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POMPAGE Definição: Manobra desenvolvida por um osteopata americano Cathie e o fisioterapeuta francês Marcel Bienfait que exerce ação articular, muscular e sobre a circulação dos fluidos por meio de deslizamento dos tecidos uns em relação aos outros. Termo traduzido do francês. Manobra capaz de tensionar lenta, regular e progressivamente um segmento corporal. Com essa técnica a nutrição e a eliminação de metabólitos dos tecidos são favorecidas pelas trocas osmóticas no espaço lacunar. Ação sobre a fáscia Fáscia: tecido conjuntivo de sustentação, invólucro de órgãos e músculos. Pompage: Ação no tecido conjuntivo através da distensão terapêutica na fáscia muscular associada com movimentos respiratórios. Pompage: Ação sobre a “Circulação lacunar”: líquidos corporais não pertencentes à circulação sanguínea e linfática responsáveis pelo “embebimento do tecido” (nutrição). Falta de movimento – estase líquida (ex. Edema associado à imobilização). Objetivos da técnica: Relaxamento muscular - Nos casos de contratura e retrações, quando as moléculas de actina e miosina interpenetram-se excessivamente, há diminuição do comprimento muscular, no que são seguidas pelos elementos conjuntivos do músculo. A pompagem, realizada no sentido das fibras musculares, aumenta o comprimento total do músculo. Melhora da circulação - As fáscias fazem parte do tecido conjuntivo, que envolvem a musculatura esquelética. Entre esses tecidos, ocorre a circulação de água livre, não canalizada, responsável pelas trocas vitais de aporte de elementos nutritivos e retirada de toxinas. Uma retração muscular, uma cicatriz, um edema podem provocar uma estase. Dessa forma, haverá ausência de mobilidade entre as fáscias e a circulação de água livre. Neste caso, a pompagem deve ser realizada com o objetivo de liberar os bloqueios e promover a circulação lacunar. Combate da degeneração cartilaginosa: Reestabelecem o equilíbrio hídrico da cartilagem, ou ao menos, evitam a sua desidratação. Neste caso, são realizadas no sentido da descompressão articular. Indicada no tratamento de artroses. Indicações: Contraturas musculares não agudas; Estase líquida (ausência de movimento do líquido intersticial); Encurtamentos e tensões musculares; Dores musculares não agudas; Disfunções miofasciais em geral. Contra- Indicações: Estiramento muscular e ligamentar; Contraturas musculares agudas; Rupturas ligamentares e fasciais. APLICAÇÃO DA TÉCNICA - A técnica deve ser realizada em três tempos: Tensionamento do segmento Deve ser feito até o limite da elasticidade fisiológica da estrutura musculoaponeurótica. O terapeuta deve alongar lenta, regular e progressivamente as fibras até o limite de sua elasticidade. Manutenção do tensionamento Esta conduta poderá maior ou menor intensidade, de acordo com o objetivo desejado. O tensionamento é mantido por cerca de 20 segundos Retorno à posição inicial Deve ocorrer lentamente; a velocidade também será determinada de acordo com o objetivo desejado. O tratamento das disfunções miofasciais pode ser realizado antes do atendimento com massagem clássica, com o objetivo de alongar as fáscias para melhor absorção de nutrientes ao músculo, como também após a execução da mesma, com o objetivo de relaxamento muscular. PRT – Terapia de Liberação Posicional “Positional Release Therapy” – terapia de liberação posicional (TLP) Dor e disfunções dos tecidos moles Tecidos são colocados em uma posição de conforto para que o sistema neuromusculoesquelético possa ser manipulado para a interrupção do ciclo Método Método de avaliação total do corpo e de tratamento utilizando pontos sensíveis e uma posição de conforto para solucionar a disfunção associada. Método de tratamento indireto (a parte do corpo move-se, distanciando-se da barreira de resistência, isto é, em direção à maior facilidade) e passivo. Todos os 3 planos de movimento são utilizados para atingir a posição de maior conforto. Três Principais Características: Posicionamento corporal Uso de Pontos Sensíveis Natureza indireta da terapia Prática Quando os pontos mais sensíveis são localizados, eles são palpados como uma orientação que ajuda a encontrar a posição de conforto. A posição de conforto produz o relaxamento ideal dos tecidos envolvidos. Uma vez localizado, o ponto gatilho é mantido sob uma pressão subliminar exercida pelo dedo que o palpa. Paciente ortopédico: 90 segundos Paciente neurológico: 3 minutos O paciente é então colocado numa posição que reduz a tensão sob o dedo palpador e ocorre uma redução subjetiva da sensibilidade que é descrita pelo paciente. Efeitos da PRT Normalização da hipertonia muscular: Redução da atividade proprioceptiva inapropriada Ajuda a normalizar o tônus e a estabelecer a relação comprimento/tensão normal do músculo Normalização da tensão fascial Após a aplicação da pressão, há uma ação relaxante do tecido miofascial. Observação pela palpação. Redução da hipomobilidade articular: Diminuição da tensão periarticular. Melhoria da circulação e redução do edema Diminuição da pressão sobre as estruturas envolvidas (vasos sanguíneos e linfáticos) Reabsorção de líquidos tissulares e redução do edema. Redução da dor Dor- defesa muscular, tensão fascial e restrição dos movimentos articulares Pode haver algum desconforto remanescente devido à inflamação residual, mas a dor aguda é reduzida consideravelmente. Aumento da força Normalização do equilíbrio proprioceptivo e neural do tecido muscular e redução da inibição causada pela dor. Restauração do tônus e a função normal dos músculos envolvidos. Contra-Indicações ao Uso da PRT Feridas abertas Suturas Fraturas em processo de consolidação Hematoma Hipersensibilidade cutânea Infecção sistêmica ou localizada Atenção: Importância da anamnese e exame físico minucioso Quais condições respondem melhor à PRT? Espasmo muscular protetor Tensão fascial Hipomobilidade articular (decorrentes de uma lesão física) Ponto Sensível (PS) Literatura ocidental: PSs no músculo desde 1843. PS pode surgir em qualquer tecido somátic (músculo, fáscia, ligamentos, tendões, cápsula articular, etc) PRT: os PSs são usados como indicadores diagnósticos da localização da disfunção Os pontos sensíveis são mais predominantes nos tecidos estressados mecanicamente, sobretudo naqueles com elevadas demandas posturais como : Trapézio superior Elevador da escápula Suboccipitais Psoas Quadrado lombar. Prática Colocação dos tecidos envolvidos numa posição ideal de conforto (para reduzir a irritabilidade do ponto sensível e normalizar os tecidos associados à disfunção). Posição ideal – determinada subjetivamente pela percepção da sensibilidade do paciente e objetivamente pela redução do tônus palpável do ponto sensível (zona de conforto). ZC: amplitude na qual ocorre o relaxamento máximo dos tecido- 2 a 3 graus, sem estirar o antagonista. Fase neuromuscular: 90 segundos (paciente neurológico: 3 minutos) Fase miofascial: até 20 minutos Ao se aproximar da zona de conforto, os tecidos se tornam macios e menos sensíveis. Com o tempo: aumento da temperatura local, a vibração e a pulsação na área do ponto sensível são notadas à medida que o tratamento progride. Respiração: superficial e rápida – lenta e profunda Aumento da resistência, desempenho e função Oposto de alongamento Manipulação dos tecidos – diminuição da tensão - redução dos pontos gatilho Tratamento livre de dor Indicado para todas as idades e condições mais dolorosas. Sintomas transitórios durante o posicionamento Parestesia Sensação de calor Dores passageiras em outras áreas do corpo Cefaléias Episódios emocionais Relaxamento profundo Dor Miofascial: “Dor musculoesquelética localizada, originária de um foco hiperirritável ou de um PG numa faixa tensa de músculo esquelético ou de fáscia muscular.” (Travell e Simons) PS é palpável como um nódulo pequeno (0,25a 1 cm), geralmente localizado nos tecidos subcutâneo, muscular ou fascial. Lesão inicial: liberação de mediadores químicos pró-inflamatórios e vasoconstritores (histamina e prostaglandinas) Trauma agudo ou repetitivo Faixas tensas de músculos palpáveis associadas ao envolvimento miofascial. Conseqüência: hipertonia, inflamação, isquemia, aumento da concentração de mediadores químicos metabolicamente ativos. Ciclo vicioso que será perpetuado pelo trauma repetitivo e possivelmente responsável pela manutenção dessas áreas focais e irrestritas (PSs) nos tecidos. Espasmo muscular Protetor ou de defesa Hipertonia muscular que ocorre como resultado de uma lesão, por ex, distensão, em resposta à biomecânica anormal, ou como uma reação ao estresse emocional ou a um processo patológico Pode ocorrer em decorrência de um único movimento grosseiro abrupto ou pequenos movimentos repetitivos Ponto Gatilho x Ponto Sensível Pontos Sensíveis Ponto-Gatilho ao ser pressionado manifesta os sintomas referidos ao ser pressionado refere apenas dor local Pode-se qualificar estes pontos sensíveis como PG latentes, que em uma situação de estresse adicional manifestará também os sintomas característicos São tratados através das mesmas técnicas Tipos de Pontos-Gatilho PONTO-GATILHO MIOFASCIAL (central; de inserção, ativo- provoca dor esponânea e fraqueza; latente- não provoca dor espontânea, etc) PONTO-GATILHO NÃO MIOFASCIAL Fasciais Tendíneos Ligamentares Cápsulares Cicatriciais Cutâneos Periosteais Características do PG Banda tensa Nódulo sensível Resposta contrátil local Aumento da temperatura local Sinais sensoriais referidos ADM diminuída Contração dolorosa Sensação de fraqueza Procedimentos: Avaliar o corpo, graduar a intensidade da sensibilidade dos pontos e registrar as descobertas Seguir as regras gerais (ponto mais sensível em primeiro lugar) Monitorar o ponto sensível enquanto estiver procurando a posição de conforto Contatar o ponto sensível enquanto o paciente estiver na posição de conforto. Manter a posição de conforto até sentir uma liberação completa Retornar lentamente à posição neutra Reexaminar o ponto sensível e utilizar outras avaliações após o tratamento. Mobilização Articular A mobilização articular é uma técnica da terapia manual que envolve movimentos lentos e passivos das superfícies articulares. É utilizada com diversas finalidades, como: Aumento de amplitude de movimento, Reposicionamento e realinhamento da articulação, Restauração da artrocinemática, Redução de dor, Redefinição da distribuição de forças de maneira uniforme ao redor da articulação. A união de todos esses fatores fará com que haja uma melhora da função articular, fazendo com que as estruturas que compõem a articulação funcionem de maneira harmônica. Cada articulação do corpo tem uma posição em que o movimento acessório é possibilitado de realizar sua amplitude máxima. Essa posição é denominada posição de repouso. (PRENTICE, 2003). Posição de repouso: É necessário conhecê- la, pois tanto a avaliação, quanto o tratamento através de mobilização articular ocorrerão nessa posição. Posição de repouso: É necessário conhecê- la, pois tanto a avaliação, quanto o tratamento através de mobilização articular ocorrerão nessa posição. Quando a articulação é colocada em posição loose-packed significa dizer que as superfícies articulares estão separadas ao máximo, em sua posição de repouso, nesse caso a articulação apresentará maior amplitude de movimento acessório. Quando a articulação está em posição closed-packed significa dizer que está ocorrendo o contato máximo entre as superfícies articulares, com a cápsula e os ligamentos tensos e encurtados. Contudo, a posição loose-packed é considerada a melhor posição para realizar a mobilização articular. (PRENTICE, 2003) As técnicas de mobilização articular são eficazes para recuperar a mobilidade articular e reduzir a dor, pois a restauração dos movimentos acessórios permite restabelecer a amplitude normal do movimento. Além disso, elas podem ser utilizadas com vários objetivos, como: alongamento de tecidos capsulares e ligamentares, diminuição de ação muscular protetora, efeitos reflexogênicos que facilitam o tônus muscular efeitos proprioceptivos que melhoram a consciência postural e cinestésica. Os movimentos acessórios podem ser classificados em: Hipomóveis, Normais ou Hipermóveis. Cada articulação possui uma barreira de movimento anatômico (BA), determinada pela disposição óssea e de tecidos moles adjacentes. Em uma articulação com restrição de movimento sua barreira é considerada patológica (BP), sendo assim encontrada antes da BA. Essa limitação pode ocorrer por dor, espasmo ou resistência do tecido. A articulação hipermóvel vai além da BA devido à frouxidão das estruturas adjacentes. A articulação a ser tratada pela mobilização articular é a articulação hipomóvel, ao contrário da hipermóvel que deve ser tratada com fortalecimento e estabilização As técnicas para melhora do movimento acessório são realizadas de forma lenta e através de pequena amplitude, sendo realizada de maneira passiva dentro da amplitude total da articulação, onde uma das superfícies articulares desliza em uma direção apropriada para a restrição de movimento, quando se encontra a barreira. Tal direção é dada pela regra do côncavoconvexo. Quando a direção apropriada fizer com que o paciente sinta dor, deve-se fazer na direção oposta, até que o mesmo consiga tolerar a dor na direção apropriada. Maitland dividiu a mobilização articular em cinco os graus de oscilação, definindo o grau a partir de um ponto inicial, mobilizando até a barreira anatômica. Graus de Mobilidade Grau I – Realizados movimentos de pequena amplitude no inicio do arco de movimento. Indicado quando o paciente está com dor e espasmo, limitando o inicio do movimento. Tem como efeito fisiológico a ativação das comportas medulares; Grau II – Realizado no meio do arco de movimento, com movimentos de maior amplitude. Indicado quando a dor aparece no meio da amplitude de movimento e quando o espasmo limita o movimento em uma oscilação mais rápida. Neste grau, além de ativar as comportas medulares, ocorre a facilitação do retorno venoso e linfático, promovendo clearance articular; Grau III – Movimentos de grande amplitude até a barreira patológica, com o objetivo de gerar estresse no tecido encurtado por aderências. Utilizada quando a dor e o espasmo limitam o movimento próximo ao final do arco de movimento; Grau IV – Movimentos de pequena amplitude realizados no final do arco de movimento. É utilizado quando a resistência é responsável pela limitação do movimento, sem dor ou espasmo. O estresse gerado pelos micromovimentos neste grau é capaz de movimentar discretamente os tecidos fibróticos. Grau V – Movimentos de pequena amplitude com impulso rápido (thrust) ao final, podendo ou não ocorrer um estalido. O impulso é aplicado ao sentir uma resistência mínima ao extremo da amplitude de movimento. Neste grau, não mais considerado mobilização e sim manipulação articular, ocorre a quebra de aderências, ativa os órgãos tendinosos de Golgi, alterando significativamente as condições dos tecidos que envolvem a articulação. No sistema de Maitland, os graus I e II são utilizados para tratar a dor, e os graus III e IV são utilizados para tratar a hipomobilidade. Deve-se dar início ao tratamento primeiramente para reduzir a dor, evoluindo para a diminuição de restrição de movimento. A articulação deve ser avaliada constantemente para determinar a evolução de um grau para o outro. O objetivo dos movimentos em oscilações de pequena amplitude é de ativar os mecanorreceptores articulares podendo limitar a transmissão da percepção da dor na medula ou tronco cerebral Nos graus II e III, o objetivo da mobilização articular seria direcionar o processo de remodelamento tecidual, reduzir a fibrose, reduzir formação de pontesde colágeno e de adesões do tendão aos tecidos adjacentes. Ocorre também dinâmica dos fluidos reduzindo acúmulo de subprodutos da inflamação, reduzindo assim o processo da dor A articulação deve ser estabilizada bem próximo à superfície articular, enquanto o outro segmento é mobilizado de maneira firme e segura, também próximo a superfície articular a ser mobilizada. Contra indicações artrite inflamatória, neoplasias, osteoporose, steopenia, doença neurológica, fratura distúrbios vasculares de artéria vertebral. Massagem Terapêutica Pré requisito: Terapeuta Conhecimento Dom inato/adquirido Palpação e mãos sensibilizadas Avaliar evolução Momento terapêutico Boa Mecânica corporal Local Arejado e tranquilo 3 m² de área circulante Limpo Iluminação suave Divã/ maca Ambientes sem corrente de ar Paciente Confortável Seguro Técnicas de desnudamento Aquecido MASSAGEM Seca – sem lubrificante Úmida – com lubrificante LUBRIFICANTES Sebo de carneiro Unguento Água e sabão Talco Óleos: mineral – lanolina; vaselina; Jhonson. vegetal – soja; amêndoas; camomila; semente de uva. ASPECTOS ÉTICOS Evitar contato não apropriado e exposição desnecessária das partes do corpo do paciente. Terapeuta deve mostrar atitudes e movimentos espontâneos e relaxados. Explicar detalhadamente os procedimentos que serão feitos. Massagem Clássica: “Manipulação de partes moles com as mãos para produzir efeito terapêutico.” A massagem clássica possui 3 efeitos básicos no paciente: Mecânicos: Movimentação de Linfa e sangue venoso (edemas/hematomas) Secreções pulmonares Conteúdo intestinal Mobilização de Fibras e massas musculares Tendões e bainhas Pele e tecido conjuntivo (aderências/cicatriz) Produzir estimulação mecânica nos tecidos por meio de uma pressão e estiramento ritmicamente aplicados, comprimindo tecidos moles e terminações nervosas. Fisiológicos: Dependem da ação reflexa e mecânica. Tº (2 – 3º); melhora circulação superficial; estímulos sobrePele: glândulas sudoríparas e sebáceas. corrente sanguínea e linfática;Circulação sanguínea e linfática: mobilização de sangue para o coração (FC e VS). Músculos – Hiperemia; nutrição catabólitos=relaxamento; aumento da atividade dos fusos= estimulação/ contração muscular. Bell (1964)- Fadiga era aliviada mais rapida/e pela massagem e repouso do que apenas pelo repouso. Ex: esportes . Sistema nervoso – analgesia; estimulação; sensibilidade (pelo efeito mecânico). Tecido Adiposo – Não observou-se redução (micro-hemorragias). Tecido conjuntivo – Reparação tecidual; aderências Sangue - hemoglobina e eritrócitos; Ossos e articulações – Key e cols (1934) Atualmente = vasodilatação - fluxo sanguíneo - reparação tec. Ósseo Vísceras abdominais – peristaltismo auxiliando na evacuação (Wood e Beard). Secreção Pulmonar – Prevenção e tratamento de distúrbios pulmonares. Psicológicos: Relaxamento físico; diminuição de stress; analgesia; conforto e bem estar. Indicações: Diminuir fadiga; Reabsorção de edemas e hematomas; Relaxamento; Alterações musculares (contraturas, distensões, contusões) Alterações neurológicas (ex: hipersensibilidade); Facilitação de movimentos e prevenção de deformidades (liberação de tecidos). Contra Indicações: Processos inflamatórios agudos e infecciosos; Estados febris; Processos erosivos de pele; Enfermidades tumorais, vasculares (trombose etc)e do SNC; Lombar e abdômen em menstruação e nos 3 primeiros meses da gestação. Duração: Depende da área tratada; velocidade e ritmo dos movimentos e evolução do caso. Tratamento local – 20 – 30 minutos. Frequência: Depende do caso; observar evolução. Manobras = * Importante – ritmo; pressão; direção; velocidade e posição das mãos Classificação Sueca Deslizamento superficial e 2) Deslizamento profundo (Effleurage) 1: Pressão; 1º contato; evitar resposta reflexa de proteção; relaxamento. 2: relaxamento; estímulo circulatório; dessensibilização; preparação para manobras mais profundas; analgesia. Amassamento (Petrissage): Auxílio na circulação; dissociar tecidos em formação patológica; mobilização de tecidos superficiais e profundos. Fricção: Movimentos mais intensos circulares ou elípticos em pequenas superfícies; rejuvenescer pele; retirada de aderências; dissociar formações patológicas; absorção de derrames periarticulares. Percussão (Tapotement): Pequenos golpes ritmados; tonificação; potencializa a contração muscular; higiene brônquica Vibração: Estimulante; efeito sedativo; hiper excitabilidade neural; higiene brônquica. PRÁTICA Maca coberta com lençol; Coloque dois travesseiros cruzados, um sobre o outro, em ângulo, de modo que o nariz possa localizar-se nesse cruzamento; Em DV, um pequeno travesseiro deve ser colocado sob o abdomen, na altura do umbigo, para que não haja sobrecarga lombar; Coloque um pequeno rolo sob os joelhos quando em DD e um pequeno rolo sob os tornozelos quando em DV; Utilizar toalha ou lençol para cobrir as partes do corpo que não serão trabalhadas na massagem (sempre envolvendo a roupa do paciente para evitar sujá-las); O terapeuta faz uma avaliação das condições do paciente (inspeção): estado da pele, cicatrizes, postura; Observar se hás espaço livre para movimentação do terapeuta em volta do paciente; Durante a massagem o fisioterapeuta deve estar atento à sua postura para não sobrecarregar-se; Evitar que o corpo do terapeuta encoste no do paciente; O terapeuta deve prender os cabelos e não usar brincos e colares grandes ou pulseiras e Anéis. O paciente deve prender os cabelos. Sempre finalizar as manobras com deslizamento superficial para atingir a piloereção. Importante: nunca perder o contato com a pele do paciente para não desencadear a resposta reflexa de proteção (vasoconstrição, aumento do tônus e contração muscular reflexa). Atenção: direção, velocidade, pressão e ritmo!! Postura Estado compósito do conjunto das posições das articulações do corpo em um determinado momento. (Kendal) Corpo situado e corpo identificado (abordagem psicofisiológica da noção de esquema corporal) (Paillard). Babinski (1899) – primeiros dados sobre ajustamentos posturais associados ao movimento voluntário. O movimento intencional é acompanhado e seguido por fenômenos posturais. Exteroceptores: nos situam em relação ao meio (tato, visão, audição); Proprioceptores: situam as diferentes partes de nosso corpo em relação ao conjunto, em uma determinada posição no espaço; Centros superiores: integram os seletores de estratégias, os processos cognitivos e tratam os dados recolhidos das duas fontes precedentes. Funções complementares: Atuar contra a gravidade e manter a postura ereta; opor-se às forças externas; situar-nos no tempo e espaço estruturado que nos envolve; guiar e reforçar o movimento; equilibrar-nos durante o movimento Alterações Posturais – ANOTAÇÕES DA AULA! Anteriorização da cabeça Aumento da Curvatura Cervial – Hiperlordose Cervical Aumento da Cifose torácica Protusão de ombro (anteriorização) Aumento da lordose lombar Aumento da Flexão do cotovelo Plano Sagital: O eixo vertical do corpo passa por: apófise odontóide de C2; corpo vertebral de L3; Projeta-se no solo, no centro do quadrilátero de sustentação, equidistante dos dois pés. Tipos de Posturas: Normal! Hiperlordose lombar, projeção anterior do tórax, hiperextensão do joelho, projeção anteriorizada do quadril. Hipercifose tórax, anteriorização da cabeça, hiperlordose lombar (compensatória), projeção anteriorizada do quadril Retificação cervical e torácica (perda da cifose cervical), projeção anterior da pelvi, anteriorização de ombro, hiperlordose lombar Retificação da cervical, torácica e lombar. Plano Frontal: Devem estar no mesmo plano horizontal: Linha entre pupilas; Linha entre os dois mamilos; Linha entre os ossos estilóides; Cintura escapular; Cinturapélvica. Plano Horizontal: Não há recuo nem avanço de uma nádega em relação à outra. Não há nenhuma rotação ao nível das cinturas escapular e pélvica. Avaliação Postural: Qualitativa – Observação visual Quantitativa – Valor numéricos (Goniômetro) Postura Normal: Ausência de forças contrárias, relações harmoniosas Inexistência de dor Baixo gasto energético Perturbações posturais: Forças anormais Obs: Músculos antigravitacionais – músculo profundos Ex: Sóleo Alterações posturais Forças anormais patológicas que podem ser em: Compressão; Tração; Rotação; Torção; Cisalhamento; Impactação, etc. Podem surgir em níveis diferentes (articular, capsular, osteoligamentar, muscular, tendíneo, aponeurótico, etc.) Consequências: Dor; Rigidez; Contraturas; Limitação dos movimentos articulares ligados às contrações musculares. Diminuição do rendimento muscular; Esgotamento de reservas de glicogênio. Propensão a cãimbras, distensões, dores intensas após exercícios e tendinites, diminuição das performances. Encurtamento da Cadeia Anterior São os mm anteriores que empurram a lombar para a frente, colocando a pelve em anteversão. Músculos anteriores que podem fixar a lordose: Diafragma; Iliopsoas; Adutores do quadril. Quando encurtado, o diafragma traciona o tórax para o alto e para a frente. O iliopsoas leva a lombar para baixo e para frente. Os adutores levam os ilíacos para anteversão Avaliação do encurtamento dos mm anteriores: Indivíduo em pé, posição anatômica; Pés juntos e alinhados. Retifica-se então a lordose lombar por meio de retroversão pélvica, que verticaliza o sacro (tensão nos mm anteriores). Flexão da coxofemoral e acentuação do tórax em inspiração. Se há encurtamento: em vez de suprimir a lordose, paciente inclina o tronco para trás. Posicione a coluna o mais reta possível, mesmo que para isso seja preciso uma anteriorização da torácica, a fim de recolocar a lombar. Quanto maior a necessidade de fletir o quadril e os joelhos para retificar a coluna, maior será o encurtamento dos mm anteriores. Encurtamento da Cadeia Posterior Mm espinhais posteriores: empurra e comprime a lombar para trás, levando a pelve à anteversão, com tendência à horizontalização do sacro. Avaliação do encurtamento dos mm posteriores: Em pé, realizar flexão de tronco com joelhos totalmente estendidos; Enquanto o sujeito fica inclinado para frente, pode-se observar o encurtamento dos mm posteriores dos MMII (mm do pé, posteriores do joelho, IQT, glúteos) e também a liberdade deixada por esses mm na pelve durante a flexão anterior (abertura do ângulo tíbio-társico). Essa posição não permite, em alguns casos, definir o encurtamento dos mm da cadeia posterior no seu conjunto (necessário realinhar lombar, escápulas e cervical). Considerações O trabalho postural não pode ser feito de maneira isolada. Os mm anteriores e posteriores formam um conjunto e somente um dos dois grupos se mostrará mais comprometido durante os testes. Reeducação postural: iniciar pelo grupo mais comprometido. ISOSTRETCHING Definição: “Arte de abrandar e fortificar o corpo, através de exercícios propícios.” (Le Rolert) Ginástica postural, global, ereta. Postural A maioria dos exercícios são executados dentro de uma posição vertebral correta, por alguns segundos, o tempo de uma longa expiração. Global ou Total O corpo todo trabalha à cada exercício, pois musculação e relaxamento são incluídos em cada postura, dando prioridade da coluna vertebral, região muitas vezes oblíqua na prática das diversas atividades físicas e que é no entanto a causa da maioria de nossos males. Ereto Contrariamente às ginásticas em cifose ou em extensão, ele solicita à coluna vertebral em autoengrandecimento, afim de trabalhar mais especificamente a musculatura paravertebral profunda. Princípios Os exercícios de isostretching permitem um trabalho global, considerando a colocação, o estado de contração ou estiramento dos diversos segmentos do corpo. A multiplicidade das posturas fará com que a maioria dos grupos musculares trabalhem de duas maneiras – concêntrica e excêntrica. Isostretching Os diversos grupos musculares motores que compõem nosso organismo agem simultaneamente e alternativamente, seja pela contração, seja pelo relaxamento. “A harmonia do corpo se forja pela qualidade, equilíbrio, entre a força e a leveza, potência de contração e possibilidade de alongamento.” Atenção: Observar as regiões distais – expressão das rotações compensatórias, consequência das posições em tensão e reveladoras de restrições de movimento ou de mobilidade. Bloqueia as rotações compensatórias por uma forte contração muscular dos sistemas antagonistas. Dualidade: fortalecimento – alongamento Toda atividade dentro de uma parte do corpo terá repercussões no todo. Extremidades- expressão final das compensações corporais. Procura da qualidade corretiva , e não quantidade de repetições. Precisão dentro do domínio, na intensidade da contração e do estiramento muscular. Limitar os movimentos compensatórios. Não é ginástica branda Não é adaptação das técnicas orientais Enfoque para a intensidade do trabalho muscular Melhora condição física Não traumatizante, corretivo, educativo, preventivo, flexibilizante, tonificante. A postura é mantida o tempo todo de uma longa expiração, ao mesmo tempo que se demanda: autoengrandecimento do tronco contração isométrica dos músculos dos membros. As contrações vão otimizar a atividade muscular, acrescentar força, mobilidade e assim harmonizar as curvaturas naturais do corpo, evitando o enrolando à frente, consequência das retrações e do envelhecimento. O Isostretching vai demandar, a partir da escolha de uma posição de partida, uma colocação dos membros em tensão, uma mobilização da cintura pélvica no sentido de crescimento e estiramento das cadeias musculares dos MMII, e um alinhamento da coluna sobre ela, com um autoengrandecimento. A postura será então mantida ao máximo da correção, o tempo de uma expiração completa e prolongada. Bases do Isostretching: Controle respiratório Domínio das sensações Intenso trabalho muscular Domínio da posição Ginástica “ereta” Aumenta e desperta a consciência da estática vertebral; Os paravertebrais se ativam permanentemente em busca de equilíbrio Atividade proprioceptiva; Permanência da atitude corrigida, Contração isométrica de resistência. Características Gerais Tempo de manutenção da postura: regido pela expiração profunda e prolongada, cerca de 6 segundos (podendo se estender por 10s ou mais); Após a expiração: relaxa-se simplesmente a tensão, sem modificar a posição de base. O relaxamento total se dará no final da série de repetições Isostretching – Prática Cintura pélvica: ponto de referência A coluna deverá se alinhar sobre o prolongamento (“enrijecer em vigília”) Trabalho respiratório – expiração e inspiração profunda – desenvolvem capacidade vital, evita bloqueios respiratórios, pressões sobre o diafragma inferior, determina o tempo de sustentação da postura. Depressão escapular é demandada dentro de uma abertura do corpo, pois em geral todo esforço se traduz pela sua ascensão Posição: É a descrição da posição principal de partida com tomada de referência. Correção: É a posição em pré-tensão, por colocação da cintura pélvica, alinhamento da coluna, verificação das compensações. Ação Fixação dos diversos elementos. Expiração profunda e prolongada Depressão das escápulas (fixação isométrica) Autoengrandecimento da coluna vertebral Variantes Modificações dos braços ou das pernas ou uma parte dela assume as variantes. Pode-se usar o bastão e a bola. Alto consumo energético – alternar alongamentos e recuperação. Repetir ao menos 3 vezes (1ª. : compreender; 2ª.: corrigir; 3ª.: executar da melhor maneira). Exercícios Simétricos (evitar rotações); Assimétricos (aumentam restrições e limitações articulares); Bastão (1-1,20m) e bola (1-3 kg) geramprovocações suplementares à distância a fim de posicionar a cintura pélvica e a coluna vertebral. Posição I Em pé: pés paralelos, espaçados na largura da cintura pélvica, assumindo boa estabilidade ao solo. Pernas semi-fletidas, pelve em ligeira retroversão, diminuindo a lordose lombar. Braços estendidos ao longo do corpo, ligeiramente abertas e para trás. Punhos em extensão, dedos em extensão e abduzidos. Correção: alinhar a pelve, a coluna vertebral e a cabeça. Ação: contrair fortemente glúteos e os músculos dos MMSS e MMII; abaixar as escápulas para aproximar o ângulo inferior das escápulas; apoio ativo dos pés ao solo; coluna ereta; expirar profundamente e por longo tempo. Estabilização Segmentar A estabilidade da coluna decorre da interação de 3 sistemas: Ativo (músculos – suporte e rigidez); Passivo (vértebras, discos intervertebrais, articulações e ligamentos- limitação passiva no final da ADM); Neural (SNC e SNP – coordenação da atividade muscular; ativação dos mm corretos no tempo certo; estabilidade dinâmica). Em situações normais, apenas uma pequena quantidade de co ativação muscular, cerca de 10% da contração máxima, é necessária para a estabilidade. Lesão (frouxidão ligamentar ou lesão discal): maior ativação é necessária. Estabilidade: “processo dinâmico que inclui posições estáticas e movimento controlado”. (BARR et al., 2005) Inclui: alinhamento em posições sustentadas e padrões de movimento que reduzem a tensão tecidual, evitam causas de trauma para articulações ou tecidos moles, com ação muscular eficiente Bergmark – vários músculos com diferentes papeis na estabilidade. Hipótese: 2 sistemas atuam: Sistema global: grandes músculos produtores de torque e atuam na coluna e tronco. Ex: reto do abdome e oblíquo externo, parte torácica do iliocostal lombar. Dão estabilidade ao tronco, sem influenciar diretamente a coluna Sistema local: músculos ligados diretamente à vértebra , responsáveis pela estabilidade e controle segmentar. Ex: multífido lombar, transverso do abdome, fibras posteriores do oblíquo interno, quadrado lombar. Multífido lombar na estabilidade Multífido lombar: Rigidez e controle de movimento na zona neutra Pequenos feixes dirigidos do sacro a C2, com máximo desenvolvimento na lombar. No sacro: origina-se da superfície posterior e medial da EIPS e ligamentos sacroilíacos posteriores; na inserção: 2 a 4 vértebras, insere-se no processo espinhoso de uma vértebra acima Próximo a L4/L5, este músculo contribui com 2/3 do aumento da rigidez segmentar resultante da contração. Lesão: compromete a estabilidade! Má funcionalidade - Recorrência da dor do multífido lombar após cirurgia discal Transverso do abdomen (TA) na estabilidade Manutenção da pressão intra-abdominal Contração do TA: “cilindro” Relação com lombalgia, dor lombar crônica e instabilidade Papel fundamental na antecipação (ativa-se previamente à execução de movimentos gerais e evita perturbações posturais) Outros músculos com papel na estabilidade Quadrado lombar Diafragma Fáscia toracolombar Estabilização Segmentar – Prática Não coloca a estrutura lesada em risco; Reduz a carga externa; Mantém a coluna em posição neutra Exercícios sutis, específicos e precisos. Precisam ser repetidos várias vezes; Cargas baixas com peso mínimo → posições funcionais com aumento de carga. Manter a contração por 10 segundos; Repetir 10x. (Consciência corporal)
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