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Aula 5 Psicoterapia de orientação analítica na infância

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PSICOTERAPIA DE ORIENTAÇÃO PSICANALITICA NA INFANCIA
- Histórico Psicanálise Infantil: Freud, Anna Freud, Klein Referencial kleiniano: Uso de brinquedos, relação transferencial, interpretação, e aceitação dos conceitos de identificação projetiva e fantasia inconsciente.
 Análise Infantil X Análise de adultos: mesmo referencial
 teórico, a diferença está na forma de
 expressar o material inconsciente.
A forma de utilização do brinquedo, a
repetição da mesma brincadeira, nos leva 
ao entendimento e ao que interpretar. 
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AVALIAÇÃO DA CRIANÇA
O profissional deve conhecer o desenvolvimento normal e a 
 psicopatologia infantil
Atendimento a outros profissionais ligados ao caso
 ENTREVISTAS COM PAIS E RESPONSÁVEIS
Forma e origem do encaminhamento
Compreensão da dinâmica familiar: quem liga, quem vem à primeira entrevista
Sentimentos contra transferenciais no primeiro contato com os pais
Sentimentos dos pais: ambivalências, culpas, ansiedades, etc...
Observação dos ditos e “não ditos”
Anamnese
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Conclusão entrevistas pais:
Após a realização de quantos encontros forem necessários para o entendimento da situação, atender a criança.
Após o atendimento dos pais, segundo Prego e Silva, podemos falar de 3 crianças:
 - a “inventada” pelos pais
 - a “construída” pelo entrevistador
 - a criança ainda não conhecida pelo entrevistador e que será “vista” no primeiro contato 
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A ENTREVISTA COM A CRIANÇA
. Setting: a sala 
Material lúdico: quais , apresentação do mesmo
Separação criança/pais na sala de espera
Sessão de observação lúdica: como deve ser e seu objetivo
Exames complementares quando necessários
Testes psicológicos
FORMULAÇÃO DIAGNÓSTICA : levar em conta todo material
colhido durante o processo- pais, outros profissionais, criança.
É necessária uma hipótese diagnóstica para o processo
terapêutico ser indicado e iniciado.
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INDICAÇÃO TERAPEUTICA - 3 situações básicas a serem levadas
em conta, quanto à criança, na conclusão diagnóstica para o
encaminhamento em psicoterapia psicanalítica:
Sintomas específicos
Conflitos interpessoais persistentes
Atraso, parada ou regressão no desenvolvimento adaptativo e emocional
CONTRAINDICAÇÃO - 3 situações:
Pais apresentam “desacordos” quanto à indicação
Pais apresentam condutas perversas ou psicopaticas
Funcionamento familiar psicótico , não havendo um adulto na família capaz de se encarregar do trabalho
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O PROCESSO DE PSICOTERAPIA PSICANALÍTICA NA INFÂNCIA
 FASE INICIAL 
- Tomada de contato terapeuta/paciente: criação de um setting interno e externo.
- Contrato de trabalho com a criança, questão dos limites, etc... 
ANSIEDADES PERSECUTÓRIAS: são as predominantes no paciente nesta fase e se manifestam por sentimentos de desconfiança e ameaça, e pela tentativa de transformar a situação nova em algo conhecido.
- Atividade do terapeuta: varia de acordo com a idade e necessidade da criança. Ex: criança pequena ou deprimida necessita de maior ajuda. 
- Atividade da criança: varia com a idade e muda durante o processo. OBS: busca de contato físico maior em cr. menor
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 FASE INTERMEDIÁRIA
Nesta fase acontece um específico, constante e complexo jogo de TRANSFERENCIAS E CONTRA TRANSFERENCIAS. Estas projeções remetem o terapeuta a seus próprios conflitos. Além disso, o terapeuta é alvo de sentimentos transferenciais de toda família durante a terapia infantil.
OBS: contra transferência mais acentuada no tratamento infantil que no adulto.
Etapa mais longa do processo terapêutico; a criança revela com maior facilidade seus impulsos, mostra seu ódio, raiva, etc...
Nesta etapa, as interpretações podem e devem ser mais profundas; crescimento psíquico e maior verbalização.
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FASE FINAL
Os critérios de alta variam de acordo com a orientação teórica do terapeuta
Para Klein: quando as inibições ao brincar estiverem reduzidas
Pode-se falar em 2 possibilidades de término:
 TERMINOS PREMATUROS: as interrupções causadas pelo paciente, pelo pais , pelo terapeuta ou pelas instituições.
 TERMINOS TERAPEUTICOS: as altas ( que devem ser decididas pela díade terapeuta/paciente). As altas ocorrem geralmente quando os sintomas diminuem ou desaparecem; quando a criança obtém mais prazer nas gratificações reais que fantasiadas; quando a criança está adaptada ao próprio desenvolvimento, e acredita em si mesma e nos outros. 
- O término deve se entendido e trabalhado como uma etapa e pode trazer de volta conflitos já elaborados, como uma forma de defesa.
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Referência:
ZAVASCHI et al. Psicoterapia de orientação analítica na Infância. In: A.V. Cordioli (Org) Psicoterapias: Abordagens Atuais. Cap.38. p. 697-715. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008;
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