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10 DISPOSITIVOS ENDOVENOSOS

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DEPARTAMENTO DA ÁREA DA SAÚDE 
CURSO DE ENFERMAGEM 
SEMIOTÉCNICA 
 
Página 1/3 
Bancada nº. 10 
Técnica DISPOSITIVOS INTRAVENOSOS 
INTRODUÇÃO 
A capacidade de ter acesso ao sistema venoso é uma habilidade esperada na enfermagem. Os componentes 
desta responsabilidade incluem a seleção consciente do local da punção venosa e do tipo da cânula, além da 
eficiência da técnica de penetração na veia. Os cateteres venosos periféricos são amplamente utilizados para 
acesso vascular, tem baixo risco de infecção, fator este determinado pelo curto período de permanência. Podem 
ser feitos de metal, mais conhecido como Scalp ou Butterfly, ou ainda, de materiais plásticos, como PVC ou Teflon, 
comumente chamados de Abbocath ou Gelco. 
CARACTERÍSTICAS DO SCALP (BUTTERFLY/BORBOLETA) 
FINALIDADE 
Administrar medicamentos endovenosos de curta e longa duração (até 72 h) e coleta de amostras de sangue para 
exames. 
PARTES DO SCALP 
 Bisel 
 Haste metálica 
 Asas da borboleta 
 Extensão 
 Conexão com oclusor 
 Protetor plástico para haste metálica 
OBSERVAÇÃO 
 Uso individual, único e não reesterilizável 
 Indicação por números ímpares: 19, 21, 23, 25, 27 (menos calibrosos) 
 Máximo de 72 horas no paciente 
 CARACTERÍSTICAS DO GELCO 
FINALIDADE 
Administrar medicamentos endovenosos, coleta de amostras para exames, descompressão torácica de urgência, 
punções para drenagem de líquidos como, por exemplo, líquido ascítico. 
Geralmente este dispositivo também é utilizado para pacientes com difícil acesso venoso, pacientes graves, 
pacientes cirúrgicos e para hemotransfusão. 
PARTES DO GELCO 
 Bisel 
 Haste metálica - guia 
 Haste flexível 
 Canhão 
 Conexão com oclusor 
 Capa protetora 
OBSERVAÇÃO 
 Uso individual, único e não reesterilizável 
 Indicação por números pares: 14, 16, 18, 20, 22, 24 (menos calibrosos) e padronizado por cores 
 Máximo de 72 horas no paciente ou conforme orientação da CCIH 
 CONTRA INDICAÇÃO: QUIMIOTERAPIA 
TUBO EXTENSOR OU POLIFIX 
São artigos de PVC que aumentam as opções de acesso numa única punção, pois podem possuir duas ou quatro 
vias que possibilitam a infusão de várias soluções simultaneamente e/ou sistema em Y, concomitantemente. Uma 
das extremidades da conexão é única e adapta-se ao jelco ou ao scalp, e a outra extremidade fraciona-se em duas 
ou quadro vias com clipe de segurança e oclusor para fechamento rosqueável em que vão se acoplar às pontas 
dos equipos. 
FINALIDADE 
Infundir vários medicamentos simultaneamente e facilitar a conexão de scalps, jelcos, acesso central, entre outros. 
 
 
PARTES DO TUBO EXTENSOR OU POLIFIX 
 Tubo flexível; 
 Extremidade de conexão; 
 Clipe de segurança / pinça de segurança; 
 Oclusor. 
EQUIPO 
Equipo é uma extensão tubular de PVC, flexível descartável de uso individual que liga o frasco de soro ou de 
solução ao dispositivo de punção. 
FINALIDADE 
Auxiliar na infusão de soroterapia e de medicamentos diluídos em maiores volumes que necessitam de infusão 
lenta. 
PARTES DO EQUIPO 
 Perfurador para o acesso à solução; 
 Câmara de gotejamento para manter uma pequena quantidade de líquidos; 
 Extensor com um ou mais orifícios para instalação de medicação IV; 
 Pinça móvel ou lateral para a regulagem da taxa de infusão; 
 Ponta conectora. 
 
 
 
 
 
TIPOS DE EQUIPOS 
 Equipo macrogotas; 
 Equipo microgotas; 
 Equipo para bomba de infusão; 
 Equipo com bureta ou câmara graduada. (macro e micro gotas); 
 Equipos fotossensíveis; 
 Equipo para Hemoderivados; 
 Equipo para medição de PVC; 
 Equipo com respiro na câmara de gotejamento. 
TORNEIRINHA (Three way) 
Numa mesma via de acesso endovenoso para administração de medicamentos podemos instalar possibilidades de 
vias para infusão ou administração de várias medicações, atentando-se para interações medicamentosas. 
FINALIDADE 
Infundir vários medicamentos simultaneamente e facilitar a conexão de scalp, jelco, Intracath, tubo extensor, entre 
outros. 
PARTES DA TORNEIRINHA 
 
 Base / Corpo; 
 Manípulo com orientador de fluxo direcionado; 
 Bico luer slip ou lock; 
 Tampa protetora ou oclusor. 
CONFECÇÃO DE EXTENSOR 
Facilitar a administração de medicamentos junto à soroterapia na ausência do polifix. 
MATERIAL 
 Luva esterilizada; 
 Campo esterilizado; 
 Lâmina de bisturi; 
 Equipo macro; 
 Torneirinha 
 
 
 
TÉCNICA DE CONFECÇÃO DE EXTENSOR 
Ação Justificativa 
1. Preparar o material.  Otimiza o tempo. 
2. Lavar as mãos.  Remover a flora transitória, diminuindo o risco de 
contaminação 
3. Abrir campo estéril.  Ambiente livre de microrganismos. 
4. Abrir o equipo, a lâmina de bisturi e a 
torneirinha, posicionando-os no centro do campo 
esterilizado com técnica asséptica. 
 Facilita a manipulação e diminui o risco de 
contaminação. 
5. Calçar luva esterilizada.  Ambiente livre de microrganismos. 
6. Cortar aproximadamente 20 cm, da ponta 
conectora, do equipo com a lâmina de bisturi. 
 
7. Conectar a parte cortada do equipo com o bico 
da torneirinha. 
 
8. Após a confecção do dispositivo o mesmo deve 
ser escovado e utilizado. 
 Não pode ser armazenado o dispositivo, devido a 
risco de contaminação. 
9. Recolher o material deixando o ambiente 
organizado. 
 
10. Retirar as luvas e lavar as mãos  
OBSERVAÇÃO 
 Uso individual, único / exclusivo. 
 Não reesterilizável. 
 Em caso da não existência de tubo extensor, a mesma deve ser confeccionada utilizando-se técnica asséptica, 
para posteriormente ser conectada a torneirinha. 
 A troca dos equipos, tubo extensor ou polifix segue a orientação da CCIH (48 horas). 
 Equipos adequados são aqueles que na embalagem mostra quantas gotas de seu conta-gotas correspondem a 
01 ml (SILVA, 2004). 
 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
BOWDEN, V.R.; GREENBERG, C.S. Procedimentos de Enfermagem Pediátrica. Rio de Janeiro; Guanabara 
Koogan, 3 ed, 2013. 
FRANCK, C.L. et al. Punções & Acessos. In: SOUZA, V.H.S.; MOZACHI, N. O Hospital: Manual do Ambiente 
Hospitalar. Curitiba; Manual Real, 3 ed, 2009. 
SILVA, M.F.; SOUZA, N.V.D.O.; PEREIRA, S.E.M.. Procedimentos de Enfermagem Empregados no déficit 
nutricional e hidroeletrolítico. In: SILVA, L.D.; PEREIRA, S.R.M.; MESQITA, A.M.F. Procedimentos de 
enfermagem: Semiotécnica para o Cuidado. Rio de Janeiro; Medsi, 2004. p.204-231. 
Elaborado por Profª Denise, Profª Flávia, Profª Lígia, Profª Maria do Carmo. Data da Criação 2002 
Revisado por 
Professores: Carla Oliveira, Luciana Cariri, Fabiana 
Brito, Larissa Almeida, Raquel Araújo, Janile Bernardo, 
Nathalia Vasconcelos. 
 
Data da última 
Revisão 02/2016 
Assinatura da 
Validação

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