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AS BASES DO CAPITALISMO DEPENDENTE 2016.1

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As bases do desenvolvimento capitalista dependente 
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Industrialização com ênfase na dependência do Estado;
Duas opções de política econômica estatal:	
	
	● 1930-1955
	● Segunda metade dos anos 1950
Pós-1930 => crescimento da economia com indústrias de base e o Estado com papel de firmar um pólo urbano-industrial como eixo dinâmico da economia
Alguns autores entendem a política econômica como antiidustrialista
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	Outros autores entendem o papel do Estado como dinamizador
	
	Outros autores (mais recentes) entendem o papel da burguesia industrial como elemento fundamental no desenvolvimento econômico do Brasil
	
	Entre 1930/1940 o Estado brasileiro se firmou no objetivo de constituição de um Estado nacional e capitalista
	
	A ditadura estadonovista, ao centralizar as decisões, neutralizou os regionalismos políticos, alterando as práticas de concessão de benefícios e recursos
	
	O Estado criou condições institucionais para expandir as atividades ligadas ao mercado interno
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	Novo modo de acumular pautado na realização interna da produção
	
	Condições internacionais adversas (crise de 1929) dificultavam a realização de um projeto pleno de industrialização
	
	O processo receberia o nome de industrialização restringida (Cardoso de Mello)
	O Estado teria papel central na viabilização desse projeto definindo objetivos a serem alcançados, apesar dos recursos escassos
	Redução de tarifas, nova política de crédito, abolição dos impostos interestaduais, fixação de preços de bens e serviços essenciais => controle dos fatores produtivos enquanto instrumento de acumulação industrial
	Política sindical é a maior prova dessa afirmativa: salário mínimo e sindicato único
	Tira do mercado a condição formadora de preço da mão-de-obra, evitando o confronto entre capital e trabalhadores, além de garantir expressiva redução de gastos para o empresariado
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	Proteção ao setor agroexportador sem permitir que voltasse a ocupar lugar de destaque na economia
	Incentivo para a produção de alimentos a preços baixos nos gêneros essenciais
	
	Recriação de relações de produção não capitalistas como forma de acumulação
	Estado transformado em investidor direto na economia do país
	Transferência dos recursos dos estados e municípios para a União
	Papel fundamental da empresa pública no novo modelo
	
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	Alternativa de financiamento para o novo padrão de acumulação
	Implantação de um núcleo capitalista no país, fornecimento de bens e serviços a preços baixos
	O desenvolvimento da economia nesse período foi abrangente, embora limitado
	Por isso mesmo, incapaz de superar o caráter restringido da industrialização desse período
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	O nacionalismo, marca bastante ligada ao período em estudo, também teve seu papel
	Devemos deixar de lado a ligação direta entre nacionalismo e a pequena participação do capital estrangeiro
	Exato seria falar de indisponibilidade de recursos no mercado internacional
	Na conjuntura da II Guerra Mundial, a disponibilidade de recursos seria de centro para centro, restando aos países periféricos a função de fornecedores de matérias-primas e alimentos
	Industrialização brasileira seria realizada à revelia dessa conjuntura internacional, não significando uma escolha nacionalista
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	Há um interregno no período 1945-1951 (Dutra) em relação as tendências estatizantes
	A euforia democratizante se opunha a qualquer resquício do período Vargas
	Ocorre um arrefecimento da industrialização e uma reintegração do país no livre comércio
	Empresas públicas deixam de ser o núcleo estratégico na política econômica do governo, dando lugar a associação com capitais estrangeiros (privados)
	Plano SALTE foi a única iniciativa empreendida nesse momento
	Apesar de tecnicamente mais perfeito que os anteriores (Plano Especial de obras públicas e reaparelhamento da defesa nacional – 1939 e Obras e equipamentos - 1943), não conseguiu superar as limitações encontradas até então
	Atendia as exigências dramáticas de infraestrutura
	Apesar de não focar em novos modelos de acumulação, suprimiu órgãos da política econômica do período anterior ligados ao autoritarismo
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	Atendeu a manutenção da forma de acumulação da burguesia industrial pautada no controle da mão-de-obra
	Desenvolvimento industrial não era encarado como algo urgente
	Em 1951, o retorno democrático de Vargas retomou o modelo de seu primeiro governo
	Industrialização acelerada era meta de progresso social
	Criação de um plano de desenvolvimento integrando agricultura, indústria pesada e emergência das massas
	
	Empresa pública como dinamizadora do desenvolvimento
			CSN – 1941
			Cia. Vale do Rio Doce – 1942
			Fábrica Nacional de Motores – 1943
			Cia. Hidrelétrica do São Francisco – 1945
	Fundação de um banco de desenvolvimento (BNDE) – 20/06/1952
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	Nova articulação entre empresários e Estado
	A empresa pública estimularia o capital privado nacional
	Havia um limite à tecnologia monopolizada pelos países do centro
	Minimização do papel do capital estrangeiro, liderança da empresa pública e subordinação do capital nacional
	Não conseguiu atingir a meta de industrialização urgente ansiada por tantos
	Plano de Metas levaria o Brasil à fase de Economia industrial
	Junção da multinacional, da empresa pública e do capital nacional
	
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	Opção pela internacionalização da economia, no lugar da ênfase somente aos empréstimos públicos externos
	A concentração de renda propiciada pelo modelo anterior mudou qualitativamente o perfil da demanda interna
	Concentração também de capitais e de empresas
	Êxodo rural ampliava a massa total de poder aquisitivo, ainda que os salários fossem baixos
	No plano internacional, os países terminavam a reconstrução do pós-guerra e buscavam mercados para onde exportar seus capitais
	Internacionalização da economia sob o modelo de franqueamento tanto sob a forma de empréstimos, quanto como de investimentos diretos
	Modelo de capitalismo independente associado (Cardoso de Mello) => substituição do setor agroexportador como principal gerador de divisas
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	As empresas estrangeiras que decidissem vir para o Brasil tiveram diversas facilidades: entrada de recursos sem cobertura cambial, significando a possibilidade de importação de equipamentos de forma mais barata
	O Plano de Metas definia aonde, quando e quem investir => centralização das decisões
	O Estado assumia o papel de banqueiro do capital privado (agências de financiamento) até produtor direto nos setores estratégicos da economia
	Indústria automobilística e transporte rodoviário como eixos do desenvolvimento nacional => Brasília era a concretude disso
	Criação de novos mercados e novo perfil tecnológico
	Emissão de moeda ganhou foro de estratégia sistemática de criação de poupanças forçadas
	Entrava em cena o Nacional Desenvolvimentismo
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Impacto da industrialização acelerada sobre a massa total de empresas e o patrocínio de uma ‘ideologia’ do Estado para engajar os trabalhadores no projeto modernizante e garantir a tolerância das classes subalternas
Criou-se o Conselho de Desenvolvimento que incentivava, centralizadamente, os investimentos em áreas estratégicas
Grupos de trabalho e grupos executivos, ligados ao Conselho, tomaram o lugar do Legislativo como instância de aprovação de matérias econômicas
Grupos de Trabalho => preparação de projetos de lei com linguagem politicamente adequada a garantir a aprovação no Congresso
Grupos Executivos => aprovavam os projetos da iniciativa privada respeitando os interesses explícitos no Plano de Metas
Novas contradições => favorecimento ostensivo à concentração de capital e empresas; as pequenas empresas teriam dificuldades em empreender devido aos altos volumes de capitais necessários
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	O capital estatal não conseguiu acompanhar o ritmo de crescimento => recorreu-se
às importações para suprir a falta de produtos e serviços
	Segundo Chico de Oliveira, recriou-se um padrão de dependência do Brasil em relação ao mercado internacional
	Pesado custo social => alto grau de produtividade convivendo com baixos salários
	Aceleração na concentração de renda
	A base política do governo conseguiu se manter até o final do mandato por um discurso de ‘país do futuro’ em construção, escondendo a internacionalização da economia
	Pós-1930 inaugurou a constituição do Estado brasileiro como Estado Nacional
	Quebra das oligarquias regionais, centralizando o poder, comandando as políticas econômicas e sociais e a força coercitiva-repressiva
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	Estado Novo como serve como exemplo maior desse modelo centralizador
	
	Nova definição dos canais de participação política, de representação e de construção da cidadania
	
	Tese mais recorrente na historiografia afirma que esse regime correspondeu aos desejos de grupos técnico-militares na viabilização da implantação de indústrias de base no país
	Trabalhos mais recentes apontam para inúmeras iniciativas da nova elite dirigente para inserção do Brasil na DIT
	Edificação de um aparelho administrativo de intervenção, regulação e controle;
	Nova relação do Estado com os governos estaduais, criação de instituições de abrangência nacional e ampliação do papel do Exército
	Nomeação de interventores nos estados e de Departamentos para fiscalizar os interventores
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Criação do DASP (1938) => funcionava como um superministério, controlando a estrutura administrativa e a preparação dos orçamentos anuais
Estados com papéis de divisões administrativas subordinadas à uma hierarquia de agências burocráticas
Multiplicação de criação de institutos para fazer funcionar a centralização do poder
Dividiam-se em: políticas de âmbito nacional, regulação e fomentos de ramos da produção e os de caráter consultivo ou normativo, referentes às grande áreas da economia
A unificação se completaria com a criação de organismos encarregados da tutela e construção da nacionalidade
Instâncias formadoras da opinião pública => DIP (departamento de Imprensa e Propaganda)
Propaganda nacional do regime, censura, controle dos meios de comunicação e até mesmo as obras destinadas à divulgação de uma imagem positiva de Vargas
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	Exército apresentou grande expansão qualitativa e quantitativa
	Colocou-se como árbitro político do sistema, quebrando as oligarquias estaduais
	Criou-se uma imagem do Exército – de dentro para fora, pela primeira vez – na tentativa de definir o seu papel na sociedade
	A meta era a defesa e integridade da corporação acima de qualquer dissidência
	Criação de identidade através de denominadores comuns, mesmo heróis, anticomunismo, ligação entre defesa e desenvolvimento e preservação do alto comando acima de divergências pessoais
	Produção de uma verdadeira ‘visão de mundo’ ao institucionalizar as relações entre Estado, empresariado e operários
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	Espírito de colaboração entre as classes => política sindical vertical e hierarquizada
	
	Sindicato como agência do aparelho do Estado, subordinado e controlado pelo Ministério do Trabalho
	Instrumento de imobilização dos trabalhadores
	Empresariado autoritário, sem colaborar na idéia do corporativismo – negação dos direitos trabalhistas, pautados no julgamento da idônea Justiça do Trabalho
	Deposição de Vargas em 1945 deveu-se a dois fatores básicos => queda dos regimes fascistas no Ocidente e a onda liberal vigente no pós-guerra, bem como a consolidação do poder norte-americano (neoliberal)
	Marco formal de oposição foi o Manifesto do Mineiros (1943) pedindo a liberdade partidária
	Surgiria a UDN, o PSB (formado a partir da máquina clientelista) e o PTB, com base nas massas urbanas do trabalhismo getulista
	Começava a redemocratização e o apogeu e crise do modelo populista (1946 – 1964)
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	Não representou uma mera manipulação das massas
	Permitiu o canal de cobrança através da cidadania do trabalhador, com acesso ao emprego urbano, condição de consumidores e a participação eleitoral
	Segundo governo Vargas foi marcado por uma instável estabilidade do regime
	Difícil conciliação entre a satisfação das demandas populares, manutenção do ritmo de crescimento e contraditórias alianças do pacto político
	Nacionalismo de Vargas era compactuado pelo Exército, setores da classe média, proletariado e por pequenos empresários
	Impunham restrições à entrada de capital estrangeiro, acirrando os limites da industrialização restringida
	Dificultava aspirações da burguesia industrial que já pensava numa possível associação com o capital estrangeiro
	Crise do café em 1953 fragilizava as fontes de financiamento da industrialização
	O suicídio do presidente foi a saída para o impasse
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	Depois de período de disputas (Café Filho) pela liderança do país, inaugurou-se a era JK
	
	Aceleração do processo de industrialização e implantação de um novo modelo de desenvolvimento
	Ponto de equilíbrio para as distintas forças em questão => para a burguesia industrial se evitava o discurso do nacional e da intervenção, para os trabalhadores apresentava uma chance concreta de construir um futuro melhor
	
	Ao Exército ficava assegurado maior investimento em defesa nacional
	O modelo populista ganhou sobrevida
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	A coligação PSD/PTB garantia benefícios para ambos os partidos
	Para o PSB => poder de negociar as obras do Plano de Metas junto às suas base eleitorais
	Para o PTB, contornar a inflação era uma forma de manter o apoio das bases
	No momento em que a diminuição do ritmo do crescimento econômico coincidisse com a diferenciação relativa de um dos setores integrantes da aliança dominante, o populismo sucumbiria
	Isso ocorreu no início dos anos 1960
	O Nacionalismo serviu de pano de fundo e de eixo para a elaboração de um conceito de cultura brasileira
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	Nação foi construída pela incorporação da classe trabalhadora, pelo maior ou menor controle do Estado
	Tutela sobre a esfera cultural => definição da cultura como matéria oficial e a nacionalização paternalista com elevação cultural do povo
	O Estado queria fundar um novo Brasil homogêneo e uniforme em seus valores, comportamentos e mentalidades
	Busca da explicação de nossas raízes => Gilberto Freyre, Sérgio Buarque e Caio Prado Jr.
	Manifestações artísticas desorganizadas tiveram a condição de ‘culturais’ negada – formas de expressão autônomas da sociedade
	Diagnóstico de total ausência de integração nacional
	Multiplicação do número de agências públicas voltadas para a cultura e a educação
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	Canal de ligação dos intelectuais com o poder central
	
	Surgimento de uma ‘elite’ burocrática de novo tipo, cujo prestígio cultural e/ou científico emprestava legitimidade ao regime
	
	Gustavo Capanema, Ministro entre 1934 e 1945 da Educação e Saúde, cercou-se de intelectuais de correntes ideológicas as mais diversas
	
	Mario de Andrade, Lucio Costa, Alceu de Amoroso Lima (Tristão de Athaíde), Carlos Drummond de Andrade, Heitor Villa-Lobos e Anísio Teixeira são alguns exemplos
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	O Estado substituía o mercado também como espaço de legitimação cultural, ao criar a concepção de cultura brasileira na instalação de uma rede de produção, distribuição e consagração de bens culturais
	Afirmação da nacionalidade => priorização da missão educacional do Ministério e patrocínio da alta cultura
	Padronização do ensino em todo o país, criando uma mentalidade comum, uniformizando os procedimentos pedagógicos e dos conteúdos, currículos e livros didáticos impostos em âmbito nacional
	Erradicação das minorias étnicas, lingüísticas e culturais
	Alta cultura foi distinguida de uma ‘cultura menor’
	Maior nacionalidade da primeira
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	Investimento em projetos culturais grandiosos, situados no limite entre a mobilização controlada das massas e a mera propaganda política
do regime
	
	Maior exemplo da nacionalização da cultura que unia o ‘artístico’ (erudito) e o ‘popular’ foi Villa-Lobos
	Criação de serviços de radiodifusão, comunicação e canto coral
	Apresentação de corais de professores e estudantes em grandes comemorações cívicas
	Constituição na representação musical da nação por intermédio dos seus grandes temas fundadores, baseados no folclore
	O modelo de arte estatal controlava até mesmo os canais de expressão do que era autenticamente popular, como o rádio e o samba, com obrigatoriedade do uso de temáticas cívicas e apologéticas da ordem e do trabalho – novo fundamento da cidadania
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	Apropriação por parte do Estado do nacional enquanto veículo do popular, negando a diferença e a pluralidade
	No pós-1945 a estatização da cultura erudita, tida como popular, seria substituída por uma relativa frouxidão de temas, estilos e procedimentos, inspirada nos princípios democráticos
	Entre 1945 e 1955 o ‘sonho americano’ penetrava no Brasil, apoiando as iniciativas culturais que visavam atualizar o país em relação à modernidade dos centros industrializados
	No lugar do folclórico e ruralista, o cosmopolita
	O romance psicológico, no lugar da literatura regionalista exacerbada
	Renovação da linguagem da imprensa, no lugar das matérias nacionalizantes
	Profissionalização do teatro preocupado com a arte pela arte, sem finalidades de propaganda
	Cinema industrializado e surgimento da televisão
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	Reconhecimento do povo na cena cultural
	Não mais um povo idealizado e capturado pela nacionalização paternalista, mas sim, a aceitação das diferenças e das clivagens sociais
	Emergia uma arte voltada para o povo e dele oriunda, cujos principais espaços principais foram o cinema (chanchada) e o rádio (música efetivamente popular)
	Programas de auditório que fabricavam ídolos e rainhas
	A intelectualidade saía do Estado Novo em busca de novas interpretações da realidade
	Debates concentravam-se nas contradições da sociedade, como uma espécie de releitura do nacionalismo => surgia o nacional-desenvolvimentismo
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	Criação do ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros)
	Reunião de intelectuais das mais diversas filiações ideológicas e áreas do saber
	A agência tornou-se matriz de certo tipo de pensamento destinado à mobilização social em torno do progresso do país
	Visão dualista das grandes questões nacionais inspirados na CEPAL
	Centro era o duelo entre os setores arcaicos (campo) e os setores modernos (urbano-industrial)
	Técnica como agente modernizador e neutralizados da miséria e das desigualdades
	Deslocava-se a discussão da tensão entre as nações e, até mesmo, aceitava-se a presença do capital estrangeiro enquanto alavanca do desenvolvimento
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	Superar o atraso passou a ser a grande tarefa unificadora dos interesses conflitantes
	Novo projeto ideológico de incorporação das camadas populares no objetivo de um futuro melhor, baseado no trabalho
	Surgimento das primeiras manifestações de uma nova literatura (concretismo), novo cinema (realismo italiano como base, comportando o povo em sua própria miséria), novo estilo musical (bossa nova), nova concepção arquitetônica (Brasília) e de um novo teatro que englobava a pobreza da favela como resgate da realidade social
	Quando o nacional-desenvolvimentismo deu seus primeiros sinais de esgotamento, o engajamento político passaria a dominar a produção cultural de vanguarda, que tinha a missão pedagógica de conscientização e organização revolucionárias das massas.
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