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aula 04 fontes

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Fontes do Direito Administrativo
As fontes do Direito Administrativo são quatro: a lei, a doutrina, a jurisprudên-
cia e os costumes. 
a) A lei (sentido amplo)
Como fonte primária, principal, tem-se a lei em seu sentido genérico, que 
inclui, além da Constituição Federal, as leis ordinárias, as complementares, as 
delegadas, as medidas provisórias, os atos normativos com força de lei e alguns 
decretos-leis ainda vigentes no país. Os tratados internacionais também são con-
siderados fontes do Direito Administrativo. Em geral, a lei é abstrata e impessoal. 
b) A doutrina
A doutrina é a teoria desenvolvida pelos estudiosos do Direito, materializada 
em livros, artigos, pareceres, congressos etc. Assim como a jurisprudência, a 
doutrina é fonte secundária e influencia no surgimento de novas leis e na solu-
ção de dúvidas no cotidiano administrativo, além de complementar a legislação 
existente, que muitas vezes é falha e de difícil interpretação. 
Não existe um Código Administrativo no Brasil, portanto é um conjunto de leis 
que formam a base do Direito Administrativo. 
c) A jurisprudência é mais uma fonte secundária e representa o conjunto 
de reiteradas decisões do Poder Judiciário no mesmo sentido. Então, pode-se 
tomar como parâmetro para decisões futuras, e a súmula é um resumo cristali-
zado dessas decisões. 
Súmula n. 21 – STF: Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado 
nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua 
capacidade.
Súmula n. 337 – STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, 
em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes.
Súmula n. 21 – TSE: O prazo para ajuizamento da representação contra do-
ação de campanha acima do limite legal é de 180 dias, contados da data da 
diplomação.
Súmula n. 44 – TRF 2ª REGIÃO: para propositura de ação de natureza previden-
ciária é desnecessário o exaurimento das vias administrativas. 
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A súmula simples serve como parâmetro para decisões posteriores, não 
constituindo obrigatoriedade em ser seguida, uma vez que não possui força de 
lei, mas apenas qualidade legal. 
A súmula vinculante é quase um tipo especial da súmula simples, possuindo 
características peculiares, e significa que nem o Judiciário, nem os órgãos da 
Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e munici-
pal, ao se depararem com questões sobre as quais haja uma súmula vinculante, 
poderão decidir de modo diverso, devendo seguir o enunciado sumulado. 
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, 
mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões 
sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na 
imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder 
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, es-
tadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma 
estabelecida em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas 
determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou 
entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e 
relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável 
ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal 
que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão 
judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação 
da súmula, conforme o caso.
 
Súmulas vinculantes sobre matéria administrativa
N. 3 “Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o con-
traditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revoga-
ção de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da 
legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão”.
O ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão só admite o 
contraditório e a ampla defesa depois de registrado no Tribunal de Contas da 
União (TCU). 
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No MS 24.268 (Ministro Gilmar Mendes), foi deferida a segurança, abrindo 
dissidência que acabou sendo vitoriosa no Pleno do STF, por entender que não 
caberia ao TCU considerar ilegal, promovendo a revisão de pensão anterior-
mente já registrada, sem assegurar o exercício do contraditório e da ampla 
defesa aos interessados.
Súmula Vinculante n. 5: “A falta de defesa técnica por advogado no processo ad-
ministrativo disciplinar não ofende a Constituição”.
O servidor, para apresentar a sua defesa em processo administrativo, não 
necessita de advogado. 
Súmula Vinculante n. 11: “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistên-
cia e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou 
alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escri-
to, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da au-
toridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo 
da responsabilidade civil do Estado”.
Essa súmula vinculante tem relação com o princípio da proporcionalidade. A 
utilização de algemas constitui uma exceção. 
Súmula Vinculante n. 13: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente 
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da au-
toridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de 
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de 
confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta 
em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição 
Federal”.
Essa súmula vinculante trata da proibição da prática do nepotismo e também 
do denominado nepotismo cruzado, que, na súmula, é referido como designa-
ções recíprocas. 
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O nepotismo fere os princípios da impessoalidade e da moralidade na Admi-
nistração Pública. 
SOGRO
CUNHADO(A)
(sou GENRO/NORA)
EU
ENTEADO(A)
(sou PADRASTO/ 
MADRASTA)
(é PADRASTO/ 
MADRASTA)
(é GENRO/NORA)
CÔNJUGE
ENTEADO(A)
CASAMENTO
CUNHADO(A)
SOGROSOGRA
afinidade 1º grau
linha reta ascendente
afinidade 1º grau
linha reta descendente
afinidade 2º grau
lina colateral
afinidade 2º grau
lina colateral
afinidade 1º grau
linha reta ascendente
afinidade 1º grau
linha reta descendente
SOGRA
�����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.

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