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aula 5 Instrumentos Básicos para o cuidar (1)

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SEMIOLOGIA – 2013.1
Aula 5 - INSTRUMENTOS BÁSICOS PARA O CUIDAR
Profª. Luciana Cariri
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Etapas do Processo de Enfermagem:
Histórico: Roteiro sistematizado para o levantamento de dados que sejam significativos para a enfermagem sobre o paciente, família ou comunidade, a fim de tornar possível a identificação de problemas de modo que, ao analisá-lo de forma criteriosa, possamos chegar a um diagnóstico de enfermagem. Tem a finalidade de conhecer os hábitos individuais e biopsicossociais, visando a adaptação do paciente à unidade e ao tratamento, assim como a identificação dos problemas.
Levantamento de Dados: Através do exame físico (inspeção, ausculta, palpação e percussão) o levantamento sobre o estado de saúde do cliente e anotação de anormalidades encontradas, valida as informações do histórico de enfermagem.Consiste no estudo biopsicossocioespiritual do individuo, por intermédio da observação, interrogatório, inspeção manual, testes psicológicos, testes de laboratório e uso de instrumentos.
 
Diagnóstico de enfermagem: É a identificação das necessidades do ser humano, que precisa de atendimento e determinação pelo enfermeiro, do grau de dependência deste atendimento em natureza e extensão. Sendo após o julgamento clínico sobre as respostas do individuo, da família e comunidade aos problemas/processos de vida vigentes e potenciais.
Prescrição e Implementação de enfermagem: É o conjunto de medidas criteriosamente selecionadas pelo enfermeiro, que vai direcionar a assistência de enfermagem ao cliente de maneira individualizada e contínua, cujo propósito está voltado para prevenção, promoção, proteção, recuperação e manutenção da saúde. É a implantação do plano assistencial por um roteiro diário, que coordena a ação da equipe de enfermagem na execução dos cuidados adequados e necessários ao atendimento das necessidades humanas básicas e específicas do ser humano.
 
Evolução de enfermagem: Relato diário ou periódico das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano enquanto estiver sob assistência profissional, ou seja, uma avaliação global do plano de cuidados. Registro feito pelo enfermeiro após a avaliação do estado geral do paciente. Desse registro devem constar os problemas novos identificados, um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24h subsequentes.
 
Instrumentos Básicos para o Cuidar:
Conceito: 	Conjunto de conhecimentos e habilidades fundamentais para o exercício das atividades profissionais.
1. Observação: 
Conceito:
“É a ação ou efeito de observar, isto é, olhar com atenção para examinar com minúcia, atenção que se dá a cartas coisas.” (Horta)
“Percepção de estímulos internos e externos captados através dos órgãos dos sentidos”.
Tipos de observação:
Assistemática ou não estruturada: são aquelas que realizamos espontaneamente, sem utilizarmos meios técnicos especiais, roteiros ou perguntas específicas;
Sistemática ou estrutura: ou planejada, é aquela que fazemos para responder a propósitos preestabelecidos, ou seja, sabemos de antemão o quê, como e quando vamos observar;
Não participante: o observador é espectador;
Participante: é quando o observador, propositalmente ou não, integra-se ao grupo ou contexto que está observando;
Individual: é realizada por uma única pessoa;
Equipe: várias pessoas observando um aspecto de uma situação;
Vida Real: a observação é feita e registrada no momento em que ocorre. Ex. anotação de enfermagem;
Laboratório é realizado em condições estabelecidas, onde os fatores que podem interferir na ocorrência de um fato ou fenômeno são controlados.
Habilidade de observar: esta habilidade está relacionada com o conhecimento do observador.
Percepção e Observação: a percepção de fenômenos visuais, táteis, auditivos, olfativos e gustativos envolve o treinamento de tais capacidades, o que ocorre no processo de desenvolvimento do ser humano física e mentalmente, através da observação e memória. O desenvolvimento, por outro lado, nos proporciona a atribuição de certas qualidades afetivas aos objetos percebidos. Assim, certos objetos podem mudar em nossa percepção, quase como uma distorção, quanto ao seu sentido.
O “Sexto Sentido”: são certas “sensações” descritas como estado de alerta que nos leva a afirmar que “algo está fora do padrão”, mas não conseguimos explicar do que se trata, até que tempo mais tarde podemos deparar com uma emergência. 
O fazer da enfermagem depende de um observar constante, cuja conseqüência é o direcionamento das ações do enfermeiro e equipe em prol da assistência ao Ser Humano.
Comunicação:
Conceito: “É a capacidade de trocar ou discutir idéias, dialogar, conversar com vistas ao bom relacionamento entre pessoas”. (Ferreira)
Componentes da Comunicação:
	Emissor 
	Receptor
	Mensagem
Formas de Comunicação:
Verbal
		Falada
		Escrita 
Não Verbal
 Cinésia: através da expressão e movimentos do corpo
 Toque
 Territorialidade: espaço entre as pessoas define o tipo de comunicação
Paraverbal
Tom de voz, ritmo, pausa, entonação 
Barreiras da comunicação:
Falta de habilidade para: Ouvir, Ver, Sentir e Compreender a mensagem .
Na Comunicação verbal 
EVITE
pronunciar mal as palavras;
falar muito baixo ou muito alto;
falar muito depressa ou muito devagar;
respirar mal;
usar vícios de linguagem como “tá?”, “né?”, “ok”, “certo?”, “entendeu?”, “percebe?”, “é, isso aí!”, “tipo assim”, “a gente”, “acho que” e outros;
cometer erros gramaticais;
expressar-se sem objetividade e clareza;
usar termos técnicos para pacientes ou pessoas leigas;
contar piadas e usar chavões;
usar argumentos inconsistentes;
perder-se em detalhes; 
Na comunicação não – verbal EVITE
gestos que conotem nervosismo e inibição;
ajeitar a roupas;
manusear chaveiro, caneta;
ajeitar o cabelo ou os óculos;
coçar-se, pigarrear ou bocejar;
apoiar-se ora numa perna ora em outra;
fixar os olhos no chão, no teto ou numa só pessoa da platéia.
ficar parado como estátua ou com as pernas abertas;
movimentar as mãos excessivamente;
estufar o peito ou cruzar os braços;
mascar ou roer unhas;
esfregar as mãos ansiosamente;
pôr as mãos nos bolsos;
olhar para o vazio;
pôr as mãos na cintura; 
Método Científico: 
Conceito: É um meio que conduz à formação de um corpo de conhecimento, através da elaboração organizada e formal de uma determinada questão, com verificação e análise dos resultados do fenômeno observado, frente aos objetivos da investigação. (Sampaio & Pellizzetti)
 Método Científico X Processo de Enfermagem 
Compreensão do problema ------------- Histórico de Enfermagem
Coleta de Dados -------------------------- Levantamento da História da Saúde do Cliente
Formulação de Hipóteses --------------- Diagnóstico de Enfermagem
Testagem das Hipóteses ----------------- Prescrição de Enfermagem
Interpretação e Avaliação
dos Resultados ---------------------------- Evolução de Enfermagem
A utilização de um método científico ou de resolução de problemas influencia os resultados das ações de enfermagem em todas as áreas de atuação.
Princípios Científicos:
Corpo de conhecimentos específicos que a instrumentaliza de modo a permitir seu desempenho com independência, competência e responsabilidade.
Habilidade Psicomotora e Destreza Manual:
Conceito: “É o conjunto de atividade onde saber fazer é o reflexo de uma competência real, permanente e adquirida de executar uma tarefa que implica no domínio que o indivíduo deve ter sobre si próprio.” (Friedlander)
Habilidades Psicomotoras: 
Estágios da Aprendizagem de uma Habilidade Psicomotora:
Estágio cognitivo: relacionado ao nível onde o aluno está operando uma fase inicial da aprendizagem da habilidade psicomotora, na qual frequentemente ocorre elevado número de erros no desempenho da atividade.
Estágio associativo:fase em que os erros básicos já ocorreram, são menos freqüentes, consegue detectá-los e estabelecer modificações necessárias.
Estágio autônomo: fase onde a habilidade torna-se automática e habitual.
Habilidades Psicomotoras Desenvolvidas na Enfermagem:
Coordenação Multimembro: capacidade de coordenar os movimentos simultaneamente. Ex.: técnica de punção venosa, preparo de medicações, calçamento de luvas, etc.
Precisão de Controle: capacidade de executar ajustes musculares altamente controlados e precisos. Ex.: técnica de ressuscitação.
Orientação da Resposta: capacidade de seleção rápida onde uma resposta deve ser dada. Ex.: o enfermeiro decide onde e quando introduzir a agulha no paciente.
Tempo de Reação: capacidade de responder a um estímulo quando ele aparece. Ex.: interromper uma infusão venosa quando se observa sinais de extravasamentos. 
Velocidade do Movimento do Braço: capacidade de fazer um movimento geral e rápido do braço.
Controle de Graduação: capacidade de mudar a velocidade e a direção de resposta no tempo adequado, como seguir um alvo que se movimenta continuadamente.
Destreza Manual: capacidade de fazer movimentos de braços e mãos habilmente, bem como direcionados. Ex.: anti-sepsia de um local ou imobilização de um membro.
Estabilidade Braço-mão: capacidade de fazer movimentos precisos de posicionamento de braços e mãos, nos quais a força e a velocidade têm envolvimento mínimo. Ex.: inserção de uma agulha ou manipulação de pinças. 
Velocidade Punho-dedos: capacidade de mover o punho e os dedos com rapidez. Ex.: tapotagem ou percussão.
Pontaria: capacidade de apontar com precisão para um objeto pequeno no espaço. Ex.: inserir uma sonda vesical.
Habilidade Psicomotora X Conhecimentos X Princípios Científicos
Criatividade:
Conceito: “Processo resultante de uma obra pessoal, aceita como útil ou satisfatória, ou um grupo social ou indivíduo, numa determinada época.” (Beaudot)
	
	“Disposição para criar, comum a todos os seres humanos, porém em estado latente, independente de raça, sexo ou idade, mas estreitamente dependente de um ambiente sociocultural que propicie condições favoráveis à liberdade de expressão”. (Pieron)
Utilização da Criatividade na Assistência de Enfermagem:
No Planejamento e Execução dos Cuidados de Enfermagem;
Nas Reflexões das práticas diárias de Enfermagem;
Nas Diversas Situações do cotidiano da Enfermagem, aliados os conhecimentos prévios e curiosidade científica.
CRIATIVIDADE = CORAGEM
Planejamento:
Conceito: “É prescrever o futuro e traçar um programa de ação determinando os objetivos que se pretende atingir, buscando as melhores estratégias de ação para o seu alcance e reformulando o plano em conformidade com sugestões provinda da experiência e dos fatos”. (Koontz)
	“Um processo intelectual, isto é, a determinação consciente de um curso de ação, a tomada de decisões com base em objetivos, fatos e estimativas submetidas à análise”. (Horta)
 
O Planejamento – Classificação:
Planejamento Operacional: Curto alcance e Menor abrangência que os demais
Exemplo: Planejamento da Assistência de Enfermagem Individualizada
Planejamento Tático: Médio alcance e Mais detalhado
Exemplo: Adaptação do Método de Assistência Escolhido para cada Unidade
Planejamento Estratégico: Longo alcance, Maior grau de incerteza e Mais amplo e abrangente
Exemplo: Método da Assistência de Enfermagem a ser implementado pelo serviço
Características do Planejamento:
Unidade
Continuidade
Clareza e Precisão
Exeqüibilidade 
O Planejamento na Assistência de Enfermagem:
- Conhecer a Realidade do Serviço
- Sistematização da Assistência de Enfermagem
- Avaliação Contínua 
O sucesso do planejamento depende da participação de todos os atores sociais envolvidos no processo.
Avaliação:
Conceito: “É uma atividade metodológica que consiste na coleta e na combinação de dados relativos ao desempenho, usando-se um conjunto ponderado de escalas de critérios que levem as classificações comparativas ou numéricas.” (Scoble)
	“É um processo delinear, obter e fornecer informações úteis para o julgamento de decisões alternativas”. (Scoble)
Características da Avaliação:
Como processo social 
Como julgamento moral
Aspecto técnico
Trabalho em Equipe: 
“A assistência de enfermagem é como uma orquestra sinfônica, todos os seus instrumentos devem estar afinados para obter o máximo de rendimento possível, a excelência dos cuidados prestados aos nossos clientes”.

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