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Psicologia humanista

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Psicologia Humanista
Prof. Me. Jefferson Cabral Azevedo
Psicologia Humanista
Psicologia Humanista surge nos Estados Unidos, na década de 60, como um movimento contrário às “forças” predominantes do Beharviorismo e da Psicanálise. 
Movimento conhecido como a Terceira Força, pois queria substituir o comportamentalismo e a psicanálise, as duas outras forças da psicologia.
Ao contrário das outras duas “forças”, não se concentra em um só mentor, ou um paradigma fechado, mas agrega uma série de contribuições diversas em torno de algumas propostas comuns. Critica a visão pessimista de Freud, mas apresenta 
simpatias por algumas partes das teorias de Alfred Adler, Otto Rank, Carl Jung e Wilhelm Reich. 
Convive com neo-psicanalistas tais como Erik Erikson e Erich Fromm. 
Recebe influências da Gestalt (de Kurt Lewin, Wolfgang Köhler, Kurt Koffka e Friederich Perls) do Psicodrama de Jacob Levy Moreno. 
Articula paralelos com as filosofias existencialistas e fenomenológicas. Daí a presença de ideias de nomes tais como Kierkgaard, Buber, Nietzche, Heidegger e Sartre. (Boainain Jr, 1994)
Psicologia Humanista
O enfoque da psicanálise no inconsciente, e seu determinismo, e o enfoque na observação apenas do comportamento, pelo behaviorismo, foram as críticas mais fortes dos novos movimentos de Psicologia surgidos no meio do século XX. Na verdade o humanismo não é uma escola de pensamento, mas sim um aglomerado de diversas correntes teoricas. Elas têm em comum, o enfoque humanizador, em outras palavras elas focalizam o homem como detentor de liberdade, escolha, sempre no presente. Traz da filosofia fenomenológico existencial um extenso gabarito de ideias. Foi fundada por Abraham Maslow, porém a sua história começa muito tempo antes. A Gestalt foi agregada ao humanismo pela sua visão holística do homem, sendo importante campo da Psicologia, na forma de Gestalt-terapia. Mas foi Carl Rogers, um psicanalista americano, um dos maiores exponenciais da obra humanista. Ele, depois de anos a finco praticando psicanálise, notou que seu estilo de terapia se diferenciara muito da terapia psicanalítica. 
Abraham Maslow
(1908 – 1970)
Fundador e líder da psicologia humanista
Schultz, D.P. & Schultz S.E. Teorias da Personalidade. São Paulo: Thomson Learning, 2006.
Foi um crítico vigoroso do comportamentalismo e da psicanálise. Segundo Maslow, o estudo psicológico focado em exemplos anormais e emocionalmente perturbados da humanidade, ignoram qualidades humanas positivas, como felicidade, satisfação e paz de espírito: "O estudo de espécimes avariados, atrofiados, imaturos e não saudáveis só pode produzir uma psicologia defeituosa" (Maslow, 1970b, p. 180).
Maslow acreditava que a natureza humana seria subestimada se não analisamos os melhores exemplos da humanidade, as pessoas mais criativas, saudáveis e maduras da sociedade, o que torna possível determinar o alcance completo do potencial humano.
A teoria da personalidade de Maslow não tem origem em histórias de casos de pacientes clínicos, mas em pesquisas com adultos criativos, independentes, autossuficientes e realizados. Maslow concluiu que cada pessoa nasce com as mesmas necessidades instintivas que nos capacitam a crescer, a nos desenvolver e a realizar nossos potenciais.
BIOGRAFIA
A história de Maslow é marcada por sentimentos de inferioridade e compensação.
Nascido em Nova York, era o mais velho de uma prole de sete filhos. Os pais eram imigrantes com pouca cultura, mas o pai incutiu em seu filho um intenso impulso pela obtenção de sucesso ao migrar aos 14 anos a pé e de carona da Rússia até a Europa Ocidental.
Sua infância foi difícil, e achava um milagre não ser um psicótico. Isolado e infeliz, cresceu sem amigos próximos e sem pais afetuosos. O pai era distante e abandonava periodicamente o seu infeliz casamento. No final, reconciliou-se com o pai, mas enquanto criança e adolescente sentiu apenas hostilidade por ele.
A relação com a mãe foi pior. Era supersticiosa e o punia prontamente pelas mínimas faltas que fizesse. Proclamava que Deus iria castigá-lo e o rejeitava abertamente, favorecendo os irmãos mais novos. Maslow nunca perdoou o tratamento. A experiência influenciou não apenas sua vida emocional, como também o seu trabalho em psicologia. "Toda a essência da minha filosofia de vida, todas as minhas pesquisas e teorizações ( ... ) têm origem no ódio e na revolta contra tudo o que ela representou"
O desejo de aprender de Maslow equiparava-se à paixão por sua prima Bertha, com quem se casou aos 20 anos. Essa união lhe deu um sentimento de inserção e um sentido de direção. 
Antes de ir estudar em Wisconsin, se matriculara em um curso de psicologia em Cornell, o qual achara "terrível e sem sentido". 
Em Wisconsin, descobriu a psicologia comportamentalista de Watson, que inicialmente o encantou, levando-o a estudar em psicologia experimental a dominação e o comportamento sexual em primatas. Podemos concluir que muita coisa aconteceu entre suas pesquisas comportamentalistas e o surgimento da Psicologia Humanista.
Esquelético e narigudo, sofreu um enorme complexo de inferioridade em sua adolescência. Buscou compensar essas deficiências com realizações atléticas, mas não foi bem sucedido. Podemos dizer que Maslow foi um exemplo vivo do conceito de compensação por sentimentos de inferioridade de Adler, teoria que lhe despertou um profundo interesse posteriormente.
Então voltou-se para os livros; e fez da leitura e da educação seu caminho de saída do gueto da pobreza e da solidão. A pedido de seu pai, começou a estudar Direito. mas depois de duas semanas concluiu que não era o que queria, o que ele gostava de fazer na verdade era estudar tudo.
 Dos macacos à auto realização
Maslow foi influenciado pela leitura dos trabalhos de Freud, dos psicólogos da Gestalt e por diferentes filósofos.
A eclosão da Segunda Guerra Mundial e o nascimento de seu primeiro filho foram fundamentais para o seu trabalho: Diria que qualquer um que tenha tido um bebê jamais poderia ser comportamentalista".
Recebeu em 1934 seu Ph.D. pela Universidade de Wisconsin e retornou a Nova York para um pós-doutorado sob a supervisão de E.L. Thorndike em Columbia. Depois lecionou no Brooklyn College até 1951.
Seu QI, obtido em diferentes testes, era de 195, descrito por Thorndike como um gênio, o que o surpreendeu.
Em Nova York na virada da década de 1930 para a de 1940, entrou em contato com os intelectuais emigrantes da Alemanha nazista - Erich Fromm, Karen Horney e Alfred Adler.
Maslow se entusiasmou com as teorias de Adler, e também conheceu o psicólogo da gestalt Max Wertheimer e a antropóloga norte-americana Ruth Benedict. Sua admiração por eles despertou suas idéias sobre auto-realização.
O envolvimento dos EUA na Segunda Guerra Mundial mudou sua vida. Ele resolveu devotar-se ao desenvolvimento de uma psicologia que pudesse tratar dos mais elevados ideais humanos, que aprimorasse a personalidade, demonstrando que as pessoas são capazes de exibir comportamentos melhores que o preconceito, o ódio e a agressão.
Recebeu uma bolsa de estudos de uma fundação para mudar-se para a Califórnia e ocupar-se de sua filosofia de política, economia e ética baseada numa psicologia humanista. 
Tornou-se uma figura imensamente popular na psicologia e entre o público em geral. Recebeu muitos prêmios e honrarias e foi eleito presidente da American Psychological Association em 1967.
O Trabalho de Maslow
 No início de sua carreira desenvolveu um estudo com macacos que deu origem à teoria de que algumas necessidades prevalecem sobre as outras. Em parte, o trabalho foi baseado na experiência de Hawthorne.
Essas necessidades são descritas como instintóides, pois apresentam um componente hereditário, mas podem ser influenciadas ou anuladas pelo aprendizado, pelas expectativas sociais e pelo medo de desaprovação, estando sujeitas a variação de uma pessoa para outra. 
São dispostas ordenadamente, da mais forte à mais fraca. As
necessidades inferiores têm de ser pelo menos parcialmente satisfeitas antes que as superiores se tornem influentes. 
Não somos impulsionados por todas as necessidades ao mesmo tempo, apenas uma domina nossa personalidade, o que depende das outras terem sido satisfeitas. Pessoas bem-sucedidas profissionalmente não são mais impulsionadas por suas necessidades fisiológicas e de segurança, e até mesmo nem estão cientes delas, pois tais necessidades já foram suficientemente satisfeitas. 
No entanto, Maslow sugere que a ordenação das necessidades pode mudar, podendo as necessidades de segurança e fisiológicas reassumir a prioridade. 
Características das necessidades
Quanto mais inferior na hierarquia, maior seu poder, sua força e prioridade. 
As necessidades superiores surgem mais tarde, as fisiológicas e de segurança emergem na infância, as de afiliação e de estima aparecem na adolescência e a de auto realização apenas na meia-idade.
Como as necessidades superiores são menos importantes para a sobrevivência real, sua satisfação pode ser postergada. O fracasso em satisfazer uma necessidade superior não produz uma crise, mas o fracasso em satisfazer uma necessidade inferior, sim. Por essa razão Maslow chamou as necessidades inferiores de necessidades de déficit ou de deficiência; o insucesso em satisfazê-las produz um déficit ou uma privação no indivíduo.
Embora as necessidades superiores sejam menos relevantes à sobrevivência, elas contribuem para a sobrevivência e o crescimento. A satisfação das necessidades superiores leva ao aprimoramento da saúde e da longevidade. Por essa razão, Maslow chamou-as de necessidades de crescimento ou de ser.
A satisfação de necessidades superiores é benéfica também psicologicamente e leva ao contentamento, à felicidade e à realização.
Pirâmide das Necessidades de Maslow
Necessidades Fisiológicas
Necessidades de Segurança
Necessidades Sociais
Necessidades de Auto-estima
Necessidades de Auto-realização
2º 
1º 
1º
Necessidades Fisiológicas: 
	- água, comida, sono, oxigênio, sexo.
Necessidades de Segurança: 
	- estrutura, ordem , limites. 
Lado negativo: medos e ansiedades.
Necessidades Sociais e Afetivas:
	- amigos, família, relacionamentos. 
Lado negativo: solidão e ansiedades sociais.
Necessidades de Auto-estima: 
 - status, fama e reconhecimento (para com os demais);
	- respeito próprio, independência e liberdade (consigo).
Lado negativo: baixa auto-estima e complexos de inferioridade.
Essenciais para sobrevivência.
Não produzem motivação quando cessadas.
A satisfação de necessidades superiores requer melhores circunstâncias externas (sociais, econômicas e políticas) que o exigido pelas inferiores.
Uma necessidade não tem de ser completamente satisfeita antes que a próxima necessidade na hierarquia se torne importante. 
	Necessidades fisiológicas
Se você, ao nadar, já teve de lutar pelo ar ou 
 se já ficou muito tempo sem comer, deve ter 
 percebido quão pouco importantes podem 
 ser as necessidades de amor, estima ou quaisquer outras quando o seu corpo está experienciando uma deficiência fisiológica. Mas, uma vez satisfeita, a necessidade não mais nos impulsiona, deixando de dirigir ou controlar o comportamento.
As necessidades de sobrevivência – fisiológicas - possuem um impacto pessoal maior como forças motivadoras em culturas nas quais a sobrevivência básica é uma preocupação cotidiana. 
Necessidades de segurança e proteção
São, caracteristicamente, impulsos importantes para bebês e adultos neuróticos. Adultos emocionalmente saudáveis em geral têm suas necessidades de segurança satisfeitas, uma condição que requer estabilidade, proteção e ausência de medo e ansiedade. Adultos saudáveis aprendem maneiras de inibir suas reações a situações perigosas.
Uma outra indicação visível das necessidades de segurança das crianças é sua preferência por um mundo estruturado e rotineiro, ordenado e previsível. Liberdade e permissividade demais levam à ausência de estrutura e ordem. Essa situação é passível de produzir ansiedade e insegurança nas crianças, pois ameaça sua proteção. Deve-se garantir um certo grau de liberdade às crianças, porém dentro dos limites de sua capacidade de lidar com isso. Essa liberdade deve ser acompanhada de orientação, pois elas ainda não são capazes de direcionar o seu próprio comportamento e perceber as consequências.
Os adultos neuróticos e inseguros também necessitam de estrutura e ordem, pois suas necessidades de segurança ainda dominam sua personalidade. Os neuróticos evitam compulsivamente novas experiências. Estruturam o seu mundo de forma a torná-lo previsível.
Necessidades de afiliação e amor
Uma vez satisfeitas razoavelmente as necessidades fisiológicas e de segurança, ocupamo-nos das necessidades de afiliação e amor, que se expressam por meio de um relacionamento próximo com um amigo, amante ou companheiro, ou de relações sociais formadas no interior de um grupo.
A necessidade de afiliação tem se tornado cada vez mais difícil de ser satisfeita em nossa sociedade. Muitos tentam satisfazer a necessidade de afiliação associando-se a uma igreja ou a um clube, matriculando-se num curso ou se oferecendo como voluntário para uma organização de prestação de serviço.
A necessidade de dar e receber amor pode ser satisfeita por meio de uma relação íntima com outra pessoa. Maslow não equiparou amor a sexo, que é uma necessidade fisiológica, mas reconhece que o sexo é uma maneira de expressar a necessidade de amor. Sugeriu que o fracasso em satisfazer essa necessidade é uma razão fundamental do desajuste emocional.
Necessidades de estima
	Uma vez que nos sintamos amados e tenhamos um senso de afiliação, podemos nos ver impulsionados por duas formas de necessidade de estima. Precisamos de estima e respeito de nossa própria parte, sob a forma de sentimento de autovalorização, e da parte de outras pessoas sob a forma de status, reconhecimento ou sucesso social. A satisfação da necessidade de autoestima permite que nos sintamos confiantes de nossa força, valor e adequação, o que ajudará a nos tornarmos mais capazes e produtivos em todos os aspectos da nossa vida. Quando nos falta autoestima, sentimo-nos inferiores, desamparados e desencorajados, com pouca confiança em nossa capacidade de lidar com a realidade.
Necessidades de auto realização
Necessidade mais elevada na hierarquia de Maslow, depende da realização e cumprimento máximos de nossos potenciais, talentos e capacidade. Ainda que uma pessoa tenha satisfeitas todas as outras necessidades na hierarquia, se não estiver auto-realizada, ficará impaciente, frustrada e descontente. 
O processo de auto-realização pode tomar muitas formas, porém cada um pode maximizar as habilidades pessoais e atingir o desenvolvimento completo da personalidade.
O importante é desenvolver os seus próprios potenciais no mais alto nível possível, qualquer que seja a missão escolhida. Maslow coloca dessa forma: "Uma sopa de primeira categoria é muito mais criativa que uma pintura de segunda ( ... )
Para satisfazer a necessidade de auto-realização é preciso:
Estar livres de restrições impostas pela sociedade e por nós mesmos:
Não se distrair com necessidades de ordem inferior;
Estar seguros de nossa auto-imagem, de nossos relacionamentos com outras pessoas, ser capazes de amar e de ser amados;
Possuir um conhecimento realista de nossos pontos fortes e fracos, virtudes e vícios.
2º
Auto-realização: 
	- ser o que se quer; auto- satisfação.
Só aparece quando as outras necessidades estão satisfeitas.
Só acontece com aproximadamente 2% da população.
O estudo foi feito com 48 pessoas auto-realizadas, todas tinham características como: eram livres de estereótipos, centradas, independentes, necessitadas de privacidade, criativas, etc.
Embora a hierarquia de necessidades de Maslow se aplique à maioria, há exceções, como religiosos e pessoas tão firmes quanto a sua necessidade de auto-realização
que desprezam e frustram as necessidades inferiores
Uma inversão mais comum na hierarquia ocorre quando os indivíduos colocam importância maior na estima que no amor, acreditando que as necessidades de afiliação e amor possam somente ser satisfeitas se eles primeiramente se sentirem autoconfiantes.
Necessidades cognitivas
Maslow propôs um segundo conjunto de necessidades inatas, as necessidades cognitivas — de conhecer e entender — que existem fora da hierarquia que descrevemos. A de conhecer é mais forte que a de entender, precisando ser satisfeita, pelo menos parcialmente, antes que a de entender possa emergir. 
Estudos laboratoriais mostram que os animais exploram e manipulam o seu ambiente pela curiosidade, ou seja, por um desejo de conhecer e entender.
Evidências históricas mostram que muitas vezes as pessoas têm buscado o conhecimento sob risco de vida, colocando, pois, as necessidades de conhecer e entender acima das de segurança.
As necessidades de conhecer e entender aparecem no final da primeira infância e início da meninice e são expressas pelas crianças como uma curiosidade natural. Por serem inatas, não precisam ser ensinadas, mas as ações de pais e professores podem inibir a curiosidade espontânea de uma criança. O fracasso em satisfazer as necessidades cognitivas é danoso e tolhe o desenvolvimento e funcionamento plenos da personalidade.
A hierarquia dessas duas necessidades se sobrepõe à hierarquia original. Conhecer e entender essencialmente, encontrar sentido em nosso ambiente — são fundamentais para interagir com tal ambiente, de um modo emocionalmente saudável e maduro, para satisfazer as necessidades fisiológicas, de segurança, amor, estima e auto realização. É impossível tornarmo-nos auto realizados se fracassarmos em satisfazer as necessidades de conhecer e entender.
Carl Rogers
Criador da Terapia centrada no Cliente e na Liberdade da Aprendizagem
Schultz, D.P. & Schultz S.E. Teorias da Personalidade. São Paulo: Thomson Learning, 2006.
BIOGRAFIA
Carl Ransom Rogers (1902-1987) foi o mais influente psicólogo na história americana
Nasceu em 8 de janeiro de 1902 -Faleceu em 4 de fevereiro do 1987;
Seus pais eram protestantes, universitários e conservadores;
Os irmão eram numa totalidade de cinco, quatro irmãos e uma irmã;
A criação familiar era baseada nos princípios da educação moral e religiosa e no respeito a questões ética e priorizando também a metodologia científica.
Casou-se em 1924 com Hellen Elliot (amiga de infância) 
Teve dois filhos: David e Natalie
Roger com sua filha Natalie, em 1981
BIOGRAFIA
Trajetória Profissional
Em 1919 ingressou na Universidade de Wisconsin cursando Agricultura, neste mesmo período transferiu seu curso para História, com intuito de dedicar-se para carreira Eclesiástica, concluindo assim em 1924.
Participou de alguns Congresso e Seminários nos quais ampliaram sua convicções e modificaram sua vida.
		Federação Mundial dos Estudantes Cristãos	
		Seminário da União Teológica
Ministrou junto com alguns colegas o Seminário de reflexão auto-facilitado , no qual percebeu sua não-vocação para o ministério pastoril.
Ingressa na Teachers’ College da Universidade de Columbia para a seguinte trajetória:
Graduar-se em PSICOLOGIA CLINICA E PSICOPEDAGOGIA.
Obter o DOUTORADO através da teste sobre TESTE DE PERSONALIDADE PARA CRIANÇAS.
LECIONAR como DOCENTE, no qual só foi reconhecido após deixar a instituição.
Trajetória Profissional
Em 1939 publica o livro "O tratamento clínico da criança-problema”.
Através da publicação do livro é chamado para ser Professor Catedrático da Universidade de Estado do Ohio ministrando sobre as Técnicas de Psicoterapia no qual utilizada a gravação integral das entrevistas e de tratamentos completos, como metodologia de investigação sobre os processos terapêuticos.
Eleito presidente da Associação Americana de Psicologia em 1946.
Trajetória Profissional
Publica em 1957 o mais importantes artigos “As condições necessárias e suficientes para mudança terapêutica da personalidade“, sendo até hoje um dos pilares do modelo da Terapia Centrada no Cliente.
 Posteriormente pesquisa e publica alguns livros sobre os grupos de encontro que segue a linha de divulgação e análise da sua pesquisa. 
Mediante a isto é premiada, em 1966, através da atribuição do Óscar do melhor documentário de longa duração do ano.
Trajetória Profissional
Fundamentação Teorica
Rogers prioriza o indivíduo enquanto pessoa, valorizando a auto- realização, seu crescimento pessoal. Do ponto de vista da educação valoriza o educando como um todo, considerando seus pensamentos e ações e não apenas seu intelecto
Psicologia Rogeriana 
Rogers usa a palavra "cliente" ao invés do termo tradicional "paciente". Um paciente é em geral alguém que está doente, precisa de ajuda e vai ser ajudado por profissionais formados. 
Um cliente é alguém que deseja um serviço e que pensa não poder realizá-lo sozinho. Embora possa ter muitos problemas, é ainda visto como uma pessoa inerentemente capaz de entender sua própria situação. Há uma igualdade e espontaneidade implícita no modelo do cliente, que não está presente no relacionamento médico-paciente.
Terapia Centrada no Cliente
Psicologia Rogeriana
O terapeuta provê uma atmosfera de compreensão e aceitação, onde o cliente pode expressar-se abertamente.
A tarefa do terapeuta não é curar , mas prover aceitação, compreensão e observações ocasionais.
Terapeuta Centrado no Cliente
Psicologia Rogeriana
O terapeuta centrado no cliente mantém uma certeza de que a personalidade interior, e talvez não desenvolvida do cliente, é capaz de entender a si mesma. 
Para Roger, um bom terapeuta deve possuir a habilidade para comunicar esta compreensão ao cliente. O cliente precisa saber que o terapeuta é autêntico, preocupa-se, ouve e o compreende de fato. 
Terapeuta Centrado no Cliente
Psicologia Rogeriana
O Self não é uma entidade estável, imutável, entretanto, observado num dado momento, parece ser estável. Isto se dá porque congelamos uma seção da experiência a fim de observá-la.
O Self
Rogers empregou dois termos, o self ideal e o self real, porém esses termos são originários da teoria psicanalítica.
Self ideal seria aquilo que você gostaria de ser, como você se imagina ser, já o self real é quem você realmente é, e é onde contém a tendência para a realização.
Psicologia Rogeriana
O Self
Psicologia Rogeriana
Carl Rogers acreditava que todos os seres humanos são motivados fundamentalmente por um processo voltado para o crescimento, que ele denominava tendência para a realização, utilizada como estimulo na teoria proposta por Roger. 
Todas as experiências por que anseia o homem para sua auto-realização têm como centro o eu. Toda motivação de auto-realização é motivação para que o eu se realize.
Embora essa ânsia pela auto realização seja inata, pode ser incentivada ou reprimida por experiências da infância e por aprendizagem
 
Auto- realização
Psicologia Rogeriana
Roger define congruência como o grau de exatidão entre a experiência da comunicação e a tomada de consciência. Ela se relaciona às discrepâncias entre experienciar e tomar consciência.
Um alto grau de congruência significa que uma interação entre;
 Comunicação (o que se está expressando); 
A experiência (o que está ocorrendo em nosso campo); 
A tomada de consciência (o que se está percebendo); 
A partir dessa relação, nossas observações e as de um observador externo seriam consistentes.
Congruência
Psicologia Rogeriana 
O corre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência e a comunicação desta. 
Por exemplo: 
Pessoas que parecem estar com raiva (punhos cerrados, tom de voz elevado, praguejando) e que replicam que de forma alguma estão com raiva, ou as pessoas que dizem estar passando por um período maravilhoso mas que se mostram
entediadas, isoladas ou facilmente doentes, estão revelando incongruência
Incongruência
Psicologia Rogeriana 
A incongruência é visível também em observações como, por exemplo, "não sou capaz de tomar decisões", "não sei o que quero", "nunca serei capaz de persistir em algo“. A confusão aparece quando você não é capaz de escolher dentre os diferentes estímulos aos quais se acha exposto. 
Incongruência
Psicologia Rogeriana 
A teoria humanista de Rogers deriva de sua prática em psicoterapia. Assim sendo, ele estendeu à educação as proposições da terapia. Para ele, o ser humano é essencialmente bom; em cada indivíduo há um núcleo positivo que caracteriza o valor pessoal e que tende a expressar-se. A pessoa é mais que um organismo biológico; é um ser humano que pensa, sente, escolhe, decide, é um ser com capacidade de mudança. Por isso, a educação deve ver tais características e centrar seu processo nas necessidades do aluno.
Aprendizagem centrada no aluno: 
Psicologia Rogeriana
Processo de Aprendizagem
Para Rogers a aprendizagem é um processo de aprimoramento do indivíduo e não apenas do conhecimento. 
Busca desenvolver os pensamentos, os sentimentos, as ações de forma integrada, á fim de que se possa tomar decisões mais seguras, garantindo a ampla liberdade de escolha
Psicologia Rogeriana
A teoria de Carl Rogers nos remete a uma reflexão sobre o processo de aprendizagem que permeia a educação tradicional instigando-nos ao desenvolvimento de um posicionamento crítico no sentido de propor mudanças a esse processo apontando assim caminhos para a construção de uma aprendizagem mais significativa para o aprendiz.
Processo de Aprendizagem
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É mais que uma acumulação de fatos, é uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação futura que escolhe ou nas suas atitudes e personalidade. É uma aprendizagem penetrante, que não se limita a um aumento de conhecimentos, mas que penetra profundamente todas as parcelas da sua existência.
Voltada para uma abordagem centrada na pessoa e utilizando o método da não diretividade (ou seja, o professor não interfere diretamente no campo cognitivo e afetivo do aluno)
Psicologia Rogeriana
Aprendizagem Significativa 
Psicologia Rogeriana
Todo aluno tem potencialidade para aprender e a tendência a realizar essa potencialidade;
A aprendizagem significativa ocorre quando o conteúdo da aprendizagem é percebido como relevante para o aluno, a partir de seus próprios objetivos;
A aprendizagem que envolve mudança na organização do ‘eu’ na percepção de si mesmo é ameaçadora e tende a suscitar a resistências;
Aluno que realiza sua potencialidade para aprender, torna-se aberto à experiência e reciprocidade.
A auto-avaliação é função da capacidade de cada um de valoração pessoal;
Princípios básicos da aprendizagem significativa:
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Contribuições 
Um dos mais influentes pensadores americanos. Sua linha teórica é conhecida como Abordagem Centrada na pessoa (ACP). Publicou 16 livros, dentre os quais se destacam: "Tornar-se Pessoa", "Um Jeito de Ser" e "Terapia Centrada no Cliente" 
Teoria da Personalidade
Para consolidar a sua teoria de personalidade Rogers utilizou diferentes métodos de investigação.
 
Gravação da sessão terapêutica;
Análise de conteúdo, 
Testes projetivos como o Rorschach e o T.A.T
Técnica Q - Técnica Q é um método de estudo sistemático acerca do auto-conceito. 
Teoria da Personalidade
A personalidade é constituída por um material padronizado e organizado sobre si, mesmo que ela se modifique não perderá estas características.
Abordagem desta teoria é baseada na percepção, nos sentimentos, auto-avaliação subjetiva, na auto-realização e no processo de mudança.
As técnicas utilizadas para essa observação foram a Classificação Q, Lista de Adjetivos e o Diferencial Semântico.
Teoria da Personalidade
O desenvolvimento explica-se a partir de uma única necessidade ou motivo humano básico, que é a fonte de toda a energia – a tendência inata do organismo para desenvolver todas as suas potencialidades. Esta tendência é uma função do organismo como um todo. A personalidade faz parte desse todo, enquanto uma estrutura interna, que se desenvolve a partir da experiência. É a personalidade que possui essa pré-disposição à auto-realização. Por isso, diz-se que o desenvolvimento é auto-dirigido.
 
Desenvolvimento da Personalidade Humana
Teoria da Personalidade
A noção de ‘eu’ é um conceito importante para se compreender o desenvolvimento do homem como pessoa. Refere-se a maneira pela qual a pessoa se percebe, atuando no meio. Essa imagem se desenvolve quando a pessoa se relaciona com outras pessoas – é como uma auto-imagem. Características funcionais da noção de ‘eu’:
O ‘eu’ é o mediador entre as emoções e a consciência;
O ‘eu’ busca ajustar-se ao meio da melhor maneira possível;
O ‘eu’ busca um equilíbrio pessoal global;
Só se agregam ao ‘eu’ as experiências boas e positivas;
O ‘eu’ sofre mudanças constantes, quando a pessoa vivencia novas aprendizagens e experiências, favorecendo sua maturidade psíquica.
Noção de ‘Eu’
Teoria da Personalidade
É o processo de se autoconhecer, de desenvolver a noção de ‘eu’, de se perceber a si mesmo. É o desenvolvimento dos valores pessoais, a partir de experiências igualmente pessoais.
Auto valoração: 
Considerações finais
As principais conclusões dos estudos acerca da personalidade de Rogers foram: A Auto-estima (congruência entre a auto-classificação e a classificação ideal), aumenta como resultado direto do Aconselhamento Centrado no Cliente, sendo as defesas uma variável importante a equacionar. A negação, a fuga, a justificação, a racionalização, a projeção e mesmo a hostilidade poderão alterar a validade dos relatos pessoais. 
Referências Bibliográficas
Houaiss, Antonio. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro – Editora Objetiva, 2001 [CD]
P.Schultz. Duane. Teorias da personalidade. São Paulo: Pioneira Thomson, 2004. 530 p. 
Boainain Jr, Elias. O estudo do potencial humano na psicologia contemporânea: a corrente humanista e a corrente transpessoal. In: Potenciais Humanos – Boletim do Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento de Potenciais Humanos, vol I n. 2, 1994 – São Paulo: USP

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