: desistência ou deserção
DESISTENCIA
O promotor de justiça interpõe recurso no qual as razões podem ser dadas posteriormente, cabendo a outro promotor arrazoar. Se este não concordar com o recurso interposto será obrigado a arrazoar mesmo assim? Indisponibilidade recursal do MP e a independência funcional. 
Interposto recurso pelo acusado e pelo defensor, um será intimado da desistência do outro, sendo entendimento predominante que a discordância entre ambos resolve-se em favor d interesse de recorrer até por que o reu não é prejudicado pelo princípio do non reformatio in pejus. Divergência doutrinária: tanto defensor dativo como constituído podem desistir? Sim, do contrário seria o dativo obrigado a recorrer sempre, obstando ao voluntariedade. 
O advogado do querelante pode desistir se for procurador especial
É irrevogável e irretratável.
DESERÇÃO
Subsiste um única hipótese de deserção – a falta de preparo pelo querelante na ação penal exclusivamente privada importa em deserção do recurso interposto, salvo em comprovada pobreza. Apenas para o querelante. O querelado e o assistente de acusação não precisam pagar preparo. O MP não está sujeito ao pagamento de custas judiciais.
- regularidade formal: mitigada pelo princípio da instrumentalidade das formas. Alguns recusos podem ser interpostos tanto por petição como por termo nos autos. São aqueles que no ao de interposição da 1 instancia não precisam estar acompanhados das razões :
->recurso em sentido estrito
-> apelação, salvo nos Juizados Especiais Criminais
-> agravo em execução
-> carta testemunhável
As interposições nos Tribunais Superiores devem ser por petição escrita, acompanhadas das respectivas razões, sob pena de não conhecimento. 
PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL
Legitimidade 
- o acusado que não seja advogado, não pode arrazoar recursos, pois isto constitui ato privativo de advogado. Daí por que entende-se que nos casos em que é necessária a apresentação contemporânea das razões, não pode o acusado impugnar pessoalmente a decisão
- o defensor, constituído ou nomeado, possui não apenas capacidade postulatória como também verdadeira legitimação para interpor recursos
- legitimação do assistente, de acordo com o CPP, é restrita às hipóteses de impugnação da impronuncia, da absolvição e RESE contra extinção de punibilidade, ainda que não se tenha habilitado como assistente. Legitimação subsidiária a do MP, só pode interpor se o MP não o fizer.
Havendo impugnação do MP, o assistente poderá arrazoar o recurso que possuirá razões do MP e do assistente. 
Não está condicionado a sua prévia habilitação no processo. Habilitado, o prazo recursal para apelação ou RESE é 05 dias. Não habilitado, será de 15 dias. Em ambos os casos, o prazo correrá da data em que escoar o prazo recursal do MP. 
Interesse Recursal
Costuma-se dizer que o interesse deriva da sucumbência 
Reconhecida a sucumbência por sentença absolutória imprópria ao inimputável, o qual terá que cumprir medida de segurança. Sentença absolutória própria que não faz coisa julgada no cível. 
No direito brasileiro prevalece o entendimento que a senteça extintiva da punibilidade pela prescrição, não podendo ser apreciado no mérito, não há interesse de agir, não derivando qualquer efeito civil.
Súmula 705 do STF: a renúncia do acusado ao direito de apelação sem assistência do defensor não impede o reconhecimento da apelação por este interposta. 
Para o MP impugnar em favor do acusado há que se verificar se houve sucumbência por parte do órgão ministerial. Não há interesse de agir ainda que impugnada por membro diverso do MP. Nas ações penais exclusivamente privadas, o MP poderá recorrer em favor ou em desfavor ao acusado. Todavia não se admite que MP recorra contra decisão absolutória, se o querelante não o fizer, em razão do princípio da disponibilidade da ação penal exclusivamente privada.
EFEITOS
Obstativo -> da preclusão temporal
Devolutivo -> transferência do conteúdo da matéria impugnada ao órgão jurisdicional. O reexame da instancia superior fica restrita a matéria impugnada. Fixa a extensão (total ou parcial) a partir da matéria impugnada. Já a profundidade é a maior possível para o conhecimento da matéria. Dentro dos limites da matéria impugnada, ojuízo ad quem é plenamente livre para apreciar aspectos não suscitados pelas partes. Se reputar conveniente poderá converter o julgamento em diligencia para produção de provas novas.
Na hipótese de o recorrente não delimitar a extensão da devolução na petição de interposição do recurso, só haverá efeito devolutivo amplo na apelação interposta contra sentença de juiz singular. Nos processos de competência do júri, não se aplica essa regra, o alcance da devolução quanto às decisões do júri é limitado às razões recursais.
Recurso de instancia iterada: devolve ao tribunal matéria de cunho estritamente processual
Recurso de instancia reitera: devolve toda a matéria, tendo o órgão superior ampla liberdade para decidir
Suspensivo -> a decisão sujeita a recurso suspensivo já nasce ineficaz. Não é a interposição de recurso que suspende seus efeitos, mas sim a previsão legal dotada de efeito suspensivo.
Enquanto não transitada em julgada decisão penal condenatória, não é possível a execução de pena privativa de liberdade, ressalvada a possibilidade de prisão cautelar do reú, desde que presentes seus pressupostos. 
Efeito Regressivo, iterativo ou diferido -> é a devolução ao órgão que prolatou a decisão recorrida para que lhe seja facultada a retratação, antes de seguir ao órgão ad quem. Ex: RESE, carta testemunhável...
Efeito Extensivo -> possibilidade de estender os efeitos benéficos de recurso interposto por um dos acusados aos outros acusados que não recorreram, contanto que não haja circunstancias pessoais singulares. Basta que tenham cometido o mesmo crime, não precisando estejam os processos reunidos. Incumbe ao próprio Tribunal que apreciar o recurso estender os efeitos da decisão mais favorável. Caso não o faça, os demais acusados podem opor embargos de declaração. Da negação do Tribunal, a alternativa é o HC.
Substitutivo -> a decisão do juízo ad quem substitui a do juízo a quo, ainda que negue provimento à impugnação. Mas pra haver efeito substitutivo o recurso deve ter sido conhecido. No caso de error in procedendo só há falar em substitutivo se não tiver provimento, vistoque se for procedente o juiz a quo profere nova decisão.
Translativo -> tem o efeito de proporcionar ao ad quem a apreciação qualquer matéria, contra ou a favor da parte. Apenas o recurso de ofício.
RECURSOS E DIREITO INTERTEMPORAL
A lei que se aplica ao recurso é aquela vigente quando do nascimento do direito de recorrer a decisão, quando a decisão recorrível foi proferida, deverá continuar a disciplinar o cabimentos, os pressupostos de admissibilidade recursal, o procedimento e os efeitos de recurso, mesmo depois do início da lei nova. 
CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS
De fundamentação livre: o recorrente pode alegar uma amplitude de matérias, de fato e de direito, não havendo limitação nas teses jurídicas.
Fundamentação vinculada: vinculação às matérias expressamente previstas em rol taxativo. Surge aí o princípio da asserção ou afirmação em que o recorrente deve alegar uma das matérias constitucionais ou legais de admissibilidade do recurso.
Recurso total -> não significa que abrange toda a integralidade da decisão, pois parte dela pode ser procedente a seu favor. Trata-se da identidade total da sucumbência com o objeto recursal
RECURSOS CRIMINAIS EM ESPÉCIE
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Apesar de visar à impugnação de decisões interlocutórias, seu cabimento é restrito às hipóteses do rol taxativo, nisso diferindo-se do agravo de instrumento.
- apenas contra decisão de juiz singular, jamais contra decisões de órgãos colegiados dos Tribunais ou decisões monocráticas de Relator. 
Caberá recurso em sentido das decisões, despachos ou sentenças enumeradas no rol taxativo. Isto é impropriedade técnica, pois só cabe sobre decisões interlocutórias.
Prevalece o entendimento doutrinário em favor da possibilidade de interpretação extensiva das hipóteses de cabimento do RESE. O não se admite é a ampliação para casos que a lei evidentemente quis excluir.
Utilização residual do RESE. Só será utilizado se não tiver sido proferida a decisão no bojo de sentença condenatória ou absolutória, ainda que conste do rol de RESE, pois quando cabível apelação não pode ser usada RESE, ainda que somente de parte da decisão se recorra. Trata-se do princípio da consunção. Se for posterior a sentença condenatória ou absolutória imprópria, cabe agravo em execução.
HIPÓTESES DE CABIMENTO
Não recebimento da peça acusatória
Parcela minoritária da doutrina entende que há diferença entre rejeição e não recebimento da denúncia. Aquela equivaleria ao julgamento antecipado de mérito, fazendo coisa julgada material e formal, esta seria obstáculo a repropositura da ação, desde que satisfeita a condição. Assim a apelação seria cabível contra a rejeição e o RESE contra o não recebimento. Prevalece o entendimento de que as expressões são sinônimas. 
Causas de rejeição da peça acusatórias: 
- manifestamente inepta
- falta pressuposto processual ou condição da ação
- falta justa causa para o exercício da ação penal
Constitui nulidade a falta de intimação da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.
Em regra, o acórdão que dá provimento ao RESE funciona como marca para prescrição da decisão de rejeição da denúncia, pois se equipara ao recebimento da denúncia ou queixa. 
A depender do motivo que levou a rejeição da denúncia, pode ser que o Promotor de Justiça opte por sanar o vício que deu ensejo a rejeição, em vez de interpor RESE.
Não há previsão legal a decisão de recebimento da peça acusatória. Em situações excepcionais, os Tribunais tem admitido a impetração de HC, visando a trancar o processo. Este é uma medida excepcional, somente admitido quando evidente situação de constrangimento ilegal sofrido pelo investigado
Incompetência absoluta:
Cabe RESE contra a decisão que concluir em favor incompetência do juízo, a requerimento das partes ou de ofício.
Também cabe contra decisão que desclassifica o tipo penal na 1 fase do julgamento do júri, tirando sua competência. Caso o juiz julgue procedente a incompetência cabe RESE, mas se negar a exceção não cabe.
Quando não o juiz, mas o MP se considera incompetente e pelo princípio da independência funcional, assim sendo não pode o juiz obrigar o órgão ministerial a oferecer a denúncia, deve o juiz receber a manifestação do MP como se de arquivamento se tratasse.
Procedência das exceções, salvo a de suspeição
Apenas quando houver a procedência das exceções. São elas litispendência, ilegitimidade de parte, incompetência de juízo e coisa julgada, exceto a suspeição.
Contra o recurso que julga procedente ou não a exceção de suspeição, a via impugnativa depende do órgão que, segundo o regimento interno, tiver competência para apreciá-la. 
Pronúncia do Acusado
Apesar de não ter o condão de suspender eventual prisão preventiva, o RESE contra ela interposto pode suspender o julgamento, pois os autos somente serão encaminhados ao Juiz Presidente do tribunal após preclusa a decisão de pronúncia.
Poderá recorrer com RESE quando o acusado for pronunciado pelo crime da denúncia. Também poderá recorrer a acusação por qualquer outro delito.
A maioria da doutrina entende que o assistente não tem legitimidade para recorrer contra decisão de pronúncia. Não tem interesse recursal para pretender a inclusão de qualificadoras eventualmente afastadas pela pronuncia. Nos Tribunais Superiores prepondera o entendimento de que o assistente do MP tem legitimidade para interpor RESE contra decisão de pronuncia. 
Decisão que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revoga-la, conceder liberdade provisória ou relaxar prisão em flagrante
Apenas as decisões judiciais acerca de fiança podem ser impugnadas por RESE. As decisões de autoridade policial não podem. 
O arbitramento quer dizer o quantum fixado pelo juiz a título de fiança. Cassação: o juiz constat que a fiança anteriormente concebida não era cabível ou quando reconhecido o caráter inafiançável do crime, no caso de inovação na classificação do delito. Inidoneidade: o interessado se omite diante da necessidade do reforço da fiança. 
Não há previsão de recurso para a decisão que decreta a prisão preventiva e\ou quaisquer das medidas cautelares. Se a medida cautelar for decretada na decisão de pronúncia cabe RESE. Se decretada na sentença, cabe apelação.
Não tem efeito suspensivo.
Da decisão que indefere o pedido de revogação ou substituição da medida cautelar cabe HC.
Decisão que julgar quebrada a fiança ou perdido seu valor
Quebramento de fiança:
- resistir, injustificadamente, a ordem judicial
- deixar de comparecer quando intimado, sem motivo justo
- descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança
- praticar nova infração penal dolosa
Terá efeito suspensivo apenas quanto ao perdimento de metade do valor prestado a título de fiança. Esse recurso pode ser interposto por terceiro que tenha pago fiança em favor de outrem. Se a decisão de quebramento da fiança se der em sede de sentença condenatória recorrível, caberá apelação, que tem o condão de absorver o RESE. Quando após o transito em julgado da sentença condenatória, sabe agravo em execução.
Decisão que decretar a extinção da punibilidade
Decisão que decreta a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade.
Caso a decisão não seja proferida na sentença de condenação ou absolutória, nem no juízo de execução, cabe RESE.
Também é cabível quando houver absolvição sumária por extinção da punibilidade.
É amplo o entendimento doutrinário de que, havendo prescrição e declarada a extinção de punibilidade, o recurso não será apreciado no mérito e, portanto, é ausente o interesse de agir. 
Decisão que conceder ou negar a ordem de habeas corpus
Apenas contra decisão do juiz de 1 instancia. Se o habeas corpus for prejudicado, também cabe o RESE, uma vez que se equipara a denegação de ordem. 
Decisão concessiva de HC: Pode ser interposto pelo MP, pelo querelante e pelo assistente de acusação. Vale lembrar que este tem intervenção restrita à fase processual.Decisão que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena ou a suspensão condicional do processo
Na parte sobre a suspensão condicional da pena está tacitamente revogado: se proferido sentença cabe apelação, e se proferido pelo juiz de execução, cabe agravo. 
Decisão que conceder negar ou revogar o livramento condicional
Como o livramento condicional só é concedido ao condenado após cumprida 1\3 da pena de prisão, conclui-se que essa decisão só se processará no juízo da execução do qual cabe agravo. Entende-se que foi tacitamente revogado.
Decisão que anular o processo de instrução criminal, no todo ou em parte, ou que reconhecer a ilicitude da prova e determinar seu desentranhamento
Deve-se entender anulação total do processo ou de fase judicial, no que se refere à anulação da instrução criminal. Assim, diante da anulação de qualquer ato do processo ou deste todo, ainda que antes da instrução criminal, cabe RESE, não sendo relevante se a decisão foi pronunciada de ofício ou a requerimento das partes.
Quando se tratar de indeferimento da anulação do processo, a decisão pode ser impugnada por HC, MS ou correição parcial.
Decisão que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir
Prazo de 20 dias contados da data de publicação definitiva da lista de jurados, cabendo seu julgamento pelo Presidente do respectivo Tribunal. 
Pode ser interposto por qualquer pessoa, representada por advogado, que resida na comarca abrangida pela lista, inclusive o próprio jurado, incluído ou excluído. 
Decisão que denegar a apelação ou a julgar deserta
Decisão que ordenar a suspensão do processo, seja em virtude de questão prejudicial, seja quando o acusado citado por edital, não comparecer ou não constituir defensor
O reconhecimento de questão prejudicial heterogênea, seja ela relativa o não ao estado civil das pessoas, suspende a prescrição. Se o juiz erroneamente acreditar estar diante de questão prejudicial e suspender o processo penal, a prescrição não ficará suspensa, podendo mais tarde ser declarado em grau de recurso a extinção da punibilidade. Por isso a lei faculta a interposição de RESE em questões prejudiciais de suspensão obrigatória ou facultativa. 
Não cabe recurso contra a decisão que indeferir a suspensão do processo, apenas a que ordenar. 
Por uma interpretação extensiva, os tribunais tem admitido o RESE contra decisão que determina a suspensão do processo quando o acusado, citado por edital, não comparecer em juízo ou não constituir defensor.
Decisão que decidir sobre a unificação das penas
Havendo conexão ou continência entre infrações penais, deve haver a reunião de processos. A LEP decidiu que a competência nesse caso é para o juiz da execução, cabendo agravo. Isto implica em revogação tácita.
Decisão que decidir o incidente de falsidade
Caberá tanto na hipótese de procedência como na improcedência do pedido sobre o incidente de falsidade. 
Incidentes da execução da pena
Decisões que:
- decretar medida de segurança, depois de transitado em julgado a sentença
- que impuser medida de segurança por transgressão de outra
- mantiver ou sibstituir a medida de segurança
- revogar a medida de segurança
- deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei autoriza a revogação
decisão que converter a multa em detenção ou prisão simples
possível a conversão de multa em prisão simples quando o condenado deixasse de pagar ou frustrasse sua execução. Tacitamente revogado pela Lei 9.268 que proibiu a conversão de multa em detenção ou prisão simples
ASPECTOS PROCEDIMENTAIS DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Forma 
Pode ser interposto por petição ou por termo nos autos.
Em regra, o RESE é processado por instrumento, ou seja, em autos apartados, com peças trasladadas ou fotocópias. O recorrente, nestes casos, deve indicar a as peças dos autos de que pretende traslado. O traslado deve conter a decisão recorrida, a certidão de sua intimação, e o termo de interposição. É importante a juntada de procuração do advogado. Súmula 115, STJ é inexistente recurso interposto por advogado sem a procuração nos autos.
Art. 583 prevê os casos em recurso encaminhado nos autos do processo, e não por petição:
- interposto de ofício: subsiste RESE de ofício apenas sobre a decisão concessiva de HC
- RESE contra decisão que não receber denúncia ou queixa, julgar procedentes as exceções, salvo a suspeição; pronunciar o acusado; julgar extinta a punibilidade e que conceder ou negar ordem de habeas corpus
No caso do recurso interposto contra a pronuncia, que deve subir em traslado, havendo 2 ou mais acusados, qualquer deles se conformar com a decisão ou todos ainda não tiverem sido intimados da decisão -> cisão do processo, dando seguimento ao processo dos acusados intimados que não manifestaram interesse em recorrer. 
- quando a remessa do recurso nos próprios autos do processo não prejudicar o andamento do feito. Ocorre por exemplo com a decisão de determina a suspensão do processo por conta de questão prejudicial, ou pelo fato de o acusado citado por edital não ter comparecido, nem constituído defensor. 
-> Prazo
- 20 dias da decisão sobre a lista de jurados e, nos demais casos, 5 dias 
- prevalece o entendimento de que o prazo para apresentar razões recursais corre somente após a notificação do recorrente.
- não existe a possibilidade de arrazoar na segunda instancia para o RESE, uma vez que é dotado de juízo de retratação, sendo indispensável a apresentação das razões em 1 grau.
-> Processamento:
Apresentadas as razões, os autos voltam ao juízo a quo para o juízo de retratação. Confirmando a decisão, determina a remessa ao juízo ad quem. Retratando-se, a parte prejudicada poderá, por simples petição, recorrer contra a nova decisão, mas desde que cabível RESE contra ela, hipótese em que não se admitirá a alteração do teor da decisão. Neste caso, o recurso será remetido ao Tribunal competente, independente da apresentação de novas razões recursais.
Se o juízo a quo não se manifestar fundamentadamente do juízo de retratação, a instancia superior deve converter o julgamento do recurso em diligencia, para que o juízo a quo o faça. 
Competência para o julgamento:
Camaras dos Tribunais de Justiça e Turmas dos TRF’s. para aqueles que entendem não ter sido revoada a hipótese de RESE contra lista de jurados, o recurso é processado perante o Presidente do Tribunal.
Efeitos:
- devolutivo, regressivo, extensivo. Em regra não tem efeito suspensivo, exceto:
*na perda de fiança
*decisão que denegar apelação ou julgar deserta
*recurso contra a pronúncia: suspenderá o julgamento do acusado perante o Tribunal do Júri
Se por ocasião da pronúncia for decretada prisão privativa ou quaisquer outras medidas cautelares diversas da prisão, o RESE não tem condão de suspender a execução da medida. Restará ao acusado a opção de impetrar HC
*decisão que julgar quebrada a fiança: tem efeito suspensivo apenas quanto ao perdimento da metade do valor da fiança. Portanto, se diante do quebramento de fiança o juiz determinar outras medidas cautelares ou a prisão preventiva, o RESE não tem condão de suspender a execução destas medidas. 
APELAÇÃO
Recurso ordinário por excelência, permitindo ao juízo ad quem o reexame integral das questões suscitadas no 1 grau, salvo as que tiverem operado a preclusão. Permite que o juízo ad quem aprecie as questões de fato e de direito. Em geral, tem fundamentação livre. 
Ressalva para a sentença do Tribunal do Júri em que a apelação está restrita a reforma da aplicação do direito pelo juiz presidente.
Apelação plena e apelação restrita ou parcial
O efeito devolutivo das decisões do júri é adstrito aos fundamentos de sua interposição.
 Extensão do apelo mede-se pela interposição, e não pelas razões. Se não delimitar a matéria impugnada, entende-se que devolve ao juízo ad quem o conhecimento integral da matéria que gerou a sucumbência, sendo vedado a parte querer reduzi-la por ocasião das razões. Já no Tribunal do Júri o alcance da matéria para determinaçãoda matéria impugnada é determinado pelo teor das razões recursais.
Apelação principal: é aquela interposta pelo MP e apelação subsidiária é a interposta pelo ofendido, habilitado ou não como assistente de acusação, cabível apenas quando verificada a inercia do órgão ministerial
Apelação Sumária: a infração é punida com pena de detenção. Ordinária: é punida com reclusão. 
Apelação Adesiva ou incidental: não admitida na lei processual penal pátria. Se a parte tiver interesse, deve impugnar dentro do prazo legal, após intimada da decisão.
Hipóteses de Cabimento:
Sentença definitiva de condenação ou absolvição proferida por juiz singular
Também cabível em absolvição sumária. Quando a sentença for extintiva de punibilidade, já não cabe apelação, mas RESE. Cabe ainda em absolvição sumária no âmbito do júri. Apenas quando proferida a decisão por juiz singular.
Decisões definitivas ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular, nos casos em que não houver previsão legal de cabimento de recurso em sentido estrito
Ausência de condição objetiva de punibilidade: apelação
Decisão que declara extinta a punibilidade: RESE.
Outros exemplos: decisão que julga pedido de restituição, decisão que ordena ou não o sequestro, decisão que autoriza o levantamento do sequestro, decisão que acolhe ou não o pedido de especialização e registro da hipoteca legal ou de arresto.
Decisões com força de definitiva: não decidem o mérito, mas põem fim a uma etapa processual ou a uma relação jurídica. Decisão definitiva: encerram a relação processual, jugam o mérito, mas não se encaixam na moldura das sentenças absolutórias ou condenatórias.
Decisões do Tribunal do Júri
-nulidade posterior a pronuncia
- for a sentença do juiz contrária a lei expressa ou à decisão dos jurados
- for a decisão dos jurados manifestamente contrária a prova dos autos
Se a apelação envolve questão de mérito, só se admite que o Tribunal determine a sujeição do acusado à novo julgamento. Não estando relacionada com o mérito, mas apenas a sentença do juiz presidente, é plenamente possível a modificação do teor da decisão pelo juízo ad quem.
é recurso de fundamentação vinculada. A omissão da indicação da alínea\ hipótese a que se refere constitui mera irregularidade.
Uma nulidade absoluta pode ser arguida eventual apelação da decisão do júri, ainda que anterior a decisão de pronúncia. Pode ser arguida apelação contra nulidades absolutas e relativas, estas desde que não atingidas pela preclusão.
O juízo ad quem fazer a correção de erro ou injustiça na aplicação da pena ou medida de segurança, mas não quanto a exclusão de qualificadoras, privilégios, causas de aumento ou diminuição de pena, expressamente atribuídos aos jurados. A presença de agravantes e atenuantes não é mais quesitada aos jurados. 
Se todavia, no julgamento da apelação por decisão do júri manifestamente contrária a prova dos autos, o Tribunal ad quem, determinar equivocadamente a realização de novo julgamento, será cabível RE, RESP ou HC, a fim de manter a decisão do Conselho de Sentença do júri.
Se for reconhecida a decisão manifestamente contrária aos autos, o Tribunal determinará novo júri, não sendo admitido às partes inovar noo conjunto probatório. Há entendimento minoritário considerando esse caso como inconstitucional. Deve-se entender porém que o juízo ad quem estará proferindo mero juízo rescindente de cassação, não de reforma – juízo rescisório. Não se admite segunda apelação pelo mesmo motivo, com base no argumento de decisão do júri manifestamente contrária aos autos, mas é possível apelação a alegar que o novo júri encontra-se eivado de nulidade e determinar a realização de terceiro julgamento.
Aspectos procedimentais da apelação
Forma -> por petição ou por termo nos autos. Processo penal militar e Juizados Criminais apenas por petição. É encaminhada ao juízo superior nos próprios autos do processo. 
Se houver mais de um acusado ainda não julgado ou não tiverem todos apelados, o legislador determina que cabe ao apelante tirar o traslado dos autos a ser remetido a instancia superior em 30 dias.
Prazo -> não fica prejudicada apelação entregue no cartório dentro do prazo legal, mas despachada tardiamente. Denegada a apelação, cabe RESE.
Ofendido habilitado – 5 dias. Não habilitado – 15 dias. Em ambos a contar do término do prazo do MP. 
Quando forem 2 ou mais os apelantes e os apelados, os prazos serão comuns. É possível a juntada de documentos na apresentação de razões. Todavia se os documentos forem apresentados nas contrarrazões o juiz deve determinar que o apelante se manifeste sobre eles. Caso tenha sido juntado pelo apelante, o apelado se manifesta nas contrarrazões. Na hioótese das razões serem apresentadas pela defesa na 2 instancia, os autos retornam a comarca de origem para que o promotor natural do caso ofereça razões.
Competência para julgamento -> Câmaras dos Tribunais de Justiça e Turmas dos TRF’s
Efeitos -> devolutivo, pode ter efeito extensivo. Efeito suspensivo:
- sentença absolutória própria. Não suspende
- sentença absolutória imprópria: efeito suspensivo indireto, não há dispositivo legal a atribuir efeitos suspensivo, mas sua interposição retarda a coisa julgada. Não impede a execução da medida cautelar. 
- sentença condenatória: suspende a execução da pena, seja ela restritiva de direitos, multa ou privativa de liberdade. Não obsta que o juiz decida pela manutenção ou imposição de prisão preventiva ou de medidas cautelares diferentes da prisão. 
O recurso do assistente não é dotado de efeito suspensivo, mesmo nos casos que a lei lhe atribuir tal efeito.
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
Impugnação de decisões não unanimes dos Tribunais de 2 instancia, no julgamento de apelações, recurso em sentido estrito e agravos em execução, desde que desfavoráveis ao acusado.
Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência. 
EI: matéria de mérito. EN: matéria de nulidade processual.
No âmbito processual militar os EI podem ser utilizados em favor da defesa ou da acusação.
Hipóteses de Cabimento:
Não é possível o ajuizamento de EI contra decisões proferidas pelos Tribunais no âmbito de sua competência originária. 
Não se admite a interposição de embargos infringentes e de nulidade contra decisões não unanimes de Turmas Recursais dos Juizados Especiais Criminais, as quais não podem ser equiparadas aos Tribunais.
Os EIN cabem quando o Tribunal deliberar pela reforma da decisão ou quando negar provimento ao recurso interposto, mantendo a decisão do juízo a quo. 
Art. 333 do RISTF. Cabe EI a decisão não unanime de Turma ou do Plenário do STF:
-que julgar procedente ação penal originária
- que julgar improcedente a revisão criminal
- que julgar a ação rescisória
- julgar a representação de inconstitucionalidade
- em recurso criminal ordinário, for desfavorável ao acusado. 
O cabimento dos embargos, neste caso, depende da existência de, no mínimo, 4 votos divergentes. O prazo de interposição é de 15 dias, perante a Secretaria e junto aos autos, independentemente de despacho.
Prazo e interposição -> 10 dias, contados da publicação do acórdão. Só pode ser feita por petição – não admitido por termo nos autos – já que as razões devem estar presentes por ocasião da apesentação da impugnação. A petição é apresentada ao Relator do acordão impugnado, as razões são endereçadas ao respectivo órgão julgador.
Competência para julgamento -> em regra, da própria câmara, caso não seja possível caberá ao grupo de câmaras. Se houver empate, vota o presidente do tribunal. Já tendo este votado prevalece a decisão mais favorável ao acusado. Nos TRF’s, se opostos contra decisões das turmas, a competência recai para as seções criminais. 
Efeitos -> é inadmissível RE, quando couber na justiça de origem recurso ordinário, súmula 281 do Supremo. Os RE não serão conhecidos se não interpostos EIN quando possível.
Parte da doutrina entende existir efeito regressivo, visto que a depender do órgão competentepara julgamento, os relatores que prolataram a decisão impugnada poderão participar do julgamento dos EI. Outros optam pela inexistência de efeito regressivo pois apesar de participar do julgamento do recurso, não há oferta de retratação da decisão pelo juízo a quo.
Em razão de ser o embargo recurso privativo da defesa, entende-se que, opostos contra decisão condenatória, impõe efeito suspensivo indireto, já que a execução da pena só ocorre com o transito em julgado. Independentemente do objeto da impugnação.
Interposição simultânea de embargos infringentes e embargos de nulidade?
Art. 498 CPC. Só permitia a interposição de Resp, sobrestando o prazo deste, após intimação de EI cabíveis. O supremo não considera aplicável o dispositivo no processo penal. Para o STF, em caso de embargos infringentes parciais, cabia recurso extraordinário sobre a parte unanime e EI sobre a parte não unanime. Súmula 355 do STF.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Prazo de 2 dias da publicação da decisão obscura, ambígua, contraditória ou omissa. 
Podem ser utilizados com fins de prequestionamento. Súmula 356, STF: o ponto omisso da decisão sob o qual não tenham sido impostos embargos de declaração com fins de prequestionamento não pode ser objeto de RE.
Nos Juizados Especiais Criminais o prazo é de 5 dias, podem ser interpostos escritos ou oralmente
Devem ser interpostos por petição, não admitindo a forma por termo nos autos. Se opostos contra a sentença devem ser endereçados ao juiz prolator, se contra acórdão ao desembargador relator. 
Em regra, não há necessidade de intimação d outra parte, salvo se do julgamento resultarem efeitos infringentes.
A interposição de Edcl interrompem o prazo para recurso cabível, qu só começa a flui após o julgamento da decisão dos embargos. Mas não possuem efeito suspensivo. Para interromper o prazo dos outros recursos, devem ser conhecidos, ainda que não acolhidos.
Não interrompem os prazos, se com mero objetivo protelatório. Entretanto, deve-se lembrar que embargos de declaração com fins de prequestionamento não tem caráter protelatório.
Nos Juizados Especiais Criminais, os Edcl só interrombem se oposto à sentença, logo não se aplica ao acórdão de Turma Recursal. Aqui o efeito é a interrupção do prazo para interposição de outro recurso
No âmbito do STJ, o RISTJ prevê que os edcl provocam a suspensão do prazo para interposição de recursos por qualquer das partes. Já no STF, os edcl suspendem o prazo para recurso, salvo quando manifesto o caráter protelatório. 
*o assistente pode recorrer de decisão de impronúncia e de extinção da punibilidade em recurso extraordinário. Não pode recorrer extraordinariamente de decisão concessiva de HC

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